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Aeroporto de Changi: O Que Todo Aeroporto Brasileiro Quer Ser Quando Crescer

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Mensagem por Amilckar Ter 10 maio 2011, 08:18

Aeroporto de Changi: O Que Todo Aeroporto Brasileiro Quer Ser Quando Crescer

Rodrigo Purisch
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Se nossos aeroportos pudessem falar ou se os usuários dos aeroportos nacionais fossem ouvidos, você ouviria que todos desejam algo semelhante ao que o aeroporto de Changi, em Cingapura, é!

Não é à toa que Changi, como é conhecido, está sempre no topo da lista dos melhores aeroportos do mundo. Um planejamento atual e futuro agressivo, uma filosofia clara de serviços e o fato de vestir a camisa de cartão de visitas de um país fazem dele um aeroporto ímpar.

Sempre Evoluindo

Como a própria Cingapura, Changi está sempre em ampliação ou reforma. Mesmo antes do Terminal 3 (o mais novo e moderno) abrir suas portas para os vôos regulares, o Terminal 1 entrou em reforma. Muito antes de visualizar uma saturação da sua capacidade, as autoridades locais já trabalham no planejamento de como vai ser o Terminal 4, a ser construído nos próximos 10-15 anos.

É de fazer ficar corado um país como Brasil que ainda não iniciou de forma objetivas as reformas em seus aeroportos já saturados a fim de receber uma Copa do Mundo e uma Olimpíada. Mais ainda quando vemos soluções do tipo puxadinho provisórios serem levadas a sério como opções.

Uma Filosofia de Serviço

Changi deposita muito de seu sucesso em uma filosofia de serviços que eles chamam de “Changi Experience”. Além de focar em assegurar uma imigração rápida e indolor (dentro dos limites que processos como esses estão submetidos) e de uma retirada simples e rápida das bagagens, tudo é pensado a fim de proporcionar uma série de serviços, facilidades e experiências que possam ser agradáveis ou mesmo divertidas aos seus usuários.

Piscina, cinema, borboletário, áreas de descanso e relaxamento, acesso à Internet, salão de jogos eletrônicos, jardins de todo tipo, City Tours grátis e até um escorregador com 12 metros de altura esperam seus usuários.

Ao contrário do que muitos acreditam por aqui de que aeroportos deveriam ser simples aeródromos (locais de pouso e decolagem de aeronaves), Changi se enxerga como um centro de serviços e diversões diversas focadas principalmente no passageiro que usa o aeroporto, mas sem esquecer que pode oferecer mais à coletividade.

Enquanto Cingapura se preparava para celebrar o Ano Novo Chinês (período onde parte do comércio literalmente fecha), Changi anunciava no seu perfil no Twitter e no seu site que seus serviços continuariam inalterados e se oferecia como uma opção de restaurantes e de compras para a cidade. Ao prometer preços semelhantes ao cobrados na Cidade em suas lojas, restaurantes e lanchonetes, além de fazer promoções intermitentes como a de absorção de parte dos impostos cobrados nas vendas à varejo, ele se mostra como opção de consumo para uma grande diversidade de consumidores e não só apenas para quem vai ao aeroporto com o objetivo de deslocar-se por meio de aviões.

Dentro dessa filosofia, do responsável por coletar os carrinhos de bagagem, passando pelos atendentes das lojas até os funcionários lotados nos pontos de checagem de segurança, todos passam por treinamentos de forma a absorver as diretrizes contidas no “Changi Experience”. Assim a filosofia mestre do aeroporto é estendida a todos que atuam nele, mesmo que não estejam diretamente subordinados à sua administração.

Aeroporto de Changi: O Que Todo Aeroporto Brasileiro Quer Ser Quando Crescer Qualidade

Cartão de Visitas

Muito mais que um aeroporto, Changi tenta mostrar um pouco do que Cingapura tem a oferecer a quem usa suas instalações. Passageiros que fazem conexões podem ter contato com os dois maiores esportes nacionais: Comer e Comprar. Nas áreas de trânsito são inúmeras as opções de compras e de alimentação. De fast foods a Caviar Bar Fauchon, de eletrônicos (Sony Style, Apple I-Stores…) a roupas de grife (Prada, Mil Mil, Tiffany…), consegue-se um pouco de tudo.

Se o tempo de conexão for mais longo (mais de 5 horas), o aeroporto oferece um City Tour de 2 horas grátis para quem quer conhecer a cidade.

Além de já passar de imediato uma boa imagem a quem chega a Cingapura, o aeroporto trata de deixar com vontade de retornar à cidade quem apenas faz conexão lá.

Changi em Números

Em 2010, o aeroporto teve um tráfego de passageiros de cerca de 42 milhões, sendo a capacidade instalada capaz de lidar com 70 milhões de passageiros. Para efeito de compração, Guarulhos movimentou cerca de 27 milhões de passageiros em 2010 e tem uma capacidade prevista para 16 milhões.

Possui uma extensão total de 1300 hectares, sendo 870 em áreas anteriormente ocupadas pelo mar.

É o local de trabalho de 28 mil pessoas.

Recebe 5400 vôos por semana, ou cerca de 1 a cada 2 minutos, e lida com cerca de 13 mil malas por hora que podem ser carregadas em um dos 6400 carrinhos de bagagem.

Mais de 130 opções de lojas lidando com comida ou bebida e cerca de 290 estabelecimentos oferecendo serviços ou produtos aos seus passageiros.

Estrutura

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Hoje, o Aeroporto de Changi é formado por 4 terminais (T1, T2, T3 e Budget Terminal), sendo que os 3 primeiros são interligados por um pequeno trem sobre rodas. Existe ainda um terminal executivo chamado de JetQuay CIP Terminal.

O que mais chama atenção em Changi é a opção arquitetônica de uma estrutura que permite ver e ser visto. Enquanto muitos aeroportos formam compartimentos que separam visualmente quem está áreas públicas de quem está nas aéreas restritas ou nos setores de desembarque, a opção lá foi facilitar e integrar visualmente todos esses setores por meio de várias divisórias de vidros. Parece que a idéia é de quanto mais gente puder ver as demais, mais difícil fazer algo sem ser visto.

Para quem tem conexão de banda larga, os vídeos têm opção de apresentação em HD.
O Terminal 1 – O Primeiro e Já em Renovação