15 de setembro – Dia da Batalha da Inglaterra
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andre_sp
Amilckar
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15 de setembro – Dia da Batalha da Inglaterra
15 de setembro – Dia da Batalha da Inglaterra
Hoje é o dia do aniversário de 70 anos da Batalha da Inglaterra, e o caça Spitfire é a principal aeronave dessa histórica batalha nos céus da Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial. (Foto: BBMF)
Domingo, 15 de setembro de 1940. Há setenta anos atrás, os pilotos de caça da Royal Air Force (RAF) enfrentaram a Luftwaffe nazista no maior combate nos céus da Inglaterra. Foi o ponto culminante da primeira batalha travada inteiramente no ar e que ficou conhecida como Batalha da Inglaterra. Acompanhe a seguir uma matéria exclusiva do Cavok Brasil, escrita pelo historiador e amigo Rudnei Dias da Cunha.
Vários caças Spitfire alinhados e preparados para mais uma missão durante a Segunda Guerra Mundial.
Desde o dia 10 de julho de 1940, a RAF, com seus poucos mais de 2.800 pilotos do Comando de Caça vinha enfrentando os ataques da Luftwaffe. A estratégia alemã era evidente: trazer os caças britânicos para o combate com os caças alemães, enquanto seus bombardeiros atacavam as bases aéreas britânicas, principalmente aquelas situadas no sul e sudeste da Inglaterra. Felizmente para os britânicos, os ataques alemães às estações de radar não foram realizados de forma sistemática, o que permitiu que as formações de bombardeiros alemães fossem detectadas a tempo de se enviar os caças da RAF para engajá-las.
Pilotos britânicos correm para seus caças Spitfire durante a Batalha da Inglaterra.
Apesar dos esforços feitos diariamente para enfrentar os alemães, era óbvio para o marechal-do-ar Hugh C. T. Dowding, comandante do Comando de Caça da RAF, e para o vice-marechal-do-ar Keith Park, comandante do Grupo nº 11 do Comando de Caça (região sudeste da Inglaterra), que se a Luftwaffe continuasse a manter os ataques às bases aéreas, logo elas teriam de ser evacuadas, cedendo aos alemães o controle do espaço aéreo na região.
Bombardeiros Heinkel He-111 da Luftwaffe participaram dos ataque a Londres durante a Batalha da Inglaterra.
Porém, em 24 de agosto de 1940, bombardeiros alemães lançaram bombas sobre Londres, que havia sido até então poupada dos ataques. Até hoje não se sabe precisar até que ponto isso foi fruto de engano na navegação por parte das tripulações alemãs, ou se o sistema eletrônico de navegação Knickebein sofreu interferência eletromagnética por parte dos britânicos. O certo é que na noite seguinte, bombardeiros da RAF atacaram Berlim, causando apenas 10 mortes.
Os caças Spitfire e Hurricane da RAF foram as principais armas e aeronaves qua ajudaram a Inglaterra a derrotar a forte Luftwaffe.
Hitler ficou furioso e exigiu que a Luftwaffe realizasse ataques retaliatórios contra Londres e demais cidades, atingindo áreas habitacionais indiscriminadamente. Na noite do dia 6 de setembro começou o que se chamou de Blitz de Londres, com os ataques persistindo dia e noite pelos dias seguintes. No dia 7 de setembro, a Luftwaffe montou o maior ataque até então, empregando mais de 500 aeronaves contra alvos em Londres.
Um caça Hurricane, peça principal da RAF durante a Batalha da Inglaterra.
Ao mesmo tempo a Luftwaffe continuou mantendo a pressão sobre o Comando de Caça. Mas, no dia 12 de setembro, o alto comando da Luftwaffe decidiu desviar a sua atenção, montando ataques a Londres e demais cidades e deixando de atacar as bases aéreas. Tal decisão era baseada na falsa suposição de que o Comando de Caças estava praticamente destruído, devido a relatórios de inteligência de muito má qualidade. Mal Hitler e Göring sabiam que essa mudança selaria o destino da Batalha.
Do lado da Luftwaffe, o principal caça alemão foi o Messerschmitt Bf-109.
Na verdade, apesar de estar quase se tornando ineficaz, a espinha dorsal do Comando de Caça ainda não estava quebrada. Do dia 31 de agosto a 6 de setembro, o Comando de Caça montou 4.667 surtidas, dispondo de 58 esquadrões; mas, de 7 a 12 de setembro, apenas 2.159 surtidas foram montadas. Ao desviar seus bombardeiros para atacar Londres e demais cidades, a Luftwaffe permitiu que o Comando de Caça pudesse se recompor, em termos de pessoal, equipamentos e instalações.
Duas belas imagens do modelo de caça Supermarine Spitfire, o mais tradicional e querido caça britânico. (Fotos: BBMF)
Nesses seis dias após o início da Blitz, novos esquadrões foram colocados em ação, inclusive aqueles formados por pilotos poloneses e tchecos, os quais distinguiram-se por sua experiência de combate e agressividade ao atacar o invasor nazista. O Comando de Caça realizou também a rotação de seus esquadrões, trazendo para os Grupos nº 11 (Sudeste) e nº 12 (Noroeste) esquadrões descansados, provindos de outras regiões do Reino Unido, ao mesmo tempo em que enviava para descanso aqueles esquadrões que haviam suportado os ferozes ataques alemães. Naqueles dias, também, jovens pilotos tornavam-se experientes, ao sobreviverem as primeiras missões e conquistarem suas vitórias.
Bombardeiros Dornier Do-17 da Luftwaffe, utilizados durante a Batalha da Inglaterra pela Alemanha nazista.
Retratado num Aviation Art, um Do-17 "Lápis Voador" durante um voo sobre o Canal da Mancha.
Foi com esse espírito renovado no seio do Comando de Caça que os seus pilotos enfrentaram a Luftwaffe no dia 15 de setembro. Pequenos combates foram realizados no início da manhã, mas logo após as 10h30min, os radares britânicos detectaram uma grande formação alemã na região do Passo de Calais. Composta por 100 bombardeiros Dornier Do-17 dos Kampfgeschwader 3 e 76, e escoltados por 200 caças Messerschmitt Me-109E, essa formação cruzou a costa inglesa na altura de Dungeness, logo após as 11h00. O vice-marechal Park logo percebeu que a Luftwaffe iria atacar com a mesma fúria do grande ataque do dia 7 de setembro.
Um caça Spitfire da RAF durante um ataque a uma aeronave Dornier Do-17 da Luftwaffe.
Os caças Spitfire foram plenamente utilizados durante o conflito histórico.
Apostando que o alvo seria novamente Londres, Park decidiu por atacar de maneira contínua a formação alemã, à medida que se deslocava para a capital do Império Britânico. Ele sabia que, se conseguisse atrair para o combate os caças alemães – os quais tinham uma autonomia de apenas 20 minutos sobre a Inglaterra – os bombardeiros ficariam desprotegidos e expostos à mercê dos caças britãnicos.
Os duelos entre aeronaves Spitfire da RAF e Me-109 da Luftwaffe foram verdadeiros combates aéreos
Usando com precisão cronometrada seus esquadrões, às 10h55min todos os esquadrões do Grupo nº 11 estavam em alerta máximo, e os dos Grupos nº 10 (Sul) e nº 12 já haviam sido requisitados. Após cruzarem a costa de Kent, no sudeste da Inglaterra, os Me-109 foram engajados pelos Spitfires dos Esquadrões nº 92 e nº 72, na altura de Canterbury. Dez minutos após, outros nove esquadrões – incluindo o Esquadrão nº 303 (Polonês) – decolaram para engajar a formação alemã.
Um caça Messerschmitt Me-109G similar aos utilizados pela Luftwaffe na Batalha da Inglaterra.
Cinco minutos após, o Esquadrão nº 603 decolou para proteger o flanco sudoeste de Londres, enquanto a famosa ala de Duxford, com cinco esquadrões – comandada pelo famoso Douglas Bader, um piloto que tinha duas pernas de metal – se posicionava na margem norte do Tâmisa. Dez minutos após, outros dez esquadrões se posicionavam em patrulhas de combate aéreo sobre Londres.
Os caças Spitfire e Hurricane foram as aeronaves que bloquearam os ataques nazistas a Londres durante a Segunda Guerra Mundial.
Quando os bombardeiros alemães chegaram finalmente a Londres, logo antes do meio-dia, 15 esquadrões de Hurricanes e 8 de Spitfires estavam no ar, totalizando 250 caças. A formação alemã já não contava mais com o guarda-chuva dos seus caças, e foram alvo fácil dos caças da RAF. Os céus de Kent até Londres estavam riscados pelas trilhas de condensação deixadas pelos caças em seus combates. As investidas inglesas foram bem sucedidas e destruíram vários bombardeiros e caças, mas principalmente fizeram as tripulações alemãs lançarem suas bombas sobre uma vasta área, sem qualquer chance de concentração.
Um caça Supermarine Spitfire Mk XVI.
Com o primeiro ataque debelado, a Luftwaffe enviou às 13h30 mais um, dessa vez consistindo de 150 bombardeiros e 400 caças, distribuídos em três vagas de ataque. Park usou a mesma estratégia da manhã, enviando seus esquadrões para atrair os caças alemães, para depois atacar os bombardeiros, alcançando novamente o mesmo sucesso. Ao final da tarde, os jornais ingleses anunciavam a destruição de 183 aviões inimigos. Na verdade, o Comando de Caça havia abatido 56 aeronaves alemães, uma cifra bem inferior à anunciada; mas nesse dia a Lufwaffe teve o maior número de baixas desde o início da Batalha.
A presença maciça de caças britânicos no ar foi de extrema importância para conter a invasão alemã.
Mais significativa do que o número de aeronaves alemãs abatidas foi a maciça presença dos caças britânicos nos céus. Num período de 90 minutos, 28 esquadrões engajaram a Luftwaffe, colocando no ar 250 caças. Além disso, as perdas britânicas foram muito inferiores às alemães: 26 caças derrubados, com 13 pilotos mortos.
Um Spitfire repousa na entrada de um hangar.
Um caça Supermarine Spitfire voa durante um por-do-sol. (Foto: BBMF)
O dia 15 de setembro foi o ápice dos combates sobre a Inglaterra em 1940. A Batalha de Inglaterra acabaria por ser vencida pelos “Poucos”, aquele punhado de pilotos de caça – britânicos, canadenses, australianos, neozelandeses, sul-africanos, poloneses, tchecoeslovacos, belgas, franceses livres e norte-americanos, dentre outros – que, destemidos frente à todas as adversidades, impuseram à Alemanha de Hitler a sua primeira derrota na guerra.
“Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão Poucos”
(Winston S. Churchill)
Texto: Rudnei Dias da Cunha – Cavok Brasil
Fonte: www.cavok.com.br
Hoje é o dia do aniversário de 70 anos da Batalha da Inglaterra, e o caça Spitfire é a principal aeronave dessa histórica batalha nos céus da Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial. (Foto: BBMF)
Domingo, 15 de setembro de 1940. Há setenta anos atrás, os pilotos de caça da Royal Air Force (RAF) enfrentaram a Luftwaffe nazista no maior combate nos céus da Inglaterra. Foi o ponto culminante da primeira batalha travada inteiramente no ar e que ficou conhecida como Batalha da Inglaterra. Acompanhe a seguir uma matéria exclusiva do Cavok Brasil, escrita pelo historiador e amigo Rudnei Dias da Cunha.
Vários caças Spitfire alinhados e preparados para mais uma missão durante a Segunda Guerra Mundial.
Desde o dia 10 de julho de 1940, a RAF, com seus poucos mais de 2.800 pilotos do Comando de Caça vinha enfrentando os ataques da Luftwaffe. A estratégia alemã era evidente: trazer os caças britânicos para o combate com os caças alemães, enquanto seus bombardeiros atacavam as bases aéreas britânicas, principalmente aquelas situadas no sul e sudeste da Inglaterra. Felizmente para os britânicos, os ataques alemães às estações de radar não foram realizados de forma sistemática, o que permitiu que as formações de bombardeiros alemães fossem detectadas a tempo de se enviar os caças da RAF para engajá-las.
Pilotos britânicos correm para seus caças Spitfire durante a Batalha da Inglaterra.
Apesar dos esforços feitos diariamente para enfrentar os alemães, era óbvio para o marechal-do-ar Hugh C. T. Dowding, comandante do Comando de Caça da RAF, e para o vice-marechal-do-ar Keith Park, comandante do Grupo nº 11 do Comando de Caça (região sudeste da Inglaterra), que se a Luftwaffe continuasse a manter os ataques às bases aéreas, logo elas teriam de ser evacuadas, cedendo aos alemães o controle do espaço aéreo na região.
Bombardeiros Heinkel He-111 da Luftwaffe participaram dos ataque a Londres durante a Batalha da Inglaterra.
Porém, em 24 de agosto de 1940, bombardeiros alemães lançaram bombas sobre Londres, que havia sido até então poupada dos ataques. Até hoje não se sabe precisar até que ponto isso foi fruto de engano na navegação por parte das tripulações alemãs, ou se o sistema eletrônico de navegação Knickebein sofreu interferência eletromagnética por parte dos britânicos. O certo é que na noite seguinte, bombardeiros da RAF atacaram Berlim, causando apenas 10 mortes.
Os caças Spitfire e Hurricane da RAF foram as principais armas e aeronaves qua ajudaram a Inglaterra a derrotar a forte Luftwaffe.
Hitler ficou furioso e exigiu que a Luftwaffe realizasse ataques retaliatórios contra Londres e demais cidades, atingindo áreas habitacionais indiscriminadamente. Na noite do dia 6 de setembro começou o que se chamou de Blitz de Londres, com os ataques persistindo dia e noite pelos dias seguintes. No dia 7 de setembro, a Luftwaffe montou o maior ataque até então, empregando mais de 500 aeronaves contra alvos em Londres.
Um caça Hurricane, peça principal da RAF durante a Batalha da Inglaterra.
Ao mesmo tempo a Luftwaffe continuou mantendo a pressão sobre o Comando de Caça. Mas, no dia 12 de setembro, o alto comando da Luftwaffe decidiu desviar a sua atenção, montando ataques a Londres e demais cidades e deixando de atacar as bases aéreas. Tal decisão era baseada na falsa suposição de que o Comando de Caças estava praticamente destruído, devido a relatórios de inteligência de muito má qualidade. Mal Hitler e Göring sabiam que essa mudança selaria o destino da Batalha.
Do lado da Luftwaffe, o principal caça alemão foi o Messerschmitt Bf-109.
Na verdade, apesar de estar quase se tornando ineficaz, a espinha dorsal do Comando de Caça ainda não estava quebrada. Do dia 31 de agosto a 6 de setembro, o Comando de Caça montou 4.667 surtidas, dispondo de 58 esquadrões; mas, de 7 a 12 de setembro, apenas 2.159 surtidas foram montadas. Ao desviar seus bombardeiros para atacar Londres e demais cidades, a Luftwaffe permitiu que o Comando de Caça pudesse se recompor, em termos de pessoal, equipamentos e instalações.
Duas belas imagens do modelo de caça Supermarine Spitfire, o mais tradicional e querido caça britânico. (Fotos: BBMF)
Nesses seis dias após o início da Blitz, novos esquadrões foram colocados em ação, inclusive aqueles formados por pilotos poloneses e tchecos, os quais distinguiram-se por sua experiência de combate e agressividade ao atacar o invasor nazista. O Comando de Caça realizou também a rotação de seus esquadrões, trazendo para os Grupos nº 11 (Sudeste) e nº 12 (Noroeste) esquadrões descansados, provindos de outras regiões do Reino Unido, ao mesmo tempo em que enviava para descanso aqueles esquadrões que haviam suportado os ferozes ataques alemães. Naqueles dias, também, jovens pilotos tornavam-se experientes, ao sobreviverem as primeiras missões e conquistarem suas vitórias.
Bombardeiros Dornier Do-17 da Luftwaffe, utilizados durante a Batalha da Inglaterra pela Alemanha nazista.
Retratado num Aviation Art, um Do-17 "Lápis Voador" durante um voo sobre o Canal da Mancha.
Foi com esse espírito renovado no seio do Comando de Caça que os seus pilotos enfrentaram a Luftwaffe no dia 15 de setembro. Pequenos combates foram realizados no início da manhã, mas logo após as 10h30min, os radares britânicos detectaram uma grande formação alemã na região do Passo de Calais. Composta por 100 bombardeiros Dornier Do-17 dos Kampfgeschwader 3 e 76, e escoltados por 200 caças Messerschmitt Me-109E, essa formação cruzou a costa inglesa na altura de Dungeness, logo após as 11h00. O vice-marechal Park logo percebeu que a Luftwaffe iria atacar com a mesma fúria do grande ataque do dia 7 de setembro.
Um caça Spitfire da RAF durante um ataque a uma aeronave Dornier Do-17 da Luftwaffe.
Os caças Spitfire foram plenamente utilizados durante o conflito histórico.
Apostando que o alvo seria novamente Londres, Park decidiu por atacar de maneira contínua a formação alemã, à medida que se deslocava para a capital do Império Britânico. Ele sabia que, se conseguisse atrair para o combate os caças alemães – os quais tinham uma autonomia de apenas 20 minutos sobre a Inglaterra – os bombardeiros ficariam desprotegidos e expostos à mercê dos caças britãnicos.
Os duelos entre aeronaves Spitfire da RAF e Me-109 da Luftwaffe foram verdadeiros combates aéreos
Usando com precisão cronometrada seus esquadrões, às 10h55min todos os esquadrões do Grupo nº 11 estavam em alerta máximo, e os dos Grupos nº 10 (Sul) e nº 12 já haviam sido requisitados. Após cruzarem a costa de Kent, no sudeste da Inglaterra, os Me-109 foram engajados pelos Spitfires dos Esquadrões nº 92 e nº 72, na altura de Canterbury. Dez minutos após, outros nove esquadrões – incluindo o Esquadrão nº 303 (Polonês) – decolaram para engajar a formação alemã.
Um caça Messerschmitt Me-109G similar aos utilizados pela Luftwaffe na Batalha da Inglaterra.
Cinco minutos após, o Esquadrão nº 603 decolou para proteger o flanco sudoeste de Londres, enquanto a famosa ala de Duxford, com cinco esquadrões – comandada pelo famoso Douglas Bader, um piloto que tinha duas pernas de metal – se posicionava na margem norte do Tâmisa. Dez minutos após, outros dez esquadrões se posicionavam em patrulhas de combate aéreo sobre Londres.
Os caças Spitfire e Hurricane foram as aeronaves que bloquearam os ataques nazistas a Londres durante a Segunda Guerra Mundial.
Quando os bombardeiros alemães chegaram finalmente a Londres, logo antes do meio-dia, 15 esquadrões de Hurricanes e 8 de Spitfires estavam no ar, totalizando 250 caças. A formação alemã já não contava mais com o guarda-chuva dos seus caças, e foram alvo fácil dos caças da RAF. Os céus de Kent até Londres estavam riscados pelas trilhas de condensação deixadas pelos caças em seus combates. As investidas inglesas foram bem sucedidas e destruíram vários bombardeiros e caças, mas principalmente fizeram as tripulações alemãs lançarem suas bombas sobre uma vasta área, sem qualquer chance de concentração.
Um caça Supermarine Spitfire Mk XVI.
Com o primeiro ataque debelado, a Luftwaffe enviou às 13h30 mais um, dessa vez consistindo de 150 bombardeiros e 400 caças, distribuídos em três vagas de ataque. Park usou a mesma estratégia da manhã, enviando seus esquadrões para atrair os caças alemães, para depois atacar os bombardeiros, alcançando novamente o mesmo sucesso. Ao final da tarde, os jornais ingleses anunciavam a destruição de 183 aviões inimigos. Na verdade, o Comando de Caça havia abatido 56 aeronaves alemães, uma cifra bem inferior à anunciada; mas nesse dia a Lufwaffe teve o maior número de baixas desde o início da Batalha.
A presença maciça de caças britânicos no ar foi de extrema importância para conter a invasão alemã.
Mais significativa do que o número de aeronaves alemãs abatidas foi a maciça presença dos caças britânicos nos céus. Num período de 90 minutos, 28 esquadrões engajaram a Luftwaffe, colocando no ar 250 caças. Além disso, as perdas britânicas foram muito inferiores às alemães: 26 caças derrubados, com 13 pilotos mortos.
Um Spitfire repousa na entrada de um hangar.
Um caça Supermarine Spitfire voa durante um por-do-sol. (Foto: BBMF)
O dia 15 de setembro foi o ápice dos combates sobre a Inglaterra em 1940. A Batalha de Inglaterra acabaria por ser vencida pelos “Poucos”, aquele punhado de pilotos de caça – britânicos, canadenses, australianos, neozelandeses, sul-africanos, poloneses, tchecoeslovacos, belgas, franceses livres e norte-americanos, dentre outros – que, destemidos frente à todas as adversidades, impuseram à Alemanha de Hitler a sua primeira derrota na guerra.
“Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão Poucos”
(Winston S. Churchill)
Texto: Rudnei Dias da Cunha – Cavok Brasil
Fonte: www.cavok.com.br
Amilckar- Colaborador - Notícias de aviação
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Re: 15 de setembro – Dia da Batalha da Inglaterra
Muito bom o tópico, Amilckar
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A vantagem da honestidade é que a concorrência é pequena.
andre_sp- Moderador
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Re: 15 de setembro – Dia da Batalha da Inglaterra
Muito bom, Amilckar.
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Artur Santos
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Re: 15 de setembro – Dia da Batalha da Inglaterra
O meu "Hip Hip Hurrah" para os valorosos pilotos daquela época conturbada
Bom tópico Amilkar
Bom tópico Amilkar
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João Sant'Ana
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Re: 15 de setembro – Dia da Batalha da Inglaterra
Excelente Amilkar, me permito acrescentar esta imagem.
Os dois treinadores Shorts Tucanos do Esquadrão 72(R) foram pintados para homenagear dois pilotos de sucesso da Batalha da Inglaterra que na sequência vieram a comandar o Esquadrão 72 no final da guerra.
O Tucano ZF171/‘LZ-R’ representa o piloto de Spitfire Robert Wardlow Oxspring DFC AFC que voou com o Esquadrão 66 durante a Batalha da Inglaterra e ganhou a primeira de duas condecorações Distinguished Flying Crosses durante a campanha.
O Tucano ZF317/‘QJ-F’ representa o piloto do Spitfire Charles Brian Fabris Kingcombe DSO DFC, que voou com o Esquadrão 92. Ele participou dos combates sobre Dunkirk em maio de 1940 e nos estágios finais da Batalha da Inglaterra, durante os quais ele foi abatido e ficou seriamente ferido.
Fonte: Cavok
Os dois treinadores Shorts Tucanos do Esquadrão 72(R) foram pintados para homenagear dois pilotos de sucesso da Batalha da Inglaterra que na sequência vieram a comandar o Esquadrão 72 no final da guerra.
O Tucano ZF171/‘LZ-R’ representa o piloto de Spitfire Robert Wardlow Oxspring DFC AFC que voou com o Esquadrão 66 durante a Batalha da Inglaterra e ganhou a primeira de duas condecorações Distinguished Flying Crosses durante a campanha.
O Tucano ZF317/‘QJ-F’ representa o piloto do Spitfire Charles Brian Fabris Kingcombe DSO DFC, que voou com o Esquadrão 92. Ele participou dos combates sobre Dunkirk em maio de 1940 e nos estágios finais da Batalha da Inglaterra, durante os quais ele foi abatido e ficou seriamente ferido.
Fonte: Cavok
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Paulo Ricardo
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