[Brasil] F-X2: SAAB projeta exportações do Gripen “Made in Brazil”
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[Brasil] F-X2: SAAB projeta exportações do Gripen “Made in Brazil”
F-X2: SAAB projeta exportações do Gripen “Made in Brazil”
O caça Gripen NG durante voo sobre o Mar Báltico. (Foto: Saab Group)
Com uma “força-tarefa” composta por parceiros industriais brasileiros e internacionais, a SAAB, capitaneada por seu Vice-Presidente de Exportações, Eddy de la Motte, encontra-se desde a semana passada reunindo-se com os principais grupos de imprensa, associações da indústria e autoridades do governo, munidos de uma das mais importantes armas de seu caça Gripen NG, concorrente no F-X2: A fabricação conjunta com o Brasil de sua aeronave, para todo o mercado mundial.
Tempero Brasileiro
A mesa do brunch oferecido aos mais importantes grupos jornalísticos do país na Embaixada da Suécia, dia 06 de Março 2013, em Brasília, prenunciava o teor do evento introduzido por Bengt Janer, Diretor da SAAB Brasil. Taste internacional com elementos da culinária brasileira. Ou se preferir, um caça internacional com grande parte da produção e desenvolvimento no Brasil. Questões relacionadas com a compensação econômica e financeira (Offset), da transferência de tecnologia à participação nas exportações, foram a tônica das apresentações que se seguiram à de la Motte, talvez o mais apaixonado dos SAABianos quando o assunto é a defesa de seu Gripen.
Time Peso-Pesado
Juntando-se a Eddy, Cesar Silva, CEO da AKAER, Bob Manson, Vice-Presidente Sênior de Vendas e Marketing da SELEX ES e Alberto Frauenberg, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da GE Latin America, revezaram-se nos esclarecimentos aos jornalistas sobre o atual desenvolvimento do Gripen NG e a participação da indústria brasileira neste processo. Este mesmo time peso-pesado, em termos de convencimento e perspectiva de negócios de exportação conjunta, prossegue nas visitas agendadas para esta ofensiva comercial, antecedendo a LAAD, maior feira do setor de segurança e defesa da América Latina.
Suécia + Suíça = Redução do Risco
O Vice-Presidente de Exportações da SAAB festejou as recentes decisões, tanto no âmbito do Parlamento Sueco como no Suíço, que contemplam o desenvolvimento e a conversão de 60 dos atuais Gripen C em E (NG monoposto), no primeiro parlamento, e compra de 22 caças pelo segundo (aguardando aprovação orçamentária). De acordo com Eddy de la Motte, estes “primeiros negócios” auferem ao Gripen uma nova vantagem comercial: a redução do risco envolvido nas operações de produção e continuidade da evolução do caça, mantendo-o em constante estado-da-arte. Na sua visão, esta redução do risco refletir-se-á em novos contratos em diferentes partes do mundo, e com certeza “O Brasil é a chave para a América Latina”, completa. Como sempre, Eddy é bem enfático quanto à valia da real transferência de tecnologia envolvida na oferta da SAAB e a consequente geração de postos de trabalho mais especializados. Sua apresentação destacou a considerável participação brasileira prevista no desenvolvimento da nova geração do caça.
80% da Estrutura. 40% do Desenvolvimento
A apresentação de Cesar Silva, CEO da AKAER, destacou a concreta participação da indústria nacional no Gripen NG. Os caças negociados com Suécia e Suíça já terão partes construídas no Brasil. A AKAER evidenciou a adaptação necessária por parte de seu pessoal e o grau de evolução e aprimoramento já implantado em seu parque industrial para adequar-se à produção de estruturas de tecnologia tão avançada como a de aeronaves supersônicas. A proposta da SAAB eleva a participação brasileira à 80% da produção estrutural do Gripen NG Brasil e do Gripen para exportação. Ao ser questionado se, ainda que envolvendo compósitos de última geração e técnicas de agregação, perfuração, soldagem e rebitagem das mais modernas, a área estrutural não representaria os itens menos “estratégicos” da transferência de tecnologia, Silva juntamente com de la Motte respondeu que 40% do desenvolvimento do caça se dariam no Brasil.
A participação da AKAER no projeto do Gripen NG. (Foto: Defesanet)
Quick Talk
Em exclusiva para o DefesaNet, Eddy de la Motte revelou detalhes do contrato de modernização dos caças C/D suecos para a versão E (denominada NG no Brasil). Quando indagado sobre que partes do caça que hoje compõe a linha de frente da Força Aérea da Suécia – Flygvapnet, seriam aproveitadas, o Vice-Presidente de Exportações da SAAB disse que os itens não estão inteiramente definidos. Até o momento sabe-se que possivelmente os assentos ejetáveis, partes dos sistemas de combustível e hidráulicos, e quase que integralmente equipamentos de manutenção e auxílios de solo. Ou seja, a conversão partirá de UMA ESTRUTURA INTEIRAMENTE NOVA sem aproveitamento de nenhum elemento de airframe, e menos de 10% dos sistemas dos atuais C/D estarão no modernizado modelo E.
Novo Radar, IFF e Detecção Passiva em 6 Meses
Alguns dos itens técnicos mais esperados do encontro promovido pela SAAB, estavam relacionados com a sua parceira SELEX ES, responsável pelo Radar Raven ES-05 AESA, o Transponder Interrogador IFF Modo 5/S e o sensor de busca e acompanhamento infravermelho Skyward-G, com datas previstas de lançamento para julho, agosto e setembro, respectivamente. Bob Manson, Vice-Presidente Sênior de Vendas e Marketing, responsável pela apresentação dos fatos mais atualizados concernentes a tais sistemas, qualificou como extremamente satisfatória a performance do Raven ES-05 AESA obtida durante os testes do radar, instalado na aeronave demonstradora da versão NG.
Um Motor, Dois Times
A apresentação da nova motorização e da parceira GE Aviation, foi conduzida pelo Diretor de Desenvolvimento de Negócios para a América Latina, Alberto Frauenberg, que destacou a participação da empresa no Brasil em diversos setores e discutiu aspectos técnicos de seu F414G, turbojato modular, com pós-combustão, apresentando uma baixa razão de diluição e eficiência no consumo de combustível. Com uma taxa de empuxo superior a 22 mil lb (98 kN), o F414G gera 20% mais empuxo que o atual Volvo Aero RM12 do Gripen. Quando indagado sobre o fato da GE motorizar dois dos atuais concorrentes diretos no F-X2, e qual o esforço de marketing envolvido nesta situação, ou ainda, em raso português, como se acende uma vela para dois santos, Alberto respondeu que a empresa tem internamente dois times, competindo entre si, e sem compartilharem as informações um do outro, um para cada desenvolvimento e focado em seu próprio competidor e respectivo esforço de venda.
Resumo da Ópera
Resultados, ainda que Mãe Dináhsticos, já começam a proliferar, como no prognóstico do Prefeito de São José dos Campos, Luís Marinho (PT) de que o caça da SAAB é o favorito da Presidente Dilma na concorrência pública para compra dos 36 aviões à Força Aérea Brasileira, o F-X2. O que é incontestável e realmente crível em termos do efeito da visita é o foco mais acertado em uma das principais vantagens da oferta do fabricante sueco: Participação Efetiva do Brasil na Exploração do Caça. Isto assegurado pela transferência de tecnologia, desenvolvimento conjunto, geração de empregos high-tech e atuação na exportação do Gripen NG. Muito acertado a alteração do discurso de “o melhor caça do mundo” para o de “um caça igualmente capaz com vantagens comerciais e tecnológicas para o país”.
Fonte: Vianney Jr – Defesanet
Via: Cavok
O caça Gripen NG durante voo sobre o Mar Báltico. (Foto: Saab Group)
Com uma “força-tarefa” composta por parceiros industriais brasileiros e internacionais, a SAAB, capitaneada por seu Vice-Presidente de Exportações, Eddy de la Motte, encontra-se desde a semana passada reunindo-se com os principais grupos de imprensa, associações da indústria e autoridades do governo, munidos de uma das mais importantes armas de seu caça Gripen NG, concorrente no F-X2: A fabricação conjunta com o Brasil de sua aeronave, para todo o mercado mundial.
Tempero Brasileiro
A mesa do brunch oferecido aos mais importantes grupos jornalísticos do país na Embaixada da Suécia, dia 06 de Março 2013, em Brasília, prenunciava o teor do evento introduzido por Bengt Janer, Diretor da SAAB Brasil. Taste internacional com elementos da culinária brasileira. Ou se preferir, um caça internacional com grande parte da produção e desenvolvimento no Brasil. Questões relacionadas com a compensação econômica e financeira (Offset), da transferência de tecnologia à participação nas exportações, foram a tônica das apresentações que se seguiram à de la Motte, talvez o mais apaixonado dos SAABianos quando o assunto é a defesa de seu Gripen.
Time Peso-Pesado
Juntando-se a Eddy, Cesar Silva, CEO da AKAER, Bob Manson, Vice-Presidente Sênior de Vendas e Marketing da SELEX ES e Alberto Frauenberg, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da GE Latin America, revezaram-se nos esclarecimentos aos jornalistas sobre o atual desenvolvimento do Gripen NG e a participação da indústria brasileira neste processo. Este mesmo time peso-pesado, em termos de convencimento e perspectiva de negócios de exportação conjunta, prossegue nas visitas agendadas para esta ofensiva comercial, antecedendo a LAAD, maior feira do setor de segurança e defesa da América Latina.
Suécia + Suíça = Redução do Risco
O Vice-Presidente de Exportações da SAAB festejou as recentes decisões, tanto no âmbito do Parlamento Sueco como no Suíço, que contemplam o desenvolvimento e a conversão de 60 dos atuais Gripen C em E (NG monoposto), no primeiro parlamento, e compra de 22 caças pelo segundo (aguardando aprovação orçamentária). De acordo com Eddy de la Motte, estes “primeiros negócios” auferem ao Gripen uma nova vantagem comercial: a redução do risco envolvido nas operações de produção e continuidade da evolução do caça, mantendo-o em constante estado-da-arte. Na sua visão, esta redução do risco refletir-se-á em novos contratos em diferentes partes do mundo, e com certeza “O Brasil é a chave para a América Latina”, completa. Como sempre, Eddy é bem enfático quanto à valia da real transferência de tecnologia envolvida na oferta da SAAB e a consequente geração de postos de trabalho mais especializados. Sua apresentação destacou a considerável participação brasileira prevista no desenvolvimento da nova geração do caça.
80% da Estrutura. 40% do Desenvolvimento
A apresentação de Cesar Silva, CEO da AKAER, destacou a concreta participação da indústria nacional no Gripen NG. Os caças negociados com Suécia e Suíça já terão partes construídas no Brasil. A AKAER evidenciou a adaptação necessária por parte de seu pessoal e o grau de evolução e aprimoramento já implantado em seu parque industrial para adequar-se à produção de estruturas de tecnologia tão avançada como a de aeronaves supersônicas. A proposta da SAAB eleva a participação brasileira à 80% da produção estrutural do Gripen NG Brasil e do Gripen para exportação. Ao ser questionado se, ainda que envolvendo compósitos de última geração e técnicas de agregação, perfuração, soldagem e rebitagem das mais modernas, a área estrutural não representaria os itens menos “estratégicos” da transferência de tecnologia, Silva juntamente com de la Motte respondeu que 40% do desenvolvimento do caça se dariam no Brasil.
A participação da AKAER no projeto do Gripen NG. (Foto: Defesanet)
Quick Talk
Em exclusiva para o DefesaNet, Eddy de la Motte revelou detalhes do contrato de modernização dos caças C/D suecos para a versão E (denominada NG no Brasil). Quando indagado sobre que partes do caça que hoje compõe a linha de frente da Força Aérea da Suécia – Flygvapnet, seriam aproveitadas, o Vice-Presidente de Exportações da SAAB disse que os itens não estão inteiramente definidos. Até o momento sabe-se que possivelmente os assentos ejetáveis, partes dos sistemas de combustível e hidráulicos, e quase que integralmente equipamentos de manutenção e auxílios de solo. Ou seja, a conversão partirá de UMA ESTRUTURA INTEIRAMENTE NOVA sem aproveitamento de nenhum elemento de airframe, e menos de 10% dos sistemas dos atuais C/D estarão no modernizado modelo E.
Novo Radar, IFF e Detecção Passiva em 6 Meses
Alguns dos itens técnicos mais esperados do encontro promovido pela SAAB, estavam relacionados com a sua parceira SELEX ES, responsável pelo Radar Raven ES-05 AESA, o Transponder Interrogador IFF Modo 5/S e o sensor de busca e acompanhamento infravermelho Skyward-G, com datas previstas de lançamento para julho, agosto e setembro, respectivamente. Bob Manson, Vice-Presidente Sênior de Vendas e Marketing, responsável pela apresentação dos fatos mais atualizados concernentes a tais sistemas, qualificou como extremamente satisfatória a performance do Raven ES-05 AESA obtida durante os testes do radar, instalado na aeronave demonstradora da versão NG.
Um Motor, Dois Times
A apresentação da nova motorização e da parceira GE Aviation, foi conduzida pelo Diretor de Desenvolvimento de Negócios para a América Latina, Alberto Frauenberg, que destacou a participação da empresa no Brasil em diversos setores e discutiu aspectos técnicos de seu F414G, turbojato modular, com pós-combustão, apresentando uma baixa razão de diluição e eficiência no consumo de combustível. Com uma taxa de empuxo superior a 22 mil lb (98 kN), o F414G gera 20% mais empuxo que o atual Volvo Aero RM12 do Gripen. Quando indagado sobre o fato da GE motorizar dois dos atuais concorrentes diretos no F-X2, e qual o esforço de marketing envolvido nesta situação, ou ainda, em raso português, como se acende uma vela para dois santos, Alberto respondeu que a empresa tem internamente dois times, competindo entre si, e sem compartilharem as informações um do outro, um para cada desenvolvimento e focado em seu próprio competidor e respectivo esforço de venda.
Resumo da Ópera
Resultados, ainda que Mãe Dináhsticos, já começam a proliferar, como no prognóstico do Prefeito de São José dos Campos, Luís Marinho (PT) de que o caça da SAAB é o favorito da Presidente Dilma na concorrência pública para compra dos 36 aviões à Força Aérea Brasileira, o F-X2. O que é incontestável e realmente crível em termos do efeito da visita é o foco mais acertado em uma das principais vantagens da oferta do fabricante sueco: Participação Efetiva do Brasil na Exploração do Caça. Isto assegurado pela transferência de tecnologia, desenvolvimento conjunto, geração de empregos high-tech e atuação na exportação do Gripen NG. Muito acertado a alteração do discurso de “o melhor caça do mundo” para o de “um caça igualmente capaz com vantagens comerciais e tecnológicas para o país”.
Fonte: Vianney Jr – Defesanet
Via: Cavok
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