[Internacional] Militares britânicos dizem que Argentina pode atacar as Falklands/Malvinas
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[Internacional] Militares britânicos dizem que Argentina pode atacar as Falklands/Malvinas
Militares britânicos dizem que Argentina pode atacar as Falklands/Malvinas
Caças Harrier da Royal Air Force. (Foto: MoD UK / RAF)
Um grupo de ex-comandantes militares britânicos exortou o governo da Grã-Bretanha para que reverta o plano de ajuste orçamentário para a Defesa, o que deixaria as Ilhas Malvinas “em perigo de serem atacadas” pela Argentina.
Almirantes retirados da Marinha britânica afirmaram, por meio de uma carta enviada ao jornal inglês The Times, que excluir o serviço de navios com a insígnia Royal Navy, o porta-aviões HMS Ark Royal e uma frota de caças de guerra Harrier como parte de uma revisão dos gastos de Defesa “é incompreensível e perigosa” e uma opção “financeiramente perversa”.
A exclusão dos Harrier impedirá o país de realizar combates com estes aviões nos próximos dez anos. Por outro lado, a Grã Bretanha demandou dois novos porta-aviões no plano orçamentário.
Os cortes no orçamento da Defesa foram propostos pelo governo britânico como parte de seu plano de ajuste nacional frente ao déficit fiscal do país, que chega a 11% do Produto Interno Bruto (PIB). Os ex-almirantes e generais sustentaram no texto que a decisão “põe em dúvida” a capacidade do Reino Unido em “defender” suas ilhas do Atlântico Sul.
Neste ano, a disputa pela soberania sobre as Malvinas voltou à tona quando Buenos Aires volta a reivindicar o território após o início das explorações de petróleo e gás por companhias britânicas no leito marinho do arquipélago.
Um caça Sea Harrier prepara-se para decolar durante a Guerra das Malvinas.
De acordo com os ex-militares, a vitória britânica na Guerra das Malvinas de 1982 ocorreu principalmente por causa do uso de caças e porta-aviões estrategicamente posicionados. O conflito, na época, matou 649 militares argentinos, 255 britânicos e três civis das ilhas.
“Com respeito às valiosas Malvinas e a seus novos e lucrativos poços petroleiros, devido a isto e aos cortes [de recursos militares] para os próximos anos”, considerou a carta, “a Argentina praticamente é convidada a nos causar uma humilhação nacional na escala da Batalha de Singapura”, ocorrida em 1941, quando houve a maior rendição de militares britânicos na história.
O lorde Alan West, ex-chefe da Marinha e um dos que assinou o documento, afirmou que caso as Malvinas “sejam capturadas”, a Grã Bretanha “não terá nenhuma forma de recuperá-las, ao menos que conte com os porta-aviões e caças, e isso se aplica a muitos lugares do mundo”. Entre os militares que assinaram a carta estão o capitão Julian Oswald, os vice-almirantes Jeremy Blackham e John McAnally e o major-general Julian Thompson.
Após a divulgação da mensagem, o governo britânico respondeu que tem condições de defender o arquipélago do Atlântico Sul e atestou que a saída dos Harrier não afetará a situação.
“Respeito o fato de que estes homens tenham uma opinião forte, mas realmente acredito que usam uma retórica totalmente desproporcional”, declaro à cadeia Sky News o ministro da Defesa, Nick Harvey.
“A situação das Malvinas é completamente diferente agora do que em 1982. Contamos com muito mais defesas em seu lugar agora. Estamos muito mais alertas, com boas defesas aéreas, uma companhia de tropas e submarinos. Não temos a intenção de perder as Malvinas nem a necessidade de recorrer aos porta-aviões para recuperá-las”, acrescentou.
“Podemos lançar ataques com caças da terra. Os ataques de porta-aviões são uma forma de atacar com caças de guerra, mas não a única”, continuou o ministro. Ainda assim, os almirantes sustentaram que o primeiro-ministro britânico, o conservador David Cameron, foi muito mal assessorado nos ajustes para a Defesa.
“O governo declarou um novo período de dez anos de graça para que a Grã Bretanha se construa frente às ameaças. A última decisão similar nos anos 1930 quase nos custou nossa liberdade frente a Hitler”, concluiu o documento dos militares.
Fonte: ANSA Latina
Via: http://cavok.com.br/blog/?p=22350
Caças Harrier da Royal Air Force. (Foto: MoD UK / RAF)
Um grupo de ex-comandantes militares britânicos exortou o governo da Grã-Bretanha para que reverta o plano de ajuste orçamentário para a Defesa, o que deixaria as Ilhas Malvinas “em perigo de serem atacadas” pela Argentina.
Almirantes retirados da Marinha britânica afirmaram, por meio de uma carta enviada ao jornal inglês The Times, que excluir o serviço de navios com a insígnia Royal Navy, o porta-aviões HMS Ark Royal e uma frota de caças de guerra Harrier como parte de uma revisão dos gastos de Defesa “é incompreensível e perigosa” e uma opção “financeiramente perversa”.
A exclusão dos Harrier impedirá o país de realizar combates com estes aviões nos próximos dez anos. Por outro lado, a Grã Bretanha demandou dois novos porta-aviões no plano orçamentário.
Os cortes no orçamento da Defesa foram propostos pelo governo britânico como parte de seu plano de ajuste nacional frente ao déficit fiscal do país, que chega a 11% do Produto Interno Bruto (PIB). Os ex-almirantes e generais sustentaram no texto que a decisão “põe em dúvida” a capacidade do Reino Unido em “defender” suas ilhas do Atlântico Sul.
Neste ano, a disputa pela soberania sobre as Malvinas voltou à tona quando Buenos Aires volta a reivindicar o território após o início das explorações de petróleo e gás por companhias britânicas no leito marinho do arquipélago.
Um caça Sea Harrier prepara-se para decolar durante a Guerra das Malvinas.
De acordo com os ex-militares, a vitória britânica na Guerra das Malvinas de 1982 ocorreu principalmente por causa do uso de caças e porta-aviões estrategicamente posicionados. O conflito, na época, matou 649 militares argentinos, 255 britânicos e três civis das ilhas.
“Com respeito às valiosas Malvinas e a seus novos e lucrativos poços petroleiros, devido a isto e aos cortes [de recursos militares] para os próximos anos”, considerou a carta, “a Argentina praticamente é convidada a nos causar uma humilhação nacional na escala da Batalha de Singapura”, ocorrida em 1941, quando houve a maior rendição de militares britânicos na história.
O lorde Alan West, ex-chefe da Marinha e um dos que assinou o documento, afirmou que caso as Malvinas “sejam capturadas”, a Grã Bretanha “não terá nenhuma forma de recuperá-las, ao menos que conte com os porta-aviões e caças, e isso se aplica a muitos lugares do mundo”. Entre os militares que assinaram a carta estão o capitão Julian Oswald, os vice-almirantes Jeremy Blackham e John McAnally e o major-general Julian Thompson.
Após a divulgação da mensagem, o governo britânico respondeu que tem condições de defender o arquipélago do Atlântico Sul e atestou que a saída dos Harrier não afetará a situação.
“Respeito o fato de que estes homens tenham uma opinião forte, mas realmente acredito que usam uma retórica totalmente desproporcional”, declaro à cadeia Sky News o ministro da Defesa, Nick Harvey.
“A situação das Malvinas é completamente diferente agora do que em 1982. Contamos com muito mais defesas em seu lugar agora. Estamos muito mais alertas, com boas defesas aéreas, uma companhia de tropas e submarinos. Não temos a intenção de perder as Malvinas nem a necessidade de recorrer aos porta-aviões para recuperá-las”, acrescentou.
“Podemos lançar ataques com caças da terra. Os ataques de porta-aviões são uma forma de atacar com caças de guerra, mas não a única”, continuou o ministro. Ainda assim, os almirantes sustentaram que o primeiro-ministro britânico, o conservador David Cameron, foi muito mal assessorado nos ajustes para a Defesa.
“O governo declarou um novo período de dez anos de graça para que a Grã Bretanha se construa frente às ameaças. A última decisão similar nos anos 1930 quase nos custou nossa liberdade frente a Hitler”, concluiu o documento dos militares.
Fonte: ANSA Latina
Via: http://cavok.com.br/blog/?p=22350
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