[Brasil] Brasil tem 801 incidentes aéreos em três anos, o dobro dos EUA
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[Brasil] Brasil tem 801 incidentes aéreos em três anos, o dobro dos EUA
Brasil tem 801 incidentes aéreos em três anos, o dobro dos EUA
Brasil registra 3 incidentes aéreos a cada 4 dias.
Em 21 de janeiro de 2012, um voo da Avianca que
acabara de decolar de Brasília rumo a João Pessoa voltou ao aeroporto sem
explicação além do "por problemas técnicos" aos passageiros.
Na pista, um certo cheiro de fumaça na cabine e
carros de bombeiros em torno do Fokker-100 -que a empresa chama pela designação
alternativa MK-28 a fim de driblar a memória do protagonista de grave acidente
em 1996 ao decolar de Congonhas.
Havia fogo a bordo, controlado pela tripulação.
Ninguém soube, mas esse foi um dos incidentes aéreos que a Aeronáutica
considerou graves nos últimos três anos no Brasil. Não houve feridos; a Avianca
não comenta o caso.
De janeiro de 2010 a novembro de 2012, foram
801 incidentes aéreos no Brasil, dos quais 23 graves (como o da Avianca) e
outros 778 de menor gravidade, segundo dados da Aeronáutica obtidos pela Folha
com base na Lei de Acesso à Informação.
As informações são de ocorrências com aviões de
empresas brasileiras de transporte de passageiros, como TAM, Gol, Azul e
Avianca.
Isso significa três incidentes aéreo a cada
quatro dias. Como comparação, há cerca de 2.700 voos diários na aviação
comercial brasileira.
O número de incidentes no Brasil está em queda:
eram 454 em 2010, contra 69 em 2012 (que não inclui dezembro). Trata-se de uma
tendência verificada em todo o mundo -o ano de 2012 foi o mais seguro da aviação
desde 1945.
Avião no
aeroporto de Brasília; Brasil tem três incidentes aéreos a cada quatro
dias,
segundo
dados da Aeronáutica - Foto: Sérgio Lima/Folhapress
Os números brasileiros são 52% maiores que as
estatísticas de incidentes registradas nos EUA no mesmo período.
Só que os EUA têm mais voos comerciais por dia
(cerca de 28 mil) e frota dez vezes maior que a brasileira.
Pela definição da Aeronáutica, incidente é toda
ocorrência que possa afetar a segurança das operações de um avião, e "incidente
grave" é quando quase ocorre um acidente potencialmente fatal.
Entre os registros prevalecem colisões com
aves, quase colisões com outras aeronaves, fogo ou fumaça no avião, panes
mecânicas, eletrônicas ou hidráulicas e imperícias dos pilotos. Para os
passageiros, estas situações normalmente não são percebidas até o pouso, como no
caso do Fokker da Avianca.
Falha humana
Segundo o tenente-coronel aviador Valter
Barreto, do Cenipa, falhas humanas estão entre as maiores causas dos incidentes.
Ele diz que as estatísticas não devem ser usadas como parâmetro para avaliar a
segurança aérea.
Cabe ao Cenipa, que é da Aeronáutica, apurar os
incidentes aéreos e fazer relatório com recomendações para evitar um episódio
similar.
Segundo Ronaldo Jenkins, diretor da Abear
(associação das empresas aéreas), as companhias investem em treinamento e
certificação em nome da segurança. "Mas toda atividade humana é cercada de
riscos, a atividade aérea também tem riscos", diz.
Na mesma linha vai Carlos Camacho, diretor de
segurança de voo do Sindicato dos Aeronautas. Ele afirma que é seguro voar no
Brasil, mas que as estatísticas são vitais para planejamento.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) diz
que todas as falhas registradas são analisadas e corrigidas com acompanhamento
do órgão, que dá sanções se preciso.
Fonte: Márcio Neves (jornal Folha de
S.Paulo)
Via: Aviationnews
Brasil registra 3 incidentes aéreos a cada 4 dias.
Em 21 de janeiro de 2012, um voo da Avianca que
acabara de decolar de Brasília rumo a João Pessoa voltou ao aeroporto sem
explicação além do "por problemas técnicos" aos passageiros.
Na pista, um certo cheiro de fumaça na cabine e
carros de bombeiros em torno do Fokker-100 -que a empresa chama pela designação
alternativa MK-28 a fim de driblar a memória do protagonista de grave acidente
em 1996 ao decolar de Congonhas.
Havia fogo a bordo, controlado pela tripulação.
Ninguém soube, mas esse foi um dos incidentes aéreos que a Aeronáutica
considerou graves nos últimos três anos no Brasil. Não houve feridos; a Avianca
não comenta o caso.
De janeiro de 2010 a novembro de 2012, foram
801 incidentes aéreos no Brasil, dos quais 23 graves (como o da Avianca) e
outros 778 de menor gravidade, segundo dados da Aeronáutica obtidos pela Folha
com base na Lei de Acesso à Informação.
As informações são de ocorrências com aviões de
empresas brasileiras de transporte de passageiros, como TAM, Gol, Azul e
Avianca.
Isso significa três incidentes aéreo a cada
quatro dias. Como comparação, há cerca de 2.700 voos diários na aviação
comercial brasileira.
O número de incidentes no Brasil está em queda:
eram 454 em 2010, contra 69 em 2012 (que não inclui dezembro). Trata-se de uma
tendência verificada em todo o mundo -o ano de 2012 foi o mais seguro da aviação
desde 1945.
Avião no
aeroporto de Brasília; Brasil tem três incidentes aéreos a cada quatro
dias,
segundo
dados da Aeronáutica - Foto: Sérgio Lima/Folhapress
Os números brasileiros são 52% maiores que as
estatísticas de incidentes registradas nos EUA no mesmo período.
Só que os EUA têm mais voos comerciais por dia
(cerca de 28 mil) e frota dez vezes maior que a brasileira.
Pela definição da Aeronáutica, incidente é toda
ocorrência que possa afetar a segurança das operações de um avião, e "incidente
grave" é quando quase ocorre um acidente potencialmente fatal.
Entre os registros prevalecem colisões com
aves, quase colisões com outras aeronaves, fogo ou fumaça no avião, panes
mecânicas, eletrônicas ou hidráulicas e imperícias dos pilotos. Para os
passageiros, estas situações normalmente não são percebidas até o pouso, como no
caso do Fokker da Avianca.
Falha humana
Segundo o tenente-coronel aviador Valter
Barreto, do Cenipa, falhas humanas estão entre as maiores causas dos incidentes.
Ele diz que as estatísticas não devem ser usadas como parâmetro para avaliar a
segurança aérea.
Cabe ao Cenipa, que é da Aeronáutica, apurar os
incidentes aéreos e fazer relatório com recomendações para evitar um episódio
similar.
Segundo Ronaldo Jenkins, diretor da Abear
(associação das empresas aéreas), as companhias investem em treinamento e
certificação em nome da segurança. "Mas toda atividade humana é cercada de
riscos, a atividade aérea também tem riscos", diz.
Na mesma linha vai Carlos Camacho, diretor de
segurança de voo do Sindicato dos Aeronautas. Ele afirma que é seguro voar no
Brasil, mas que as estatísticas são vitais para planejamento.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) diz
que todas as falhas registradas são analisadas e corrigidas com acompanhamento
do órgão, que dá sanções se preciso.
Fonte: Márcio Neves (jornal Folha de
S.Paulo)
Via: Aviationnews
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