[Brasil] Companhias não conseguem repassar aumento de custos ao consumidor no primeiro semestre
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[Brasil] Companhias não conseguem repassar aumento de custos ao consumidor no primeiro semestre
Ao contrário do que era previsto, as cias aéreas do país não têm conseguido repassar ao consumidor o processo de aumento de custos que o setor atravessa. Sob um risco de ver a ocupação dos voos cair, as empresas não puderam elevar muito o valor dos bilhetes, mesmo com um excesso na oferta de assentos do primeiro semestre desse ano.
Porém, a prova de que as passagens aéreas ainda não estão pesando no bolso do brasileiro ao menos esse ano é que o item acumula queda de 5,3%, até Setembro desse ano, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A inflação oficial possui uma alta de 3,77% ao ano. Além disso, os números do IBGE referem-se basicamente a passagens compradas para turismo e lazer. Mas onde o movimento de passageiros que voam a negócios é mais intenso, como na ponte aérea Rio-São Paulo, o consumidor se depara com bilhetes caros. O setor prevê que, se os preços subirem amplamente, a nova classe média, que puxou a explosão da demanda nos últimos anos, voltará a andar de ônibus.
Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR, afirmou: “Estamos num momento em que o passageiro incorporado com a última redução de preço está chegando no limite de sua capacidade. Se o preço subir, muita gente sai do avião e volta para o ônibus”. Um cálculo da entidade aponta que, para cada 1% de aumento de preço, a demanda por transporte aéreo cai 1,4%.
A Tam, maior companhia brasileria, confirma que não pôde realizar o repasse no primeiro semestre, mas vê espaço para as passagens subirem na segunda metade de 2012. A principal base para isso seria uma maior disciplina na oferta vista desde meados do ano. Até o fim do ano, a empresa deverá reduzir a oferta em 2%, e em cerca de 7% em 2013. Na Gol, vice-líder no mercado doméstico, a meta de redução é de entre 2% e 4,5%.
A Vermelhinha não divulgou suas projeções para 2013, mas prevê que o movimento no segundo semestre seja mais intenso. Cláudia Sender, vice-presidente da unidade de Negócios Domésticos da companhia, afirma: “Agora, sim, conseguiremos ver essa retomada no crescimento do preço das passagens. A partir de julho, já começamos a ver isso acontecer mais fortemente”.
A executiva diz que as passagens mais baratas não vão desaparecer do mercado, mas ressalta que o consumidor terá de planejar sua viagem com tempo para conseguir preços baixos: “Ainda existem disponíveis no mercado tarifas de lazer, mas vai ser cada vez mais importante o passageiro se programar com antecedência para comprar”, explica.
Do outro lado, a Gol diz que a combinação de demanda e preço no primeiro semestre ainda não foi o suficiente para fazer um resultado positivo. E a Azul também reconhece que o ano está sendo complicado, mas aposta no ganho de escala que a fusão com a Trip lhe dará para atravessar o período de turbulências.
Em uma avaliação da ABEAR, a saída para que as aéreas voltem a dar lucro está na redução de custos. Para isso, a entidade tem mantido conversas constantes com o governo. Entre os interlocutores estão pelo menos quatro ministros e a ANAC.
Sanovicz afirma que o próximo alvo para diminuir o preço é o QAV, que acumula alta de 18,9% este ano até 1.º de Outubro agora. Além de o querosene custar mais que em outros países, as aéreas reclamam da alta carga de ICMS sobre o insumo. As conversas devem começar nas próximas semanas.
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Porém, a prova de que as passagens aéreas ainda não estão pesando no bolso do brasileiro ao menos esse ano é que o item acumula queda de 5,3%, até Setembro desse ano, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A inflação oficial possui uma alta de 3,77% ao ano. Além disso, os números do IBGE referem-se basicamente a passagens compradas para turismo e lazer. Mas onde o movimento de passageiros que voam a negócios é mais intenso, como na ponte aérea Rio-São Paulo, o consumidor se depara com bilhetes caros. O setor prevê que, se os preços subirem amplamente, a nova classe média, que puxou a explosão da demanda nos últimos anos, voltará a andar de ônibus.
Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR, afirmou: “Estamos num momento em que o passageiro incorporado com a última redução de preço está chegando no limite de sua capacidade. Se o preço subir, muita gente sai do avião e volta para o ônibus”. Um cálculo da entidade aponta que, para cada 1% de aumento de preço, a demanda por transporte aéreo cai 1,4%.
A Tam, maior companhia brasileria, confirma que não pôde realizar o repasse no primeiro semestre, mas vê espaço para as passagens subirem na segunda metade de 2012. A principal base para isso seria uma maior disciplina na oferta vista desde meados do ano. Até o fim do ano, a empresa deverá reduzir a oferta em 2%, e em cerca de 7% em 2013. Na Gol, vice-líder no mercado doméstico, a meta de redução é de entre 2% e 4,5%.
A Vermelhinha não divulgou suas projeções para 2013, mas prevê que o movimento no segundo semestre seja mais intenso. Cláudia Sender, vice-presidente da unidade de Negócios Domésticos da companhia, afirma: “Agora, sim, conseguiremos ver essa retomada no crescimento do preço das passagens. A partir de julho, já começamos a ver isso acontecer mais fortemente”.
A executiva diz que as passagens mais baratas não vão desaparecer do mercado, mas ressalta que o consumidor terá de planejar sua viagem com tempo para conseguir preços baixos: “Ainda existem disponíveis no mercado tarifas de lazer, mas vai ser cada vez mais importante o passageiro se programar com antecedência para comprar”, explica.
Do outro lado, a Gol diz que a combinação de demanda e preço no primeiro semestre ainda não foi o suficiente para fazer um resultado positivo. E a Azul também reconhece que o ano está sendo complicado, mas aposta no ganho de escala que a fusão com a Trip lhe dará para atravessar o período de turbulências.
Em uma avaliação da ABEAR, a saída para que as aéreas voltem a dar lucro está na redução de custos. Para isso, a entidade tem mantido conversas constantes com o governo. Entre os interlocutores estão pelo menos quatro ministros e a ANAC.
Sanovicz afirma que o próximo alvo para diminuir o preço é o QAV, que acumula alta de 18,9% este ano até 1.º de Outubro agora. Além de o querosene custar mais que em outros países, as aéreas reclamam da alta carga de ICMS sobre o insumo. As conversas devem começar nas próximas semanas.
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João Pedro Duarte
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