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Mensagem por Amilckar Sex 02 Set 2011, 20:08

F-X2: Franceses apontam vantagens de caça Rafale sobre concorrentes

[Brasil] F-X2: Franceses apontam vantagens de caça Rafale sobre concorrentes Libye-point-de-situation-n-39-1
Um caça Dassault Rafale durante operações na Líbia. (Foto: Armée de L'Air)


[Brasil] F-X2: Franceses apontam vantagens de caça Rafale sobre concorrentes F-X2Os
caças Rafale destacam-se por terem sido concebidos como omnirole, ou
seja, são capazes de empreender todas as missões de um avião de combate.
Essa é a principal vantagem do avião francês em relação aos
concorrentes na disputa pelo contrato de modernização da Força Aérea
Brasileira, segundo disse nesta quinta-feira (1º) o diretor da Dassault
International do Brasil, Jean-Marc Merialdo, durante a última das três
audiências públicas promovidas sobre o tema pela Comissão de Relações
Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Em resposta a uma questão apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues
(PSOL-AP), a respeito das vantagens do avião francês em relação a seus
concorrentes, Merialdo ressaltou que o Rafale é um produto recente,
usado desde 2004 pela marinha da França e desde 2006 pela aeronáutica
francesa. Em contrapartida, disse ele, os caças F18 Super Hornett
oferecidos pela Boeing seriam um desenvolvimento de um avião já
existente e não teriam o mesmo potencial de crescimento futuro que o
Rafale.

Sem mencionar diretamente o caça sueco Grippen, terceiro competidor
no processo de modernização da frota da Força Aérea Brasileira, o
diretor da Dassault lembrou que as principais forças aéreas do mundo têm
um bimotor como avião de primeira linha – e não um monomotor como o
avião oferecido ao Brasil pela Saab.

Segundo informou Merialdo, o Rafale tem sido utilizado em combates no
Afeganistão e, mais recentemente, na Líbia. Ele observou que o Rafale
foi projetado para ser utilizado tanto pela marinha como pela
aeronáutica, o que será importante no momento em que a Marinha
brasileira decidir reequipar seu porta-aviões São Paulo.

Transferência de Tecnologia

O diretor classificou ainda como “incomparável” a proposta francesa
de transferência de tecnologia ao Brasil, no caso de opção pela compra
dos Rafale.

- No âmbito de nossa parceria estratégica, a transferência de
tecnologia será feita sem restrição alguma. A indústria brasileira já
desenvolveu várias capacidades e precisa agora de algumas tecnologias
chaves de um caça supersônico, que permitirão a essa indústria dar um
salto tecnológico muito significativo – afirmou.

A extensão da transferência de tecnologia foi o tema que mais chamou a
atenção dos senadores durante as três audiências dedicadas a ouvir
representantes da Saab, da Boeing e da Dassault, segundo observou o
presidente da comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL).

- Este ponto é o primordial – disse Collor.

Vendas

Em resposta à senadora Ana Amélia (PP-RS), preocupada em saber se o
Rafale já está sendo vendido para outros países além da França, os
representantes da Dassault presentes à reunião informaram que a empresa
encontra-se em fase final de negociações com os Emirados Árabes Unidos e
que o caça francês foi pré-selecionado em uma concorrência aberta pela
Índia.

O senador Luis Henrique (PMDB-SC) quis saber se a crise econômica
mundial já estaria afetando o preço dos aviões. Segundo Merialdo, as
vendas da Dassault não foram até o momento abaladas pela crise. O
senador Blairo Maggi (PR-MT) apresentou aos franceses as mesmas
perguntas sobre preço e financiamento já feitas aos representantes dos
Estados Unidos e da Suécia. O vice-presidente de Vendas Militares da
Dassault Aviation, Jean-Pierre Chabriol, não falou de preços, alegando
confidencialidade, mas disse estar seguro de que seriam oferecidas boas
condições de financiamento ao Brasil.

Em resposta ao senador Tião Viana (PT-AC), que buscou saber quanto
tempo levaria desde a decisão por um dos aviões e a conclusão de um
preço definitivo para os caças, Merialdo informou que as negociações
durariam por volta de um ano. Ao final da reunião, o senador Eduardo
Suplicy (PT-SP) ressaltou a importância do direito à vida e a
necessidade de se utilizar apenas como “último recurso” a força
destruidora de aviões como o Rafale.

Fonte: Agência Senado – Marcos Magalhães / NOTIMP
Via: Cavok

_________________
Carlos Amilckar
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