[Brasil] Acordo com sindicato para evitar tripulação sobrecarregada gerou atrasos na Gol
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[Brasil] Acordo com sindicato para evitar tripulação sobrecarregada gerou atrasos na Gol
Acordo com sindicato para evitar tripulação sobrecarregada gerou atrasos na Gol
Os atrasos registrados em mais da metade dos voos da Gol nesta segunda-feira (2) não são reflexo de uma greve, mas de um acordo feito entre a companhia e o Sindicato Nacional dos Aeronautas para que os tripulantes não fiquem sobrecarregados e excedam o limite de horas de voos previsto por lei. A informação foi dada pelo presidente do sindicato, comandante Gelson Fochesato.
A Infraero, que administra os aeroportos do país, informou que a Gol teve 305 voos atrasados e 59 cancelados entre 0h e 16h desta segunda-feira. Os atrasos representam mais de 50% dos voos que estavam previstos para o horário.
Em nota, a companhia disse que os voos da empresa vêm sofrendo cancelamentos e atrasos além do normal desde a sexta-feira por conta do intenso tráfego aéreo causado pelo fim das férias escolares e pelos remanejamentos de voos do Aeroporto de Congonhas, que fecha as 23h, para o Aeroporto de Guarulhos.
“A situação, desenvolvida num fim de semana de pico de movimento, com retorno de férias escolares, ocorreu num momento em que a empresa finalizava a implementação de um novo sistema de processamento das escalas dos pilotos e comissários”, completou a companhia. “Algumas tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitadas de seguir viagem, gerando um efeito em cadeia”.
Fochesato confirma a mudança na escala. Segundo ele, depois de três reuniões com a categoria, a Gol concordou no dia 26 de julho em diminuir o número de voos para que uma escala menos sobrecarregada já começasse a valer a partir de agosto.
“Em julho, acontecem muitos voos extras. As companhias fretam aviões para agências de viagens, há voos de férias. E eles não levam em consideração a capacidade da tripulação. Em agosto, isso deve melhorar, mas o acordo é de que agora os voos extras só serão aceitos dentro da capacidade”, explicou.
O uso excessivo da tripulação, de acordo com ele, contraria as normas da aviação. “De fevereiro a julho, tivemos 800 denúncias de funcionários por excesso de jornada e falta de folga. Todas as companhias estão trabalhando fora do permitido. Os funcionários estão sobrecarregados, estressados e cansados”, disse.
Fochesato afirmou ainda que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) é responsável por liberar os comissários formados para contratação, mas isso demora a acontecer.
“A Anac, em vez de fiscalizar e ouvir as demandas dos sindicatos, fica liberando voos e demorando na liberação de novos comissários. A aviação brasileira está crescento muito e isso é bom, porque a sociedade pode viajar mais e por menos. Mas a formação da tripulação não acompanha e os tripulantes estão no limite, sobrecarregados”, explicou.
Segundo o sindicato, até o momento, apenas a Gol aceitou negociar a reestruturação da escala. O próximo passo é negociar com a Tam. Tripulantes extras foram chamados para normalizar a situação.
A Infraero, que administra os aeroportos do país, informou que a Gol teve 305 voos atrasados e 59 cancelados entre 0h e 16h desta segunda-feira. Os atrasos representam mais de 50% dos voos que estavam previstos para o horário.
Em nota, a companhia disse que os voos da empresa vêm sofrendo cancelamentos e atrasos além do normal desde a sexta-feira por conta do intenso tráfego aéreo causado pelo fim das férias escolares e pelos remanejamentos de voos do Aeroporto de Congonhas, que fecha as 23h, para o Aeroporto de Guarulhos.
“A situação, desenvolvida num fim de semana de pico de movimento, com retorno de férias escolares, ocorreu num momento em que a empresa finalizava a implementação de um novo sistema de processamento das escalas dos pilotos e comissários”, completou a companhia. “Algumas tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitadas de seguir viagem, gerando um efeito em cadeia”.
Fochesato confirma a mudança na escala. Segundo ele, depois de três reuniões com a categoria, a Gol concordou no dia 26 de julho em diminuir o número de voos para que uma escala menos sobrecarregada já começasse a valer a partir de agosto.
“Em julho, acontecem muitos voos extras. As companhias fretam aviões para agências de viagens, há voos de férias. E eles não levam em consideração a capacidade da tripulação. Em agosto, isso deve melhorar, mas o acordo é de que agora os voos extras só serão aceitos dentro da capacidade”, explicou.
O uso excessivo da tripulação, de acordo com ele, contraria as normas da aviação. “De fevereiro a julho, tivemos 800 denúncias de funcionários por excesso de jornada e falta de folga. Todas as companhias estão trabalhando fora do permitido. Os funcionários estão sobrecarregados, estressados e cansados”, disse.
Fochesato afirmou ainda que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) é responsável por liberar os comissários formados para contratação, mas isso demora a acontecer.
“A Anac, em vez de fiscalizar e ouvir as demandas dos sindicatos, fica liberando voos e demorando na liberação de novos comissários. A aviação brasileira está crescento muito e isso é bom, porque a sociedade pode viajar mais e por menos. Mas a formação da tripulação não acompanha e os tripulantes estão no limite, sobrecarregados”, explicou.
Segundo o sindicato, até o momento, apenas a Gol aceitou negociar a reestruturação da escala. O próximo passo é negociar com a Tam. Tripulantes extras foram chamados para normalizar a situação.
A TAM também registrou atrasos e cancelamentos, mas em menor quantidade. Foram 41 atrasos e sete cancelamentos. Avianca, Azul e Webjet tiveram juntas 31 atrasos e quatro cancelamentos.
Ao todo, 396 voos domésticos e 20 voos internacionais sofreram atrasos e 80 foram cancelados no país.
Fontes: Fabiana Uchinaka (UOL Notícias) / ABRAPIV - Fotos: Fernando Quevedo/Agência O Globo
Nota do Autor:
Primeiro passo para corrigir o problema: multar pesadamente as empresas. Os trabalhadores do setor não são escravos e - todos sabemos - que a sobrecarga na jornada de trabalho pode ocasionar desde pequenos incidentes até grandes tragédias.
Ao todo, 396 voos domésticos e 20 voos internacionais sofreram atrasos e 80 foram cancelados no país.
Fontes: Fabiana Uchinaka (UOL Notícias) / ABRAPIV - Fotos: Fernando Quevedo/Agência O Globo
Nota do Autor:
Primeiro passo para corrigir o problema: multar pesadamente as empresas. Os trabalhadores do setor não são escravos e - todos sabemos - que a sobrecarga na jornada de trabalho pode ocasionar desde pequenos incidentes até grandes tragédias.
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