[Internacional] Controvérsia no programa MMRCA enquanto Eurofighter diz ter nova oferta
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[Internacional] Controvérsia no programa MMRCA enquanto Eurofighter diz ter nova oferta
Controvérsia no programa MMRCA enquanto Eurofighter diz ter nova oferta
O caça Rafale, escolhido pela Índia no programa MMRCA, vem sendo discutido como se realmente tem a melhor oferta.
O programa de aquisição de Aeronaves de Combate Multimissão Médias (MMRCA) da Índia está se transformando numa controvérsia devido a parlamentares indianos estarem insatisfeitos com a decisão pela compra de caças Rafale da empresa francesa Dassault. Os boatos que foram divulgados no mês passado, de que a Índia poderia rever a decisão, agora tornam-se mais reais.
O ministro da Defesa AK Antony, após receber no dia 27 de fevereiro um ofício do deputado M. V. Mysoora Reddy, da oposição ao governo do premiê Manmohan Singh, imediatamente ordenou uma investigação para averiguar possíveis irregularidades, dentre elas “manipulação do processo de avaliação”, pelo Ministério da Defesa na seleção da proposta do Rafale. A declaração foi publicada no jornal indiano Asian Age nessa terça-feira.
Reddy alegou que sua “responsabilidade patriótica” levou-o a fazer a denúncia contra o Ministério de Defesa da Índia. Na verdade, ele apontou algo que intrigava um monte de especialistas (indianos ou não), ou seja, que nenhum país tenha adquirido o Rafale e que a aeronave provavelmente teve um mau desempenho na guerra da Líbia no ano passado.
“Eu entendo que a aeronave Rafale não foi vendida para qualquer país. Por que a Índia vai comprar uma aeronave de combate que nenhum outro país comprou? Na Líbia, na guerra contra Kadhafi, o Rafale tinha falhado nos bombardeios de precisão e, finalmente, o Typhoon foi introduzido. Os Emirados Árabes Unidos também rejeitaram o Rafale”, escreveu ele.
O ponto questionado pelo parlamentar sobre a escolha da proposta do Rafale como a de melhor valor, é que ao adicionar as despesas de manutenção, o valor da compra sobre 50%, atingindo quase 18 bilhões de dólares, segundo a publicação. “Como poderia ficar quieto se chegou a meu conhecimento que pode ter havido manipulação no processo de avaliação das ofertas para um contrato estimado em 12 bilhões de dólares, e que é capaz de chegar a 18 bilhões de dólares?”, disse o ministro da Defesa da Índia, A.K. Antony. O inquérito deve estar concluído nos próximos 30 dias.
Eurofighter tem nova proposta
E o consórcio Eurofighter diz estar preparado para fazer nova oferta vencedora caso seja dada a oportunidade. (Foto: MoD UK)
No entanto, este assunto está indo para algo além da conversa entre Reddy e o Ministro de defesa. Logo após a Índia decidir pela proposta do Rafale, o Reino Unido começou um contra ataque para tentar revertar a situação, dizendo que fará uma nova proposta comercial para seu caça Eurofighter Typhoon, do qual a BAE Systems é uma das fabricantes.
O representante do Ministério da Defesa britânico para Estratégia de Segurança Internacional, Gerald Howarth, foi citado pela publicação Jane’s no dia 10 de fevereiro, dizendo que se a Índia escolheu o Rafale apenas pelo preço, a Cassidian fará uma nova oferta, com o apoio das quatro nações do consórcio Eurofighter: Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido. Howarth praticamente ameaçou fazer uma guerra de preços no mercado de defesa da Índia.
Segundo a publicação Jane’s, “por unidade, o valor da oferta do Typhoon deve ter sido de valor maior que do Rafale, mas os custos operacionais também tiveram uma influência sobre a decisão da Índia… e preço do pacote total da Dassault ficou em cerca de 15 a 17 por cento menor que o do Eurofighter e o Rafale ficou cerca de US$ 5 milhões mais barato que o Typhoon por aeronave.”
Howarth disse no dia 7 de março que o consórcio Eurofighter e as nações parceiras estão preparadas para retomar as negociações com a Índia, esperando que o Ministério de Defesa indiano abra as portas para essa chance.
As alegações, sendo elas verdadeiras ou falsas sobre o acordo MMRCA, aumentam as acaloradas discussões já levantadas na Índia sobre supostas fraudes nos processos de compras de aeronaves. Tuddo isso poderá ter um reflexo no Brasil, onde o jato Rafale também compete para ser o novo caça da FAB. Nos dias 28 e 29 de março, na reunião dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Délhi, as autoridades brasileiras e indianas devem debater o assunto.
A competição MMRCA, avaliada em mais de 12 bilhões de dólares, já está em andamento há mais de 10 anos, mas até a assinatura do contrato para as 126 aeronaves, deve levar mais um ano, pois o processo agora encontra-se na fase de negociação do contrato e para saber como será feita a tal transferência de tecnologia e os contratos de offsets que a Dassault propôs.
Fonte: Cavok
O caça Rafale, escolhido pela Índia no programa MMRCA, vem sendo discutido como se realmente tem a melhor oferta.
O programa de aquisição de Aeronaves de Combate Multimissão Médias (MMRCA) da Índia está se transformando numa controvérsia devido a parlamentares indianos estarem insatisfeitos com a decisão pela compra de caças Rafale da empresa francesa Dassault. Os boatos que foram divulgados no mês passado, de que a Índia poderia rever a decisão, agora tornam-se mais reais.
O ministro da Defesa AK Antony, após receber no dia 27 de fevereiro um ofício do deputado M. V. Mysoora Reddy, da oposição ao governo do premiê Manmohan Singh, imediatamente ordenou uma investigação para averiguar possíveis irregularidades, dentre elas “manipulação do processo de avaliação”, pelo Ministério da Defesa na seleção da proposta do Rafale. A declaração foi publicada no jornal indiano Asian Age nessa terça-feira.
Reddy alegou que sua “responsabilidade patriótica” levou-o a fazer a denúncia contra o Ministério de Defesa da Índia. Na verdade, ele apontou algo que intrigava um monte de especialistas (indianos ou não), ou seja, que nenhum país tenha adquirido o Rafale e que a aeronave provavelmente teve um mau desempenho na guerra da Líbia no ano passado.
“Eu entendo que a aeronave Rafale não foi vendida para qualquer país. Por que a Índia vai comprar uma aeronave de combate que nenhum outro país comprou? Na Líbia, na guerra contra Kadhafi, o Rafale tinha falhado nos bombardeios de precisão e, finalmente, o Typhoon foi introduzido. Os Emirados Árabes Unidos também rejeitaram o Rafale”, escreveu ele.
O ponto questionado pelo parlamentar sobre a escolha da proposta do Rafale como a de melhor valor, é que ao adicionar as despesas de manutenção, o valor da compra sobre 50%, atingindo quase 18 bilhões de dólares, segundo a publicação. “Como poderia ficar quieto se chegou a meu conhecimento que pode ter havido manipulação no processo de avaliação das ofertas para um contrato estimado em 12 bilhões de dólares, e que é capaz de chegar a 18 bilhões de dólares?”, disse o ministro da Defesa da Índia, A.K. Antony. O inquérito deve estar concluído nos próximos 30 dias.
Eurofighter tem nova proposta
E o consórcio Eurofighter diz estar preparado para fazer nova oferta vencedora caso seja dada a oportunidade. (Foto: MoD UK)
No entanto, este assunto está indo para algo além da conversa entre Reddy e o Ministro de defesa. Logo após a Índia decidir pela proposta do Rafale, o Reino Unido começou um contra ataque para tentar revertar a situação, dizendo que fará uma nova proposta comercial para seu caça Eurofighter Typhoon, do qual a BAE Systems é uma das fabricantes.
O representante do Ministério da Defesa britânico para Estratégia de Segurança Internacional, Gerald Howarth, foi citado pela publicação Jane’s no dia 10 de fevereiro, dizendo que se a Índia escolheu o Rafale apenas pelo preço, a Cassidian fará uma nova oferta, com o apoio das quatro nações do consórcio Eurofighter: Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido. Howarth praticamente ameaçou fazer uma guerra de preços no mercado de defesa da Índia.
Segundo a publicação Jane’s, “por unidade, o valor da oferta do Typhoon deve ter sido de valor maior que do Rafale, mas os custos operacionais também tiveram uma influência sobre a decisão da Índia… e preço do pacote total da Dassault ficou em cerca de 15 a 17 por cento menor que o do Eurofighter e o Rafale ficou cerca de US$ 5 milhões mais barato que o Typhoon por aeronave.”
Howarth disse no dia 7 de março que o consórcio Eurofighter e as nações parceiras estão preparadas para retomar as negociações com a Índia, esperando que o Ministério de Defesa indiano abra as portas para essa chance.
As alegações, sendo elas verdadeiras ou falsas sobre o acordo MMRCA, aumentam as acaloradas discussões já levantadas na Índia sobre supostas fraudes nos processos de compras de aeronaves. Tuddo isso poderá ter um reflexo no Brasil, onde o jato Rafale também compete para ser o novo caça da FAB. Nos dias 28 e 29 de março, na reunião dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Délhi, as autoridades brasileiras e indianas devem debater o assunto.
A competição MMRCA, avaliada em mais de 12 bilhões de dólares, já está em andamento há mais de 10 anos, mas até a assinatura do contrato para as 126 aeronaves, deve levar mais um ano, pois o processo agora encontra-se na fase de negociação do contrato e para saber como será feita a tal transferência de tecnologia e os contratos de offsets que a Dassault propôs.
Fonte: Cavok
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