[Internacional] LAAD: Entrevista com Serguei Ladiguin, chefe da delegação da Rosoboronexport
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[Internacional] LAAD: Entrevista com Serguei Ladiguin, chefe da delegação da Rosoboronexport
LAAD: Entrevista com Serguei Ladiguin, chefe da delegação da Rosoboronexport
Caça multifunção russo Sukhoi Su-35 Flanker. (Foto: Sukhoi)
As maiores empresas russas, entre as quais o participante tradicional de semelhantes fórums , apresentarão mais de 300 itens dos seus produtos na exposição internacional de tecnologias aéreas e de defesa LAAD- 2011 (Latin América Aerospace and Defence), promovida no período de 12 a 15 de abril no Brasil. Por isso o site Voz da Rússia entrevistou o chefe da delegação da Rosoboronexport, Serguei Ladiguin.
Sergei Ladiguin, chefe da delegação russa da Rosoboronexport durante a LAAD 2011.
V.R: Como a sua empresa avalia a ampliação da cooperação com os países da América Latina? Quais são os países latino-americanos com os quais a cooperação resultou a mais bem-sucedida?
Serguei Ladiguin: No plano histórico a Rússia considerava a região latino-americana a mais longínqua. Na época da União Soviética a cooperação técnico-militar parcial era realizada com Cuba e com o Peru. Muitas pessoas chegaram a opinar que este setor não tinha futuro. Mas as mudanças que se deram no nosso país alteraram também a nossa posição em relação à exportação de armamentos e de material técnico de guerra, em relação à busca de novos clientes e estabelecimento de contatos com novas regiões do mundo. Por isso, em fins da década de 90 dedicamos atenção à América Latina, na qualidade de um dos mercados mais prospectivos do mundo. A partir do ano 2000 temos promovido um trabalho ativo e cuidadosamente planejado no tocante a cada Estado latino-americano, analisando as suas demandas, solvibilidade e as perspectivas de cooperação mutuamente vantajosa. Por isso, esta região tornou-se muito interessante para a Rússia e a Rússia passou a ser interessante para os países da América Latina. Resultados práticos em forma de contratos firmados vieram mais tarde.
Atualmente temos registrado o maior dinamismo nas relações com a Venezuela, Equador, Peru, Colômbia, México e Uruguai. Mesmo alguns outros clientes, como, por exemplo, a Argentina e o Brasil, que anteriormente não estavam orientados absolutamente pelos fornecedores russos, tem revelado interesse em relação aos nossos produtos.
V.R: Que material de guerra russo goza da maior procura?
Serguei Ladiguin: Os latino-americanos têm revelado o maior interesse em relação a produtos da indústria aeronáutica,em primeiro lugar, em relação a helicópteros russos – aeronaves seguras e de alta qualidade, que trabalham em todas as regiões do mundo. Além disso, ultimamente são procurados cada vez mais os nossos aviões de combate “SU”, armas ligeiras, armas de defesa antiaérea, blindados, navios de guerra e automóveis especiais “todo o terreno”.
V.R: Como foram selecionados os objetos da agência “Rosobornexport” para a LAAD-2011? Foram levadas em consideração as sugestões dos parceiros latino-americanos?
Serguei Ladiguin: Certamente, ao selecionar os objetos que devem ser exibidos em qualquer exposição, partimos, em primeiro lugar, dos interesses do país a que esta exposição é destinada. A seleção de objetos destinados para a exposição é feita na base de um trabalho analítico preliminar, na base da experiência de relacionamento com os cliente, nos pedidos que eles nos fazem e conversações promovidas anteriormente.
V.R: Na exposição, a realizar-se no Brasil, serão exibidos alguns objetos naturais de armamentos e de materiais técnicos de guerra, em vez de amostras?
Serguei Ladiguin: O fornecimento de semelhantes objetos para uma região longínqua é bastante difícil e caro. Todavia, procuramos utilizar ao máximo também esta variante. Na exposição LAAD-2011 está apresentado o helicóptero de combate Mi-35M e o carro blindado “GAS-2330”, mais conhecido sob o nome de “Tigre”. A propósito, este material de guerra já foi adquirido pelo Brasil e apresentado na exposição na qualidade de amostras da indústria de guerra russa.
V.R: Não está claro até agora se a Força Aérea do Brasil vai adquirir ou não aviões a jato militares, de fabricação estrangeira. Mais do que isso: a recente decisão da presidente do pais Dilma Rousseff de suspender a licitação e ampliar o número dos seus participantes abre novas possibilidades para a Rússia. O que é que o Sr. pode dizer a este respeito?
Serguei Ladiguin: Hoje no Brasil fala-se muito da licitação FX-2, no quadro da qual o país deve adquirir 120 caças. A Rússia não participa atualmente desta licitação. Por diversas razões ela não foi incluída na lista curta de pretendentes, embora na etapa inicial o avião russo Su-35 fosse considerado líder da licitação. Esperamos que se a licitação entrar na terceira fase, – nova, – e for nos proporcionada a respectiva oportunidade, conseguiremos apresentar condignamente o nosso caça Su-35, reconhecido por muitos pilotos do mundo como uma das melhores aeronaves desta classe. Este avião multimissão e de grande capacidade de manobra é destinado para conquistar a supremacia no ar e atacar alvos na superfície da terra e da água a qualquer hora do dia e da noite, independentemente das condições do tempo. No processo do seu desenvolvimento e produção, foram utilizadas tecnologias dos aviões da quinta geração, o que lhe garante supremacia sobre os caças americanos, franceses e suecos, que continuam na lista de pretendentes. A parte russa está pronta a oferecer aos parceiros brasileiros a participação ativa na produção deste avião, assim como toda a manutenção técnica deste veículo no Brasil, isto é, oferecemos praticamente a entrega do volume máximo de tecnologias. E se o trabalho neste setor for continuado, vamos passar praticamente para a fase de desenvolvimento conjunto do avião da quinta geração.
V.R: Quais são as vantagens, na sua opinião, que os países da região, e, em particular, o Brasil, podem obter mediante o desenvolvimento da colaboração técnico-militar com a Russia?
Serguei Ladiguin: O armamento russo foi reconhecido historicamente como um dos melhores. Os seus traços característicos sempre foram a despretensiodade no uso, confiabilidade, simplicidade e preço módico. Sempre fomos acusados de ter oferecido a manutenção de serviço insuficiente. A julgar por tudo, estes reproches não deixam de ter razão. É que sempre desenvolvemos as nossas armas para si próprios e fizemo-lo de maneira que pudesse trabalhar com o máximo de efeito em quaisquer condições. Hoje em dia, quando o cliente está longe da Rússia, como no caso de parceiros da América Latina, tratamos de transferir todo o sistema de manutenção técnica precisamente para estes países.
Seguei Ladiguin revelou que a exposição russa no Brasil inclui também um vasto setor naval. Trata-se de submarinos diesel-elétricos, porta-aviões, lanchas torpedeiras e lanchas porta-mísseis velozes, assim como do armamento russo que pode ser instalado nos navios, construídos nos países estrangeiros. Uma grande parte da exposição pertence aos meios de defesa antiaérea e aos blindados.
V.R: E mais uma questão. O que é o Sr., na sua qualidade de chefe da delegação da , gostaria de dizer aos visitantes e especialistas que irão assistir à exposição?
Serguei Ladiguin: Estamos certos de que a exposição LAAD-2011 vai contribuir para a consolidação e ampliação da cooperação mutuamente vantajosa com os nossos parceiros nesta região. Hoje oferecemos contratos não somente para a aquisição de armamentos e de materiais técnicos de guerra, mas também uma vasta gama de serviços de pós-garantia e, inclusive, de produção sob licença de material técnico de guerra russo de alta performance , incluindo aeronaves. Convidamos os visitantes e participantes da exposição a visitar o nosso pavilhão número 4, stand D-15, no Rio Centro, e assistir às 10 horas, no dia 14 de abril, a uma conferência de imprensa, em que iremos respondera a todas as suas perguntas, – disse finalizando Serguei Ladiguin, chefe da delegação da agência Rosoboronexport na exposição de tecnologias de defesa e aéreas LAAD-2011, no Brasil.
Fonte: Voz da Rússia – Víctor Voronov
Via: Cavok.com.br
Caça multifunção russo Sukhoi Su-35 Flanker. (Foto: Sukhoi)
As maiores empresas russas, entre as quais o participante tradicional de semelhantes fórums , apresentarão mais de 300 itens dos seus produtos na exposição internacional de tecnologias aéreas e de defesa LAAD- 2011 (Latin América Aerospace and Defence), promovida no período de 12 a 15 de abril no Brasil. Por isso o site Voz da Rússia entrevistou o chefe da delegação da Rosoboronexport, Serguei Ladiguin.
Sergei Ladiguin, chefe da delegação russa da Rosoboronexport durante a LAAD 2011.
V.R: Como a sua empresa avalia a ampliação da cooperação com os países da América Latina? Quais são os países latino-americanos com os quais a cooperação resultou a mais bem-sucedida?
Serguei Ladiguin: No plano histórico a Rússia considerava a região latino-americana a mais longínqua. Na época da União Soviética a cooperação técnico-militar parcial era realizada com Cuba e com o Peru. Muitas pessoas chegaram a opinar que este setor não tinha futuro. Mas as mudanças que se deram no nosso país alteraram também a nossa posição em relação à exportação de armamentos e de material técnico de guerra, em relação à busca de novos clientes e estabelecimento de contatos com novas regiões do mundo. Por isso, em fins da década de 90 dedicamos atenção à América Latina, na qualidade de um dos mercados mais prospectivos do mundo. A partir do ano 2000 temos promovido um trabalho ativo e cuidadosamente planejado no tocante a cada Estado latino-americano, analisando as suas demandas, solvibilidade e as perspectivas de cooperação mutuamente vantajosa. Por isso, esta região tornou-se muito interessante para a Rússia e a Rússia passou a ser interessante para os países da América Latina. Resultados práticos em forma de contratos firmados vieram mais tarde.
Atualmente temos registrado o maior dinamismo nas relações com a Venezuela, Equador, Peru, Colômbia, México e Uruguai. Mesmo alguns outros clientes, como, por exemplo, a Argentina e o Brasil, que anteriormente não estavam orientados absolutamente pelos fornecedores russos, tem revelado interesse em relação aos nossos produtos.
V.R: Que material de guerra russo goza da maior procura?
Serguei Ladiguin: Os latino-americanos têm revelado o maior interesse em relação a produtos da indústria aeronáutica,em primeiro lugar, em relação a helicópteros russos – aeronaves seguras e de alta qualidade, que trabalham em todas as regiões do mundo. Além disso, ultimamente são procurados cada vez mais os nossos aviões de combate “SU”, armas ligeiras, armas de defesa antiaérea, blindados, navios de guerra e automóveis especiais “todo o terreno”.
V.R: Como foram selecionados os objetos da agência “Rosobornexport” para a LAAD-2011? Foram levadas em consideração as sugestões dos parceiros latino-americanos?
Serguei Ladiguin: Certamente, ao selecionar os objetos que devem ser exibidos em qualquer exposição, partimos, em primeiro lugar, dos interesses do país a que esta exposição é destinada. A seleção de objetos destinados para a exposição é feita na base de um trabalho analítico preliminar, na base da experiência de relacionamento com os cliente, nos pedidos que eles nos fazem e conversações promovidas anteriormente.
V.R: Na exposição, a realizar-se no Brasil, serão exibidos alguns objetos naturais de armamentos e de materiais técnicos de guerra, em vez de amostras?
Serguei Ladiguin: O fornecimento de semelhantes objetos para uma região longínqua é bastante difícil e caro. Todavia, procuramos utilizar ao máximo também esta variante. Na exposição LAAD-2011 está apresentado o helicóptero de combate Mi-35M e o carro blindado “GAS-2330”, mais conhecido sob o nome de “Tigre”. A propósito, este material de guerra já foi adquirido pelo Brasil e apresentado na exposição na qualidade de amostras da indústria de guerra russa.
V.R: Não está claro até agora se a Força Aérea do Brasil vai adquirir ou não aviões a jato militares, de fabricação estrangeira. Mais do que isso: a recente decisão da presidente do pais Dilma Rousseff de suspender a licitação e ampliar o número dos seus participantes abre novas possibilidades para a Rússia. O que é que o Sr. pode dizer a este respeito?
Serguei Ladiguin: Hoje no Brasil fala-se muito da licitação FX-2, no quadro da qual o país deve adquirir 120 caças. A Rússia não participa atualmente desta licitação. Por diversas razões ela não foi incluída na lista curta de pretendentes, embora na etapa inicial o avião russo Su-35 fosse considerado líder da licitação. Esperamos que se a licitação entrar na terceira fase, – nova, – e for nos proporcionada a respectiva oportunidade, conseguiremos apresentar condignamente o nosso caça Su-35, reconhecido por muitos pilotos do mundo como uma das melhores aeronaves desta classe. Este avião multimissão e de grande capacidade de manobra é destinado para conquistar a supremacia no ar e atacar alvos na superfície da terra e da água a qualquer hora do dia e da noite, independentemente das condições do tempo. No processo do seu desenvolvimento e produção, foram utilizadas tecnologias dos aviões da quinta geração, o que lhe garante supremacia sobre os caças americanos, franceses e suecos, que continuam na lista de pretendentes. A parte russa está pronta a oferecer aos parceiros brasileiros a participação ativa na produção deste avião, assim como toda a manutenção técnica deste veículo no Brasil, isto é, oferecemos praticamente a entrega do volume máximo de tecnologias. E se o trabalho neste setor for continuado, vamos passar praticamente para a fase de desenvolvimento conjunto do avião da quinta geração.
V.R: Quais são as vantagens, na sua opinião, que os países da região, e, em particular, o Brasil, podem obter mediante o desenvolvimento da colaboração técnico-militar com a Russia?
Serguei Ladiguin: O armamento russo foi reconhecido historicamente como um dos melhores. Os seus traços característicos sempre foram a despretensiodade no uso, confiabilidade, simplicidade e preço módico. Sempre fomos acusados de ter oferecido a manutenção de serviço insuficiente. A julgar por tudo, estes reproches não deixam de ter razão. É que sempre desenvolvemos as nossas armas para si próprios e fizemo-lo de maneira que pudesse trabalhar com o máximo de efeito em quaisquer condições. Hoje em dia, quando o cliente está longe da Rússia, como no caso de parceiros da América Latina, tratamos de transferir todo o sistema de manutenção técnica precisamente para estes países.
Seguei Ladiguin revelou que a exposição russa no Brasil inclui também um vasto setor naval. Trata-se de submarinos diesel-elétricos, porta-aviões, lanchas torpedeiras e lanchas porta-mísseis velozes, assim como do armamento russo que pode ser instalado nos navios, construídos nos países estrangeiros. Uma grande parte da exposição pertence aos meios de defesa antiaérea e aos blindados.
V.R: E mais uma questão. O que é o Sr., na sua qualidade de chefe da delegação da , gostaria de dizer aos visitantes e especialistas que irão assistir à exposição?
Serguei Ladiguin: Estamos certos de que a exposição LAAD-2011 vai contribuir para a consolidação e ampliação da cooperação mutuamente vantajosa com os nossos parceiros nesta região. Hoje oferecemos contratos não somente para a aquisição de armamentos e de materiais técnicos de guerra, mas também uma vasta gama de serviços de pós-garantia e, inclusive, de produção sob licença de material técnico de guerra russo de alta performance , incluindo aeronaves. Convidamos os visitantes e participantes da exposição a visitar o nosso pavilhão número 4, stand D-15, no Rio Centro, e assistir às 10 horas, no dia 14 de abril, a uma conferência de imprensa, em que iremos respondera a todas as suas perguntas, – disse finalizando Serguei Ladiguin, chefe da delegação da agência Rosoboronexport na exposição de tecnologias de defesa e aéreas LAAD-2011, no Brasil.
Fonte: Voz da Rússia – Víctor Voronov
Via: Cavok.com.br
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