[Portugal] Portugal mantém plano de privatizar a TAP, mesmo com prejuízo
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[Portugal] Portugal mantém plano de privatizar a TAP, mesmo com prejuízo
Portugal mantém plano de privatizar a TAP, mesmo com prejuízo
Mesmo com o aumento do prejuízo no semestre, em relação ao mesmo período do ano anterior, o governo
português manteve o plano de privatizar a TAP ainda este trimestre. A companhia aérea registrou perdas de 137 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, contra o prejuízo 79 milhões de euros, no primeiro semestre de 2010. O aumento de 73,4% nas perdas se deveu principalmente ao aumento dos combustíveis. Esta despesa cresceu 43% entre janeiro e junho, atingindo um custo total de 325 milhões de euros. "Este é um mau momento para a venda de uma companhia aérea porque os resultados das
linhas europeias não têm sido bons nos primeiros meses do ano", afirma Peter Morris, economista-chefe da Ascend, agência internacional que faz a avaliação do mercado financeiro da aviação civil.
"Há muita incerteza e quando isso acontece, os investidores retraem-se." Mesmo com o cenário recessivo, os analistas esperam que a venda aconteça ainda este ano. O acordo entre o governo português e o grupo conhecido como 'troika' internacional, constituído pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE), determinou a privatização total da companhia aérea, bem como a ANA. Aeroportos de Portugal, a CP Carga, a Águas de Portugal, os Correios
(CTT), a televisão (RTP) e o ramo segurador da Caixa Geral de Depósitos. Os ativos são muitos mas, para a TAP, não faltam
interessados. Willie Walsh, o presidente da International Airlines Group (que resultou da fusão entre a British Airways e a Ibéria) já pediu detalhes sobre a operação, comentando tratar-se de "a oportunidade de uma vida". As dez rotas para o Brasil, com um total de 75 voos semanais, são o principal atrativo para companhias de aviação como a Qatar Airways, do Oriente Médio ou a angolana TAAG. Uma aliança com a TAM-LAN também é vista pelos especialistas como mais benéfica na perspectiva de desenvolvimento das rotas brasileiras e africanas da TAP, que apresentam um potencial de crescimento de 7% até 2014. Para
Morris, da Ascend, "a TAP tem alguns pontos fortes, especialmente as ligações com o Brasil e África. Isso é um atributo que outras companhias aéreas simplesmente não têm. Para além disso, serve vários pontos no Brasil, o que quer dizer que são mais de 50% que estão em jogo na competição com a TAM".O aumento nos custos da companhia aérea refletiu em parte o crescimento da oferta de voos, para 11 novos destinos. A TAP reportou no semestre receitas de 1.094 milhões de euros. Só no transporte aéreo que, em 2010, foi a única área de negócio do grupo a dar lucro, as receitas foram de 917 milhões, com crescimento de 8% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O número de passageiros subiu 10%, atingindo 4,4 milhões de pessoas. Já a
taxa de ocupação subiu de 71,2% para 74,5%. Mesmo com a crise que assola a Europa, o crescimento total de passageiros se deu graças ao aumento acima da média do tráfego intra-europeu (13,6%), o qual representa hoje 59,4% dos passageiros transportados pela companhia. A operação da TAP Manutenção e Engenharia, no Brasil, também tem pressionado as contas da TAP SGPS. Nos primeiros cinco meses do ano, a empresa brasileira registou prejuízo de 25,8 milhões de euros, aumento
de 42,6% face às perdas registadas em igual período do ano passado (18,1 milhões de euros). Em contrapartida, a empresa de handling (assistência a aeronaves em terra) Groundforce conseguiu reduzir as perdas entre janeiro e maio, em 35,5%, para um total de 7,2 milhões de euros, frente ao resultado negativo de 11,2 milhões de euros registrado nos primeiros cinco meses de 2010.
Fonte: IG
Via: Aeroflower
Mesmo com o aumento do prejuízo no semestre, em relação ao mesmo período do ano anterior, o governo
português manteve o plano de privatizar a TAP ainda este trimestre. A companhia aérea registrou perdas de 137 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, contra o prejuízo 79 milhões de euros, no primeiro semestre de 2010. O aumento de 73,4% nas perdas se deveu principalmente ao aumento dos combustíveis. Esta despesa cresceu 43% entre janeiro e junho, atingindo um custo total de 325 milhões de euros. "Este é um mau momento para a venda de uma companhia aérea porque os resultados das
linhas europeias não têm sido bons nos primeiros meses do ano", afirma Peter Morris, economista-chefe da Ascend, agência internacional que faz a avaliação do mercado financeiro da aviação civil.
"Há muita incerteza e quando isso acontece, os investidores retraem-se." Mesmo com o cenário recessivo, os analistas esperam que a venda aconteça ainda este ano. O acordo entre o governo português e o grupo conhecido como 'troika' internacional, constituído pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE), determinou a privatização total da companhia aérea, bem como a ANA. Aeroportos de Portugal, a CP Carga, a Águas de Portugal, os Correios
(CTT), a televisão (RTP) e o ramo segurador da Caixa Geral de Depósitos. Os ativos são muitos mas, para a TAP, não faltam
interessados. Willie Walsh, o presidente da International Airlines Group (que resultou da fusão entre a British Airways e a Ibéria) já pediu detalhes sobre a operação, comentando tratar-se de "a oportunidade de uma vida". As dez rotas para o Brasil, com um total de 75 voos semanais, são o principal atrativo para companhias de aviação como a Qatar Airways, do Oriente Médio ou a angolana TAAG. Uma aliança com a TAM-LAN também é vista pelos especialistas como mais benéfica na perspectiva de desenvolvimento das rotas brasileiras e africanas da TAP, que apresentam um potencial de crescimento de 7% até 2014. Para
Morris, da Ascend, "a TAP tem alguns pontos fortes, especialmente as ligações com o Brasil e África. Isso é um atributo que outras companhias aéreas simplesmente não têm. Para além disso, serve vários pontos no Brasil, o que quer dizer que são mais de 50% que estão em jogo na competição com a TAM".O aumento nos custos da companhia aérea refletiu em parte o crescimento da oferta de voos, para 11 novos destinos. A TAP reportou no semestre receitas de 1.094 milhões de euros. Só no transporte aéreo que, em 2010, foi a única área de negócio do grupo a dar lucro, as receitas foram de 917 milhões, com crescimento de 8% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O número de passageiros subiu 10%, atingindo 4,4 milhões de pessoas. Já a
taxa de ocupação subiu de 71,2% para 74,5%. Mesmo com a crise que assola a Europa, o crescimento total de passageiros se deu graças ao aumento acima da média do tráfego intra-europeu (13,6%), o qual representa hoje 59,4% dos passageiros transportados pela companhia. A operação da TAP Manutenção e Engenharia, no Brasil, também tem pressionado as contas da TAP SGPS. Nos primeiros cinco meses do ano, a empresa brasileira registou prejuízo de 25,8 milhões de euros, aumento
de 42,6% face às perdas registadas em igual período do ano passado (18,1 milhões de euros). Em contrapartida, a empresa de handling (assistência a aeronaves em terra) Groundforce conseguiu reduzir as perdas entre janeiro e maio, em 35,5%, para um total de 7,2 milhões de euros, frente ao resultado negativo de 11,2 milhões de euros registrado nos primeiros cinco meses de 2010.
Fonte: IG
Via: Aeroflower
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