[Internacional] WikiLeaks: EUA fizeram lobby para Brasil comprar caças norte-americanos
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[Internacional] WikiLeaks: EUA fizeram lobby para Brasil comprar caças norte-americanos
WikiLeaks: EUA fizeram lobby para Brasil comprar caças norte-americanos
Quatro caças Boeing F/A-18F Super Hornet da U.S. Navy.
Numa tentativa de tentar vender 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira), a embaixada dos Estados Unidos no Brasil procurou o ministro da Defesa, Nelson Jobim e o comandante da FAB Brigadeiro Juniti Saito para influenciar na decisão, segundo documentos obtidos pelo grupo Wikileaks.
Em um telegrama do dia 19 de maio de 2009, a ministra Conselheira Lisa Kubiske pediu que Washington fizesse um lobby mais intenso, pois alguns contatos brasileiros “dizem não acreditar que o governo dos Estados Unidos esteja apoiando a venda fortemente”, enquanto o presidente francês Nicholas Sarcozy estaria envolvido diretamente e os suecos estariam atuando “em nível ministerial”.
Lisa afirmou acreditar que a falta de atuação pessoal “é uma desvantagem crítica em uma sociedade brasileira na qual os relacionamentos pessoais servem de fundação para os negócios”. Nas mensagens, ressaltou que o governo deveria assumir posição favorável à aprovação de transferências de tecnologia.
“A embaixada recomenda o seguinte, como próximos passos a fim de reforçar nossos argumentos no que tange à transferência de tecnologia: uma carta do presidente Obama ao presidente Lula defendendo a causa; uma carta da secretária Clinton ao ministro da Defesa Jobim afirmando que o governo americano aprovou a transferência de toda a tecnologia apropriada”, escreveu a ministra.
Também recomendou tentar influenciar senadores que visitaram os EUA em junho de 2009. “Concentrando as atenções em senadores importantes, temos a oportunidade de conquistar o apoio de indivíduos que podem influenciar os responsáveis pela decisão e garantir que as pessoas que terão de aprovar os dispêndios do governo brasileiro compreendam que o F-18 lhes oferece mais valor”.
Em sua avaliação, a campanha francesa é mentirosa: “Nos últimos meses, o esforço francês de vendas vem se baseando em alegações enganosas, se não fraudulentas, de que seu caça envolve apenas conteúdo francês [o que o isentaria dos incômodos controles de exportação dos Estados Unidos]. Mas isso não procede. Uma análise da Administração de Segurança da Tecnologia de Defesa encontrou alta presença de conteúdo norte-americano, o que inclui sistemas de mira, componentes de radar e sistemas de segurança que requererão licenças norte-americanas”
Apoio
A decisão norte-americana de atuar mais fortemente foi vista com bons olhos pelo brigadeiro Juniti Saito. Por causa da atuação pessoal de Obama, que conversou com o presidente Luís Inácio Lula da Silva na cúpula do G8 em Áquila, na Itália, em 9 de julho de 2009, Lula teria instruído Jobim e Saito a conversarem com o Conselheiro de Segurança Nacional, general James Jones, segundo um telegrama de 31 de julho de 2009.
“Ela [a conversa] abriu as portas para que eu pudesse procurar o embaixador, como fiz”, explicou Saito durante um jantar por ocasião da visita do comandante do Comando Sul, o general Doug Fraser.
Em 5 de janeiro, pouco antes da mudança de embaixador, Lisa Kubiske envia outra mensagem informando que a embaixada tentaria influenciar Jobim para convencer o presidente.
“Permanece, entretanto, o formidável obstáculo de convencer Lula. Nosso objetivo agora deve ser garantir que Jobim tenha argumentos reforçados ao máximo possível para ir a Lula em janeiro”. Para ela, o “alto preço” do Rafale e “as dúvidas sobre o desenvolvimento do Gripen” levariam o Super Hornet a ser a “opção óbvia”. Mas “o fato é que Lula reluta em comprar um avião dos EUA”.
Um dos telegramas obtidos pelo Wikileaks relata uma conversa telefônica entre Nelson Jobim e o atual embaixador dos EUA, Thomas Shannon, em 5 de fevereiro deste ano. O embaixador Shannon fez pressão, dizendo que “apesar da venda ser conduzida como uma transação comercial, a sua importância para a relação bilateral não deve ser ignorada”. Segundo ele, “a decisão inédita de transferência de tecnologia americana em apoio ao Super Hornet mostra o alto grau de confiança que o governo norte-americano coloca na sua parceria com o Brasil”.
A menos de um mês do final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a compra dos caças continua sem definição e deve ser decidida pela presidente eleita Dilma Rousseff. Nesta semana, ela deve retomar a discussão em reunião com o ministro Jobim.
Fonte: OperaMundi
Nota do Editor: Só uma pergunta: teve algum fabricantes concorrente no F-X2 que não fez lobby junto ao governo brasileiro?
Via: http://cavok.com.br/blog/?p=23810
Quatro caças Boeing F/A-18F Super Hornet da U.S. Navy.
Numa tentativa de tentar vender 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira), a embaixada dos Estados Unidos no Brasil procurou o ministro da Defesa, Nelson Jobim e o comandante da FAB Brigadeiro Juniti Saito para influenciar na decisão, segundo documentos obtidos pelo grupo Wikileaks.
Em um telegrama do dia 19 de maio de 2009, a ministra Conselheira Lisa Kubiske pediu que Washington fizesse um lobby mais intenso, pois alguns contatos brasileiros “dizem não acreditar que o governo dos Estados Unidos esteja apoiando a venda fortemente”, enquanto o presidente francês Nicholas Sarcozy estaria envolvido diretamente e os suecos estariam atuando “em nível ministerial”.
Lisa afirmou acreditar que a falta de atuação pessoal “é uma desvantagem crítica em uma sociedade brasileira na qual os relacionamentos pessoais servem de fundação para os negócios”. Nas mensagens, ressaltou que o governo deveria assumir posição favorável à aprovação de transferências de tecnologia.
“A embaixada recomenda o seguinte, como próximos passos a fim de reforçar nossos argumentos no que tange à transferência de tecnologia: uma carta do presidente Obama ao presidente Lula defendendo a causa; uma carta da secretária Clinton ao ministro da Defesa Jobim afirmando que o governo americano aprovou a transferência de toda a tecnologia apropriada”, escreveu a ministra.
Também recomendou tentar influenciar senadores que visitaram os EUA em junho de 2009. “Concentrando as atenções em senadores importantes, temos a oportunidade de conquistar o apoio de indivíduos que podem influenciar os responsáveis pela decisão e garantir que as pessoas que terão de aprovar os dispêndios do governo brasileiro compreendam que o F-18 lhes oferece mais valor”.
Em sua avaliação, a campanha francesa é mentirosa: “Nos últimos meses, o esforço francês de vendas vem se baseando em alegações enganosas, se não fraudulentas, de que seu caça envolve apenas conteúdo francês [o que o isentaria dos incômodos controles de exportação dos Estados Unidos]. Mas isso não procede. Uma análise da Administração de Segurança da Tecnologia de Defesa encontrou alta presença de conteúdo norte-americano, o que inclui sistemas de mira, componentes de radar e sistemas de segurança que requererão licenças norte-americanas”
Apoio
A decisão norte-americana de atuar mais fortemente foi vista com bons olhos pelo brigadeiro Juniti Saito. Por causa da atuação pessoal de Obama, que conversou com o presidente Luís Inácio Lula da Silva na cúpula do G8 em Áquila, na Itália, em 9 de julho de 2009, Lula teria instruído Jobim e Saito a conversarem com o Conselheiro de Segurança Nacional, general James Jones, segundo um telegrama de 31 de julho de 2009.
“Ela [a conversa] abriu as portas para que eu pudesse procurar o embaixador, como fiz”, explicou Saito durante um jantar por ocasião da visita do comandante do Comando Sul, o general Doug Fraser.
Em 5 de janeiro, pouco antes da mudança de embaixador, Lisa Kubiske envia outra mensagem informando que a embaixada tentaria influenciar Jobim para convencer o presidente.
“Permanece, entretanto, o formidável obstáculo de convencer Lula. Nosso objetivo agora deve ser garantir que Jobim tenha argumentos reforçados ao máximo possível para ir a Lula em janeiro”. Para ela, o “alto preço” do Rafale e “as dúvidas sobre o desenvolvimento do Gripen” levariam o Super Hornet a ser a “opção óbvia”. Mas “o fato é que Lula reluta em comprar um avião dos EUA”.
Um dos telegramas obtidos pelo Wikileaks relata uma conversa telefônica entre Nelson Jobim e o atual embaixador dos EUA, Thomas Shannon, em 5 de fevereiro deste ano. O embaixador Shannon fez pressão, dizendo que “apesar da venda ser conduzida como uma transação comercial, a sua importância para a relação bilateral não deve ser ignorada”. Segundo ele, “a decisão inédita de transferência de tecnologia americana em apoio ao Super Hornet mostra o alto grau de confiança que o governo norte-americano coloca na sua parceria com o Brasil”.
A menos de um mês do final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a compra dos caças continua sem definição e deve ser decidida pela presidente eleita Dilma Rousseff. Nesta semana, ela deve retomar a discussão em reunião com o ministro Jobim.
Fonte: OperaMundi
Nota do Editor: Só uma pergunta: teve algum fabricantes concorrente no F-X2 que não fez lobby junto ao governo brasileiro?
Via: http://cavok.com.br/blog/?p=23810
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