Hans Guido Mutke e a barreira do som
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Hans Guido Mutke e a barreira do som
WW2: Hans Guido Mutke e a barreira do som
Voando em um jato Messerschmitt 262 (primeiro avião a jato operacional), em 9 de abril de 1945, Hans Guido Mutke pode ter se tornado a primeira pessoa a romper a barreira do som, enquanto sobrevoava a Áustria.
Hans Guido Mutke, piloto e ginecologista, nasceu em Neisse, Alemanha, em 25 de março de 1921. Casado e pai de dois filhos, morreu em Munique no dia 08 de abril de 2004.
Na tentativa de ajudar um piloto e colega que estava sob fogo Aliado, Hans mergulhou seu Me-262 de tal maneira, que ele perdera o controle do caça. O caça começou a vibrar violentamente, e isso fez com que os controles parassem de funcionar. Quando Hans recuperou o controle, o velocímetro estava travado a 1.100 km/h. Embora Hans tenha salvo seu companheiro, o que é bastante gratificante e honroso, a atitude de Hans poderia ter custado o lugar na Luftwaffe, uma vez que os pilotos tinham ordens para não exceder a velocidade de 950 km/h.
Se tudo o que foi relatado acima for verdadeiro, não haverá duvidas que Mutke fora o piloto alemão a romper a barreira do som, dois anos antes do piloto americano, Major George Welch. O piloto americano conseguiu o feito em 1º de setembro de 1947, quando pilotava o avião experimental Bell X-1 que mais se parecia com um foguete, nas cercanias da atual base aérea de Edwards, na Califórnia.
Mutke adentrou na Luftwaffe quando ainda era estudante de medicina, passou três anos como piloto de reconhecimento noturno, procurando e monitorando bombardeiros Aliados que sobrevoavam os céus da Alemanha.
Naquela altura os Aliados já controlavam os céus do Reich de Hitler. Mutke por ser um piloto habilidoso, foi chamado para treinar como piloto de caça a jato, mas precisamente pilotando um Messerschmitt 262, primeiro caça a jato a entrar em combate real. Em sua última missão de combate, Mutke ficou sem combustível, e foi obrigado a invadir o espaço aéreo da neutra Suíça para não cair nas mãos dos Aliados. Ele foi capturado e preso pelos suíços junto com o piloto americano que perseguia-o. Ambos ficaram em cárcere especial.
Terminada a Segunda Guerra Mundial, ele Mutke foi liberado pelas autoridades suíças e terminou sua faculdade de medicina, em Berna e se especializou em ginecologia em Zurique. Ademias, Mutke passou alguns anos desempenhando a função de piloto comercial, pilotando aviões americanos DC-3 Dakota para companhias aéreas da Argentina e Bolívia.
Ao retornar à Alemanha, ele trabalhou como ginecologista até se aposentar. Ele, no entanto, quis manter vivo o seu vínculo com a aviação militar. Ele serviu por anos como médico da reserva da Força Aérea Alemã. Em 1957, seu Me-262 foi doado ao Deutsches Museum que fica em Munique pelas autoridades suíças, onde permanece exposto para o público.
Somente em 1989 que Mutke se deu conta que tinha rompido a barreira do som. Isso foi durante uma conferência entre especialistas em Munique. A conferência celebrava o 50º aniversário do primeiro vôo a jato[1].
Mutke morreu durante uma cirurgia cardíaca, em Munique, e doou seu corpo para Gunther von Hagens, um controverso artista que usa em exposições corpos humanos e órgãos. A exposição já foi vista por mais de 15 milhões de pessoas em cidades dos Estados Unidos e Europa, sendo três milhões em Nova York, onde a exposição está montada.
Fonte: O Informante / Hangar do Vinna
Imagens: Google
Voando em um jato Messerschmitt 262 (primeiro avião a jato operacional), em 9 de abril de 1945, Hans Guido Mutke pode ter se tornado a primeira pessoa a romper a barreira do som, enquanto sobrevoava a Áustria.
Hans Guido Mutke, piloto e ginecologista, nasceu em Neisse, Alemanha, em 25 de março de 1921. Casado e pai de dois filhos, morreu em Munique no dia 08 de abril de 2004.
Na tentativa de ajudar um piloto e colega que estava sob fogo Aliado, Hans mergulhou seu Me-262 de tal maneira, que ele perdera o controle do caça. O caça começou a vibrar violentamente, e isso fez com que os controles parassem de funcionar. Quando Hans recuperou o controle, o velocímetro estava travado a 1.100 km/h. Embora Hans tenha salvo seu companheiro, o que é bastante gratificante e honroso, a atitude de Hans poderia ter custado o lugar na Luftwaffe, uma vez que os pilotos tinham ordens para não exceder a velocidade de 950 km/h.
Hans Guido Mutke's Me 262A on display at the Deutsches Museum.
Se tudo o que foi relatado acima for verdadeiro, não haverá duvidas que Mutke fora o piloto alemão a romper a barreira do som, dois anos antes do piloto americano, Major George Welch. O piloto americano conseguiu o feito em 1º de setembro de 1947, quando pilotava o avião experimental Bell X-1 que mais se parecia com um foguete, nas cercanias da atual base aérea de Edwards, na Califórnia.
Mutke adentrou na Luftwaffe quando ainda era estudante de medicina, passou três anos como piloto de reconhecimento noturno, procurando e monitorando bombardeiros Aliados que sobrevoavam os céus da Alemanha.
Naquela altura os Aliados já controlavam os céus do Reich de Hitler. Mutke por ser um piloto habilidoso, foi chamado para treinar como piloto de caça a jato, mas precisamente pilotando um Messerschmitt 262, primeiro caça a jato a entrar em combate real. Em sua última missão de combate, Mutke ficou sem combustível, e foi obrigado a invadir o espaço aéreo da neutra Suíça para não cair nas mãos dos Aliados. Ele foi capturado e preso pelos suíços junto com o piloto americano que perseguia-o. Ambos ficaram em cárcere especial.
Terminada a Segunda Guerra Mundial, ele Mutke foi liberado pelas autoridades suíças e terminou sua faculdade de medicina, em Berna e se especializou em ginecologia em Zurique. Ademias, Mutke passou alguns anos desempenhando a função de piloto comercial, pilotando aviões americanos DC-3 Dakota para companhias aéreas da Argentina e Bolívia.
Ao retornar à Alemanha, ele trabalhou como ginecologista até se aposentar. Ele, no entanto, quis manter vivo o seu vínculo com a aviação militar. Ele serviu por anos como médico da reserva da Força Aérea Alemã. Em 1957, seu Me-262 foi doado ao Deutsches Museum que fica em Munique pelas autoridades suíças, onde permanece exposto para o público.
Somente em 1989 que Mutke se deu conta que tinha rompido a barreira do som. Isso foi durante uma conferência entre especialistas em Munique. A conferência celebrava o 50º aniversário do primeiro vôo a jato[1].
Mutke morreu durante uma cirurgia cardíaca, em Munique, e doou seu corpo para Gunther von Hagens, um controverso artista que usa em exposições corpos humanos e órgãos. A exposição já foi vista por mais de 15 milhões de pessoas em cidades dos Estados Unidos e Europa, sendo três milhões em Nova York, onde a exposição está montada.
- O Heinkel He 178 foi o primeiro avião turbojato a voar, quase dois anos antes do caça britânico Gloster Meteor. Seu primeiro vôo aconteceu em 27 de agostos de 1939. Na ocasião o caça foi pilotado por Erich Warsitz, piloto de testes da Heinkel Flugzeugwerke.
Fonte: O Informante / Hangar do Vinna
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Amilckar- Colaborador - Notícias de aviação
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Re: Hans Guido Mutke e a barreira do som
Impressionante! Eu sempre me surpreendo ao conhecer um pouco mais sobre a engenharia alemã da 2a guerra, eles sempre estiveram bem à frente dos demais.
O Me-262 e o Ar-234 ainda me causam espanto.
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Re: Hans Guido Mutke e a barreira do som
Acho que se os alemães tivessem conseguido manter a hegemonia dos paises vizinhos, o dominio mundial seria de mercados.
Hoje certamente estariamos num patamar tecnologico bem mais elevado, abraços
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Re: Hans Guido Mutke e a barreira do som
Bayma escreveu:Impressionante! Eu sempre me surpreendo ao conhecer um pouco mais sobre a engenharia alemã da 2a guerra, eles sempre estiveram bem à frente dos demais.
O Me-262 e o Ar-234 ainda me causam espanto.
espanto mesmo é o som do 262,em 2007 em oshkosh passou um bem baixinho.
o som dele causa arrepios!
angelo marcelo- Tenente-Coronel
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Re: Hans Guido Mutke e a barreira do som
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"Voar é basicamente pilotar uma máquina especial, consideradas apenas: inteligência e técnica humanas. Mas não será só isto, com certeza, pois se misturam a cada instante, êxtase prazeroso e temores repentinos, causados por esta mistura de metais, combustíveis, óleos, mostradores, turbilhões, pressões, vento, granizo, chuvas, escuros, claros, suavidades e brutalidades eventuais."
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Re: Hans Guido Mutke e a barreira do som
belo post Amilckar
a engenharia aeronautica alemã era tao avançada, que o US levo 50 anos pra desenvolver o lendario bombardeiro americano B2 "stealth", o qual nada mais é que uma evoluçao do Ho229 alemão, projeto que foi confiscado pelos americanos, juntamente com os prototipos ao final da guerra e da rendiçao alemã, e levados para a historica "area 51" juntamente com a maioria dos especialistas e cientistas alemães que foram rendidos
seguem imagens do Ho229 e da semelhança com o "bat-aviao"
a engenharia aeronautica alemã era tao avançada, que o US levo 50 anos pra desenvolver o lendario bombardeiro americano B2 "stealth", o qual nada mais é que uma evoluçao do Ho229 alemão, projeto que foi confiscado pelos americanos, juntamente com os prototipos ao final da guerra e da rendiçao alemã, e levados para a historica "area 51" juntamente com a maioria dos especialistas e cientistas alemães que foram rendidos
seguem imagens do Ho229 e da semelhança com o "bat-aviao"
hellmike- Banido
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