Desastre de Ramos (1959)
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Desastre de Ramos (1959)
Boa tarde amigos do Voo Virtual!
Sou entusiasta da aviação, e tenho um especial interesse em acidentes aéreos. Talvez, por isso, goste tanto das obras de Ivan Sant'Anna, autor de Caixa-Preta e Perda Total.
Sucede que tenho um grande amigo, que perdeu os pais num acidente aéreo que ficou conhecido pela história como "Desastre de Ramos".
Uma aeronave Viscount da VASP, no dia 22 de dezembro de 1959, ao se aproximar para pouso no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi abalroada pelo Fokker T-21, conduzido pelo cadete da Aeronaútica Eduardo da Silva Pereira, que fazia treinamentos no Campo dos Afonsos.
Na verdade, minha dúvida nasceu da leitura que fiz do Jornal do Brasil do dia posterior ao acidente. Diz a reportagem que trata do desastre que: "às 22 horas a perícia da FAB no local em que caiu o Viscount informou a imprensa ter chegado a uma primeira conclusão sobre o desastre. O Comandante do PP-SRG da VASP ao pressentir que o aparelho poderia cair sobre zona residencial, tratou de esvaziar o tanque para evitar a explosão."
Ora, senhores, levando em consideração que a aeronave da VASP já se aproximava para pouso, e o fato de encontrar-se o Comandante Ataliba Euclydes envolvido na súbita intenção de equilibrar sua aeronave, que na colisão perdeu parte significativa da asa esquerda, de que forma poderia "esvaziar" os tanques da aeronave em tão curto espaço de tempo? Alguém sabe informar se esse avião (conhecido como um lorde inglês no Brasil) Vickers Viscount - primeira aeronave a utilizar-se de tecnologia de turbo-hélice como fonte de propulsão - tinha algum dispositivo que possibilitasse o piloto de descartar rapidamente o combustível? Ou será que houve precipitação da FAB nessa prematura investigação?
Abraço a todos e um excelente domingo
Sou entusiasta da aviação, e tenho um especial interesse em acidentes aéreos. Talvez, por isso, goste tanto das obras de Ivan Sant'Anna, autor de Caixa-Preta e Perda Total.
Sucede que tenho um grande amigo, que perdeu os pais num acidente aéreo que ficou conhecido pela história como "Desastre de Ramos".
Uma aeronave Viscount da VASP, no dia 22 de dezembro de 1959, ao se aproximar para pouso no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi abalroada pelo Fokker T-21, conduzido pelo cadete da Aeronaútica Eduardo da Silva Pereira, que fazia treinamentos no Campo dos Afonsos.
Na verdade, minha dúvida nasceu da leitura que fiz do Jornal do Brasil do dia posterior ao acidente. Diz a reportagem que trata do desastre que: "às 22 horas a perícia da FAB no local em que caiu o Viscount informou a imprensa ter chegado a uma primeira conclusão sobre o desastre. O Comandante do PP-SRG da VASP ao pressentir que o aparelho poderia cair sobre zona residencial, tratou de esvaziar o tanque para evitar a explosão."
Ora, senhores, levando em consideração que a aeronave da VASP já se aproximava para pouso, e o fato de encontrar-se o Comandante Ataliba Euclydes envolvido na súbita intenção de equilibrar sua aeronave, que na colisão perdeu parte significativa da asa esquerda, de que forma poderia "esvaziar" os tanques da aeronave em tão curto espaço de tempo? Alguém sabe informar se esse avião (conhecido como um lorde inglês no Brasil) Vickers Viscount - primeira aeronave a utilizar-se de tecnologia de turbo-hélice como fonte de propulsão - tinha algum dispositivo que possibilitasse o piloto de descartar rapidamente o combustível? Ou será que houve precipitação da FAB nessa prematura investigação?
Abraço a todos e um excelente domingo
Francisco Reis- Major
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Re: Desastre de Ramos (1959)
Boa tarde caríssimo Francisco,
Dei uma olhada superficial na Internet e achei esta foto de um Vickers Viscount fazendo alijamento de combustível.
http://www.vickersviscount.net/Pages_Photos/Photos_CNGalleryLarge.aspx
Portanto acredito que o relatório da FAB faça sentido.
Abraços
Fontenele
Dei uma olhada superficial na Internet e achei esta foto de um Vickers Viscount fazendo alijamento de combustível.
http://www.vickersviscount.net/Pages_Photos/Photos_CNGalleryLarge.aspx
Portanto acredito que o relatório da FAB faça sentido.
Abraços
Fontenele
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Fontenele- Coronel
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Re: Desastre de Ramos (1959)
Muito bom Fontenele,
Na verdade, a minha dúvida surgiu do fato do Jornal Correio da Manhã (Rio de Janeiro) do dia 22 de dezembro de 1959, declarar que "nuvens negras de querosene em combustão elevaram-se no ar".
Por assim dizer, enquanto o Jornal do Brasil da mesma data fala dessa versão da perícia efetuada pela FAB (descarte de combustível), o Correio da Manhã fala de explosão.
Mas valeu a excelente informação comandante
Grande abraço
Na verdade, a minha dúvida surgiu do fato do Jornal Correio da Manhã (Rio de Janeiro) do dia 22 de dezembro de 1959, declarar que "nuvens negras de querosene em combustão elevaram-se no ar".
Por assim dizer, enquanto o Jornal do Brasil da mesma data fala dessa versão da perícia efetuada pela FAB (descarte de combustível), o Correio da Manhã fala de explosão.
Mas valeu a excelente informação comandante
Grande abraço
Francisco Reis- Major
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Re: Desastre de Ramos (1959)
Na minha opnião é impossível ter descartado (alijado) o combustível no momento do impacto até a queda, é um tempo muito curto, diga-se de passagem. Soma-se também o fato da aeronave estar em baixa altitude devido a aproximação com o SDU.
Lupaixao707- Segundo-Tenente
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