[Brasil] F-X2: Rafale mantém estratégia na disputa pelo programa
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[Brasil] F-X2: Rafale mantém estratégia na disputa pelo programa
F-X2: Rafale mantém estratégia na disputa pelo programa
Caça Dassault Rafale, proposto pela França no programa F-X2. (Foto: Armée de L'Air)
Um dos três concorrentes na bilionária licitação para a renovação das unidades de combate da força aérea brasileira, que está adiada por tempo indeterminado, o consórcio Rafale procura ganhar adesões na classe empresarial. Hoje, o consórcio promove um seminário com potenciais fornecedores na Federação da Indústria de Minas Gerais (Fiemg). A “joint-venture” das empresas francesas Dassault, Thales e Snecma já promoveu um encontro empresarial no início de fevereiro em São José dos Campos (SP), que concentra 80% da indústria Aeronáutica do país e ainda deve promover seminários no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
“O diferencial da nossa proposta é a transferência total de tecnologia e estamos agora procurando ampliar os leques de parceiros brasileiros para isso. Já firmamos acordo com 42 empresas que serão nossas fornecedoras caso sejamos escolhidos e é importante montarmos uma rede em vários Estados”, disse o coronel da Aviação do Exército francês Jean Marc Merialdo, diretor do consórcio no Brasil e representante da Dassault no conselho de acionistas da Embraer.
A renovação na FAB poderá envolver a troca de 100 aviões e investimentos da ordem de R$ 10 bilhões a até R$ 25 bilhões em trinta anos. O consórcio Rafale foi selecionado durante o governo Lula para participar da disputa que ainda envolve a sueca Saab Grippen e a americana Boeing. Até o fim de 2010, quando o processo foi suspenso a pedido da então presidente eleita Dilma Rousseff, o Rafale era o favorito no meio político, embora a Aeronáutica visse com mais simpatia a proposta da Boeing, já que o caça F-18 Super Hornet é considerado tecnicamente o melhor produto.
Segundo Merialdo, Minas Gerais entrou no foco da Dassault porque o governo estadual tenta estimular a formação de dois polos aeronáuticos. Um é o de Itajubá, onde está instalada a fábrica de helicópteros Helibrás, controlada pela francesa EADS e com participação acionária do governo estadual. O outro, ainda em fase embrionária, é o de Confins, local de uma base aérea e do aeroporto internacional metropolitano. Segundo Merialdo, a rede de fornecedores e prestadores de serviço só poderá ser instalada em locais com alto nível de oferta de mão de obra especializada. “Este projeto irá ocupar pelo menos mil engenheiros por um período longo de tempo.”
O caça Rafale está sendo usado na intervenção internacional na guerra civil da Líbia. “Os jatos franceses foram os primeiros a furar o bloqueio da defesa anti-aérea líbia, que era bastante eficiente”, disse Merialdo, afirmando ser absolutamente cético sobre a influência que o uso do Rafale em combate poderá ter na decisão da presidente Dilma. “Será possível imaginar que alguém realmente acredita que esta será uma variável importante?”, indagou o executivo.
Fonte: Valor Econômico – César Felício
Via: Cavok.com.br
Caça Dassault Rafale, proposto pela França no programa F-X2. (Foto: Armée de L'Air)
Um dos três concorrentes na bilionária licitação para a renovação das unidades de combate da força aérea brasileira, que está adiada por tempo indeterminado, o consórcio Rafale procura ganhar adesões na classe empresarial. Hoje, o consórcio promove um seminário com potenciais fornecedores na Federação da Indústria de Minas Gerais (Fiemg). A “joint-venture” das empresas francesas Dassault, Thales e Snecma já promoveu um encontro empresarial no início de fevereiro em São José dos Campos (SP), que concentra 80% da indústria Aeronáutica do país e ainda deve promover seminários no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
“O diferencial da nossa proposta é a transferência total de tecnologia e estamos agora procurando ampliar os leques de parceiros brasileiros para isso. Já firmamos acordo com 42 empresas que serão nossas fornecedoras caso sejamos escolhidos e é importante montarmos uma rede em vários Estados”, disse o coronel da Aviação do Exército francês Jean Marc Merialdo, diretor do consórcio no Brasil e representante da Dassault no conselho de acionistas da Embraer.
A renovação na FAB poderá envolver a troca de 100 aviões e investimentos da ordem de R$ 10 bilhões a até R$ 25 bilhões em trinta anos. O consórcio Rafale foi selecionado durante o governo Lula para participar da disputa que ainda envolve a sueca Saab Grippen e a americana Boeing. Até o fim de 2010, quando o processo foi suspenso a pedido da então presidente eleita Dilma Rousseff, o Rafale era o favorito no meio político, embora a Aeronáutica visse com mais simpatia a proposta da Boeing, já que o caça F-18 Super Hornet é considerado tecnicamente o melhor produto.
Segundo Merialdo, Minas Gerais entrou no foco da Dassault porque o governo estadual tenta estimular a formação de dois polos aeronáuticos. Um é o de Itajubá, onde está instalada a fábrica de helicópteros Helibrás, controlada pela francesa EADS e com participação acionária do governo estadual. O outro, ainda em fase embrionária, é o de Confins, local de uma base aérea e do aeroporto internacional metropolitano. Segundo Merialdo, a rede de fornecedores e prestadores de serviço só poderá ser instalada em locais com alto nível de oferta de mão de obra especializada. “Este projeto irá ocupar pelo menos mil engenheiros por um período longo de tempo.”
O caça Rafale está sendo usado na intervenção internacional na guerra civil da Líbia. “Os jatos franceses foram os primeiros a furar o bloqueio da defesa anti-aérea líbia, que era bastante eficiente”, disse Merialdo, afirmando ser absolutamente cético sobre a influência que o uso do Rafale em combate poderá ter na decisão da presidente Dilma. “Será possível imaginar que alguém realmente acredita que esta será uma variável importante?”, indagou o executivo.
Fonte: Valor Econômico – César Felício
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