[Brasil] OPINIÃO: Brasil deveria adiar importação de caças
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[Brasil] OPINIÃO: Brasil deveria adiar importação de caças
OPINIÃO: Brasil deveria adiar importação de caças
Os caças F-5EM da FAB permanecerão na ativa e na linha de frente por mais tempo caso a decisão do F-X2 seja adiada novamente. (Foto: Rudnei Dias da Cunha / Cavok)
Segue um artigo publicado por um jornalista do site de notícias Monitor Mercantil com trechos de uma entrevista de um ex-ministro da Aeronáutica: É só esta coluna se referir a temas bélicos que surgem comentários, críticas e elogios. Afinal, a questão é extremamente sensível e não envolve só empresas, mas governos. Há dias, esta coluna ouviu um ex-ministro da Aeronáutica, que admitiu a compra de aviões da francesa Dassault, marca Rafale, tendo em vista que, em todo o mundo, a decisão não é técnica, mas política – e, além disso, a transferência de tecnologia conta a favor dos franceses. O militar dizia que ninguém transfere tecnologia de bom grado, mas que os Estados Unidos bloqueiam formalmente esse benefício, enquanto suecos e franceses aventam a possibilidade. Uma fonte civil entrou em contato com a coluna para concluir que o enorme gasto com os Rafale – US$ 4 bilhões para 36 aviões, mas que poderia atingir 100 unidades – deveria ser adiado, pelo bom senso, não apenas de Lula para Dilma, mas por uns bons anos.
Diz a fonte – após corrigir que o “N” do sueco Gripen não é “Navy”, mas, na verdade NG – New Generation: “A aviação de combate está passando por uma importante transição tecnológica, com a crescente utilização dos chamados Vants (aeronaves não tripuladas), e a FAB está engajada num processo de upgrade dos caças F5 e A1 (que, somados, são em torno de 110), o que poderá mantê-los em boas condições de uso pelo menos até meados da próxima década – quando a tendência tecnológica referente aos aviões de combate já deverá estar definida. Nesse contexto, daria tranquilamente para esperar pelo menos até o final desta década para se definir o tipo de avião que o país necessitaria. Não há no horizonte qualquer tipo de implicação estratégica que justifique torrar nos próximos anos bilhões de dólares com aviões como os que integram o FX2; todos os três têm custos de aquisição e operacionais muito altos, embora neste último quesito o Gripen leve vantagem. O principal quesito de qualquer processo do gênero deveria ser uma combinação de custo/benefício com as implicações tecnológicas para a indústria nacional”.
E acrescenta a fonte civil: “Contra eventuais e quase impensáveis ameaças regionais, a FAB nada tem a temer de qualquer força aérea vizinha, mesmo a do Chávez com seus Sukhoi russos (poucos estão operacionais). E contra ameaças extra-regionais, talvez um pouco menos impensáveis, em termos estritamente militares, a primeira linha de defesa do país seriam os submarinos da Marinha – e aí, sim, o submarino nuclear é uma necessidade estratégica”. O submarino nuclear deverá estar operando por volta de 2022 ou 2024, mas, em termos bélicos, nada é feito a curto prazo.
O site Weakleaks se refere à venda de 100 mísseis russos para a Venezuela, o que não é bom, mas não deve criar problemas geopolíticos a curto e médio prazos para o Brasil Para complicar, revistas especializadas afirmam que, no futuro, Suécia e França poderiam unir seus esforços, o que deixaria ultrapassada a disputa brasileira. No caso dos norte-americanos, eles querem vender o F-18 E/FSuper Hornet, mas a estrela da companhia é o F-22, uma associação das gigantes Boeing e Lockheed que Tio Sam se nega a ceder até para aliados. O ambiente está confuso. Em Brasília, informa-se que a Aeronáutica estaria lutando por decisão ainda nos dias que faltam de governo para Lula.
Fonte: Monitor Mercantil Digital – S. Barreto Motta
Nota do Editor: Nem todo mundo acha que precisamos de novos caças. Por essas e outras que estamos a 12 anos (!!!) estudando a compra de míseros 36 caças. No dia que decidirmos comprar 100 novos caças, levaremos cerca de 40 anos ou mais. Isso contando que eles serão decididos em janeiro, mas creio que realmente vamos “modernizar” nossas fantásticas aeronaves de caça F-5 até além de 2015.
Via: http://cavok.com.br/blog/?p=24065
Os caças F-5EM da FAB permanecerão na ativa e na linha de frente por mais tempo caso a decisão do F-X2 seja adiada novamente. (Foto: Rudnei Dias da Cunha / Cavok)
Segue um artigo publicado por um jornalista do site de notícias Monitor Mercantil com trechos de uma entrevista de um ex-ministro da Aeronáutica: É só esta coluna se referir a temas bélicos que surgem comentários, críticas e elogios. Afinal, a questão é extremamente sensível e não envolve só empresas, mas governos. Há dias, esta coluna ouviu um ex-ministro da Aeronáutica, que admitiu a compra de aviões da francesa Dassault, marca Rafale, tendo em vista que, em todo o mundo, a decisão não é técnica, mas política – e, além disso, a transferência de tecnologia conta a favor dos franceses. O militar dizia que ninguém transfere tecnologia de bom grado, mas que os Estados Unidos bloqueiam formalmente esse benefício, enquanto suecos e franceses aventam a possibilidade. Uma fonte civil entrou em contato com a coluna para concluir que o enorme gasto com os Rafale – US$ 4 bilhões para 36 aviões, mas que poderia atingir 100 unidades – deveria ser adiado, pelo bom senso, não apenas de Lula para Dilma, mas por uns bons anos.
Diz a fonte – após corrigir que o “N” do sueco Gripen não é “Navy”, mas, na verdade NG – New Generation: “A aviação de combate está passando por uma importante transição tecnológica, com a crescente utilização dos chamados Vants (aeronaves não tripuladas), e a FAB está engajada num processo de upgrade dos caças F5 e A1 (que, somados, são em torno de 110), o que poderá mantê-los em boas condições de uso pelo menos até meados da próxima década – quando a tendência tecnológica referente aos aviões de combate já deverá estar definida. Nesse contexto, daria tranquilamente para esperar pelo menos até o final desta década para se definir o tipo de avião que o país necessitaria. Não há no horizonte qualquer tipo de implicação estratégica que justifique torrar nos próximos anos bilhões de dólares com aviões como os que integram o FX2; todos os três têm custos de aquisição e operacionais muito altos, embora neste último quesito o Gripen leve vantagem. O principal quesito de qualquer processo do gênero deveria ser uma combinação de custo/benefício com as implicações tecnológicas para a indústria nacional”.
E acrescenta a fonte civil: “Contra eventuais e quase impensáveis ameaças regionais, a FAB nada tem a temer de qualquer força aérea vizinha, mesmo a do Chávez com seus Sukhoi russos (poucos estão operacionais). E contra ameaças extra-regionais, talvez um pouco menos impensáveis, em termos estritamente militares, a primeira linha de defesa do país seriam os submarinos da Marinha – e aí, sim, o submarino nuclear é uma necessidade estratégica”. O submarino nuclear deverá estar operando por volta de 2022 ou 2024, mas, em termos bélicos, nada é feito a curto prazo.
O site Weakleaks se refere à venda de 100 mísseis russos para a Venezuela, o que não é bom, mas não deve criar problemas geopolíticos a curto e médio prazos para o Brasil Para complicar, revistas especializadas afirmam que, no futuro, Suécia e França poderiam unir seus esforços, o que deixaria ultrapassada a disputa brasileira. No caso dos norte-americanos, eles querem vender o F-18 E/FSuper Hornet, mas a estrela da companhia é o F-22, uma associação das gigantes Boeing e Lockheed que Tio Sam se nega a ceder até para aliados. O ambiente está confuso. Em Brasília, informa-se que a Aeronáutica estaria lutando por decisão ainda nos dias que faltam de governo para Lula.
Fonte: Monitor Mercantil Digital – S. Barreto Motta
Nota do Editor: Nem todo mundo acha que precisamos de novos caças. Por essas e outras que estamos a 12 anos (!!!) estudando a compra de míseros 36 caças. No dia que decidirmos comprar 100 novos caças, levaremos cerca de 40 anos ou mais. Isso contando que eles serão decididos em janeiro, mas creio que realmente vamos “modernizar” nossas fantásticas aeronaves de caça F-5 até além de 2015.
Via: http://cavok.com.br/blog/?p=24065
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