Acidente na Simulação

Como vocês lidam com um acidente em uma simulação? Ultimamente estou levando muito a sério isso! Pode ser um sinal de loucura?

Brincadeira a parte, tenho registro de apenas dois acidentes em 2010. O primeiro em Dortmund na Alemanhã com um Boeing 737-800 da AirBerlin que se acidentou durante a decolagem, e o segundo em Lukla no Nepal com um SIAI-Marchetti, este último menos grave sem vitimas fatais!

Fiz até uma mini-investigação dos acidentes, mas sem caixa preta, não dá pra ter muitos detalhes.

Alguém aqui é tão fanático como eu?

Bem nem tanto.....mas nunca gosto quando acontece....o ultimo foi com CRJ 900....pista sem ILS, e com nevoeiro....e quando me apercebi estava no fim da pista e em cima de umas arvores..

Muito show esse papo, bem coisa de doido mesmo.

Comigo ultimamente não tem acontecido acidentes nem incidentes. O último ocorrido foi com o King Air-200 da Aeroworx que deu pane no sistema elétrico e apagou o painel, mas como havia acabado de decolar eu simplesmente voltei e fiz um pouso visual tranquilo.

se é um acidente eu penso : "Poxa, se fosse real estaria morto, isso não pode mais acontecer"

se é um incidente ... : "Estaria demitido da empresa a essa hora"


E pronto, afinal é uma simulação e eu não estou a simular como parte de um treinamento para a aeronave real.

Quando, se, isso ocorrer ai levarei mais a sério essas situações !

Winicius escreveu:Comigo ultimamente não tem acontecido acidentes nem incidentes. O último ocorrido foi com o King Air-200 da Aeroworx que deu pane no sistema elétrico e apagou o painel, mas como havia acabado de decolar eu simplesmente voltei e fiz um pouso visual tranquilo.

Exelente aeronave, complicadinha como deve ser no real. Esqueci de ajustar o elevador (pitch) terminou a pista e não consegui decolar, o resultado ???, bem...., voces podem imaginar, , abraços

Eu tenho o sistema de falhas do PMDG MD11 ligado. Durante o voo LIRF - LPPT tive uma pane no FADEC do motor 3 e em seguida um flame out. Julguei que não deveria tentar acionar o motor. Como estava em Madrid, alternei.

Mas algo que pode ser caracterizado com acidente em voos mais sérios, o último que aconteceu foi uma pane seca no E170 da Air Canada. Calculei mal a quantidade de combustível e fui embora. Fiz um pouso forçado a cerca de 10NM do aeroporto. Tem até o tópico aqui no forum.

Eu deixo o Crash Detection do FSX desligado depois de passar por várias raivas. Não sou mto fã de acidentes simulados, mas gosto muito de ler os relatórios de investigação dos acidentes reais.

Bom, nós temos à disposição uma pseudo-caixa-preta no FS. É a "análise de voo".

Como podem ver na imagem abaixo, podemos ter noção da trajetória, do "glide", velocidade, etc...



Quem quiser brincar de maneira mais "séria", pode até fazer uma edição, juntando a própria gravação com o Fraps, por exemplo, alguns instrumentos de voo separados e esta janela.

Assim teremos uma autêntica "cena do crime", obtida com os "FDR" e "CVR" (caso gravemos a nossa voz). Eita nessa, literalmente, eu "viajei"

Abraços a todos!

Eu levo MUITO a sério. O último acidente que tive foi no final de 2009. Estava pousando em Lisboa com um A300 voando monomotor (FSPax) e nos mínimos (200ft) arremeti porque estava muito veloz e desalinhado.
METAR no dia...
LPPT 210130Z 04023KT 1200 OVC010 14/12 Q1006 NOSIG
Durante a arremetida perdi o controle (desorientação espacial) e acabei me chocando com o solo, matando todos à bordo (FSPax).

Vi depois que meu procedimento foi totalmente inadequado para um A300 naquelas condições e treinei várias vezes o mesmo procedimento. Acho que hoje não ocorreria a mesma coisa.

O maior fiasco público foi varar a pista de Curitiba num 733 em um evento da IVAO faz um tempão atrás... Eita meleca.

Teve uma vez que vinha de MD-11 do Japão e estava descendo para pousar em Los Angeles e perdeu os motores dois e três. Me pegou de surpresa, simplesmente os acionei rapidinho para continuar pois se fosse mono acho que não chegaria bem ou pousaria na água.

Agora catrapo comigo me acompanha ultimamente, pois ficar meses sem dar uma passada pelo FS e depois sair andando por ai da cada porrada no chão.

Nossa adorei o tópico, talves um dos melhores que eu li nos ultimos dias ...

Eu não lembro quando foi meu ultimo acidente no FS
Eu tenho vários incidentes, principalmente tail strike

O acidente mais bizarro que sofri foi no FS95 em que eu pousei um 737 com o trem de pouso recolhido

Gostei do Tópico.
Bom como comecei no FSX a pouco tempo,eu era zerado mesmo sem nenhum tipo de noção oque era aviação,conheço mais a fraseologia da aeronaútica por minha irmã ser controladora de vôo,Enfim ainda estou em treino,e confesso que quando acontece um acidente eu fico com muita raiva,e vou de novo até acerta.Ultimamente estou tendo bastante dor de cabeça com o B767,para aterrissar em congonhas,ou ele passa direto na pista,ou diminuo muito a velocidade ele cai antes,de 10 tentativa,só acertei 3,estou desistinto desse avião já..

Netinho escreveu:Gostei do Tópico.
Bom como comecei no FSX a pouco tempo,eu era zerado mesmo sem nenhum tipo de noção oque era aviação,conheço mais a fraseologia da aeronaútica por minha irmã ser controladora de vôo,Enfim ainda estou em treino,e confesso que quando acontece um acidente eu fico com muita raiva,e vou de novo até acerta.Ultimamente estou tendo bastante dor de cabeça com o B767,para aterrissar em congonhas,ou ele passa direto na pista,ou diminuo muito a velocidade ele cai antes,de 10 tentativa,só acertei 3,estou desistinto desse avião já..

É amigo dominar essa fera é complicado, pesado, muita potencia e manobras lentas, derrubei varios até "pegar o jeito" ,



abraços

Perdi a conta dos meus acdentes ...he...he...he

Me corrijam se eu estiver errado (e acho que desta vez não estou), mas CGH não suporte 767 né? Se um A321 já teve sérios problemas pra parar lá....

Netinho escreveu:Gostei do Tópico.
Bom como comecei no FSX a pouco tempo,eu era zerado mesmo sem nenhum tipo de noção oque era aviação,conheço mais a fraseologia da aeronaútica por minha irmã ser controladora de vôo,Enfim ainda estou em treino,e confesso que quando acontece um acidente eu fico com muita raiva,e vou de novo até acerta.Ultimamente estou tendo bastante dor de cabeça com o B767,para aterrissar em congonhas,ou ele passa direto na pista,ou diminuo muito a velocidade ele cai antes,de 10 tentativa,só acertei 3,estou desistinto desse avião já..

A Transbrasil operou 767 em Congonhas. Hoje em dia não seria permitido e nem teria lugar no pátio, mas se não tô enganado tinha até rota internacional (Mercosul) que partia de lá no 767...

Interessante o assunto levantado.

Considero que as atividades que tenho no simulador são voltadas pra que dêem certo a maior parte do tempo: Cumprir o regulamento de tráfego, instruções ATC, limites da aeronave, limites da empresa incluindo economia e menor tempo de vôo possível.

Isso na íntegra já considero de um alto grau de dificuldade. Eu não uso mais o FSPax, que tinha um sistema de falhas, até porquê as falhas que ocorriam com certa frequência nos vôos que eu fazia não eram condizentes com a realidade: falha de trem de pouso numa companhia aérea e obrigar um pouso de barriga é algo difícil de ocorrer. Colisão com pássaros tudo bem... mas demais falhas me obrigavam a realizar um vôo denovo pois a VA não dá suporte a esse tipo de coisa. Eu até concordo com o uso das falhas, pois é algo bem pessoal. Configurava o FSPax para 3% de chance para eventual falha.

Outra coisa é que nem sempre o pessoal no vôo online ajuda dando passagem, principalmente em áreas de movimento não controladas... muita gente faz isso de má fé. Então em algumas situações eu seria obrigado a desconectar.

Eu sempre faço briefing meteorológico, observo as cartas e notam e na maioria dos vôos eu conto com tempo disponível pra alternar (nem sempre é possível e tenho que desconectar e realizar o vôo em outra hora).

Mas algo que me chamou atenção pra isso foi num vôo de Joanesburgo para o Galeão de 707, quando não fiz o planejamento adequado quanto ao vento em rota e o combustível mínimo necessário. Naquela rota direta, o vento na maior parte do ano é de proa, e de vez enquando as correntes de jato atingem níveis mais baixos e influenciam significativamente no consumo. Peguei 100kt de proa e juntamente com o consumo mal elaborado do addon que utilizava, a autonomia não foi suficiente e perdi boas horas de vôo. Vergonha

Já alternei declarando o mínimo combustível possível e solicitando prioridade, quando tive que arremeter 3x com o 707 em florianópolis, sendo que 2x era por causa de um tráfego que não respeitava os chamados e a terceira foi mal planejamento do controlador do ACC que insistia controlar o tráfego no solo. Arremeti e sem pestanejar aproei a RWY33 de Curitiba.

Outros acidentes ocorreram principalmente por falha de software, então desconsidero. Alguns da wilco comportam indadequadamente em modo janela alternada... então isso não conta e fiquei muito P*. Travamentos, dentre outros não contam.

Certa vez tive indicação de GPWS numa aproximação vetorada em Fortaleza... "aquele morrote" quase me pegou quando aceitei descida abaixo da MSA para interceptar o LOC, desci rápido.
RA TCAS online também é comum... na decolagem de Campo Grande uma aeronave que havia dito estar curvando para a perna do vento, na verdade se dirigiu para cruzar o eixo de aproximação, nada que uma subida acentuada e uma curva com mais de 30 graus não resolvesse.
No vôo em rota e em aproximações em terminais movimentadas, eu fico de olho no IVAE e conecto o FSNavigator na sessão multiplayer conectado no IVAp, assim tenho uma indicação "radar" dentro de 40nm o suficiente para que eu possa fazer minha própria vetoração, restrição e outras.

Uma pane de motor com FSPax também foi interessante:

PT-ZPI fazendo Floripa para Navegantes buscar clientes. Após a decolagem, já na vertical do centro da cidade, observamos alteração na temperatura do óleo. Na vertical de Bombinhas a OT atingiu 240ºC e tivemos que cortar o motor e retornar para Floripa. Foto tirada quase na vertical da ponte, preparando uma final longa para a RWY 21. O problema no motor foi provavelmente causado por FOD que danificou mta coisa na entrada de ar do motor 2.

Um tempo atrás eu fiz um post no forum da GOLv, mostrando o uso do Blackbox Flightlogger. Ele pode ser baixado gratuitamente aqui: http://www.utr-online.com/Software.asp?page=4
Pode-se analizar diversas fases do vôo com essa ferramenta. Uma VA holandesa que simula as operações da Transavia utiliza esse recurso em todos os seus vôos.

Eu quis fazer um relato de vôo diferente, voltado para o procedimento. Que bom que surgiu oportunidade para que outras pessoas conhecerem. O resultado foi esse:


Após autorização para decolagem, livrei o ponto de espera da taxiway J e já me posicionei buscando o aproveitamendo máximo da pista.


Sobre a marca de 1000ft rodamos, 129 nossa V1, 133 nossa VR e 140 nossa V2. Com F25, 58.5 era nossa GW, limitada pelo DOV. 151 era a lista de passageiros para embarque, mas as condições possibilitaram o embarque de apenas 111.


Rapidamente velocidade vertical positiva, trem em cima... e nariz em cima buscando a cruz do Flight Director!


Já ultrapassando 400ft... iniciamos uma curva à esquerda ainda em condição visual, com bank máximo de 15º, cumprindo a saída RNAV MOTOB-E. Rapidamente já atingimos a velocidade para aplicar F15.


Após 2500ft, já podemos voar na proa no NDB IH, na Ilha Rasa.


... e continuar a subida para o FL300. Ao contrário da saída para UW50 pela posição BOTOM que exige restrição inicial de 5000ft.




Já a 7500ft na chegada LITRE1, completamos a descida reduzindo para 180KIAS, acionando F1 e logo em seguida F5, para 5200ft e ILS H3 RWY17R.


Gear down e redução para 150KIAS para cumprir determinação ATC em função de sequenciamento de tráfego. Em seguida atingimos a manuever speed para F15 até o fixo EVER, quando iniciamos a curva para o LLZ.


Pouco antes do OM, FLAP FULL e redução para Vapp de 137KIAS.


Cruzamento da cabeceira a 30 pés, menso de meio grau abaixo do glide do ILS, e 3 pontos vermelhos no PAPI. Vref de 127.


Do toque e extensão dos spoilers, a aeronave reduziu para velocidade de taxi em 700 metros utilizando AUTO BREAK MAX até 50KIAS nós e reversor até 60 KIAS. Livrando a pista na taxiway I e prosseguindo para o pátio 3, estacionamento comum para os B738 SFP.

Se quiserem ver o log com mais detalhes no Google Earth, só baixar o KMZ aqui.

Muito interessante esse seu relato, Leonardo.
Gostei desse Blackbox Flightlogger, não conhecia. Acho que vou experimentá-lo.
Leva um pontinho de reputação por esse excelente post.

Leonardosantana, seja bem vindo, esse relato amigo acho similar a de um piloto real, parabens, abraços

leonardosantana escreveu:Interessante o assunto levantado.

Um tempo atrás eu fiz um post no forum da GOLv, mostrando o uso do Blackbox Flightlogger. Ele pode ser baixado gratuitamente aqui: http://www.utr-online.com/Software.asp?page=4
Pode-se analizar diversas fases do vôo com essa ferramenta. Uma VA holandesa que simula as operações da Transavia utiliza esse recurso em todos os seus vôos.

Amigo que contribuição interessante, ganhou um ponto meu.

Vou testar aqui. Gosto de "investigar" os erros que cometo duranto as simulações.

Abraços.

Valeu rapazeada.
A preocupação em fazer certo e fazer bem, leva a procurar saber como fazer. E isso aumenta cada vez mais o conhecimento. Vale a pena sim.

Fico feliz por terem gostado.
[]´s

Bem vindo leonardo,bastante interessante,seu relato..
Por acaso você é piloto?

Achei muito bom esse post e gosto quando se tem que ter maior cuidado na operação do equipamento, incluindo a possibilidade de falhas, só gostaria que o modelo de danos fosse tão bom quanto o é em simuladores de combate.
O Vitor lembrou bem, a Transbrasil operou 767-200 em Congonhas inclusive em rotas internacionais charter para Orlando com escala no Galeão na ida e direto na volta.Na época também não podiam ficar no pátio, tendo que ficar parqueado na remota e fazer o taxi pela pista auxiliar.
Finalmente, o Blackbox Flightlogger parece muito interessante, vou testar, obrigado por postar, Leonardo.

Netinho escreveu:Bem vindo leonardo,bastante interessante,seu relato..
Por acaso você é piloto?

Aí por baixo do nome dele diz que é controlador, Netinho (CTA).