[Brasil] Ministro descarta privatizar Aeroporto de Confins
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[Brasil] Ministro descarta privatizar Aeroporto de Confins
Estado de Minas
06/07/2012 07:26
Ministro descarta privatizar Aeroporto de Confins
Governo garante que expansão do terminal 1 e "puxadinhos" ficarão prontos até a Copa do Mundo, mas terminal 2, não
Geórgea Choucair - Estado de Minas
O ministro da Secretaria da Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, descartou ontem a chance de o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, passar por processo de concessão até a Copa do Mundo de 2014. Já o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale, disse que não há qualquer possibilidade de o terminal 2 do aeroporto, que vai ser construído ao lado do estacionamento novo, ficar pronto até o mundial de futebol. Eles ressaltaram, no entanto, que a reforma e modernização do terminal 1 e as obras do terminal 3, o “puxadinho”, serão suficientes para atender ao aumento de demanda do aeroporto até 2014.
As declarações foram feitas durante visita às obras de Confins, que entram agora para a quarta das nove etapas. Confins foi o primeiro de uma série de visitas do ministro a 13 aeroportos das cidades que vão sediar os jogos da Copa do Mundo. Ao ser questionado sobre a possibilidade da concessão de Confins, assim como aconteceu com Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas) e Brasília, Bittencourt se limitou a poucas palavras e foi taxativo. “Não há nenhuma previsão de concessão de outros aeroportos”, disse. Ele garantiu que as obras de Confins e dos demais aeroportos das cidades-sede do mundial de futebol vão ficar prontas até a Copa. “Quando fazemos obra, temos transtornos até dentro de casa. Mas há planejamento para evitar problemas”, afirmou.
O ministro veio acompanhar o projeto de Eficiência Operacional em Confins e ressaltou que as obras “estão em dia”. O programa, segundo ele, busca melhorias como a redução do tempo de check-in em até 40% em algumas situações. “O projeto já foi implantado em Guarulhos, proporcionando incremento de 30% na eficiência dos processos naquele terminal”, diz. A superintendente do aeroporto de Confins, Maria Edwirges Madeira, afirmou que o projeto vai ser testado no aeroporto a partir deste mês, na alta temporada.
Capacidade
A meta da Infraero é elevar a capacidade do atual terminal de passageiros de 10,2 milhões para 17,4 milhões de pessoas ao ano. Em 2014 é esperado que o passem pelo terminal 13 milhões de passageiros, contra 9,3 milhões em 2011. Gustavo do Vale afirmou que a licitação do terminal 3 vai ser lançada neste mês. O “puxadinho” tem investimento previsto de R$ 100 milhões e vai aumentar a capacidade do terminal em 4,9 milhões de passageiros ao ano.
A licitação do terminal 2, segundo ele, deve acontecer em meados de 2013. “Mas não há nenhuma chance de ficar pronto até a Copa”, afirma. O projeto prevê que o terminal 2 seja construído ao lado do estacionamento novo e que haja um edifício garagem com capacidade para cerca de 4 mil veículos. O terminal 2 vai ampliar a capacidade do aeroporto em mais 10 milhões de passageiros e deve ser implantado em duas fases. Quanto à concessão de Confins, o presidente da estatal afirmou que a decisão não passa pela Infraero.
Transtornos de sobra
Em meio a tapumes e obras, os passageiros reclamam da falta de vagas nos estacionamentos, filas grandes nos balcões de check-in e congestionamento na área de embarque e desembarque. A família de Maryellen Coelho Cassimiro só conseguiu parar o carro na penúltima fileira do estacionamento novo. “Raramente encontramos vaga no início”, diz Mário Geraldo da Rocha, que é tio do marido de Maryellen.
O engenheiro Henrique Felippetto viaja uma vez por mês a trabalho e ressaltou que sua maior dificuldade é parar o carro na área de embarque e desembarque. “Talvez falte fiscalização. As pessoas param e ficam esperando passageiros. Eu tenho amigo que já até perdeu o voo por não conseguir achar vaga de estacionamento”, observa Felippetto.
O motorista Ubirajara Adriano Moreira, do ônibus da conexão aeroporto, reclama que o congestionamento acontece em todos os horários na área de embarque e desembarque. “As pessoas não têm onde estacionar e aí muita gente para aqui dentro”, diz Moreira.
Sem demissões
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, descartou cortes nos funcionários terceirizados do aeroporto. “Vamos olhar para que não haja desperdício, mas não há previsão de cortes”, disse. O Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina) temia que houvesse corte de 25% no pessoal.
O Sindicato nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) fez manifestação ontem em Confins. Eles pedem 30,17% de reposição salarial e a contratação de mais funcionários. “Negociamos desde 2010 com o governo a reposição das perdas inflacionárias e condições de trabalho. Cerca de 40% dos serviços estão em condições de se aposentar e esse número não está sendo reposto”, afirma Luiz Sérgio Soares, presidente da delegacia sindical na capital. Em Minas Gerais, diz, as cargas estão sendo recebidas em 36 horas. “Antes eram entregues no mesmo dia. Isso gera fila e retarda o processo produtivo das empresas, pois os produtos ficam presos na alfândega”, afirma Soares. (GC)
06/07/2012 07:26
Ministro descarta privatizar Aeroporto de Confins
Governo garante que expansão do terminal 1 e "puxadinhos" ficarão prontos até a Copa do Mundo, mas terminal 2, não
Geórgea Choucair - Estado de Minas
O ministro da Secretaria da Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, descartou ontem a chance de o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, passar por processo de concessão até a Copa do Mundo de 2014. Já o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale, disse que não há qualquer possibilidade de o terminal 2 do aeroporto, que vai ser construído ao lado do estacionamento novo, ficar pronto até o mundial de futebol. Eles ressaltaram, no entanto, que a reforma e modernização do terminal 1 e as obras do terminal 3, o “puxadinho”, serão suficientes para atender ao aumento de demanda do aeroporto até 2014.
As declarações foram feitas durante visita às obras de Confins, que entram agora para a quarta das nove etapas. Confins foi o primeiro de uma série de visitas do ministro a 13 aeroportos das cidades que vão sediar os jogos da Copa do Mundo. Ao ser questionado sobre a possibilidade da concessão de Confins, assim como aconteceu com Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas) e Brasília, Bittencourt se limitou a poucas palavras e foi taxativo. “Não há nenhuma previsão de concessão de outros aeroportos”, disse. Ele garantiu que as obras de Confins e dos demais aeroportos das cidades-sede do mundial de futebol vão ficar prontas até a Copa. “Quando fazemos obra, temos transtornos até dentro de casa. Mas há planejamento para evitar problemas”, afirmou.
O ministro veio acompanhar o projeto de Eficiência Operacional em Confins e ressaltou que as obras “estão em dia”. O programa, segundo ele, busca melhorias como a redução do tempo de check-in em até 40% em algumas situações. “O projeto já foi implantado em Guarulhos, proporcionando incremento de 30% na eficiência dos processos naquele terminal”, diz. A superintendente do aeroporto de Confins, Maria Edwirges Madeira, afirmou que o projeto vai ser testado no aeroporto a partir deste mês, na alta temporada.
Capacidade
A meta da Infraero é elevar a capacidade do atual terminal de passageiros de 10,2 milhões para 17,4 milhões de pessoas ao ano. Em 2014 é esperado que o passem pelo terminal 13 milhões de passageiros, contra 9,3 milhões em 2011. Gustavo do Vale afirmou que a licitação do terminal 3 vai ser lançada neste mês. O “puxadinho” tem investimento previsto de R$ 100 milhões e vai aumentar a capacidade do terminal em 4,9 milhões de passageiros ao ano.
A licitação do terminal 2, segundo ele, deve acontecer em meados de 2013. “Mas não há nenhuma chance de ficar pronto até a Copa”, afirma. O projeto prevê que o terminal 2 seja construído ao lado do estacionamento novo e que haja um edifício garagem com capacidade para cerca de 4 mil veículos. O terminal 2 vai ampliar a capacidade do aeroporto em mais 10 milhões de passageiros e deve ser implantado em duas fases. Quanto à concessão de Confins, o presidente da estatal afirmou que a decisão não passa pela Infraero.
Transtornos de sobra
Em meio a tapumes e obras, os passageiros reclamam da falta de vagas nos estacionamentos, filas grandes nos balcões de check-in e congestionamento na área de embarque e desembarque. A família de Maryellen Coelho Cassimiro só conseguiu parar o carro na penúltima fileira do estacionamento novo. “Raramente encontramos vaga no início”, diz Mário Geraldo da Rocha, que é tio do marido de Maryellen.
O engenheiro Henrique Felippetto viaja uma vez por mês a trabalho e ressaltou que sua maior dificuldade é parar o carro na área de embarque e desembarque. “Talvez falte fiscalização. As pessoas param e ficam esperando passageiros. Eu tenho amigo que já até perdeu o voo por não conseguir achar vaga de estacionamento”, observa Felippetto.
O motorista Ubirajara Adriano Moreira, do ônibus da conexão aeroporto, reclama que o congestionamento acontece em todos os horários na área de embarque e desembarque. “As pessoas não têm onde estacionar e aí muita gente para aqui dentro”, diz Moreira.
Sem demissões
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, descartou cortes nos funcionários terceirizados do aeroporto. “Vamos olhar para que não haja desperdício, mas não há previsão de cortes”, disse. O Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina) temia que houvesse corte de 25% no pessoal.
O Sindicato nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) fez manifestação ontem em Confins. Eles pedem 30,17% de reposição salarial e a contratação de mais funcionários. “Negociamos desde 2010 com o governo a reposição das perdas inflacionárias e condições de trabalho. Cerca de 40% dos serviços estão em condições de se aposentar e esse número não está sendo reposto”, afirma Luiz Sérgio Soares, presidente da delegacia sindical na capital. Em Minas Gerais, diz, as cargas estão sendo recebidas em 36 horas. “Antes eram entregues no mesmo dia. Isso gera fila e retarda o processo produtivo das empresas, pois os produtos ficam presos na alfândega”, afirma Soares. (GC)
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