[Internacional] Boeing aposta na venda do avião de transporte C-17 para Força Aérea da África do Sul

A Boeing está apostando na venda de sua aeronave de transporte militar C-17 Globemaster III para Força Aérea da África do Sul (SAAF), um potencial cliente da aeronave após a desistência do país africano do programa europeu A400M da Airbus. A África do Sul vem buscando uma alternativa para o A400M desde 2009.


“Estamos investigando se existem oportunidades futura para o C-17 na África do Sul”, disse o representante da Boeing para desenvolvimento de negócios dos programas de mobilidade (defesa, espaço e segurança), Michael Marshall, durante a feira de defesa que ocorre na África do Sul. “Nós sabemos que há uma imensa falta de transporte aéreo militar no continente e sabemos que a SAAF está buscando opções diferentes para modernizar sua frota de transporte aéreo.”

O C-17 tem uma capacidade de operar em pistas curtas (menos de 1.000 metros) semi-preparadas, com carga máxima de 82 toneladas, e tendo uma autonomia de cerca de 3.000 milhas náuticas. Essa mobilidade tem atraído o interesse da África do Sul no grande C-17.

“A aeronave já está disponível, e uma infra-estrutura de apoio em todo o mundo já está em vigor”, destacou Marshall. “Ele precisa apenas de uma tripulação de três pessoas: piloto, co-piloto e loadmaster e não precisa de nenhum equipamento de apoio [quando implantado].”

A Boeing, desde 1995, já entregou 218 aeronaves para a Força Aérea dos EUA (de 224 pedidos) e 28 a outras forças aéreas ao redor do mundo. A Força Aérea Indiana também possui encomenda para 10 aviões C-17, para entregas em 2013 e 2014. Juntas, todas aeronaves C-17 já acumularam mais de 2,3 milhões de horas de vôo.

Marshall destacou que existem 325 pistas de pouso na África que podem ser usadas por um C-17 totalmente carregado, com a aeronave capaz de pousar nestas pistas milhares de vezes antes de qualquer deterioração da superfície da pista ocorrer. Com um peso reduzido (cerca de 355.000 libras), a aeronave pode acessar 683 aeródromos na África, novamente permitindo que milhares de pousos nas pistas de pouso sejam feitos antes que quaisquer problemas ocorram nas pistas.

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