[Brasil] Embraer ataca novos subsídios à Bombardier
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[Brasil] Embraer ataca novos subsídios à Bombardier
Embraer ataca novos subsídios à Bombardier
Assis Moreira
O presidente da Embraer, Frederico Curado, alvejou ontem em Genebra o que chama de novo tipo de subsídio que a concorrente canadense Bombardier vem recebendo e que já teria feito o construtor brasileiro perder uma encomenda bilionária nos EUA.
"A parte de financiamento à exportação ficou sem problema depois da disputa (entre as duas empresas na OMC no passado)", afirmou Curado ao Valor à margem de encontro de um grupo de grandes executivos na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Mas agora tem injeção direta (do governo) na Bombardier, um novo tipo de ajuda".
Conforme Curado, essa nova modalidade de suporte está pesando na competição no mercado de jatos regionais. "Estamos acostumados a competir com a Bombardier, mas competir com o governo
canadense é complicado", afirmou o executivo.
Pelos cálculos da Embraer, o governo canadense tem feito "injeção de capital gigantesca" na Bombardier. Nada menos de US$ 2,5 bilhões foram acertados e estão sendo desembolsados. E a companhia canadense está pleiteando mais US$ 1 bilhão.
Com base nesse novo poderio competitivo, a Bombardier ganhou recentemente a encomenda de 75 jatos da serie C e mais 75 opções, feita pela Delta Airlines. Pela lista de preço, o valor do pacote é estimado em US$ 5,6 bilhões. Isso ocorreu 19 meses depois de o construtor canadense não ter firmado nenhum contrato de venda.
Frederico Curado avalia que a Embraer perdeu essa encomenda em condições desiguais. "A Bombardier está recebendo bilhões de dólares dos consumidores canadenses e fazendo preço artificialmente baixos", reclamou.
A Embraer acionou o Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores. Como sempre ocorre nesses casos, primeiro a diplomacia propõe consultas bilaterais. Se não resolver nada, o país aciona o mecanismo de disputas da OMC. Na primeira fase, há mais duas consultas bilaterais. E só, então, o país decide se leva o caso diante dos juízes, com abertura de um panel (comitê de especialistas).
Para alguns analistas, parece muito improvável, na sua situação atual, que a Bombardier venha a abrir mão da generosa ajuda estatal por causa das queixas da brasileira Embraer. E mesmo uma nova disputa não teria resultado retroativo, de forma que os subsídios que vem recebendo não seriam afetados.
Fonte Valor Econômico
Via: NOTIMP
Assis Moreira
O presidente da Embraer, Frederico Curado, alvejou ontem em Genebra o que chama de novo tipo de subsídio que a concorrente canadense Bombardier vem recebendo e que já teria feito o construtor brasileiro perder uma encomenda bilionária nos EUA.
"A parte de financiamento à exportação ficou sem problema depois da disputa (entre as duas empresas na OMC no passado)", afirmou Curado ao Valor à margem de encontro de um grupo de grandes executivos na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Mas agora tem injeção direta (do governo) na Bombardier, um novo tipo de ajuda".
Conforme Curado, essa nova modalidade de suporte está pesando na competição no mercado de jatos regionais. "Estamos acostumados a competir com a Bombardier, mas competir com o governo
canadense é complicado", afirmou o executivo.
Pelos cálculos da Embraer, o governo canadense tem feito "injeção de capital gigantesca" na Bombardier. Nada menos de US$ 2,5 bilhões foram acertados e estão sendo desembolsados. E a companhia canadense está pleiteando mais US$ 1 bilhão.
Com base nesse novo poderio competitivo, a Bombardier ganhou recentemente a encomenda de 75 jatos da serie C e mais 75 opções, feita pela Delta Airlines. Pela lista de preço, o valor do pacote é estimado em US$ 5,6 bilhões. Isso ocorreu 19 meses depois de o construtor canadense não ter firmado nenhum contrato de venda.
Frederico Curado avalia que a Embraer perdeu essa encomenda em condições desiguais. "A Bombardier está recebendo bilhões de dólares dos consumidores canadenses e fazendo preço artificialmente baixos", reclamou.
A Embraer acionou o Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores. Como sempre ocorre nesses casos, primeiro a diplomacia propõe consultas bilaterais. Se não resolver nada, o país aciona o mecanismo de disputas da OMC. Na primeira fase, há mais duas consultas bilaterais. E só, então, o país decide se leva o caso diante dos juízes, com abertura de um panel (comitê de especialistas).
Para alguns analistas, parece muito improvável, na sua situação atual, que a Bombardier venha a abrir mão da generosa ajuda estatal por causa das queixas da brasileira Embraer. E mesmo uma nova disputa não teria resultado retroativo, de forma que os subsídios que vem recebendo não seriam afetados.
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