[Brasil] Super Tucano disputa mercado de US$ 3,5 bi
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[Brasil] Super Tucano disputa mercado de US$ 3,5 bi
Super Tucano disputa mercado de US$ 3,5 bi
O EMB314 Super Tucano enviado pela Embraer para avaliação pelos militares norte americanos.
O pequeno e muito ágil Super Tucano, turboélice de ataque leve, lidera os negócios da linha militar da Embraer. Desse modelo, já foram vendidas 178 unidades para forças de sete países – Brasil, Colômbia, Equador, Chile, Indonésia, República Dominicana e mesmo para os Estados Unidos, onde é operado pela Blackwater, corporação privada de serviços de defesa. O valor total dessa fatura supera US$ 1,6 bilhão.
O projeto da empresa para o produto mais bem-sucedido dessa carteira especializada está longe do fim. O vice-presidente para a área de Defesa,Orlando Ferreira Neto, projeta, até 2020, “um mercado endereçável” de US$ 3,5 bilhões para a classe do Super Tucano, envolvendo cerca de 300 aeronaves. Segundo o executivo, “o avião brasileiro entra nessa disputa internacional como favorito”.
A Embraer não trata dos negócios em andamento – e também não nega as informações sobre discussões encaminhadas no Peru, na Guatemala e, talvez, com a Marinha americana. Outra praça onde a conversa vai bem é Angola. A diplomacia faz gosto. O governo quer expandir a participação de empresas nacionais na reconstrução do país. Em 2009, a conta corrente bilateral chegou a US$ 1,47 bilhão, sendo US$ 1,33 bilhão só na conta das exportações brasileiras. A aviação angolana está sendo reequipada e contempla uma frota média, entre seis e doze Super Tucanos, para vigiar as fronteiras – 5.198 km em terra e mais 1.600 km de litoral.
Na pasta de documentos de Orlando Ferreira pesa a concorrência aberta pelo Departamento de Defesa dos EUA, o Pentágono, para a aquisição direta de 200 aviões de reconhecimento, ataque leve e treinamento singular – antiguerrilha, principalmente. O contrato pode chegar até US$ 2,2 bilhões, se a administração federal decidir por uma ampliação para atender as necessidades da aviação naval.
O turboélice da Embraer encanta os militares americanos – mas irrita profundamente os congressistas, que se preocupam com a preservação de empregos na indústria aeroespacial local. A licitação será decidida em 2011. A previsão de entregas é para o ano seguinte. A questão social não preocupa diretamente. A Embraer mantém uma indústria na Flórida, de onde sairão jatos executivos da família Phenom.
Atualização. Apresentado em 1995, pouco depois da privatização da companhia, o Emb-314, nome comercial inicial do modelo, foi especificado pela Força Aérea Brasileira (FAB) com referências de longo prazo. “Depois de 15 anos, esse cuidado revela virtudes – o Super Tucano cumpre as missões de contrainsurgência, ataque leve, interceptação de alvos de baixo desempenho e a instrução avançada com baixo custo de operação e alto rendimento”, diz Orlando Ferreira. A versão de exportação, entretanto, passa por um processo de aperfeiçoamento permanente para atender requisitos dos clientes. “Ora é um novo rádio tático, um modo de ensaio ou novos sensores eletrônicos que personalizam cada encomenda”, afirma Orlando.
Há novidades tecnológicas em consideração pelos engenheiros. “Percebemos uma demanda crescente de informações precisas do teatro de operações em tempo real, com links de vídeo digital para transmissão de imagens noturnas, em infravermelho, ou normais”, diz. Há ainda um novo cuidado com os danos colaterais provocados pelo ataque ao solo. Armamento moderno, como bombas mais leves, de pequeno diâmetro e grande precisão ou foguetes guiados a laser “são alternativas de capacidades capazes de manter o Super Tucano como o líder do mercado”.
O batismo de fogo do caça leve A-29, registro na FAB, foi em 18 de janeiro de 2007. Dois esquadrões da força aérea da Colômbia, a FAC, despejaram 4,5 toneladas de explosivos sobre as instalações de um comando regional das forças Armadas Revolucionárias, as Farc.
Em 1.º de março de 2008, um número não revelado de aviões bombardeou um acampamento das Farc localizado pela inteligência colombiana em território do vizinho Equador, dois quilômetros além da fronteira. O alvo foi iluminado por dois times de operações especiais, em terra. Fora usadas bombas inteligentes do tipo Paveway, fornecidas por Israel. A arma, depois do lançamento, procura o objetivo em voo planado de sete quilômetros até 20 km. Na ação morreu Raul Reyes, o segundo em comando dos rebeldes.
Em setembro, na mega ação Sodoma, da qual participaram 72 aeronaves diversas – aviões e helicópteros -, mais 600 soldados, o comando colombiano atacou o quartel-general do chefe militar das Farc. O posto fortificado de Luiz Suárez, o Mano Jojoy, foi destruído por uma bomba de 400 kg lançada de um Super Tucano.
Fonte: O Estado de São Paulo
Via: http://cavok.com.br/blog/?p=23745
O EMB314 Super Tucano enviado pela Embraer para avaliação pelos militares norte americanos.
O pequeno e muito ágil Super Tucano, turboélice de ataque leve, lidera os negócios da linha militar da Embraer. Desse modelo, já foram vendidas 178 unidades para forças de sete países – Brasil, Colômbia, Equador, Chile, Indonésia, República Dominicana e mesmo para os Estados Unidos, onde é operado pela Blackwater, corporação privada de serviços de defesa. O valor total dessa fatura supera US$ 1,6 bilhão.
O projeto da empresa para o produto mais bem-sucedido dessa carteira especializada está longe do fim. O vice-presidente para a área de Defesa,Orlando Ferreira Neto, projeta, até 2020, “um mercado endereçável” de US$ 3,5 bilhões para a classe do Super Tucano, envolvendo cerca de 300 aeronaves. Segundo o executivo, “o avião brasileiro entra nessa disputa internacional como favorito”.
A Embraer não trata dos negócios em andamento – e também não nega as informações sobre discussões encaminhadas no Peru, na Guatemala e, talvez, com a Marinha americana. Outra praça onde a conversa vai bem é Angola. A diplomacia faz gosto. O governo quer expandir a participação de empresas nacionais na reconstrução do país. Em 2009, a conta corrente bilateral chegou a US$ 1,47 bilhão, sendo US$ 1,33 bilhão só na conta das exportações brasileiras. A aviação angolana está sendo reequipada e contempla uma frota média, entre seis e doze Super Tucanos, para vigiar as fronteiras – 5.198 km em terra e mais 1.600 km de litoral.
Na pasta de documentos de Orlando Ferreira pesa a concorrência aberta pelo Departamento de Defesa dos EUA, o Pentágono, para a aquisição direta de 200 aviões de reconhecimento, ataque leve e treinamento singular – antiguerrilha, principalmente. O contrato pode chegar até US$ 2,2 bilhões, se a administração federal decidir por uma ampliação para atender as necessidades da aviação naval.
O turboélice da Embraer encanta os militares americanos – mas irrita profundamente os congressistas, que se preocupam com a preservação de empregos na indústria aeroespacial local. A licitação será decidida em 2011. A previsão de entregas é para o ano seguinte. A questão social não preocupa diretamente. A Embraer mantém uma indústria na Flórida, de onde sairão jatos executivos da família Phenom.
Atualização. Apresentado em 1995, pouco depois da privatização da companhia, o Emb-314, nome comercial inicial do modelo, foi especificado pela Força Aérea Brasileira (FAB) com referências de longo prazo. “Depois de 15 anos, esse cuidado revela virtudes – o Super Tucano cumpre as missões de contrainsurgência, ataque leve, interceptação de alvos de baixo desempenho e a instrução avançada com baixo custo de operação e alto rendimento”, diz Orlando Ferreira. A versão de exportação, entretanto, passa por um processo de aperfeiçoamento permanente para atender requisitos dos clientes. “Ora é um novo rádio tático, um modo de ensaio ou novos sensores eletrônicos que personalizam cada encomenda”, afirma Orlando.
Há novidades tecnológicas em consideração pelos engenheiros. “Percebemos uma demanda crescente de informações precisas do teatro de operações em tempo real, com links de vídeo digital para transmissão de imagens noturnas, em infravermelho, ou normais”, diz. Há ainda um novo cuidado com os danos colaterais provocados pelo ataque ao solo. Armamento moderno, como bombas mais leves, de pequeno diâmetro e grande precisão ou foguetes guiados a laser “são alternativas de capacidades capazes de manter o Super Tucano como o líder do mercado”.
O batismo de fogo do caça leve A-29, registro na FAB, foi em 18 de janeiro de 2007. Dois esquadrões da força aérea da Colômbia, a FAC, despejaram 4,5 toneladas de explosivos sobre as instalações de um comando regional das forças Armadas Revolucionárias, as Farc.
Em 1.º de março de 2008, um número não revelado de aviões bombardeou um acampamento das Farc localizado pela inteligência colombiana em território do vizinho Equador, dois quilômetros além da fronteira. O alvo foi iluminado por dois times de operações especiais, em terra. Fora usadas bombas inteligentes do tipo Paveway, fornecidas por Israel. A arma, depois do lançamento, procura o objetivo em voo planado de sete quilômetros até 20 km. Na ação morreu Raul Reyes, o segundo em comando dos rebeldes.
Em setembro, na mega ação Sodoma, da qual participaram 72 aeronaves diversas – aviões e helicópteros -, mais 600 soldados, o comando colombiano atacou o quartel-general do chefe militar das Farc. O posto fortificado de Luiz Suárez, o Mano Jojoy, foi destruído por uma bomba de 400 kg lançada de um Super Tucano.
Fonte: O Estado de São Paulo
Via: http://cavok.com.br/blog/?p=23745
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