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[Brasil] Plano prevê demolições no Centro e saída de aviões do Campo de Marte Gse_multipart13851

[Brasil] Plano prevê demolições no Centro e saída de aviões do Campo de Marte

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Mensagem por Amilckar Sáb 24 Ago 2013, 14:10

Plano prevê demolições no Centro e saída de aviões do Campo de Marte


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Prédios antigos podem ser demolidos e reconstruídos nos mesmos moldes.
Campo de Marte funcionaria apenas como heliporto, segundo proposta.



Nos próximos 20 anos, a Prefeitura de São Paulo quer incentivar que prédios sem valor histórico sejam demolidos e suas áreas sejam reconstruídas de forma modernizada no Centro. A ideia é parte da minuta do novo texto do Plano Diretor  apresentado por Fernando Haddad (PT) nesta segunda-feira (19).

O documento tem 84 páginas e pode ser acessado no site da Prefeitura. Ele prevê ainda tirar aviões do Campo de Marte para incentivar a urbanização na vizinhaça, dar isenções para empresas que se instalarem na Zona Leste e limitar a oferta de vagas de garagem em novos empreendimentos, entre outros pontos.

Para o Centro, o Plano Diretor prevê a possibilidade do "retrofit total", que permite que prédios sem valor histórico do Centro sejam demolidos, ao invés de apenas reformados. No local deve ser construída a mesma volumetria do prédio antigo, com o mesmo número de apartamentos.O texto do Plano Diretor passará ainda por uma sequência de audiências públicas antes da redação final ser levada pelo Executivo para votação na Câmara. Nos próximos dias, a administração municipal também vai receber comentários de moradores sobre a minuta do texto. A participação será através do site da Gestão Urbana
O Plano é a principal lei sobre como deve ser o desenvolvimento da cidade nas próximas décadas.
“Ele vai poder refazer inteiramente, adequando sobretudo a legislação de segurança. Então, você não vai ter mais área construída, mas você vai ter área construída e mais moderna no Centro”, afirmou Haddad. O retrofit pode ser utilizado tanto pela iniciativa privada quanto pelo poder público, caso seja aprovado.


  •  Apesar do Centro ser considerado uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS), será possível manter a ocupação da área com prédios comerciais, desde que esses empreendimentos construam unidades de moradia popular em uma área equivalente dentro do mesmo distrito através de permuta.

O prefeito também prometeu aumentar o IPTU dos imóveis ociosos da área. “Nós vamos tirar do papel finalmente o IPTU progressivo no tempo, porque está aprovado, mas não virou realidade”, afirmou. Um dispositivo previsto no Plano Diretor Estratégico (PDE), aprovado em 2002, prevê que a cada ano, a alíquota do IPTU será dobrada, até atingir 15% do valor da propriedade caso o imóvel permaneça desocupado.
Outro intenção da prefeitura, que consta apenas como sugestão do Plano Diretor são as cotas de solidariedade, que é uma contrapartida de grandes lotes de empreendimentos imobiliários que determina a destinação de uma fração do terreno para moradia popular. Um modelo semelhante já é adotado pela operação Urbana Água Branca, que determina que 20% da área da operação seja para a moradia popular.
“Se há uma preocupação com mobilidade e com meio ambiente associado aos grandes empreendimentos, me parece também que tem todo o sentido”, ressaltou o prefeito ao comentar o interesse privado como contrapartida social.


Zona Norte

As mudanças urbanísticas anunciadas para a Zona Norte de São Paulo dependem do fechamento do aeroporto do Campo de Marte para voos particulares.

“Nós queremos fechar o Campo de Marte para asa fixa, mantendo o heliporto e construindo o apoio Norte com ênfase no transporte coletivo”, destacou o prefeito. Sem os aviões sobrevoando o local, Haddad espera diminuir as restrições de aproximação do local e levar empregos para a região através da instalação de prédios comerciais, já que a área que é a segunda da cidade que mais sofre com a falta de emprego e faz os moradores de deslocarem para outras regiões.
Ele acredita que essa possibilidade ocorra em um período de dois anos, com a criação de um aeroporto para aviões de pequeno porte em um terreno localizado em Parelheiros, na Zona Sul.
O espaço do aeroporto será mantido, mas está prevista a construção de uma nova avenida que está interligada com o transporte coletivo, seja através de corredores de ônibus ou  veículo leve sobre os trilhos (VLT).
“Ela vai ser redesenhada para contemplar transporte de média e alta capacidade com o objetivo de levar empregos pra lá. É uma operação mais complexo, porque a avenida não existe. Como o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] não contempla obra rodoviária, nós vamos fazer o mesmo projeto do viário Sul. Isso vai exigir a aprovação de uma lei específica para o Arco Tietê”, explicou o petista.
A mudança de empresas na Zona Norte é um dos principais desafios da prefeitura para viabilizar o Arco Tietê, um dos principais eixos do Arco do Futuro.


A gente quer difundir ainda mais essa oferta de emprego e levar empregos a regiões que ainda são carentes"

Fernando de Mello Franco,
secretário de Desenvolvimento Urbano (SMDU)

Arco Tietê

O Arco Tietê será o núcleo central do Arco do Futuro e pretende modernizar o desenvolvimento urbano de uma área de 6.044 hectares à beira do rio que corta a cidade.

As obras de apoio viário Norte e Sul da Marginal Tietê serão realizadas entre as rodovias Dutra e a Anhanguera e abrange parte dos bairros às margens do Tietê -  Vila Maria, Vila Guilherme, Santana, Tucuruvi, Casa Verde, Cachoeirinha, Freguesia do Ó, Brasilândia, Pirituba, Lapa, Sé e Mooca.
O território que compõe o Arco Tietê e será revitalizado apresenta a intersecção de dois eixos estruturantes do desenvolvimento urbano da cidade de São Paulo: as operações urbanas consorciadas Diagonal Norte e Diagonal Sul, previstas pelo Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e o território do Arco do Futuro.

Menos carros


O plano prevê que em dez anos a cidade deverá passar dos 119 km de corredores de ônibus para 400 km.  Deverá ser autorizada a ampliação de limites de construção a 200 metros de distância desses corredores de ônibus e a 400 metros das estações metroviárias para estimular o uso de transporte coletivo. Em contrapartida deve haver maiores restrições à construção de garagens em novos prédios para inibir o uso de transporte individual.  A Prefeitura deverá adotar um teto de uma vaga de carro por unidade em empreendimentos residenciais multifamiliares.



Fonte: G1
Via: Aviationnews

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Carlos Amilckar
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