[Brasil] Atenção, senhores passageiros, vamos abolir as chamadas nos aeroportos!
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[Brasil] Atenção, senhores passageiros, vamos abolir as chamadas nos aeroportos!
Atenção, senhores passageiros, vamos abolir as chamadas nos aeroportos!
Raridade em aeroportos no exterior, 'speeches' em excesso nas salas de embarque no Brasil deseducam passageiros
Painel de aeroporto: passageiro não tem que ser levado no colo até o avião
Se você passar em breve pelo aeroporto de Congonhas ou Santos Dumont pare e conte quantas vezes os funcionários acionarão o microfone num intervalo de cinco minutos. Serão realizadas dezenas de chamados e avisos pelo sistema de som. De chamada para embarque, passando pelo aviso de encerramento de voo, troca de portão e até a singular “chamada pessoal”, quando o perdido passageiro que falta embarcar tem seu nome anunciado em todo terminal.
Parece uma coisa normal e até necessária, mas trata-se de mais um mal costume que alimentamos. Basta ver como funcionam aeroportos mundo afora, muitos deles bem maiores que os nossos. A responsabilidade por estar presente na hora do embarque é única e exclusivamente do passageiro. A chamada para embarque, essa sim obrigatória, se dá apenas no ambiente da sala em questão e não em diversos locais como se estivéssemos numa feira livre.
A poluição sonora presenciada nos aeroportos citados, além de não resolver muito (se um passageiro está impossibilitado de chegar até o portão não será um apelo que fará isso mudar) cria-se uma dependência no público, que acaba por relaxar e não se preocupar em conferir um mero painel de voos para saber se está no lugar certo – ou até mesmo na hora correta.
Claro, existem pessoas que precisam de auxílio ou não têm muita familiaridade com aeroportos, mas isso não torna todos os passageiros dependentes de atenção por via de regra. O ponto a que quero chegar é que, além de irritantes e desnecessários, os frequentes avisos sonoros não resolvem o problema em questão que é um possível atraso no voo. Em vez disso, nos deixam numa perigosa zona de conforto que acaba por criar mal-entendidos quando um passageiro distraído acaba perdendo o voo, mesmo com tantos avisos. Afinal, “ele estava lá, mas ninguém o chamou”.
Falo por experiência própria ao ter trabalhado na sala de embarque de Congonhas por quatro anos: incrível como vi passageiros simplesmente ignorarem a chamada e depois virem perguntar sobre o tal voo já embarcado.
Comportamento infantil
A prática de “colocar o passageiro no colo” não se resume apenas a hora de embarcar. Recentemente, ao embarcar numa viagem internacional, o funcionário da empresa aérea literalmente não me deixou fazer o check-in no totem. Fui tentar inserir os dados quando ele pediu o papel da reserva e fez tudo sozinho de forma gentil, mas sem necessidade – não, não era classe executiva ou primeira classe.
No retorno, a mesma companhia aérea no aeroporto europeu me tratou de forma diferente. “Check-in? O senhor pode usar os terminais de auto-atendimento ali”. Até onde se sabe, cheguei inteiro ao Brasil mesmo sem ajuda com o cartão de embarque ou “speeches” desesperados para que não perdesse o voo.
Fonte: Airway
Raridade em aeroportos no exterior, 'speeches' em excesso nas salas de embarque no Brasil deseducam passageiros
Painel de aeroporto: passageiro não tem que ser levado no colo até o avião
Se você passar em breve pelo aeroporto de Congonhas ou Santos Dumont pare e conte quantas vezes os funcionários acionarão o microfone num intervalo de cinco minutos. Serão realizadas dezenas de chamados e avisos pelo sistema de som. De chamada para embarque, passando pelo aviso de encerramento de voo, troca de portão e até a singular “chamada pessoal”, quando o perdido passageiro que falta embarcar tem seu nome anunciado em todo terminal.
Parece uma coisa normal e até necessária, mas trata-se de mais um mal costume que alimentamos. Basta ver como funcionam aeroportos mundo afora, muitos deles bem maiores que os nossos. A responsabilidade por estar presente na hora do embarque é única e exclusivamente do passageiro. A chamada para embarque, essa sim obrigatória, se dá apenas no ambiente da sala em questão e não em diversos locais como se estivéssemos numa feira livre.
A poluição sonora presenciada nos aeroportos citados, além de não resolver muito (se um passageiro está impossibilitado de chegar até o portão não será um apelo que fará isso mudar) cria-se uma dependência no público, que acaba por relaxar e não se preocupar em conferir um mero painel de voos para saber se está no lugar certo – ou até mesmo na hora correta.
Claro, existem pessoas que precisam de auxílio ou não têm muita familiaridade com aeroportos, mas isso não torna todos os passageiros dependentes de atenção por via de regra. O ponto a que quero chegar é que, além de irritantes e desnecessários, os frequentes avisos sonoros não resolvem o problema em questão que é um possível atraso no voo. Em vez disso, nos deixam numa perigosa zona de conforto que acaba por criar mal-entendidos quando um passageiro distraído acaba perdendo o voo, mesmo com tantos avisos. Afinal, “ele estava lá, mas ninguém o chamou”.
Falo por experiência própria ao ter trabalhado na sala de embarque de Congonhas por quatro anos: incrível como vi passageiros simplesmente ignorarem a chamada e depois virem perguntar sobre o tal voo já embarcado.
Comportamento infantil
A prática de “colocar o passageiro no colo” não se resume apenas a hora de embarcar. Recentemente, ao embarcar numa viagem internacional, o funcionário da empresa aérea literalmente não me deixou fazer o check-in no totem. Fui tentar inserir os dados quando ele pediu o papel da reserva e fez tudo sozinho de forma gentil, mas sem necessidade – não, não era classe executiva ou primeira classe.
No retorno, a mesma companhia aérea no aeroporto europeu me tratou de forma diferente. “Check-in? O senhor pode usar os terminais de auto-atendimento ali”. Até onde se sabe, cheguei inteiro ao Brasil mesmo sem ajuda com o cartão de embarque ou “speeches” desesperados para que não perdesse o voo.
Fonte: Airway
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