[Brasil] TAM vai reduzir oferta em 7% em 2013
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[Brasil] TAM vai reduzir oferta em 7% em 2013
TAM vai reduzir oferta em 7% em 2013
A TAM Linhas Aéreas vai reduzir a oferta de assentos nos voos domésticos em 7%, em 2013, disse ontem ao Valor o presidente-executivo da companhia e presidente da holding TAM S.A., Marco Antonio Bologna. Segundo ele, só há perspectiva de crescimento de frota doméstica a partir de 2014.
"O setor teve, a partir de 2009, um grande crescimento de oferta. Como a economia não está crescendo da forma esperada, estamos vivendo um excesso de capacidade. Olhando para esse cenário, ele nos leva a uma mudança de planejamento, redução de capacidade", disse Bologna.
Com essa redução, a TAM intensifica a estratégia iniciada neste ano, de cortar a capacidade em até 2%. O objetivo é aumentar a rentabilidade, diante de um cenário de desaceleração do crescimento econômico e aumento dos custos da aviação.
Nos voos internacionais, porém, a TAM vai investir o equivalente a US$ 960 milhões para trazer quatro aviões da Boeing, modelo 777.
A frota de aviões em operação no país será reduzida dos atuais 114 para 109, ano que vem. São cinco a menos, mas a companhia vai aumentar a quantidade de aeronaves de reserva de um para três. A ideia é ter mais flexibilidade para fazer manutenção e garantir índices de pontualidade e regularidade dos voos domésticos, caso haja algum problema em um voo, por exemplo.
Bologna conta que uma soma de projeções para 2013 levou a TAM a tomar a decisão de fazer essa "significativa" redução de oferta. O executivo cita a perspectiva de manutenção do dólar no patamar de R$ 2, o preço do barril do petróleo entre US$ 130 e US$ 135, e a projeção de crescimento do PIB entre 3% e 4%. Para ele, a demanda doméstica, em 2013, deverá crescer até 8,5%. Neste ano, a projeção máxima é de 9%. "Mas está mais para 7%".
A vice-presidente da unidade de negócios domésticos, Claudia Sender, diz que a média diária de utilização dos aviões da TAM também será reduzida. Atualmente, cada avião da companhia voa, em média, 13 horas por dia. No primeiro semestre do ano que vem o objetivo é alcançar 12 horas e 15 minutos. No segundo semestre, historicamente de maior demanda para a aviação, 12 horas e 45 minutos.
A quantidade de voos diários da TAM também será reduzida, mas o número exato ainda não foi definido. A empresa opera atualmente em torno de 800 frequências diárias. "Continuaremos operando em 42 aeroportos. Vamos mexer nos itinerários, nas frequências", afirmou Bologna.
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que há excesso de oferta no mercado doméstico. Em agosto e julho, a oferta, em números absolutos, mostrou o maior nível desde 2000. Foram 10 bilhões e 10,3 bilhões, respectivamente, de assentos ofertados por quilômetro voado.
"O Brasil teve a forma mais cara de crescer para a indústria aérea, por meio de capacidade. Todo mundo estimulou a demanda por meio de capacidade. Foi a mesma história na Europa e nos Estados Unidos", disse Claudia. para ela, as aéreas brasileiras estavam se contentando com uma taxa de ocupação de voos na casa dos 70%, quando esta deveria ser de 80%.
De janeiro a agosto, a capacidade das aéreas brasileiras acumula 80,5 bilhões de assentos ofertados por quilômetro voado, mais do que toda a oferta registrada no ano de 2008, de 75 bilhões.
Questionado sobre possível redução de pessoal, Bologna disse que "alguns ajustes deverão acontecer, mas não sabemos quantificar isso agora. Estamos no meio de uma planejamento orçamentário. Nosso objetivo é sempre manter o pessoal". Ele acrescenta que a TAM tem um "turnover" parecido com o do setor, de 12% a 15% no ano. No total, a TAM emprega cerca de 30 mil pessoas, sendo 8,6 mil pilotos e comissários.
"A gente vem nessa tendência de tentar crescer com aumento de ocupação, enquanto as companhias mais novas ganham participação de mercado, mas na tendência oposta, com perda de taxa de ocupação. É um crescimento caro, com custo estrutural", diz Claudia. "É destruição de capital, pois avião tem um custo muito caro", acrescentou Bologna.
Além da redução de oferta, a TAM colocou em compasso de espera o plano de expansão da TAM Viagens, atualmente com 180 lojas no país. A ideia inicial era ter até 300 estabelecimentos, mas Bologna conta que esse número vai parar em 200, em 2013: "Vamos dar uma respirada".
Bologna disse ainda que a TAM estuda adquirir uma fatia majoritária na Absa, filial da LAN Cargo no Brasil. Segundo ele, 20% do capital votante da Absa é da LAN e 80% da Jochmann Participações. "A TAM não está sendo chilenizada. Somos uma concessão pública. Somos auditados, fiscalizados. Com a visibilidade que a TAM tem, é impossível a gente fazer algo irregular", respondeu, ao ser questionado se a integração com a chilena LAN para a criação da Latam estava levando a um predomínio de executivos chilenos na TAM.
Fonte: Valor Econômico
Via: NOTIMP
A TAM Linhas Aéreas vai reduzir a oferta de assentos nos voos domésticos em 7%, em 2013, disse ontem ao Valor o presidente-executivo da companhia e presidente da holding TAM S.A., Marco Antonio Bologna. Segundo ele, só há perspectiva de crescimento de frota doméstica a partir de 2014.
"O setor teve, a partir de 2009, um grande crescimento de oferta. Como a economia não está crescendo da forma esperada, estamos vivendo um excesso de capacidade. Olhando para esse cenário, ele nos leva a uma mudança de planejamento, redução de capacidade", disse Bologna.
Com essa redução, a TAM intensifica a estratégia iniciada neste ano, de cortar a capacidade em até 2%. O objetivo é aumentar a rentabilidade, diante de um cenário de desaceleração do crescimento econômico e aumento dos custos da aviação.
Nos voos internacionais, porém, a TAM vai investir o equivalente a US$ 960 milhões para trazer quatro aviões da Boeing, modelo 777.
A frota de aviões em operação no país será reduzida dos atuais 114 para 109, ano que vem. São cinco a menos, mas a companhia vai aumentar a quantidade de aeronaves de reserva de um para três. A ideia é ter mais flexibilidade para fazer manutenção e garantir índices de pontualidade e regularidade dos voos domésticos, caso haja algum problema em um voo, por exemplo.
Bologna conta que uma soma de projeções para 2013 levou a TAM a tomar a decisão de fazer essa "significativa" redução de oferta. O executivo cita a perspectiva de manutenção do dólar no patamar de R$ 2, o preço do barril do petróleo entre US$ 130 e US$ 135, e a projeção de crescimento do PIB entre 3% e 4%. Para ele, a demanda doméstica, em 2013, deverá crescer até 8,5%. Neste ano, a projeção máxima é de 9%. "Mas está mais para 7%".
A vice-presidente da unidade de negócios domésticos, Claudia Sender, diz que a média diária de utilização dos aviões da TAM também será reduzida. Atualmente, cada avião da companhia voa, em média, 13 horas por dia. No primeiro semestre do ano que vem o objetivo é alcançar 12 horas e 15 minutos. No segundo semestre, historicamente de maior demanda para a aviação, 12 horas e 45 minutos.
A quantidade de voos diários da TAM também será reduzida, mas o número exato ainda não foi definido. A empresa opera atualmente em torno de 800 frequências diárias. "Continuaremos operando em 42 aeroportos. Vamos mexer nos itinerários, nas frequências", afirmou Bologna.
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que há excesso de oferta no mercado doméstico. Em agosto e julho, a oferta, em números absolutos, mostrou o maior nível desde 2000. Foram 10 bilhões e 10,3 bilhões, respectivamente, de assentos ofertados por quilômetro voado.
"O Brasil teve a forma mais cara de crescer para a indústria aérea, por meio de capacidade. Todo mundo estimulou a demanda por meio de capacidade. Foi a mesma história na Europa e nos Estados Unidos", disse Claudia. para ela, as aéreas brasileiras estavam se contentando com uma taxa de ocupação de voos na casa dos 70%, quando esta deveria ser de 80%.
De janeiro a agosto, a capacidade das aéreas brasileiras acumula 80,5 bilhões de assentos ofertados por quilômetro voado, mais do que toda a oferta registrada no ano de 2008, de 75 bilhões.
Questionado sobre possível redução de pessoal, Bologna disse que "alguns ajustes deverão acontecer, mas não sabemos quantificar isso agora. Estamos no meio de uma planejamento orçamentário. Nosso objetivo é sempre manter o pessoal". Ele acrescenta que a TAM tem um "turnover" parecido com o do setor, de 12% a 15% no ano. No total, a TAM emprega cerca de 30 mil pessoas, sendo 8,6 mil pilotos e comissários.
"A gente vem nessa tendência de tentar crescer com aumento de ocupação, enquanto as companhias mais novas ganham participação de mercado, mas na tendência oposta, com perda de taxa de ocupação. É um crescimento caro, com custo estrutural", diz Claudia. "É destruição de capital, pois avião tem um custo muito caro", acrescentou Bologna.
Além da redução de oferta, a TAM colocou em compasso de espera o plano de expansão da TAM Viagens, atualmente com 180 lojas no país. A ideia inicial era ter até 300 estabelecimentos, mas Bologna conta que esse número vai parar em 200, em 2013: "Vamos dar uma respirada".
Bologna disse ainda que a TAM estuda adquirir uma fatia majoritária na Absa, filial da LAN Cargo no Brasil. Segundo ele, 20% do capital votante da Absa é da LAN e 80% da Jochmann Participações. "A TAM não está sendo chilenizada. Somos uma concessão pública. Somos auditados, fiscalizados. Com a visibilidade que a TAM tem, é impossível a gente fazer algo irregular", respondeu, ao ser questionado se a integração com a chilena LAN para a criação da Latam estava levando a um predomínio de executivos chilenos na TAM.
Fonte: Valor Econômico
Via: NOTIMP
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