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[Brasil] Copa 2014 e Olimpíadas: segurança garantida

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Mensagem por andre_sp Ter 14 Dez 2010, 09:17

Chefe do SRPV-SP garante segurança na Copa de 2014
Como o Serviço Regional de Proteção ao Voo está se preparando para o aumento da demanda prevista para a Copa do Mundo e as Olimpíadas
Com o crescimento da aviação brasileira, um assunto que invariavelmente está em pauta é a segurança de voo. Nos últimos anos, os órgãos internacionais responsáveis por essa questão estão reforçando a fiscalização e impondo regras cada vez mais rígidas.
No Brasil, as terminais São Paulo e Rio de Janeiro são responsáveis por grande parte do tráfego aéreo nacional. Nessas regiões, a responsabilidade é do SRPV-SP – Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo. Para saber como funciona esse órgão e a situação dessas terminais, conversamos com o Cel. Av. Frederico José Moretti da Silveira, chefe do SRPV-SP. Veja como foi.
AVIÃO REVUE - Como funciona o SRPV-SP?
MORETTI - Ele nasceu como um dos serviços do COMAR - Comando Aéreo Regional. Com o passar dos anos, os SRPV que existiam em cada COMAR passaram a ser grandes o suficiente para se tornarem organizações independentes. Espalharam-se pelo Brasil inteiro, como em São Paulo, Manaus, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Onde tinha um COMAR, lá estava também o SRPV, subordinados na época ao DEPV – Diretoria de Eletrônica de Proteção ao Voo. Cada um tinha uma área de jurisdição e subordinação. Depois de algum tempo, foi criado o Cindacta I – Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo –, em Brasília, que absorveu o SRPV desta cidade. O Cindacta II nasceu para assumir todas as funções do SRPV de Porto Alegre. O Cindacta III abrangeu toda a área do Nordeste, substituindo o SRPV de Recife. Já o Cindacta IV entrou no lugar dos SRPV de Manaus e Belém. Faltava os SRPV de São Paulo e Rio de Janeiro. Foi decidido que o SRPV-SP seria mantido, assumindo a área do SRPV-RJ. Atualmente, o SRPV-SP é responsável pelo desenho em forma de “8”, da terminal São Paulo, o chamado tubulão, que é a ligação Rio-São Paulo, e a terminal Rio de Janeiro.
AVIÃO REVUE - Qual é a responsabilidade principal do SRPV?
MORETTI - A nossa missão é garantir a segurança e prover os serviços de controle do tráfego aéreo, telecomunicações, informações e meteorologia aeronáuticas na área de jurisdição. Realizamos o controle de tráfego aéreo e suas funções inerentes, dando o suporte necessário para garantir a segurança dos voos.
AVIÃO REVUE - Qual a formação daqueles que formam a equipe do órgão?
MORETTI - Somos uma equipe de aproximadamente 2 000 pessoas. Temos a parte gerencial, formada por oficiais; os graduados, que são os suboficiais e sargentos; e os praças: soldados e cabos que prestam serviços de apoio. Temos diversas especialidades de oficiais: um coronel, por exemplo, pode ser aviador, intendente, ou de infantaria. Existem alguns tenentes-coronéis e uma quantidade maior de majores e capitães. Na área de especialistas, há aviadores, intendentes e majores do controle de tráfego aéreo. Também temos alguns civis trabalhando em nossa equipe, que são funcionários públicos do Comando da Aeronáutica.
AVIÃO REVUE - Para o SRPV, há alguma diferença entre aviação comercial e executiva?
MORETTI - Não. O importante é garantir a segurança para quem estiver voando. Não importa se é aviação comercial ou executiva. Prestamos o mesmo serviço para todos. Para o controle, todos os aviões são iguais. Muda no que se refere à regra de voo aplicada. Se o piloto estiver voando IFR (regras de voo por instrumentos), é prestado o serviço adequado. Se ele for operar por VRF (regras de voo visual), deve ser dada a assistência ideal para esta modalidade. Já no caso da aviação militar, é diferente quando a aeronave está sob o controle de defesa aérea.
AVIÃO REVUE - O aeroporto de Congonhas já chegou a realizar 52 movimentos por hora. Hoje, esse número caiu consideravelmente. Quem é que determina a quantidade de movimentos por hora dos aeroportos?
MORETTI - A decisão é tomada pelo Decea – Departamento de Controle do Espaço Aéreo –, em conjunto com a Anac – Agência Nacional de Aviação Civil –, com base em informações da Infraero. São definidas a capacidade de um aeroporto e uma série de questões, que vão desde a capacidade de estacionamento até a saída rápida de um avião da pista. Atualmente, a pista auxiliar de Congonhas não recebe mais a aviação regular, que corresponde a quase 90% dos voos do aeroporto. Antes, tínhamos duas pistas para realizar quase toda a operação de Congonhas, e agora só temos uma. Isso muda sensivelmente a capacidade do aeroporto, que passou a ter, na prática, apenas uma pista. Entre outras mudanças, tivemos a diminuição da distância entre paradas das pistas para cumprir algumas regras. Então, chegou-se à conclusão que o aeroporto tem certas capacidades que, antigamente, não eram totalmente apreciadas.
AVIÃO REVUE - Há melhorias em andamento por parte do SRPV-SP visando a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos no Brasil?
MORETTI - O Decea tem feito várias melhorias não pensando apenas na Copa. É um projeto que está em andamento há quatro anos para atender o crescimento do setor. Temos investimentos em novas tecnologias e equipamentos. Em março último, dobramos a nossa capacidade de controle simultâneo em São Paulo. Foi mais uma reconstrução da estrutura, mesmo porque os nossos equipamentos são novos. Até o final de 2012, o Decea pretende dobrar a capacidade que tínhamos em março. Há também a construção de uma nova torre em Congonhas, que a partir do ano que vem já deverá estar operando. No Rio de Janeiro, está prevista a construção de novas instalações no Galeão, que terão mais do que o dobro das posições operacionais atuais.
AVIÃO REVUE - Quanto tem sido investido no controle de tráfego aéreo nos últimos anos?
MORETTI - Podemos considerar algo em torno de
R$ 150 milhões de reais por ano. Em 2001, tínhamos em São Paulo três radares: Congonhas, Guarulhos e São Roque. Até hoje, já foram substituídos o de Congonhas e o de Guarulhos, já o de São Roque foi modernizado. Atualmente, temos oito radares em operação somente na terminal São Paulo.
AVIÃO REVUE - Atualmente, as terminais São Paulo e Rio de Janeiro têm condições de receber a demanda da Copa do Mundo?
MORETTI - Se a Copa do Mundo fosse hoje, estaríamos preparados, pois já teríamos nos programado. É óbvio que eventos como esse não são definidos de última hora. Então, posso dizer que em 2014, estaremos prontos para recebê-lo.
AVIÃO REVUE - Em relação a equipamentos e tecnologia, o Brasil fica atrás dos principais países da Europa e dos Estados Unidos?
MORETTI - No ano passado, tivemos uma auditoria da Icao - International Civil Aviation Organization. Quando os técnicos desse órgão visitaram o Brasil, faltavam poucos países para serem auditados. No que se refere ao controle de tráfego aéreo, atingimos 95% de conformidade, na frente de nações como os Estados Unidos e a Alemanha. Ficamos na terceira colocação. Assim, concluímos que o Brasil é um dos países mais seguros do mundo para voar.
Amanda Cardoso / Texto de Tiago Dupim
Fonte: AVIÃO REVUE

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