[Internacional] Milagre dos céus
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[Internacional] Milagre dos céus
Milagre dos céus
Casos espetaculares de aviões que, mesmo em situações extremas, conseguiram pousar em segurança
Boeing 737 da Aloha: pânico a céu aberto (Reprodução)
As leis que regem o voo são um tanto quanto rígidas e quebrá-las normalmente significa um acidente em potencial. Mas há casos na história que contrariam essa lógica. Aviões que, mesmo perdendo partes importantes continuaram voando, na sua maioria, por mérito de uma tripulação bem treinada e focada. Verdadeiros heróis anônimos.
Airway relembra a seguir cinco casos emblemáticos que mostram como o impossível também pode acontecer quando estamos nos céus.
Pousando sem a cauda
Um dos casos mais curiosos de perda de partes móveis de um avião ocorreu em janeiro de 1964 com um bombardeiro B-52, um dos ícones da Guerra Fria. Num voo de teste no estado do Novo México, a tripulação, formada por profissionais da Boeing, testava a versão H do jato, a mais moderna na época.
A ideia era testar o jato em baixas altitudes numa mudança na forma que as missões do avião ocorreriam dali em diante. Após encerrar os testes, o B-52 subiu para cerca de 4 mil metros e encontrou uma forte turbulência que quebrou a cauda quase na sua base. Sem ela, o controle do eixo vertical do avião é quase impossível, além de prejudicar a estabilidade do aparelho.
Pois a tripulação da Boeing conseguiu manter o avião em voo até o pouso seguro realizado 6 horas depois. Para isso foi preciso mudar o centro de gravidade do jato e alterar algumas configurações a fim de dar aos pilotos algum controle.
O bombardeiro B-52 com o leme partido: operação de seis horas para pousar em segurança (USAF)
737 “conversível”
Era o começo da tarde do dia 28 de abril de 1988 quando o Boeing 737 da companhia Aloha Airlines decolou da capital do Hawai, Honolulu com destino a ilha de Maui. Enquanto subiam, os pilotos escutaram barulhos na fuselagem e logo um ruído de vento. Ao virar para trás, o comandante viu algo indescritível: em vez da porta da cabine o céu azul.
Era o início de um dos mais tensos voos já ocorridos na história. Parte do teto da cabine de passageiros se soltou devido a uma manutenção falha e a consequente corrosão. Uma das comissárias acabou sugada para fora da aeronave, mas os demais ocupantes sobreviveram sem ferimentos.
Uma comissário de bordo foi sugada da cabine com o rompimento da fuselagem (Reprodução)
Os pilotos conseguiram levar o jato de volta à pista se comunicando por sinais devido ao barulho do vento, e pousaram o 737 mesmo com apenas um motor funcionando.
Caça de uma asa só
Em 1983, durante um treinamento de combate aéreo o piloto da força aérea de Israel Zivi Nedivi manejava um caça F-15 Eagle quando se chocou no ar com outro avião, um A-4. Enquanto o piloto do A-4 ejetou, Nedivi resolveu tentar levar o caça até a pista de pouso, cerca de 16 km do local onde se encontravam.
O F-15 israelense sem asa: piloto só notou após o pouso (IAF)
O caça supersônico, apesar do choque, parecia sob controle, exceto por algumas tendências a entrar em parafuso. O piloto israelense, então, ligou o pós-combustores e conseguir levar o jato até a base, pousando numa velocidade duas vezes maior do que o normal e conseguindo parar o F-15 a poucos metros do fim da pista.
Nedivi não acreditou quando pode enfim ver os estragos do choque: ele acabara de perder a asa direita do F-15.
Bombardeiro desfigurado
Os bombardeios durante a Segunda Guerra causaram imensas perdas de aviões para o fogo anti-aéreo. Sem a tecnologia atual, esses aparelhos eram obrigados a voar por cima do alvo em altitudes medianas para liberar suas bombas.
O B-17 sem o nariz após ser atingido pelo fogo anti-aéreo na Segunda Guerra (Domínio Público)
As esquadrilhas de B-17 da Força Aérea dos Estados Unidos estão entre as que mais tiveram baixas durante os ataques à Alemanha nazista. Mas nem sempre esses quadrimotores pereciam. Um caso emblemático foi o do B-17 ‘Lovely Juice‘ pilotado por Lawrence Delaney.
Atingido por projéteis de uma bateria anti-aérea em outubro de 1944, o bombardeiro teve o nariz desfigurado e com ele dois dos tripulantes mortos. Mesmo com as ferragens retorcidas e sem enxergar claramente à frente, Delaney conseguiu retornar à base na Inglaterra e pousar em segurança, num dos vários casos em que os B-17 honraram o apelido de ‘Fortalezas Voadoras’.
Do lado de fora do avião
Manhã de um domingo de 1990 no aeroporto de Birmingham, na Inglaterra. O voo 5390 da British Airways decola às 7 horas e começa sua subida para o nível de cruzeiro. O jato em questão, o britânico 1-11 (One-Eleven), levava 80 passageiros quando uma súbita descompressão causou um incidente inusitado: o para-brisa à frente do comandante Tim Lancaster se soltou da aeronave e levou o piloto para fora.
O voo 5390 da British Airways: piloto do lado de fora
Num momento de sorte, a tripulação conseguiu segurar Lancaster pelas pernas mesmo a cerca de 7 mil metros de altitude. O co-piloto assumiu o comando enquanto os comissários mantiveram o comandante preso.
Após uma descida de emergência e o pouso no aeroporto de Southampton, os colegas de Lancaster descobriram que ele estava vivo, apesar de terem ouvido a cabeça do piloto bater na fuselagem várias vezes durante os cerca de 20 minuto de drama.
Por um milagre, o comandante sofreu ferimentos medianos e voltou a voar cinco meses depois.
Fonte: Airway
Casos espetaculares de aviões que, mesmo em situações extremas, conseguiram pousar em segurança
Boeing 737 da Aloha: pânico a céu aberto (Reprodução)
As leis que regem o voo são um tanto quanto rígidas e quebrá-las normalmente significa um acidente em potencial. Mas há casos na história que contrariam essa lógica. Aviões que, mesmo perdendo partes importantes continuaram voando, na sua maioria, por mérito de uma tripulação bem treinada e focada. Verdadeiros heróis anônimos.
Airway relembra a seguir cinco casos emblemáticos que mostram como o impossível também pode acontecer quando estamos nos céus.
Pousando sem a cauda
Um dos casos mais curiosos de perda de partes móveis de um avião ocorreu em janeiro de 1964 com um bombardeiro B-52, um dos ícones da Guerra Fria. Num voo de teste no estado do Novo México, a tripulação, formada por profissionais da Boeing, testava a versão H do jato, a mais moderna na época.
A ideia era testar o jato em baixas altitudes numa mudança na forma que as missões do avião ocorreriam dali em diante. Após encerrar os testes, o B-52 subiu para cerca de 4 mil metros e encontrou uma forte turbulência que quebrou a cauda quase na sua base. Sem ela, o controle do eixo vertical do avião é quase impossível, além de prejudicar a estabilidade do aparelho.
Pois a tripulação da Boeing conseguiu manter o avião em voo até o pouso seguro realizado 6 horas depois. Para isso foi preciso mudar o centro de gravidade do jato e alterar algumas configurações a fim de dar aos pilotos algum controle.
O bombardeiro B-52 com o leme partido: operação de seis horas para pousar em segurança (USAF)
737 “conversível”
Era o começo da tarde do dia 28 de abril de 1988 quando o Boeing 737 da companhia Aloha Airlines decolou da capital do Hawai, Honolulu com destino a ilha de Maui. Enquanto subiam, os pilotos escutaram barulhos na fuselagem e logo um ruído de vento. Ao virar para trás, o comandante viu algo indescritível: em vez da porta da cabine o céu azul.
Era o início de um dos mais tensos voos já ocorridos na história. Parte do teto da cabine de passageiros se soltou devido a uma manutenção falha e a consequente corrosão. Uma das comissárias acabou sugada para fora da aeronave, mas os demais ocupantes sobreviveram sem ferimentos.
Uma comissário de bordo foi sugada da cabine com o rompimento da fuselagem (Reprodução)
Os pilotos conseguiram levar o jato de volta à pista se comunicando por sinais devido ao barulho do vento, e pousaram o 737 mesmo com apenas um motor funcionando.
Caça de uma asa só
Em 1983, durante um treinamento de combate aéreo o piloto da força aérea de Israel Zivi Nedivi manejava um caça F-15 Eagle quando se chocou no ar com outro avião, um A-4. Enquanto o piloto do A-4 ejetou, Nedivi resolveu tentar levar o caça até a pista de pouso, cerca de 16 km do local onde se encontravam.
O F-15 israelense sem asa: piloto só notou após o pouso (IAF)
O caça supersônico, apesar do choque, parecia sob controle, exceto por algumas tendências a entrar em parafuso. O piloto israelense, então, ligou o pós-combustores e conseguir levar o jato até a base, pousando numa velocidade duas vezes maior do que o normal e conseguindo parar o F-15 a poucos metros do fim da pista.
Nedivi não acreditou quando pode enfim ver os estragos do choque: ele acabara de perder a asa direita do F-15.
Bombardeiro desfigurado
Os bombardeios durante a Segunda Guerra causaram imensas perdas de aviões para o fogo anti-aéreo. Sem a tecnologia atual, esses aparelhos eram obrigados a voar por cima do alvo em altitudes medianas para liberar suas bombas.
O B-17 sem o nariz após ser atingido pelo fogo anti-aéreo na Segunda Guerra (Domínio Público)
As esquadrilhas de B-17 da Força Aérea dos Estados Unidos estão entre as que mais tiveram baixas durante os ataques à Alemanha nazista. Mas nem sempre esses quadrimotores pereciam. Um caso emblemático foi o do B-17 ‘Lovely Juice‘ pilotado por Lawrence Delaney.
Atingido por projéteis de uma bateria anti-aérea em outubro de 1944, o bombardeiro teve o nariz desfigurado e com ele dois dos tripulantes mortos. Mesmo com as ferragens retorcidas e sem enxergar claramente à frente, Delaney conseguiu retornar à base na Inglaterra e pousar em segurança, num dos vários casos em que os B-17 honraram o apelido de ‘Fortalezas Voadoras’.
Do lado de fora do avião
Manhã de um domingo de 1990 no aeroporto de Birmingham, na Inglaterra. O voo 5390 da British Airways decola às 7 horas e começa sua subida para o nível de cruzeiro. O jato em questão, o britânico 1-11 (One-Eleven), levava 80 passageiros quando uma súbita descompressão causou um incidente inusitado: o para-brisa à frente do comandante Tim Lancaster se soltou da aeronave e levou o piloto para fora.
O voo 5390 da British Airways: piloto do lado de fora
Num momento de sorte, a tripulação conseguiu segurar Lancaster pelas pernas mesmo a cerca de 7 mil metros de altitude. O co-piloto assumiu o comando enquanto os comissários mantiveram o comandante preso.
Após uma descida de emergência e o pouso no aeroporto de Southampton, os colegas de Lancaster descobriram que ele estava vivo, apesar de terem ouvido a cabeça do piloto bater na fuselagem várias vezes durante os cerca de 20 minuto de drama.
Por um milagre, o comandante sofreu ferimentos medianos e voltou a voar cinco meses depois.
Fonte: Airway
Amilckar- Colaborador - Notícias de aviação
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Re: [Internacional] Milagre dos céus
Amilckar tem mais histórias dessas? Fiquei muito curioso, surpreendente as coisas vista nesse tópico
Douglas.Matos- Major-Brigadeiro
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