[Brasil] Aeroporto impede Capital de crescer
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[Brasil] Aeroporto impede Capital de crescer
Aeroporto impede Capital de crescer
Norma de segurança adotada pela Aeronáutica limita obstáculos em um raio de quatro quilômetros ao redor da pista do Salgado Filho, deixando pouco espaço para a construção em grande parte da cidade
Marcelo Gonzato
Uma mudança nas regras de altura de construções no entorno do Aeroporto Salgado Filho restringe o desenvolvimento urbano em zonas nobres de Porto Alegre. Segundo associações de moradores, representantes da indústria da construção e prefeitura, a diminuição na altitude permitida para edificações pode prejudicar o crescimento em áreas como Bela Vista e Moinhos de Vento.
Em novembro, uma alteração nas regras de segurança feita pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), subordinado à Aeronáutica, reduziu a altitude possível para construções de 76 para 48 metros em relação ao nível do mar em um raio de quatro quilômetros do aeroporto.
Na acidentada topografia porto-alegrense, em que um quarto da superfície é dominada por morros, terrenos que já são naturalmente elevados ficaram impossibilitados de receber obras de médio ou grande portes. Nos casos em que o terreno já está 48 metros acima do mar, a situação é pior: o município fica impedido de conceder licença para qualquer nova construção.
Quatro mil imóveis fora das normas
– As regras ignoram a geografia da cidade. Essa região de Porto Alegre rapidamente vai ficar velha – reclama o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon/RS), Paulo Garcia.
Edificações que já tinham recebido licença até a mudança ou estão concluídas não correm risco. Novos empreendimentos ficam sujeitos ao atual limite de altura – que resulta em situações peculiares, como no caso da Rua Pedro Ivo, nos bairros Bela Vista e Mont’Serrat. Como ela se encontra acima dos 48 metros, está congelada.
– Isso pode inviabilizar investimentos. Já se deveria pensar em outra localização para o Salgado Filho – afirma o presidente da Associação dos Moradores da Bela Vista e do Mont’Serrat, Osorio Queiroz Jr.
A altitude anterior, de 76 metros, era definida por um plano específico, que nem sempre era levado em consideração quando a prefeitura concedia licenças – o que motivou cobranças da Aeronáutica. Uma análise revelou 400 obstáculos além da altitude. Como o Decea revogou o plano sob a justificativa de que a ampliação da pista do aeroporto exige um novo regramento, ficou valendo um parâmetro básico que limita as edificações no entorno dos aeroportos a 45 metros de altura – como o Salgado Filho está três metros acima do mar, isso resulta em 48 metros de altitude.
– Se já tínhamos 400 obstáculos, a mudança deve deixar uns 4 mil imóveis fora das normas – afirma o secretário municipal do Planejamento, Márcio Bins Ely.
Vários aeroportos do país contam com planos de zoneamento flexíveis. A prefeitura negocia com a Aeronáutica um novo plano que aumente as altitudes toleradas.
Contraponto
O que diz o Comando da Aeronáutica
Por meio de uma nota do Centro de Comunicação Social, a Aeronáutica informa que a portaria sobre o Plano Específico de Zoneamento de Proteção ao Aeródromo da cidade de Porto Alegre foi revogada e “um novo estudo está em análise, pois há uma iminente obra de extensão da pista do aeroporto que alterará toda a Zona de Proteção de Aeródromo”.
Fonte: Zero hora
Via: NOTIMP
Norma de segurança adotada pela Aeronáutica limita obstáculos em um raio de quatro quilômetros ao redor da pista do Salgado Filho, deixando pouco espaço para a construção em grande parte da cidade
Marcelo Gonzato
Uma mudança nas regras de altura de construções no entorno do Aeroporto Salgado Filho restringe o desenvolvimento urbano em zonas nobres de Porto Alegre. Segundo associações de moradores, representantes da indústria da construção e prefeitura, a diminuição na altitude permitida para edificações pode prejudicar o crescimento em áreas como Bela Vista e Moinhos de Vento.
Em novembro, uma alteração nas regras de segurança feita pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), subordinado à Aeronáutica, reduziu a altitude possível para construções de 76 para 48 metros em relação ao nível do mar em um raio de quatro quilômetros do aeroporto.
Na acidentada topografia porto-alegrense, em que um quarto da superfície é dominada por morros, terrenos que já são naturalmente elevados ficaram impossibilitados de receber obras de médio ou grande portes. Nos casos em que o terreno já está 48 metros acima do mar, a situação é pior: o município fica impedido de conceder licença para qualquer nova construção.
Quatro mil imóveis fora das normas
– As regras ignoram a geografia da cidade. Essa região de Porto Alegre rapidamente vai ficar velha – reclama o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon/RS), Paulo Garcia.
Edificações que já tinham recebido licença até a mudança ou estão concluídas não correm risco. Novos empreendimentos ficam sujeitos ao atual limite de altura – que resulta em situações peculiares, como no caso da Rua Pedro Ivo, nos bairros Bela Vista e Mont’Serrat. Como ela se encontra acima dos 48 metros, está congelada.
– Isso pode inviabilizar investimentos. Já se deveria pensar em outra localização para o Salgado Filho – afirma o presidente da Associação dos Moradores da Bela Vista e do Mont’Serrat, Osorio Queiroz Jr.
A altitude anterior, de 76 metros, era definida por um plano específico, que nem sempre era levado em consideração quando a prefeitura concedia licenças – o que motivou cobranças da Aeronáutica. Uma análise revelou 400 obstáculos além da altitude. Como o Decea revogou o plano sob a justificativa de que a ampliação da pista do aeroporto exige um novo regramento, ficou valendo um parâmetro básico que limita as edificações no entorno dos aeroportos a 45 metros de altura – como o Salgado Filho está três metros acima do mar, isso resulta em 48 metros de altitude.
– Se já tínhamos 400 obstáculos, a mudança deve deixar uns 4 mil imóveis fora das normas – afirma o secretário municipal do Planejamento, Márcio Bins Ely.
Vários aeroportos do país contam com planos de zoneamento flexíveis. A prefeitura negocia com a Aeronáutica um novo plano que aumente as altitudes toleradas.
Contraponto
O que diz o Comando da Aeronáutica
Por meio de uma nota do Centro de Comunicação Social, a Aeronáutica informa que a portaria sobre o Plano Específico de Zoneamento de Proteção ao Aeródromo da cidade de Porto Alegre foi revogada e “um novo estudo está em análise, pois há uma iminente obra de extensão da pista do aeroporto que alterará toda a Zona de Proteção de Aeródromo”.
Fonte: Zero hora
Via: NOTIMP
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