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[Brasil] F-X2: A difícil compra de caças

2 participantes

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Mensagem por Amilckar Seg 27 Dez 2010, 08:15

F-X2: A difícil compra de caças



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Caça Saab Gripen NG Demonstrator que a Suécia está oferecendo ao Brasil.

[Brasil] F-X2: A difícil compra de caças F-X2Ficou para a presidenta eleita Dilma Rousseff a decisão pela compra da frota de caça para aparelhamento da Força Aérea Brasileira (FAB), programa que se arrasta desde 2001 com o nome de FX, no governo Fernando Henrique Cardoso, foi transferido para o governo Lula, cancelado em 2005, retomado em setembro de 2007 como FX-2, com desfecho anunciado para dezembro de 2009, novamente jogado para o ano seguinte e, agora, entregue ao novo governo como um dos problemas a serem resolvidos no primeiro semestre de 2011.

Para entender toda a história da compra de 36 caças para a FAB e a demora para se chegar a uma conclusão, o roteiro é extenso. Primeiro, o entendimento de que se trata de uma urgência nacional: nossa frota de caças envelheceu e logo mais acaba seu tempo útil de vida. Em 2008, no auge da discussão em torno da escolha que o Brasil deveria fazer – se por caças franceses, estadunidenses ou suecos – tínhamos 171 aviões de combate em condições de voar, correspondente a um aparelho para cada 50 mil quilômetros quadrados do território nacional.
Já era e está ficando cada vez mais claro que o Brasil precisa se equipar melhor para patrulhar as fronteiras aéreas e o limite marítimo das duzentas milhas, onde estão as reservas de petróleo do pré-sal. Além disso, alerta o ministro Nelson Jobim, da Defesa, que após a decisão pelo modelo a ser adquirido, o processo de compra nunca demora menos de um ano, a que se acrescenta o tempo que os fornecedores levarão para entregar os novos aviões.
Outro ângulo dessa demorada história de compra de caças tão necessários é a escolha do modelo, quando há três vendedores com bons produtos. Teoricamente, o escolhido deveria ser o que desse o menor preço, mas a mercadoria é muito cara – chega a US$ 10 bilhões – e envolve aspectos delicados, sobretudo políticos e técnicos, que entravam a decisão que parecia tomada em favor do modelo Rafale, da francesa Dassault.
O presidente Lula e o ministro Jobim estavam claramente decididos pelo Rafale, quando entraram em cena componentes inesperados no processo de compra: avaliação técnica da FAB realçou os nomes de dois concorrentes – o F-18 Super Hornet, americano da Boeing, e o Gripen NG, da empresa sueca Saab – ambos com preços inferiores ao Rafale. Nesse caso, porém, a decisão que parecia consolidada em favor do Rafale poderá prevalecer no próximo governo porque, além da excelência do produto francês, entra em jogo a transferência de tecnologia, item considerado fundamental pelo governo brasileiro.
Entretanto, não poderia o governo bater o martelo pelo caça francês quando tinha em mãos um relatório da FAB destacando os preços mais vantajosos dos outros concorrentes. E a compra dos aviões de combate terminou gerando, também, delicados aspectos diplomáticos, em que o governo brasileiro chega a admitir a hipótese de o País sofrer retaliação política dos perdedores dessa monumental concorrência. Chegamos, mesmo, a ver parte desse enredo com a aproximação do presidente Sarkozy, da França, e do presidente Lula. O ministro Jobim apontou para uma das heranças da presidenta Dilma Rousseff, ao afirmar que pode haver questões políticas a administrar.
O certo, contudo, é que se trata de um processo que não pode ser interrompido, pois a FAB já trabalha com projeções para 2025 com um cenário pouco conhecido: defender 7.491 quilômetros de fronteira marítima, a área marítima jurisdicional – soma da chamada Zona Econômica Exclusiva com a Plataforma Continental – que representa mais de 4 milhões e 450 mil quilômetros quadrados. O que isso representa só pode ser exposto pelos estudos técnicos de nossa Força Aérea, hoje postos apenas em papel, esperando a chegada dos caças com tecnologia mais avançada do mundo e a possibilidade de torná-la parte dos grandes avanços da Aeronáutica brasileira.
Fonte: Jornal do Commercio
Via: cavok.com.br

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Carlos Amilckar
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[Brasil] F-X2: A difícil compra de caças Empty Re: [Brasil] F-X2: A difícil compra de caças

Mensagem por sergiotucano Seg 27 Dez 2010, 16:47

A notícia começa citando 2001, quando na verdade sabemos que o FX se iniciou em 98 com o MIG, F16, F18, Su-35 (Protótipo ainda), GRIPEN e Mirage 2000-5.

Na época os russos tinham um forte looby formado com a empresa AVIBRAZ e foi cogitado ser o vencedor, porém, pressões fizaram o programa se arrastar, ja que queriam que a EMBRAER fosse a vencedora junto com a Dassault que detinha 20% da Empresa Brasileira....

Então veio o Lula e cancelou o FX para resurgir como FX-2, que insistem dizer quer não é o mesmo programa e bla bla bla, mas é .

Com aviões melhorados, Gripen NG, algumas substituições Rafale no lugar do 2000-5 e com os russos oferecendo o então não mais protótipo Su-35 e que se analizado bem tecnicamente ele é sabidamente um dos melhores caças em operações, junto com o F15...

Enfim, o governo, principalmente o do Lula, arruinou o FX, os planos originais de 98 pouco mudaram, agora a FAB vai precisar se desdobrar quando o FX realmente for escolhido para cumprir com o planejado.

É uma vergonha, e desde 98 também, a MB espera pelos seus novos submarinos, sem falar do EB, que agora começa a adquirir helicopteros puros de ataque.

No meio disso tudo ficam as empresas bélicas aqui do Brasil, anciosas pelo resultado e receosas de que o governo não partilhe justamente a tecnologia em prol apenas da EMBRAER...
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