[Brasil] FX-2: 'Temos uma capacidade operacional à frente dos concorrentes'
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[Brasil] FX-2: 'Temos uma capacidade operacional à frente dos concorrentes'
FX-2: 'Temos uma capacidade operacional à frente dos concorrentes'
“Se quiser ter uma ideia do custo, tem que colocar custo em relação ao benefício. Senão, não significa nada”. A afirmação é do coronel da aviação do exército francês Jean-Marc Merialdo, diretor do consórcio Rafale no Brasil sobre as críticas de que o caça oferecido pelo grupo é o mais caro na disputa: o pacote é estimado em US$ 6,2 bilhões.
“O nosso pacote de transferência de tecnologia não tem preço. É total, completo, de toda a tecnologia do avião de combate”, afirma Merialdo.
Os franceses afirmam que sua proposta oferece um “pacote amplo e completo de cooperação tecnológica e industrial, incluindo know how, softwares, hardware, processos e a entrega de todas as ferramentas e códigos-fonte necessários sem nenhum tipo de restrição”.
Propõem “transferência de 100% dos recursos de desenvolvimento da aeronave no Brasil” e asseguram que a indústria brasileira estará “diretamente envolvida no programa de desenvolvimento”, tonando-se “fornecedora direta”.
Saiba mais sobre o que diz Jean-Marc Merialdo sobre a proposta do Rafale:
iG: O ex-presidente Lula, quando estava à frente do governo, foi claro sobre sua preferência pelo Rafale. O senhor está otimista com a presidente Dilma em relação à escolha para o F-X2?
Jean-Marc Merialdo: Somos muito otimistas. Primeiro porque o governo mudou, mas as propostas não mudaram. O posicionamento das três empresas não mudou e, portanto, a avaliação que pode ser feita de cada uma delas. Segundo, confiamos na nossa proposta de transferência de tecnologia. Isso não tem preço. É garantida pelo governo francês e se baseia num leque de parcerias com a indústria brasileira e universidades, e se enquadra no âmbito de uma parceria estratégica firmada entre os presidentes Lula e Sarkozy no final de 2008.
iG: Qual diferencial do Rafale em comparação com as duas outras propostas?
Jean-Marc: Somos três competidores e os três não são da mesma classe. Temos dois aviões bimotores, o F-18 e o Rafale, que são aproximadamente da mesma classe, têm capacidade operacional parecida, embora o Rafale leve pequena vantagem e seja mais moderno. O outro avião (Gripen) é de classe diferente. Pelo tamanho e por sua capacidade operacional, se compara mais ao nosso Mirrage 2000, geração anterior ao Rafale. Então, eu diria primeiramente que o Rafale tem uma capacidade operacional à frente dos concorrentes.
iG: A Boeing afirma que o Rafale experimenta situações de combate pela primeira vez agora, na Líbia; a Saab, que a configuração do caça francês foi congelada na década de 1990. O que o senhor diz?
Jean-Marc: Ao contrário de muitos outros caças, o Rafale foi desenvolvido desde o início como polivalente, ou seja, é capaz de conduzir várias missões num mesmo voo. Isso foi comprovado na Líbia. Essa polivalência se deve a um dispositivo que chamamos de fusão de dados: permite reunir todas as informações de sensores internos e externos numa única tela. Ele começou a ser projetado em 86 e entrou em operação em 2004, mas a tecnologia não é congelada, é um a arquitetura aberta. Isso permite integrar novas funções e equipamentos o tempo todo. Mais uma vez: o Gripen é da classe do nosso Mirrage 2000. O Rafale é duas vezes mais potente, eficiente e capacitado.
iG: Estima-se que o Rafale seja mais caro: tanto no valor da venda e quanto na despesa para fazê-lo voar.
Jean-Marc: Numa competição você não divulga seu valor sob o risco de dar vantagem aos concorrentes. Sobre o custo de operação, não posso lhe dar figura por enquanto, porque elas estão sendo refinadas a cada vez mais, sobretudo nesta operação na Líbia. Posso dizer que ficam cada vez mais baixas. Se quiser ter uma ideia do custo tem que coloca-lo em relação ao benefício. Senão, não significa nada. Há dois aviões diferentes, é lógico que o custo de operação é diferente.
iG: E como o governo brasileiro poderá pagar pela compra do Rafale, caso o escolha?
Jean-Marc: Uma vez escolhido vendedor haverá uma negociação que vai entrar em detalhes na parte técnica, da transferência de tecnologia e da forma de pagamento. A proposta inclui um esquema de pagamento que depende estritamente do esquema de entrega dos aviões. Agora não se sabe se o Brasil vai pagar diretamente do Tesouro ou se vai recorrer a um empréstimo a bancos. Isso irá influir na forma de pagamento.
iG: O consórcio francês afirma que se o Rafale for escolhido irá gerar parcerias no Brasil que poderão cobrir 160% do valor do contrato de compra. Porém, já existem acordos fechados, inclusive com universidades. Essa iniciativa pode levar os parceiros a fazerem um coro a favor da Rafale?
Jean-Marc: É possível.
Fonte: IG
Via: Hangar do Vinna
“Se quiser ter uma ideia do custo, tem que colocar custo em relação ao benefício. Senão, não significa nada”. A afirmação é do coronel da aviação do exército francês Jean-Marc Merialdo, diretor do consórcio Rafale no Brasil sobre as críticas de que o caça oferecido pelo grupo é o mais caro na disputa: o pacote é estimado em US$ 6,2 bilhões.
“O nosso pacote de transferência de tecnologia não tem preço. É total, completo, de toda a tecnologia do avião de combate”, afirma Merialdo.
Os franceses afirmam que sua proposta oferece um “pacote amplo e completo de cooperação tecnológica e industrial, incluindo know how, softwares, hardware, processos e a entrega de todas as ferramentas e códigos-fonte necessários sem nenhum tipo de restrição”.
Propõem “transferência de 100% dos recursos de desenvolvimento da aeronave no Brasil” e asseguram que a indústria brasileira estará “diretamente envolvida no programa de desenvolvimento”, tonando-se “fornecedora direta”.
Saiba mais sobre o que diz Jean-Marc Merialdo sobre a proposta do Rafale:
iG: O ex-presidente Lula, quando estava à frente do governo, foi claro sobre sua preferência pelo Rafale. O senhor está otimista com a presidente Dilma em relação à escolha para o F-X2?
Jean-Marc Merialdo: Somos muito otimistas. Primeiro porque o governo mudou, mas as propostas não mudaram. O posicionamento das três empresas não mudou e, portanto, a avaliação que pode ser feita de cada uma delas. Segundo, confiamos na nossa proposta de transferência de tecnologia. Isso não tem preço. É garantida pelo governo francês e se baseia num leque de parcerias com a indústria brasileira e universidades, e se enquadra no âmbito de uma parceria estratégica firmada entre os presidentes Lula e Sarkozy no final de 2008.
iG: Qual diferencial do Rafale em comparação com as duas outras propostas?
Jean-Marc: Somos três competidores e os três não são da mesma classe. Temos dois aviões bimotores, o F-18 e o Rafale, que são aproximadamente da mesma classe, têm capacidade operacional parecida, embora o Rafale leve pequena vantagem e seja mais moderno. O outro avião (Gripen) é de classe diferente. Pelo tamanho e por sua capacidade operacional, se compara mais ao nosso Mirrage 2000, geração anterior ao Rafale. Então, eu diria primeiramente que o Rafale tem uma capacidade operacional à frente dos concorrentes.
iG: A Boeing afirma que o Rafale experimenta situações de combate pela primeira vez agora, na Líbia; a Saab, que a configuração do caça francês foi congelada na década de 1990. O que o senhor diz?
Jean-Marc: Ao contrário de muitos outros caças, o Rafale foi desenvolvido desde o início como polivalente, ou seja, é capaz de conduzir várias missões num mesmo voo. Isso foi comprovado na Líbia. Essa polivalência se deve a um dispositivo que chamamos de fusão de dados: permite reunir todas as informações de sensores internos e externos numa única tela. Ele começou a ser projetado em 86 e entrou em operação em 2004, mas a tecnologia não é congelada, é um a arquitetura aberta. Isso permite integrar novas funções e equipamentos o tempo todo. Mais uma vez: o Gripen é da classe do nosso Mirrage 2000. O Rafale é duas vezes mais potente, eficiente e capacitado.
iG: Estima-se que o Rafale seja mais caro: tanto no valor da venda e quanto na despesa para fazê-lo voar.
Jean-Marc: Numa competição você não divulga seu valor sob o risco de dar vantagem aos concorrentes. Sobre o custo de operação, não posso lhe dar figura por enquanto, porque elas estão sendo refinadas a cada vez mais, sobretudo nesta operação na Líbia. Posso dizer que ficam cada vez mais baixas. Se quiser ter uma ideia do custo tem que coloca-lo em relação ao benefício. Senão, não significa nada. Há dois aviões diferentes, é lógico que o custo de operação é diferente.
iG: E como o governo brasileiro poderá pagar pela compra do Rafale, caso o escolha?
Jean-Marc: Uma vez escolhido vendedor haverá uma negociação que vai entrar em detalhes na parte técnica, da transferência de tecnologia e da forma de pagamento. A proposta inclui um esquema de pagamento que depende estritamente do esquema de entrega dos aviões. Agora não se sabe se o Brasil vai pagar diretamente do Tesouro ou se vai recorrer a um empréstimo a bancos. Isso irá influir na forma de pagamento.
iG: O consórcio francês afirma que se o Rafale for escolhido irá gerar parcerias no Brasil que poderão cobrir 160% do valor do contrato de compra. Porém, já existem acordos fechados, inclusive com universidades. Essa iniciativa pode levar os parceiros a fazerem um coro a favor da Rafale?
Jean-Marc: É possível.
Fonte: IG
Via: Hangar do Vinna
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