[Brasil] Galpão vira terminal em Guarulhos
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[Brasil] Galpão vira terminal em Guarulhos
Fonte - O Estado de S. Paulo - 17 de maio de 2011 | 23h 00
Marta Salomon
Galpão vira terminal em Guarulhos
Antigos galpões da Vasp e da Transbrasil passarão por obras em caráter emergencial e serão transformados em terminais de passageiros
BRASÍLIA - Dois galpões usados como depósitos pela Infraero e pela Receita Federal no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, serão transformados em terminais de passageiros, segundo estudo feito pela nova Secretaria de Aviação Civil, subordinada à Presidência da República. O projeto é concluir as obras, em caráter emergencial, até dezembro deste ano. Os galpões eram usados anteriormente pelas companhias Transbrasil e Vasp, que não existem mais.
Não haverá licitação para a escolha das empresas responsáveis pela transformação dos galpões em terminais de embarque remoto, sem o uso de "fingers", corredores suspensos que levam os passageiros até a porta dos aviões. Por ser obra emergencial, passará por processo mais rápido de contratação. O orçamento do projeto deverá ser definido ainda nesta semana, apurou o Estado.
As obras em Guarulhos fazem parte de um pacote de medidas em estudo para contornar a saturação dos aeroportos brasileiros antes mesmo dos investimentos planejados para a Copa do Mundo - e que estão atrasados.
No caso dos dois novos terminais em Cumbica, a decisão sairá antes do anúncio do modelo de concessão do terceiro terminal de passageiros do aeroporto de Guarulhos.
Sem modelo. Obra mais cara entre os investimentos programados para a Copa do Mundo, o terceiro terminal de Cumbica tem custo estimado em mais de R$ 700 milhões e ainda não tem um modelo definido de concessão à iniciativa privada.
O plano já anunciado pelo governo é fazer as obras já programadas nos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília por meio de parcerias com a iniciativa privada.
O modelo é definido por novos estudos em curso e contratados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
É provável que os editais só sejam lançados depois do leilão do primeiro aeroporto a ser privatizado, o de São Gonçalo do Amarante, em Natal. O leilão está marcado para 19 de julho.
Brasília. Além dos terminais de Guarulhos, há outra obra emergencial prevista no aeroporto de Brasília e que consiste na construção de mais um módulo operacional provisório de embarque e desembarque de passageiros, semelhante ao módulo que já funciona em Brasília.
O aeroporto também passará por reforma na atual área de embarque.
As obras emergenciais serão acompanhadas de medidas de gestão nos aeroportos, de modo a melhorar a operação. Uma das medidas já anunciadas foi o funcionamento de salas para a integração dos serviços em torno de uma autoridade aeroportuária.
Esse modelo começará a operar em fase de teste nos dois aeroportos que também receberão obras emergenciais, em Guarulhos e Brasília.
Marta Salomon
Galpão vira terminal em Guarulhos
Antigos galpões da Vasp e da Transbrasil passarão por obras em caráter emergencial e serão transformados em terminais de passageiros
BRASÍLIA - Dois galpões usados como depósitos pela Infraero e pela Receita Federal no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, serão transformados em terminais de passageiros, segundo estudo feito pela nova Secretaria de Aviação Civil, subordinada à Presidência da República. O projeto é concluir as obras, em caráter emergencial, até dezembro deste ano. Os galpões eram usados anteriormente pelas companhias Transbrasil e Vasp, que não existem mais.
Não haverá licitação para a escolha das empresas responsáveis pela transformação dos galpões em terminais de embarque remoto, sem o uso de "fingers", corredores suspensos que levam os passageiros até a porta dos aviões. Por ser obra emergencial, passará por processo mais rápido de contratação. O orçamento do projeto deverá ser definido ainda nesta semana, apurou o Estado.
As obras em Guarulhos fazem parte de um pacote de medidas em estudo para contornar a saturação dos aeroportos brasileiros antes mesmo dos investimentos planejados para a Copa do Mundo - e que estão atrasados.
No caso dos dois novos terminais em Cumbica, a decisão sairá antes do anúncio do modelo de concessão do terceiro terminal de passageiros do aeroporto de Guarulhos.
Sem modelo. Obra mais cara entre os investimentos programados para a Copa do Mundo, o terceiro terminal de Cumbica tem custo estimado em mais de R$ 700 milhões e ainda não tem um modelo definido de concessão à iniciativa privada.
O plano já anunciado pelo governo é fazer as obras já programadas nos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília por meio de parcerias com a iniciativa privada.
O modelo é definido por novos estudos em curso e contratados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
É provável que os editais só sejam lançados depois do leilão do primeiro aeroporto a ser privatizado, o de São Gonçalo do Amarante, em Natal. O leilão está marcado para 19 de julho.
Brasília. Além dos terminais de Guarulhos, há outra obra emergencial prevista no aeroporto de Brasília e que consiste na construção de mais um módulo operacional provisório de embarque e desembarque de passageiros, semelhante ao módulo que já funciona em Brasília.
O aeroporto também passará por reforma na atual área de embarque.
As obras emergenciais serão acompanhadas de medidas de gestão nos aeroportos, de modo a melhorar a operação. Uma das medidas já anunciadas foi o funcionamento de salas para a integração dos serviços em torno de uma autoridade aeroportuária.
Esse modelo começará a operar em fase de teste nos dois aeroportos que também receberão obras emergenciais, em Guarulhos e Brasília.
Re: [Brasil] Galpão vira terminal em Guarulhos
O ESTADO DE S.PAULO
18 de maio de 2011
Terminais criam novo gargalo logístico
Movimentação de passageiros ameaça capacidade operacional do aeroporto
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
A construção de terminais remotos pode criar um outro gargalo dentro do Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica): a logística interna. Na avaliação de especialistas, a estrutura necessária para deslocar passageiros de um lado para o outro pode comprometer a capacidade operacional de toda infraestrutura local.
"É um investimento que vai no sentido inverso ao aumento de capacidade do aeroporto", afirma o advogado e especialista em infraestrutura, Floriano de Azevedo Marques Neto, do escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques. Na opinião dele, esse é apenas um paliativo para desafogar o aeroporto, que já está no seu limite e deverá receber uma grande quantidade de passageiros durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. "Mas não é o ideal em nenhum lugar do mundo."
Para funcionar de forma adequada, o governo terá de encontrar uma alternativa para levar os passageiros até o terminal e, depois, até as aeronaves. Por ter pouco espaço no local - segundo informações de fontes do setor há apenas duas posições para estacionamento -, a tendência é que os aviões fiquem mais afastados dos terminais, o que exigiria uma frota considerável de ônibus para fazer a movimentação dos passageiros. "Ainda não ficou claro qual mecanismo será usado para dar acesso aos terminais, que ficam numa área destinada a cargas (da antiga Transbrasil e da Vasp)", afirmou uma fonte, que prefere não se identificar.
O presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), Luciano Amadio Filho, também avalia a decisão do governo de fazer terminais remotos em Guarulhos como uma remediação. "É um tapa buraco de algo que deveríamos ter feito há mais de quatro anos." Ele reconhece, entretanto, que restaram poucas alternativas para o governo solucionar o problema num espaço tão curto de tempo. "É o menos ruim."
Prioritário. Ele avalia que o nível de conforto dos usuários será reduzido. Mas o executivo destaca que os "nossos aeroportos têm qualidade tão ruim" que talvez passe despercebido. Outra preocupação dos especialistas é que essa decisão paliativa possa tornar outros investimentos prioritários menos importante. "Essa é uma medida que pode amenizar o problema dos terminais, mas não resolve a questão da falta de capacidade dos pátios e das pistas", destaca Neto.
No ano passado, a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos foi de 26,8 milhões de pessoas, abaixo das previsões da Infraero, segundo estudo da Coppe (instituto de pós-graduação em engenharia da UFRJ), em parceria com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Conforme o trabalho, a demanda de Guarulhos no ano da Copa será de 37,2 milhões de passageiros. As previsões da Infraero apontam para um número menor: de 35 milhões de passageiros.
Na avaliação dos especialistas, esses números mostram que o governo não poderá abrir mão de obras mais estruturantes. A torcida da iniciativa privada é que as concessões aeroportuárias, anunciadas no final do mês passado, decolem. A alternativa, porém, pode ser mais demorada do que o governo imaginava. Isso porque, para atrair investidores, antes será necessário criar um marco regulatório para o setor.
18 de maio de 2011
Terminais criam novo gargalo logístico
Movimentação de passageiros ameaça capacidade operacional do aeroporto
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
A construção de terminais remotos pode criar um outro gargalo dentro do Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica): a logística interna. Na avaliação de especialistas, a estrutura necessária para deslocar passageiros de um lado para o outro pode comprometer a capacidade operacional de toda infraestrutura local.
"É um investimento que vai no sentido inverso ao aumento de capacidade do aeroporto", afirma o advogado e especialista em infraestrutura, Floriano de Azevedo Marques Neto, do escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques. Na opinião dele, esse é apenas um paliativo para desafogar o aeroporto, que já está no seu limite e deverá receber uma grande quantidade de passageiros durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. "Mas não é o ideal em nenhum lugar do mundo."
Para funcionar de forma adequada, o governo terá de encontrar uma alternativa para levar os passageiros até o terminal e, depois, até as aeronaves. Por ter pouco espaço no local - segundo informações de fontes do setor há apenas duas posições para estacionamento -, a tendência é que os aviões fiquem mais afastados dos terminais, o que exigiria uma frota considerável de ônibus para fazer a movimentação dos passageiros. "Ainda não ficou claro qual mecanismo será usado para dar acesso aos terminais, que ficam numa área destinada a cargas (da antiga Transbrasil e da Vasp)", afirmou uma fonte, que prefere não se identificar.
O presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), Luciano Amadio Filho, também avalia a decisão do governo de fazer terminais remotos em Guarulhos como uma remediação. "É um tapa buraco de algo que deveríamos ter feito há mais de quatro anos." Ele reconhece, entretanto, que restaram poucas alternativas para o governo solucionar o problema num espaço tão curto de tempo. "É o menos ruim."
Prioritário. Ele avalia que o nível de conforto dos usuários será reduzido. Mas o executivo destaca que os "nossos aeroportos têm qualidade tão ruim" que talvez passe despercebido. Outra preocupação dos especialistas é que essa decisão paliativa possa tornar outros investimentos prioritários menos importante. "Essa é uma medida que pode amenizar o problema dos terminais, mas não resolve a questão da falta de capacidade dos pátios e das pistas", destaca Neto.
No ano passado, a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos foi de 26,8 milhões de pessoas, abaixo das previsões da Infraero, segundo estudo da Coppe (instituto de pós-graduação em engenharia da UFRJ), em parceria com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Conforme o trabalho, a demanda de Guarulhos no ano da Copa será de 37,2 milhões de passageiros. As previsões da Infraero apontam para um número menor: de 35 milhões de passageiros.
Na avaliação dos especialistas, esses números mostram que o governo não poderá abrir mão de obras mais estruturantes. A torcida da iniciativa privada é que as concessões aeroportuárias, anunciadas no final do mês passado, decolem. A alternativa, porém, pode ser mais demorada do que o governo imaginava. Isso porque, para atrair investidores, antes será necessário criar um marco regulatório para o setor.
Re: [Brasil] Galpão vira terminal em Guarulhos
Um vexame...
Nosso país é gigante e rico, já era para ser uma potência, mas os políticos não deixam... será que só eles mesmo?
Temos a nossa parcela de culpa.
Mais de 3 anos que sabemos onde será a copa...
Fifa oficializa Brasil como sede da Copa do Mundo-2014
Nosso país é gigante e rico, já era para ser uma potência, mas os políticos não deixam... será que só eles mesmo?
Temos a nossa parcela de culpa.
Mais de 3 anos que sabemos onde será a copa...
Fifa oficializa Brasil como sede da Copa do Mundo-2014
Re: [Brasil] Galpão vira terminal em Guarulhos
Alberto, eu penso que a culpa do Brasil estar como esta hoje é justamente do povo que mora aqui, culpa dos brasileiros. Muita gente fala dos políticos como se eles fossem de outro país, outro mundo! Esquecem que os políticos são brasileiros... São pessoas que tiveram ou tem a mesma criação brasileira, como todos. Uns mais favorecidos do que outros, mas a mesma criação brasileira. Enfim, nada muda como o povo acomodado que mora por aqui.Qualquer país tem solução, mas ela não tem que começar por cima, tem que vir por baixo e isso não é dando educação ou saúde ou até mesmo um emprego melhor, só mudando a cabeça de cada um....
Mas voltando ao tópico...
Se não fizerem deste galpão um substituto do tão esperado Terminal 3, ele pode ser muito bem aproveitado e pode ser muito bom....
Mas voltando ao tópico...
Se não fizerem deste galpão um substituto do tão esperado Terminal 3, ele pode ser muito bem aproveitado e pode ser muito bom....
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