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[Internacional] Rafale é o grande favorito na Suíça

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Mensagem por Amilckar Seg 19 Set 2011, 18:33

Rafale é o grande favorito na Suíça

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O caça Dassault Rafale desponta como favorito para ser o novo caça da Força Aérea da Suíça. (Foto: Paul Marais-Hayer)

O Conselho Nacional aprovou na semana passada o crédito necessário
para comprar 22 novos caças, o que relança o programa de compra. Segue
aqui um pequeno resumo dos três concorrentes e das suas ofertas. As
informações têm mais de um ano, e é claro que cada um dos fabricantes
poderá atualizá-las, particularmente em termos da tecnologia oferecidos,
e nós teremos a oportunidade de reavaliar. No entanto, a avaliação de
2008 permanece válida e podemos nos basear nela.

Para lembrar:

O processo de licitação em duas fases começou em janeiro de 2008 com o
primeiro pedido de oferta enviado pela Armasuisse às quatro fabricantes
de aeronaves: Boeing, Dassault, EADS e Saab. Em abril de 2008, a Boeing
decidiu não apresentar propostas (incapaz de responder na transferência
de tecnologia). Os ensaios dos três candidatos restantes, em vôo e no
solo, começaram em julho de 2008.

Os testes incluíram em torno de trinta voos por candidato. Para este
fim, cada fabricante disponibilizou à Armasuisse bipostos na
configuração desejada. Estes aviões foram pilotados por pilotos de
ensaio da Armasuisse e da Força Aérea, na presença de um piloto de
ensaios do fabricante. Os aviões decolaram, em geral, da base aérea
Emmen. Os aviões também pousaram nas bases de Meiringen, Sion e Payerne.
Os cenários de teste foram idênticos para os três candidatos, com o
objetivo de testar as aeronaves nos modos ar-ar, ar-terra e
reconhecimento. A integração com a infraestrutura e na área da
manutenção também foi testada.

Sobre o processo de contrapartidas (“offset”):

Durante a fase de avaliação das propostas dos concorrentes para a
venda dos aviões de combate, cada fornecedor deve fazer ofertas
concretas de offset. Essas carteiras de offset são então transmitidas
para empresas suíças e ajustadas pela Armasuisse com relação aos
requisitos de segurança e à política de aquisição.

Na fase de decisão, contratos e comerciais e contratos de offset são
ajustados para permitir a análise do valor das diferentes ofertas. Isso
afeta a avaliação global da aquisição. O fluxo de compensações diretas e
indiretas é fixado durante esta fase.

Um programa de offsets de mais de US$ 2 bilhões gera trabalho para
2.500 pessoas por muitos anos. Quanto ao Rafale, os offsets somaram
quase 6 bilhões; o Gripen E/F, 5,5 bilhões; e o Eurofighter, cerca de 8
bilhões. Em todos os três casos, será um retorno bem superior à fatura
do contrato comercial do novo caça.

Resultados da avaliação:

De acordo com os relatórios oficiais apresentados pela Armasuisse, os resultados dos testes são os seguintes:


  1. Rafale
  2. Eurofighter
  3. Gripen C/D (Gripen NG foi proposto posteriormente, mas não pôde participar da avaliação).

O Rafale como favorito:

A parceria industrial:
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O caça francês Dassault Rafale durante apresentação em Le Bourget. (Foto: Paul Marais-Hayer)

As empresas do consórcio Rafale International – composto por Dassault
Aviation, Snecma (Grupo Safran) e Thales, MBDA e seus subcontratados
são capazes de oferecer à Suíça uma cooperação industrial e científica
para o benefício de todos os seus cantões. Esta oferta afeta toda a gama
de fornecedores, ou seja: o setor militar, com o Rafale, mas também o
setor civil, que inclui: programas de jatos executivos Falcon, motores
civis do tipo CFM56, além de aviônicos para aviões e helicópteros.
Alguns elementos do Rafale já são fabricados na Suíça (transparências do
canopi, tanque de combustível externo e, mais recentemente, elementos
do radar Thales RBE2).

A oferta prevê a terceirização de muitos componentes estruturais,
montagem final e manutenção na Suíça para todo o programa Rafale, assim
como pesquisa e desenvolvimento. A fabricação de armamento (mísseis
MICA) também está proposta, assim como o desenvolvimento do visor de
capacete (HMD) Gerfaut; e também são ofertados outros sistemas, como o
sistema de autoproteção SPECTRA e a segunda geração do sistema optrônico
frontal (OSF).

De acordo com a Dassault, o Rafale é o avião que melhor convém para o
nosso país, porque a estreita colaboração com os militares e com a
indústria são favorecidas. Além disso, a última versão (F3 +) testada na
Suíça respondeu a 95% das especificações e oferece as seguintes
possibilidades:


  • Capacidade de vôo em “supercruzeiro”.
  • Curta distância de decolagem.
  • Raio de ação e capacidade para voar missões de vigilância de longa duração.
  • Rápida preparação após voo pelos mecânicos.
  • Fácil integração à infraestrutura já disponível.

O sistema multisensor ofertado:

A versão proposta do Rafale ao nosso país é o mais recente
disponível, o padrão 04T com a fiação para o míssil METEOR, o pod
Damocles XF e a nova arquitetura IDM. A aeronave terá:


  • Radar Thales RBE-2AA AESA.
  • Sistema de autoproteção SPECTRA.
  • OSF (óptica do setor frontal) de nova geração.
  • Conexão de dados (Link16) de última geração (MIDS).
  • Sistema de fusão de dados para operação como sistema NCW (Net Centric Warfare).

Em matéria de propulsão, se possível, não está excluído que uma
versão mais potente do SNECMA M-88 esteja disponível (a ser confirmado
em relação ao contrato com os Emirados Árabes Unidos).

A oferta do Eurofighter:

Cooperação industrial
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O caça Eurofighter Typhoon taxia antes da apresentação em Le Bourget. (Foto: Paul Marais-Hayer)

Cooperação industrial sustenta-se no grupo formado pelas empresas
parceiras no grupo Eurofighter, tais como Alenia Aeronautica (Itália),
BAE Systems (Inglaterra) e EADS (Alemanha e Espanha), responsáveis pelo
desenvolvimento e produção do Eurofighter. A empresa responsável pelo
desenvolvimento do motor da Eurofighter é a Eurojet GmbH, cujos
acionistas são a Rolls-Royce (Inglaterra), MTU Aero Engines (Alemanha)
Avio SpA (Itália) e ITP Industria de Turbo Propulsores SA (Espanha).
Além disso, o consórcio Eurofighter é completado por mais de 400
fornecedores internacionais e suas empresas-mãe ou filiais.

De acordo com a EADS, o Eurofighter é uma aeronave adequada para
missões nas montanhas e, especialmente, no espaço aéreo peculiar da
Suíça, em resposta aos seguintes requisitos:


  • Grandes ângulos de aproximação para pouso e decolagem das bases em altitude.
  • Distância de decolagem extremamente curta, sem pós-combustão, incluindo plena carga.
  • Menor emissão de ruído e gases de escapamento.
  • Capacidade instalada de “supercruise” (capacidade de atingir
    velocidade supersônica sem ligar pós-combustão), incluindo a plena
    carga.
  • Longo tempo de vôo em missões de policiamento e vigilância aérea do espaço aéreo, o que reduz a frota necessária.
  • Chegada extremamente rápida à área da missão.

Equipamentos:

O sistema integrado de gestão da missão e do armamento do Eurofighter
tem capacidade de fusão dos dados de todos os sensores, mesmo com a
chegada do radar AESA “Captor-E.” A interface homem-máquina está
otimizada para “Carefree Handling”, para diminuir o esforço na execução
de certas tarefas. Além disso, displays multifuncionais, diferentes
modos de piloto automático e um sistema de comando por voz permitem ao
piloto se concentrar totalmente na sua missão.

Sistema multisensor proposto:


  • Radar AESA CAPTOR- E.
  • Sistema PIRATE (equipamento embarcado de rastreamento infravermelho passivo).
  • MIDS/Link 16 (Multifunction Information Distribution System).
  • DASS Chaff/Flares (Defensive Aids Sub-System).
  • Pod de contramedidas rebocado.

A oferta do Gripen:

Características técnicas:
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Um caça Saab JAS39 Gripen D taxia na Base Aérea Emmen. (Foto: Hermann Keis)

Otimizado para a Suécia para permitir a sua operação pelos militares
não especializados, o avião corresponde perfeitamente à situação
Helvética. O Gripen é de concepção multifunção e permite execução de
todas as tarefas previstas no caderno de encargos: policiamento aéreo,
operações ar-ar, ar-solo e reconhecimento. A aeronave oferece um
desenvolvimento contínuo, está qualificado para todos os tipos de
mísseis ocidentais e permite, assim, instalar as mesmas armas que o
F/A-18 e, atualmente, serve como uma plataforma para testes do míssil
METEOR de próxima geração. O avião será desenvolvido e mantido no nível
mais avançado, até 2040, em colaboração com a Suécia, e será proposta a
adição de novas funções operacionais e de manutenção.

O sistema de armas do Gripen inclui armas de precisão “inteligentes”,
tais como bombas guiadas a laser (LGB), e equipamentos de sistema de
detecção frontal de infravermelho/laser, assim como os
designadores/iluminadores associados (FLIR / LDP). Estes sensores de
alvo avançados complementam os modos radar ar-ar e ar-terra e de enlace
de dados táticos, dando ao Gripen uma capacidade de atque precisa e
flexível.

O Gripen foi projetado e é constantemente atualizado, a fim de operar
no ambiente de combate do século 21, a guerra centrada em redes
(Net-Centric Warfare – NCW). O avião terá um novo sistema tático, como o
radar de varredura eletrônica (AESA) “RAVEN ES-05?, um novo sistema de
comunicação por satélite e um sistema eletroóptico para a detecção da
aproximação de mísseis.

Comentários:

Até o presente, o Rafale parte como grande favorito não só graças aos
seus excelentes resultados dos testes, mas também pelo que oferece na
área industrial. O avião corresponde aos limites orçamentários e oferece
excelentes perspectivas de modernização. O Eurofighter, por sua vez,
melhora tecnicamente, mas sofre em termos de custo! Na verdade, é o mais
caro para comprar e, obviamente, supera (de acordo com o preço de
lista) o orçamento da Suíça, e sua manutenção é também a mais cara! O
Gripen parecia bem colocado, mas a versão C/D testada é ultrapassada e
os “NG” sofrem pelo atraso no seu desenvolvimento e pode, portanto,
chegar tarde demais, e parece também que faltam garantias na oferta
industrial.

Deve-se, no entanto, esperar a atualização das ofertas, mas é verdade
que Dassault Aviation poderia ganhar a licitação e oferecer aos nossos
dois países uma nova era na cooperação da aviação! A continuar…

Fonte: AviaNews / Plano Brasil – Tradução e Sugestão: Justin Case
Via: Cavok


Nota do Editor: Depois que o Conselho Federal,
que havia recomendado a aprovação de um orçamento especial para
encomendar os 22 novos aviões de combate, o Conselho Nacional
Suíço também votou na sexta-feira pela aquisição de novas aeronaves para
substituir os antigos F-5 Tiger II.

_________________
Carlos Amilckar
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Colaborador - Notícias de aviação
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