[Internacional] A Sukhoi em busca de seu destino com o Superjet 100
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[Internacional] A Sukhoi em busca de seu destino com o Superjet 100
A Sukhoi em busca de seu destino com o Superjet 100
O jato regional russo Sukhoi Superjet 100. (Foto: Katsuhiko Tokunaga / Superjet International)
O futuro imediato da indústria de aviação russa depende do destino do Sukhoi Superjet 100 e do Tupolev Tu-204, duas aeronaves com trajetórias bem diferentes. O Superjet, primeiro avião russo desenvolvido integralmente depois do período soviético e a usar grande número de componentes estrangeiros (inclusive um motor feito na França), comemorou um importante marco no mês passado após completar com sucesso seu primeiro voo comercial pela companhia aérea Armavia.
O primeiro exemplar do Sukhoi Superjet 100, entregue à companhia armênia Armavia. (Foto: Superjet International)
Já o Tu-204, que voou pela primeira vez em 1989 e se assemelha ao Boeing 757, está tendo dificuldades de se reinventar, principalmente tendo em vista o fato de que apenas 69 exemplares foram construídos em 20 anos.
A operação comercial do Sukhoi Superjet provavelmente irá permitir que compradores em potencial verifiquem seu desempenho e gerem novos negócios para a companhia. Hoje, a Sukhoi tem 150 encomendas para aeronaves comerciais de 100 lugares.
A situação é bem menos encorajadora para o Tu-204, um avião de alcance médio com capacidade para até 210 passageiros. A empresa teria recebido uma encomenda de 44 aeronaves da companhia Red Wings, mas o acordo está suspenso desde abril. A UAC (United Aircraft Corporation), liderada por Mikhail Pogossian e detentora da Sukhoi, ainda gozando do brilho do lançamento do Superjet, anunciou no Primeiro Fórum Internacional de Transporte Aéreo de Ulianovski, em abril, a compra de 30 aviões pela Aeroflot em 2011, sete a mais que a encomenda feita em 2010.
O clima em torno do lançamento, no entanto, foi de algum modo encoberto pelos comentários feitos em abril pelo ministro dos Transportes, Igor Levitin, quanto a uma possível compensação à Aeroflot (maior cliente da empresa, com 30 pedidos), depois de repetidos atrasos na entrega do Superjet. O ministro também demonstrou frustração quanto ao peso acima do esperado e à baixa eficiência energética do modelo, cujo desenvolvimento consumiu largamente recursos federais.
Segundo o especialista em transporte aéreo Maksim Piaduchkin, a posição assumida pela Aeroflot, que é controlada pelo governo, “reduz o apelo do produto sob o ponto de vista de compradores em potencial e pode fazer com que o dinheiro público tenha sido gasto em vão”.
O Sukhoi Superjet 100 visto na feira internacional de Le Bourget em 2011. (Foto: Superjet International)
No fórum, Pogossian expressou a esperança de que, com o apoio do programa do governo de estímulo à indústria aeronáutica, a Rússia possa deter 10% do mercado global de aviação civil até 2025.
O programa do governo está focado em três aeronaves, a primeira sendo a Superjet 100. A segunda, conhecida como MS-21, é um avião de médio alcance (com capacidade entre 150 e 210 passageiros) hoje em elaboração, baseada parcialmente no Tu-204.
Mas diversos conflitos surgiram no decorrer do fórum em Ulianovski. O veterano da indústria Oleg Smirnov, por exemplo, fez comentários ácidos criticando o diretor-geral da Aeroflot, Vitali Saveliev, e Aleksandr Lebedev, detentor de ações de diversas companhias.
A fábrica responsável pela montagem final do Superjet está localizada em Komsomolsk-on-Amur, 7 mil quilômetros a leste de Moscou, e essa concentração da produção confronta com a política de distribuição de vagas de trabalho. Além disso, motivos financeiros impulsionam a compra de aviões estrangeiros, que têm um custo de operação bem mais baixo.
O Estado, porém, perseguindo sua meta de restabelecer a indústria nacional, parece que não deixará de lado as companhias russas para cair nas graças da Airbus e da Boeing num futuro próximo.
Fonte: Diário da Rússia
Via: Cavok
O jato regional russo Sukhoi Superjet 100. (Foto: Katsuhiko Tokunaga / Superjet International)
O futuro imediato da indústria de aviação russa depende do destino do Sukhoi Superjet 100 e do Tupolev Tu-204, duas aeronaves com trajetórias bem diferentes. O Superjet, primeiro avião russo desenvolvido integralmente depois do período soviético e a usar grande número de componentes estrangeiros (inclusive um motor feito na França), comemorou um importante marco no mês passado após completar com sucesso seu primeiro voo comercial pela companhia aérea Armavia.
O primeiro exemplar do Sukhoi Superjet 100, entregue à companhia armênia Armavia. (Foto: Superjet International)
Já o Tu-204, que voou pela primeira vez em 1989 e se assemelha ao Boeing 757, está tendo dificuldades de se reinventar, principalmente tendo em vista o fato de que apenas 69 exemplares foram construídos em 20 anos.
A operação comercial do Sukhoi Superjet provavelmente irá permitir que compradores em potencial verifiquem seu desempenho e gerem novos negócios para a companhia. Hoje, a Sukhoi tem 150 encomendas para aeronaves comerciais de 100 lugares.
A situação é bem menos encorajadora para o Tu-204, um avião de alcance médio com capacidade para até 210 passageiros. A empresa teria recebido uma encomenda de 44 aeronaves da companhia Red Wings, mas o acordo está suspenso desde abril. A UAC (United Aircraft Corporation), liderada por Mikhail Pogossian e detentora da Sukhoi, ainda gozando do brilho do lançamento do Superjet, anunciou no Primeiro Fórum Internacional de Transporte Aéreo de Ulianovski, em abril, a compra de 30 aviões pela Aeroflot em 2011, sete a mais que a encomenda feita em 2010.
O clima em torno do lançamento, no entanto, foi de algum modo encoberto pelos comentários feitos em abril pelo ministro dos Transportes, Igor Levitin, quanto a uma possível compensação à Aeroflot (maior cliente da empresa, com 30 pedidos), depois de repetidos atrasos na entrega do Superjet. O ministro também demonstrou frustração quanto ao peso acima do esperado e à baixa eficiência energética do modelo, cujo desenvolvimento consumiu largamente recursos federais.
Segundo o especialista em transporte aéreo Maksim Piaduchkin, a posição assumida pela Aeroflot, que é controlada pelo governo, “reduz o apelo do produto sob o ponto de vista de compradores em potencial e pode fazer com que o dinheiro público tenha sido gasto em vão”.
O Sukhoi Superjet 100 visto na feira internacional de Le Bourget em 2011. (Foto: Superjet International)
No fórum, Pogossian expressou a esperança de que, com o apoio do programa do governo de estímulo à indústria aeronáutica, a Rússia possa deter 10% do mercado global de aviação civil até 2025.
O programa do governo está focado em três aeronaves, a primeira sendo a Superjet 100. A segunda, conhecida como MS-21, é um avião de médio alcance (com capacidade entre 150 e 210 passageiros) hoje em elaboração, baseada parcialmente no Tu-204.
Mas diversos conflitos surgiram no decorrer do fórum em Ulianovski. O veterano da indústria Oleg Smirnov, por exemplo, fez comentários ácidos criticando o diretor-geral da Aeroflot, Vitali Saveliev, e Aleksandr Lebedev, detentor de ações de diversas companhias.
A fábrica responsável pela montagem final do Superjet está localizada em Komsomolsk-on-Amur, 7 mil quilômetros a leste de Moscou, e essa concentração da produção confronta com a política de distribuição de vagas de trabalho. Além disso, motivos financeiros impulsionam a compra de aviões estrangeiros, que têm um custo de operação bem mais baixo.
O Estado, porém, perseguindo sua meta de restabelecer a indústria nacional, parece que não deixará de lado as companhias russas para cair nas graças da Airbus e da Boeing num futuro próximo.
Fonte: Diário da Rússia
Via: Cavok
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