[Brasil]Setor aéreo cresce em direção ao interior do País

Dos 5.565 municípios brasileiros, somente 120 são servidos por empresas aéreas

O mercado de aviação comercial no Brasil vem experimentando uma mudança de comportamento nos últimos anos. O reinado absoluto das companhias aéreas TAM e Gol que, juntas, já detiveram 91% de participação de mercado em voos domésticos em 2006 já não é mais o mesmo. Seis anos depois, as duas empresas, respondem por 75,4% (março de 2013) de toda a aviação nacional, segundo os dados comparativos divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Enquanto isso, as duas outras empresas do setor - Avianca e Azul/Trip, saltaram de 7,36% do mercado em 2006 para 24,48% em março de 2013. A explicação, segundo o professor de Economia do Transporte Aéreo da Universidade Anhembi-Morumbi, Adalberto Febeliano, está no fato de as empresas de menor porte, no caso Avianca e Azul/Trip, estarem em uma rota de crescimento muito maior do que as líderes do setor.

“TAM e Gol não deixaram de crescer. Pelo contrário, estão vendendo muitos bilhete s aéreos. Mas a diferença é que a Azul, agora absorvendo a Trip, e também a Avianca, voam para cidades que antes não atendidas pelo mercado de aviação. Com isso,elas crescem rapidamente onde há uma necessidade grande de atendimento. Já as grandes do setor só conseguem voar nas metrópoles, porque seus aviões de mais de 180 lugares não conseguem voar para aeroportos menores”, diz ele.

Febeliano acrescenta que ainda há muito espaço para o mercado de aviação doméstica crescer, já que dos 5.565 municípios brasileiros, somente 120 são servidos por empresas aéreas.
“Somos o terceiro maior mercado doméstico do mundo. Nosso potencial de crescimento é muito grande. A procura por passagens em cidades como Pelotas, no Rio Grande do Sul, e Dourados, no Mato Grosso do Sul, é automática quando uma companhia aérea chega com oferta de voos e conexões”, acrescenta.

Movimento que já é alvo de estudos pela líder TAM. Segundo fontes do setor, a empresa aérea fundada pelo Comandante Rolim já está em fase de fechar a compra de aeronaves turboélice, que possuem menos assentos e são menores, para ampliar a oferta de voos em cidades pequenas e médias.


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