[Brasil] O guardião do céu brasileiro é cearense
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[Brasil] O guardião do céu brasileiro é cearense
O guardião do céu brasileiro é cearense
Conheça mais do fortalezense responsável por abater aeronaves no espaço aéreo brasileiro, se preciso for
Baptista Júnior atento ao radar, com a TV no jogo Brasil x Japão
FOTO ARQUIVO PESSOAL
Beiravam 16h30min do dia 15 de junho de 2013. Neymar e companhia tentavam (re)conquistar a torcida brasileira no Estádio Nacional Mané Garrincha. Manifestações aconteciam do lado de fora. Era a abertura da Copa das Confederações em Brasília. Enquanto isso, um A-29 Super Tucano interceptava uma aeronave suspeita, a 90 km da capital federal. O avião havia entrado na área de exclusão da defesa aérea. O invasor foi policiado e obrigado a desviar a rota. Pousou em Oriçanga de Abreu, na divisa de Goiás com a Bahia. Quem coordenou a ação foi o major brigadeiro do ar Baptista Júnior, chefe do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra).
O homem de olhar fixo na tela do radar com o espaço aéreo não liga muito para futebol. Pelo menos não durante o trabalho. Diverte-se mais com o monitoramento no radar. O Brasil derrotou o Japão por três a zero. “De todos os gols do torneio, vi quatro”. Baptista é o delegado da presidente Dilma Rousseff ou do comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Juniti Saito, para a chamada Lei do Abate. Pela regra, ele pode mandar interceptar uma aeronave suspeita, sob o aval superior, caso haja algum risco à população. Por enquanto, ainda não precisou levá-la até o fim.
Carlos Almeida Baptista Júnior já nasceu em ambiente militar. Mais precisamente num leito do Hospital do Exército, na avenida Desembargador Moreira, em Fortaleza. Foi em 5 de setembro de 1960. Do pai herdou o nome e a missão aeronáutica.
“Como filho de militar, não sou de lugar nenhum, sou do Brasil”, diz o brigadeiro ao O POVO, por telefone, com o timbre semelhante ao que ouviu durante seus 38 anos de serviço patriótico. Agora, como guardião maior dos céus brasileiros, admite ter atingido o ápice de uma carreira de piloto de defesa. No currículo comum a poucos, mais de cinco mil horas de voo, sendo mais de 2,8 mil em aviões a jato e 2,2 mil em caças operacionais nas aviações de caça e reconhecimento.
Retornos marcantes
Saiu de Fortaleza sem chance de ter lembranças da infância. Aos dois meses, foi com a família para o Rio de Janeiro. “Fui para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr) em 1975, em Barbacena (MG)”. Por força da atividade, voltou por duas vezes à capital cearense. A primeira em 1983, como tenente. “O último ano do curso de caça em Fortaleza foi a minha turma”. Do portão da Base, costumava olhar para a Lagoa do Opaia, agora só no imaginário, pois o Aeroporto Internacional Pinto Martins atraiu população e urbanidade para o entorno.
Para ele, aeroportos em áreas urbanas trazem muitos problemas, como a própria limitação de ampliação do próprio equipamento. “O barulho do avião no interior da cidade começa a gerar movimentos contrários ao aeroporto. O aeroporto tem que ser visto como grande instrumento de desenvolvimento da cidade. Isso tem que ser preservado pelas autoridades locais”, cobra, discretamente.
A outra vez que retornou a Fortaleza foi para assumir o comando da Base Aérea de Fortaleza, em 2005, sob uma enxurrada de histórias até hoje não desvendadas. Foi o ano da retomada das investigações sobre o duplo homicídio dos soldados Francisco Cleoman Fontenele Filho e Robson Mendonça Cunha, mortos em 10 de setembro de 2004 dentro da Base Aérea. Optou não falar do assunto.
Orgulha-se de ter sido comandante da Base Aérea de Fortaleza, piloto de caça, comandante do esquadrão dos aviões que foram adquiridos pelo Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac). Soma 14 condecorações, 20 cursos acadêmicos, operacionais e civis, além de 13 cargos importantes por que passou.
Praia do presente
A residência não é mais em Fortaleza. Nem sabe se vai voltar um dia. Mas não é surpresa se Baptista for encontrado na Praia do Futuro comendo caranguejo ou peixe frito. O lugar é o preferido para recarregar as baterias. E depois de liderar o Comdabra, será comandante da FAB? Ministro da Defesa? Quiçá.
AERONAVES QUE PILOTOU
T-23
T-25
AT-26 (Xavante)
C-95 (Bandeirante)
T-27 (Tucano)
U-7 (Sêneca)
U-42 (Regente)
F-103 (Mirage III)
F-5 (Tiger II)
EMB 135/145/C-99 (Jet Class)
E/R-99 (Guardião)
C-98B (Grand Caravan)
CARREIRA MILITAR
Aspirante 10/12/1981
2º Tenente 31/8/1982
1º Tenente 31/8/1984
Capitão 31/8/1987
Major 25/12/1993
Tenente-Coronel 30/4/1999
Coronel 30/4/2004
Brigadeiro do Ar 31/7/2009
Major Brigadeiro do Ar 31/3/2013
Fonte: O povo
Conheça mais do fortalezense responsável por abater aeronaves no espaço aéreo brasileiro, se preciso for
Baptista Júnior atento ao radar, com a TV no jogo Brasil x Japão
FOTO ARQUIVO PESSOAL
Beiravam 16h30min do dia 15 de junho de 2013. Neymar e companhia tentavam (re)conquistar a torcida brasileira no Estádio Nacional Mané Garrincha. Manifestações aconteciam do lado de fora. Era a abertura da Copa das Confederações em Brasília. Enquanto isso, um A-29 Super Tucano interceptava uma aeronave suspeita, a 90 km da capital federal. O avião havia entrado na área de exclusão da defesa aérea. O invasor foi policiado e obrigado a desviar a rota. Pousou em Oriçanga de Abreu, na divisa de Goiás com a Bahia. Quem coordenou a ação foi o major brigadeiro do ar Baptista Júnior, chefe do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra).
O homem de olhar fixo na tela do radar com o espaço aéreo não liga muito para futebol. Pelo menos não durante o trabalho. Diverte-se mais com o monitoramento no radar. O Brasil derrotou o Japão por três a zero. “De todos os gols do torneio, vi quatro”. Baptista é o delegado da presidente Dilma Rousseff ou do comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Juniti Saito, para a chamada Lei do Abate. Pela regra, ele pode mandar interceptar uma aeronave suspeita, sob o aval superior, caso haja algum risco à população. Por enquanto, ainda não precisou levá-la até o fim.
Carlos Almeida Baptista Júnior já nasceu em ambiente militar. Mais precisamente num leito do Hospital do Exército, na avenida Desembargador Moreira, em Fortaleza. Foi em 5 de setembro de 1960. Do pai herdou o nome e a missão aeronáutica.
“Como filho de militar, não sou de lugar nenhum, sou do Brasil”, diz o brigadeiro ao O POVO, por telefone, com o timbre semelhante ao que ouviu durante seus 38 anos de serviço patriótico. Agora, como guardião maior dos céus brasileiros, admite ter atingido o ápice de uma carreira de piloto de defesa. No currículo comum a poucos, mais de cinco mil horas de voo, sendo mais de 2,8 mil em aviões a jato e 2,2 mil em caças operacionais nas aviações de caça e reconhecimento.
Retornos marcantes
Saiu de Fortaleza sem chance de ter lembranças da infância. Aos dois meses, foi com a família para o Rio de Janeiro. “Fui para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr) em 1975, em Barbacena (MG)”. Por força da atividade, voltou por duas vezes à capital cearense. A primeira em 1983, como tenente. “O último ano do curso de caça em Fortaleza foi a minha turma”. Do portão da Base, costumava olhar para a Lagoa do Opaia, agora só no imaginário, pois o Aeroporto Internacional Pinto Martins atraiu população e urbanidade para o entorno.
Para ele, aeroportos em áreas urbanas trazem muitos problemas, como a própria limitação de ampliação do próprio equipamento. “O barulho do avião no interior da cidade começa a gerar movimentos contrários ao aeroporto. O aeroporto tem que ser visto como grande instrumento de desenvolvimento da cidade. Isso tem que ser preservado pelas autoridades locais”, cobra, discretamente.
A outra vez que retornou a Fortaleza foi para assumir o comando da Base Aérea de Fortaleza, em 2005, sob uma enxurrada de histórias até hoje não desvendadas. Foi o ano da retomada das investigações sobre o duplo homicídio dos soldados Francisco Cleoman Fontenele Filho e Robson Mendonça Cunha, mortos em 10 de setembro de 2004 dentro da Base Aérea. Optou não falar do assunto.
Orgulha-se de ter sido comandante da Base Aérea de Fortaleza, piloto de caça, comandante do esquadrão dos aviões que foram adquiridos pelo Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac). Soma 14 condecorações, 20 cursos acadêmicos, operacionais e civis, além de 13 cargos importantes por que passou.
Praia do presente
A residência não é mais em Fortaleza. Nem sabe se vai voltar um dia. Mas não é surpresa se Baptista for encontrado na Praia do Futuro comendo caranguejo ou peixe frito. O lugar é o preferido para recarregar as baterias. E depois de liderar o Comdabra, será comandante da FAB? Ministro da Defesa? Quiçá.
AERONAVES QUE PILOTOU
T-23
T-25
AT-26 (Xavante)
C-95 (Bandeirante)
T-27 (Tucano)
U-7 (Sêneca)
U-42 (Regente)
F-103 (Mirage III)
F-5 (Tiger II)
EMB 135/145/C-99 (Jet Class)
E/R-99 (Guardião)
C-98B (Grand Caravan)
CARREIRA MILITAR
Aspirante 10/12/1981
2º Tenente 31/8/1982
1º Tenente 31/8/1984
Capitão 31/8/1987
Major 25/12/1993
Tenente-Coronel 30/4/1999
Coronel 30/4/2004
Brigadeiro do Ar 31/7/2009
Major Brigadeiro do Ar 31/3/2013
Fonte: O povo
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