[Internacional] Indústria de aviões russa enfrenta problemas de imagem no mercado
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[Internacional] Indústria de aviões russa enfrenta problemas de imagem no mercado
Indústria de aviões russa enfrenta problemas de imagem no mercado
Um jato regional Sukhoi SuperJet 100 em serviço com a companhia aérea russa Aeroflot.
As companhias aéreas em Moscou são muito cautelosas e demoram para
confiar a um novo fabricante de aviões os seus bilhões de dólares e a
vida de seus passageiros. A Embraer, fabricante brasileira de jatos
regionais, precisou de duas décadas para se tornar uma grande
fornecedora da indústria.
Então a Sukhoi, uma empresa russa mais conhecida por fazer caças
supersônicos, não teve um começo exatamente auspicioso. Quando entregou
um de seus primeiros superjatos com 100 lugares a Aeroflot em junho, um
pedaço de equipamento de segurança quebrou, obrigando a Sukhoi a
aterrissar a aeronave.
Embora o avião tenha sido consertado e esteja voando de novo, o lapso
mostra o difícil caminho que a Sukhoi irá enfrentar para convencer as
companhias aéreas ocidentais a comprar aviões de uma estatal russa. A
indústria da aviação do país tem sido atormentado por problemas de
segurança, avarias e acidentes letais, que a tornam praticamente incapaz
de vender aviões fora da antiga União Soviética, Irã, Cuba e partes da
África.
“Historicamente, os aviões russos têm uma imagem que vai demorar
muito tempo para ser modificada”, disse Les Weal, analista da Ascend,
consultoria de aviação com sede em Londres que aconselha indústrias de
seguros em matéria de segurança.
“Eles podem estar animados com o seu superjato”, afirmou Weal. “Mas
eu não tenho certeza de que isso vai se traduzir em uma série de pedidos
de companhias aéreas maiores. Seria preciso muita fé para uma companhia
aérea comprar de um novato.”
Mas a Sukhoi tem grandes expectativas para o Superjet 100, o primeiro
projeto totalmente novo de um avião comercial russo desde a dissolução
da União Soviética. O preço da espaçosa aeronave de corredor único é de
US$ 31,7 milhões, cerca de um terço mais barata se comparadas a jatos da
Embraer ou da Bombardier, do Canadá, diz a Sukhoi.
A triste iluminação fluorescente do interior apertado, e até mesmo
assustador, da série de jatos Tupolev que ainda são operados por
companhias nacionais russas foi abandonada. A cabine do Superjet é
grande e a iluminação, suave.
A Sukhoi está negociando a venda dos aviões para a Delta e SkyWest
americanas, bem como outras companhias aéreas ocidentais, e espera
vender 800 Superjets ao longo dos próximos 20 anos. Além de dois aviões
entregues a Aeroflot, a Sukhoi entregou um para a companhia aérea
armênia, Armavia. Ela também concordou em fornecer 15 para a segunda
maior companhia aérea do México, a Interjet. No total, a Sukhoi tem 176
encomendas para o Superjet 100.
Em vez de enfatizar as origens siberianas do avião, que trazem
inevitáveis associações a desastres, a Sukhoi tem comercializado a
aeronave apontando para os seus parceiros franceses e italianos.
“Sim, é um avião russo”, disse Olga Kayukova, porta-voz da United
Aircraft Corp, dona da Sukhoi. No entanto, “ele é feito em cooperação
com líderes de fornecedores mundiais.”
Stephen McNamara, porta-voz da Ryanair, companhia aérea de baixo
custo irlandesa, disse que sua empresa não teria nenhum problema em
avaliar um avião russo, desde que sejam cumpridas as normas de segurança
da União Europeia. A maioria dos passageiros, segundo ele, não se
importa em que tipo de avião voa. “Eles sabem qual a companhia aérea,
mas não o avião”, disse.
Fonte: Último Segundo – Andrew E. Kramer / NOTIMP
Via: Cavok
Um jato regional Sukhoi SuperJet 100 em serviço com a companhia aérea russa Aeroflot.
As companhias aéreas em Moscou são muito cautelosas e demoram para
confiar a um novo fabricante de aviões os seus bilhões de dólares e a
vida de seus passageiros. A Embraer, fabricante brasileira de jatos
regionais, precisou de duas décadas para se tornar uma grande
fornecedora da indústria.
Então a Sukhoi, uma empresa russa mais conhecida por fazer caças
supersônicos, não teve um começo exatamente auspicioso. Quando entregou
um de seus primeiros superjatos com 100 lugares a Aeroflot em junho, um
pedaço de equipamento de segurança quebrou, obrigando a Sukhoi a
aterrissar a aeronave.
Embora o avião tenha sido consertado e esteja voando de novo, o lapso
mostra o difícil caminho que a Sukhoi irá enfrentar para convencer as
companhias aéreas ocidentais a comprar aviões de uma estatal russa. A
indústria da aviação do país tem sido atormentado por problemas de
segurança, avarias e acidentes letais, que a tornam praticamente incapaz
de vender aviões fora da antiga União Soviética, Irã, Cuba e partes da
África.
“Historicamente, os aviões russos têm uma imagem que vai demorar
muito tempo para ser modificada”, disse Les Weal, analista da Ascend,
consultoria de aviação com sede em Londres que aconselha indústrias de
seguros em matéria de segurança.
“Eles podem estar animados com o seu superjato”, afirmou Weal. “Mas
eu não tenho certeza de que isso vai se traduzir em uma série de pedidos
de companhias aéreas maiores. Seria preciso muita fé para uma companhia
aérea comprar de um novato.”
Mas a Sukhoi tem grandes expectativas para o Superjet 100, o primeiro
projeto totalmente novo de um avião comercial russo desde a dissolução
da União Soviética. O preço da espaçosa aeronave de corredor único é de
US$ 31,7 milhões, cerca de um terço mais barata se comparadas a jatos da
Embraer ou da Bombardier, do Canadá, diz a Sukhoi.
A triste iluminação fluorescente do interior apertado, e até mesmo
assustador, da série de jatos Tupolev que ainda são operados por
companhias nacionais russas foi abandonada. A cabine do Superjet é
grande e a iluminação, suave.
A Sukhoi está negociando a venda dos aviões para a Delta e SkyWest
americanas, bem como outras companhias aéreas ocidentais, e espera
vender 800 Superjets ao longo dos próximos 20 anos. Além de dois aviões
entregues a Aeroflot, a Sukhoi entregou um para a companhia aérea
armênia, Armavia. Ela também concordou em fornecer 15 para a segunda
maior companhia aérea do México, a Interjet. No total, a Sukhoi tem 176
encomendas para o Superjet 100.
Em vez de enfatizar as origens siberianas do avião, que trazem
inevitáveis associações a desastres, a Sukhoi tem comercializado a
aeronave apontando para os seus parceiros franceses e italianos.
“Sim, é um avião russo”, disse Olga Kayukova, porta-voz da United
Aircraft Corp, dona da Sukhoi. No entanto, “ele é feito em cooperação
com líderes de fornecedores mundiais.”
Stephen McNamara, porta-voz da Ryanair, companhia aérea de baixo
custo irlandesa, disse que sua empresa não teria nenhum problema em
avaliar um avião russo, desde que sejam cumpridas as normas de segurança
da União Europeia. A maioria dos passageiros, segundo ele, não se
importa em que tipo de avião voa. “Eles sabem qual a companhia aérea,
mas não o avião”, disse.
Fonte: Último Segundo – Andrew E. Kramer / NOTIMP
Via: Cavok
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