Os Electras da Ponte Aérea Rio-São Paulo
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Os Electras da Ponte Aérea Rio-São Paulo
Os
Electras da Ponte Aérea Rio-São Paulo
Entre os meses de maio e agosto de 1961, a
Varig, pressionada pelo Governo Federal, adquiriu o consórcio Real-Aerovias,
então repleto de dívidas e operando uma heterogênea frota de aeronaves.
Ruben Berta, o todo-poderoso presidente da
Varig, teve o grande dissabor de saber que a Real-Aerovias tinha adquirido cinco
aeronaves Lockheed L-188 Electra, de segunda-mão, da American Airlines. Os
Electras tinham, então, má fama no mercado, apesar da bom desempenho
operacional, pois o modelo tinha sofrido dois pavorosos desastres por falha
estrutural, em 1959 e 1960. De fato, a fabricação do Electra foi encerrada em
janeiro de 1961, com apenas 170 aeronaves fabricadas.
Ruben Berta tentou cancelar o negócio a todo
custo, mas sem sucesso. A contragosto, a diretoria recebeu a primeira aeronave,
matriculada PP-VJM, no dia 31 de agosto de 1962. Em 10 de setembro chegaram
outros dois aviões, matriculados PP-VJL e PP-VJN. As aeronaves vieram do
Aeroporto de Tulsa, Oklahoma, até Congonhas, em São Paulo, fazendo escalas em
Miami e Belém, ainda com o esquema de cores da American, e foram rapidamente
repintados e reconfigurados para voos internacionais.
Em 30 de setembro, a Varig recebeu outra
aeronave, o PP-VJO, e em 11 de outubro, o quinto e último dessa encomenda,
matriculado PP-VJP.
A primeira linha a usar os Electra foi a de
Nova York, em complemento aos Boeing 707 e Caravelle III e em substituição aos
Constellations. Foi uma solução temporária, até a chegada dos jatos Convair 990,
em 1963, quando a linha de Nova York passou a ser operada apenas com jatos. O
primeiro voo do Electra para Nova York foi realizado em 25 de setembro de
1962.
Os Electras passaram então a operar,
principalmente, voos internacionais da Varig na América Latina.
A próxima tarefa dos Electras foi operar os
chamados Voos da Amizade, entre Brasil e Portugal. Os Voos da Amizade eram
feitos através de um acordo entre as empresas TAP e Panair do Brasil (depois,
Varig), que vendiam passagens de baixo preço nos dois sentidos exclusivamente
para cidadãos brasileiros e portugueses. O acordo previa a utilização exclusiva
de aviões a hélice, sendo que a TAP utilizou na rota os Lockheed Super
Constellation e a Varig utilizou os Electras. Inicialmente, a empresa brasileira
que operava os Voos da Amizade era a Panair do Brasil, com os Douglas DC-7, mas
com a falência da Panair, em fevereiro de 1965, a Varig assumiu todas as rotas
internacionais daquela empresa, incluindo os Voos da Amizade, que tinham
frequência semanal. O primeiro Electra a voar para a Europa foi o PP-VJO, em 22
de novembro de 1965.
Os Electras faziam a travessia do Atlântico
saindo do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, passando por duas escalas, em
Recife e na Ilha do Sal, em Cabo Verde, até Lisboa. Sem dispor de equipamentos
eletrônicos de navegação para a travessia, os Electras necessitavam de um
navegador para fazer a navegação astronômica no voo sobre o oceano.
Os Voos da Amizade foram encerrados em 1967,
mas, por essa época, a Varig já estava tão satisfeita com a operação dos
Electras, e os aviões já eram tão populares entre os passageiros, que resolveu
comprar mais três aeronaves da American, os quais foram matriculados PP-VJU, que
chegou ao Brasil em 22 de novembro de 1967, PP-VJV, chegado em 30 de novembro, e
PP-VJW, chegado em 15 de março de 1968. Nessa época, os Electras atendiam 16
destinos domésticos, e a Varig oferecia a passagem com 10 por cento de desconto
em relação à tarifa dos jatos. As aeronaves tinham 82 lugares normais e mais 7
no lounge.
Em 1970, a Varig comprou dois Electras da
Northwest Orient Airlines, convertidos em cargueiro. Os dois aviões começaram a
operar na Varig transportando carga, mas pouco tempo depois os dois foram
reconvertidos para operação de passageiros. Eram diferentes dos demais aviões,
pois não tinham o lounge de 7 lugares presente na parte traseira dos
demais aviões da frota. Foram matriculados PP-VLA e PP-VLB, e ambos chegaram ao
Brasil em 3 de junho de 1970.
Também em 1970, a Varig comprou mais um Electra
da American, o qual foi matriculado PP-VLC, o qual foi entregue no dia 6 de
abril de 1970.
O início dos anos 70 foi marcado por uma série
de acidentes na Ponte Aérea Rio-São Paulo, um serviço operado sob a forma de
consórcio então operado entre as empresas Varig, Cruzeiro, Sadia e Vasp. Para
garantir maior segurança, o Departamento de Aviação Civil determinou, em 1974,
que somente aviões quadrimotores poderiam operar na Ponte Aérea. A Varig já
operava seus Electras na rota, e Vasp operava seus últimos Vickers Viscount Mk
827. Como a Cruzeiro e a Sadia não possuiam quadrimotores, passaram a arrendar
os Electras da Varig, para se manterem no consórcio. Em 1975, a Vasp vendeu os
Viscount, e a Ponte Aérea passou a operar exclusivamente os Electras, alugando o
equipamento para os outros operadores, já então reduzidos a Transbrasil,
sucessora da Sadia, e Vasp, uma vez que a Varig passou a controlar a Cruzeiro em
1975.
Em 1975, a Varig, já operando jatos domésticos
Boeing 727-100 e 737-200, retirou definitivamente os Electras das outras linhas
e passou a operá-los com exclusividade na Ponte Aérea.
Como a Varig passou a operar o equipamento
exclusivo da Ponte Aérea, passou a buscar no mercado outras aeronaves para
suprir a rota e arrendá-la para os outros operadores. Acabou adquirindo duas
aeronaves da Aerocondor, da Colômbia, os quais passaram a operar na Varig a
partir de novembro de 1976, como PP-VLX e PP-VLY. A essa altura, a Varig operava
12 Electras: PP-VJL, PP-VJM, PP-VJN, PP-VJO, PP-VJU, PP-VJV, PP-VJW, PP-VLA,
PP-VLB, PP-VLC, PP-VLX e PP-VLY. O PP-VJP acidentou-se em Porto Alegre, no dia 5
de fevereiro de 1970, durante um voo de treinamento. O acidente não deixou
vítimas, mas a aeronave, que fez um pouso muito duro, perdendo um dos trens de
pouso principais, foi considerada como de recuperação economicamente inviável, e
acabou servindo de fonte de peças de reposição para os demais aviões da frota.
Foi o único acidente de Electra registrado no Brasil.
A despeito da idade e da operação incessante,
os Electras se deram bem na Ponte Aérea, mantendo uma pontualidade e uma
regularidade inigualáveis. Atendendo a pedidos da Vasp e da Transbrasil, a Varig
retirou seus logotipos e sua marca de quatro aeronaves, PP-VLC, PP-VJW, PP-VJU e
PP-VJN, mantendo, todavia, seu esquema básico de pintura da época. Em 1979, no
entanto, todos os quatro aviões voltaram a exibir suas logomarcas. Até o fim de
suas carreiras, todos os Electras mantiveram um único esquema básico de
pintura.
Na Ponte Aérea, todos os Electras eram operados
por tripulações técnicas da Varig e por tripulantes de cabine da empresa
operadora do voo, Varig, Vasp ou Transbrasil.
Em 1986, a Varig adquiriu mais dois Electras,
os quais foram matriculados PP-VNJ e PP-VNK. Essas aeronaves vieram da TAME -
Transportes Aéreos Militares Ecuatorianos. A TAME tinha 4 Electras em pobres
condições, parados, e entregou dois aviões em troca da recuperação dos outros
dois.
Com 14 Electras em operação, a Ponte Aérea
atingiu seu auge entre os final dos anos 80 e o começo dos anos 90, com 88
operações diárias em ambos os sentidos.
Na Ponte Aérea, os Electras eram o transporte
diário de centenas de executivos, artistas, celebridades diversas e gente comum
das 6 até as 23 horas. Os voos saiam de 15 em 15 minutos, na maior parte do dia,
e duravam cerca de 50 minutos, pouca coisa a mais que os jatos que os
substituíram. A frequência era reduzida aos finais de semana para um voo a cada
30 minutos, nos horários de pico. Quando o tempo estava claro, sem nebulosidade,
os voos que partiam do Rio de Janeiro sobrevoavam a orla marítima do Rio a uma
altitude relativamente baixa, para os passageiros aproveitarem a paisagem.
Em 1991, os tempos de glória do Electra na
Ponte Aérea chegavam rapidamente ao fim. A Boeing já havia experimentado o
Boeing 737-300 no Aeroporto Santos-Dumont, comprovando que sua operação poderia
ser tão segura quanto a dos velhos turboélices, e as três empresas participantes
da Ponte já operavam, então, o equipamento da Boeing.
O fim dos Electras na Ponte foi quase abrupto.
No dia 10 de novembro de 1991, o PP-VJO fez seu último voo na linha, e no dia
seguinte, 11 de novembro, dois novos Boeing 737-300, matriculados PP-VOS e
PP-VOT, fizeram companhia aos veteranos turboélices pela primeira vez na Ponte
Aérea Rio-São Paulo.
Em seguida, foram paralisados as aeronaves
PP-VLA, em 17 de novembro de 1991, PP-VJV, em 28 de novembro, PP-VLB, em 9 de
dezembro, PP-VLY, em 12 de dezembro, PP-VJU, em 23 de dezembro, PP-VNK, em 24 de
dezembro, PP-VJM e PP-VLC, em 28 de dezembro, PP-VJW, em 29 de dezembro, PP-VJL,
em 30 de dezembro, PP-VLX e PP-VJN, em 5 de janeiro de 1992. O último voo
regular dos Electras na Ponte Aérea (SDU-CGH) foi cumprido pelo PP-VJN, em 5 de
janeiro, seguido de um voo especial que conduziu passageiros VIP no dia seguinte
de Congonhas até o Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro.
Das aeronaves retiradas de
serviço, a Varig colocou todas à venda, revisadas e em condição de
aeronavegabilidade, exceto o PP-VJM, o primeiro dos Electras a chegar ao Brasil,
em 1962, o qual foi doado ao Museu Aeroespacial no dia 27 de maio de 1992. Esse
avião permaneceu em Congonhas até o dia 26 de maio, quando decolou em direção ao
Aeroporto Internacional do Galeão, dando, antes de pousar, 4 toques e
arremetidas no Aeroporto Santos-Dumont, além de um espetacular voo rasante sobre
a pista. No dia 27, decolou do Galeão e deu um novo rasante no Santos-Dumont,
antes de pousar no Campo dos Afonsos, tripulado pelos Buchrieser e Lott, e pelo Engenheiro José Aparecido. O avião foi
colocado dentro do hangar do Musal, tendo os seus pneus esvaziados para que a
cauda ficasse abaixo do batente da porta, até que estivesse no seu lugar, onde
está até hoje. É o único Electra sobrevivente de todos os 15 que operaram na
Varig, durante 30 anos.
Passados 22 anos, os Electras já fazem parte da história. 14,
dos 15 operados, já foram destruídos. Mas esse avião ficará, para sempre, ligado
à história da Ponte Aérea Rio-São Paulo, mais do que qualquer outro tipo de
aeronave.
Abaixo, temos o histórico resumido de cada aeronave, em ordem de
matrícula no Registro Aeronáutico Brasileiro - RAB:
PP-VJL:
c/n: 1024, primeiro voo em 28 de dezembro de 1958. Operou na American Airlines
como N6103A "Flagship Detroit", PP-VJL na Varig entre 10 de setembro de 1962 e
29 de julho de 1993; Foi para a Blue Airlines, do Zaire (atual Congo), onde voou
como 9Q-CDK "Lodja Putu" até ser desativado em 1995, e canibalizado. Desmontado
completamente em 1999.
PP-VJM:
c/n: 1025, primeiro voo em 31 de dezembro de 1958. Operou na American Airlines
como N6104A "Flagship Washington", PP-VJM na Varig entre 30 de agosto de 1962 e
27 de maio de 1992; Foi doado para o Museu Aeroespacial - MUSAL, onde se
encontra preservado e visitável até hoje.
PP-VJN: c/n: 1037, primeiro voo em 27 de janeiro de 1959.
Operou na American Airlines como N6108A "Flagship Buffalo", PP-VJN na Varig
entre 10 de setembro de 1962 e junho de 1993; Foi para a Blue Airlines, do Zaire
(atual Congo), onde voou como 9Q-CDI "Dominique Misenga" até se acidentar, com
perda total e sete mortos em 8 de fevereiro de 1999, no aeroporto de N' Dijili,
Congo.
PP-VJO:
c/n: 1041, primeiro voo em 2 de janeiro de 1959. Operou na American Airlines
como N6109A "Flagship Toronto", PP-VJO na Varig entre 30 de setembro de 1962 e
novembro de 1993; Foi para a Filair Congo, do Zaire (atual Congo), onde voou
como 9Q-CXU de 1994 até ser desativado em 1997 e
canibalizado.
PP-VJU:
c/n: 1119, primeiro voo em 13 de janeiro de 1960. Operou na American Airlines
como N6128A "Flagship San Diego", PP-VJU na Varig entre 22 de novembro de 1967 e
julho de 1993; Foi para a Blue Airlines, do Zaire (atual Congo), onde voou como
9Q-CDG até ter uma pane hidráulica e pousar de barriga em N' Dijili, Congo, em
13 de março de 1995. Irrecuperável, foi desmontado.
PP-VJV: c/n: 1126, primeiro voo em 4 de março de 1960.
Operou na American Airlines como N6135A "Flagship San Antonio", PP-VJV na Varig
entre 30 de dezembro de 1967 e julho de 1993; Foi para a New ACS do Zaire (atual
Congo), onde voou como 9Q-CRS e depois foi 5H-CRM na Trans
Service Airlift. Rematriculado 9Q-CCV. Depois de um incidente com o trem de
pouso do nariz, em 21 de janeiro de 1994, foi desativado, canibalizado e
sucateado.
PP-VJW: c/n: 1124, primeiro voo em 19 de fevereiro de
1960. Operou na American Airlines como N6133A "Flagship Baltimore", PP-VJW na
Varig entre 15 de março de 1968 e outubro de 1993; Foi para
a África, mas registrado em Honduras como HR-AMM. Voou pela Interlink Congo até
agosto de 1995, quando foi levado para Lanseria, África do Sul, para venda. Foi
adquirido pela Air Spray, do Canadá, e entregue em 25 de outubro de 2002. Foi
avião bombeiro, como C-GZYH, na Air Spray, e utilizado até 22 de junho de 2003,
quando foi encostado e canibalizado.
PP-VJP:
c/n: 1049, primeiro voo em 25 de março de 1959. Operou na American Airlines como
N6110A "Flagship Detroit", PP-VJP na Varig entre 11 de outubro de 1962 e 5 de
fevereiro de 1970; Acidentou-se no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e
foi desmontado.
PP-VLA: c/n: 1139, primeiro voo em 31 de janeiro de 1961.
Operou na Northwest Orient Airlines como N134US, convertido para cargueiro em
1969, PP-VLA na Varig entre 3 de junho de 1970 e novembro de 1993. Foi vendido
para a Filair Congo, onde voou como 9Q-CVK e 9Q-CGD. Acidentou-se, com perda
total, em julho de 1994, em Angola.
PP-VLB: c/n: 1137, primeiro voo em 18 de janeiro de 1961.
Operou na Northwest Orient Airlines como N133US, convertido para cargueiro em
1969, PP-VLB na Varig entre 3 de junho de 1970 e julho de 1993. Foi vendido para
a Filair Congo, onde voou como 9Q-CUU. Deixou de voar em julho de 1997 e foi
encostado no Aeroporto de Kinshasa, Congo, onde foi visto pela última vez em 11
de setembro de 2003.
PP-VLC:
c/n: 1093, primeiro voo em 1º de setembro de 1959. Operou na American Airlines
como N6122A "Flagship Albany". PP-VLC na Varig de 6 de abril de 1970 até 10 de
agosto de 1993. Vendido para a Blue Airlines como 9Q-CDL, voou até janeiro de
1995 e sucateado em março do mesmo
ano.
PP-VLX:
c/n: 1063, primeiro voo em 27 de maio de 1959. Operou na American Airlines como
N116A "Flagship Cincinnati", foi para a Aerocondor, da Colômbia, em 12 de
janeiro de 1971, como HK-1416. Foi PP-VLX na Varig entre novembro de 1976 até
abril de 1994; Vendido para a Aero Spray, do Canadá, onde foi
C-FQYB, voou até 16/10/2000. Destruído em um incêndio no hangar,
quando estava em
mantenção.
PP-VLY:
c/n: 1073, primeiro voo em 28 de julho de 1959. Operou na American Airlines como
N119A "Flagship Cleveland", foi para a Aerocondor, da Colômbia, em
18 de setembro de
1969, como
HK-775. Foi para a New Air Charter Service (ACS) com a matrícula
9Q-CRM. Em outubro de 1993, foi vendido à Trans Service Airlift, mantendo a
mesma matrícula. Em 2000, foi para a Air Transport Office, onde foi
re-matriculado como 9Q-CTO. Em 2001 foi encostado em Kinshasa, onde, segundo
alguns relatos, permanece quase intacto.
PP-VNK: c/n: 1040, primeiro voo em 4 de agosto de 1959. foi o primeiro
Electra da Braniff, matriculado N9701C. Voou até 1970 para a Braniff, sendo dado
como parte de pagamento na compra do Boeing 727 que o substituiu. Por sua vez, a
Boeing vendeu-o à FB Ayer que o arrendou à Universal Airlines em abril de 1972.
Ficou parado até fevereiro de 1975, quando foi vendido aos Transportes Aéreos
Militares Ecuatorianos (TAME) para quem voou até 1986 como FAE 1040/HC-AZT.
Desativado por falta de peças de reposição, foi novamente encostado no aeroporto
Mariscal Sucre em Quito, Equador, até novembro de 1993. Foi vendido para a Varig
em 1986, onde ficou até novembro de 1993. Foi para a Filair, baseada na
República Democrática do Congo, como 9Q-CDU. Detido por problemas de
documentação em Calgary, no Canadá, em 4 de março de 1994, foi comprado pela Air
Spray, de Red Deer, Canadá, em 22 de outubro de 1994, onde voou como C-GFQA
"Tanker 86". Acidentado com perda total em Cranbrook, em 16 de julho de
2003, com 3 vítimas fatais.
PP-VNJ:
c/n: 1050,
primeiro vôo em 8
de abril de 1959, voou na American
Airlines como N6111A "Flagship Tulsa". Vendido em 30 de novembro de 1966 para a
Air California com o prefixo N278AC. Vendido à GATX em 18/12/68 e repassado à
F.B Ayer, que o arrendou a Universal e à Ecuatoriana de Aviación. Comprado pela
TAME do Equador em 17 de outubro de 1974, onde voou com a matrícula
FAE1051/HC-AZL até ser negociado com a Varig, em 1986, a exemplo do que ocorreu
com o PP-VNK. Ficou na Varig até outubro de 1993, quando partiu com a matrícula
HR-AML, vendido para a Interlink, também da República Democrática do Congo -
apesar de receber uma matrícula hondurenha. Ficou na Interlink até ser levado
Victoria Falls, sendo posteriormente trasladado para Lanseria, próximo a
Johannesburg, África do Sul. Em 11 de dezembro de 1997, partiu para Linz, na
Áustria. comprado pela Amerer Air, como EL-WSS, nunca mais voou, tendo sido
canibalizado.
Electras da Ponte Aérea Rio-São Paulo
Entre os meses de maio e agosto de 1961, a
Varig, pressionada pelo Governo Federal, adquiriu o consórcio Real-Aerovias,
então repleto de dívidas e operando uma heterogênea frota de aeronaves.
O PP-VJW em voo acima de Porto Alegre, em voo de testes após revisão |
Varig, teve o grande dissabor de saber que a Real-Aerovias tinha adquirido cinco
aeronaves Lockheed L-188 Electra, de segunda-mão, da American Airlines. Os
Electras tinham, então, má fama no mercado, apesar da bom desempenho
operacional, pois o modelo tinha sofrido dois pavorosos desastres por falha
estrutural, em 1959 e 1960. De fato, a fabricação do Electra foi encerrada em
janeiro de 1961, com apenas 170 aeronaves fabricadas.
Electra estacionado no Aeroporto Santos-Dumont |
custo, mas sem sucesso. A contragosto, a diretoria recebeu a primeira aeronave,
matriculada PP-VJM, no dia 31 de agosto de 1962. Em 10 de setembro chegaram
outros dois aviões, matriculados PP-VJL e PP-VJN. As aeronaves vieram do
Aeroporto de Tulsa, Oklahoma, até Congonhas, em São Paulo, fazendo escalas em
Miami e Belém, ainda com o esquema de cores da American, e foram rapidamente
repintados e reconfigurados para voos internacionais.
Electras da Ponte Aérea, em Congonhas |
aeronave, o PP-VJO, e em 11 de outubro, o quinto e último dessa encomenda,
matriculado PP-VJP.
A primeira linha a usar os Electra foi a de
Nova York, em complemento aos Boeing 707 e Caravelle III e em substituição aos
Constellations. Foi uma solução temporária, até a chegada dos jatos Convair 990,
em 1963, quando a linha de Nova York passou a ser operada apenas com jatos. O
primeiro voo do Electra para Nova York foi realizado em 25 de setembro de
1962.
Electras da Ponte Aérea no Aeroporto Santos-Dumont |
principalmente, voos internacionais da Varig na América Latina.
A próxima tarefa dos Electras foi operar os
chamados Voos da Amizade, entre Brasil e Portugal. Os Voos da Amizade eram
feitos através de um acordo entre as empresas TAP e Panair do Brasil (depois,
Varig), que vendiam passagens de baixo preço nos dois sentidos exclusivamente
para cidadãos brasileiros e portugueses. O acordo previa a utilização exclusiva
de aviões a hélice, sendo que a TAP utilizou na rota os Lockheed Super
Constellation e a Varig utilizou os Electras. Inicialmente, a empresa brasileira
que operava os Voos da Amizade era a Panair do Brasil, com os Douglas DC-7, mas
com a falência da Panair, em fevereiro de 1965, a Varig assumiu todas as rotas
internacionais daquela empresa, incluindo os Voos da Amizade, que tinham
frequência semanal. O primeiro Electra a voar para a Europa foi o PP-VJO, em 22
de novembro de 1965.
O PP-VJO visto da janela de outro Electra, em São Paulo |
saindo do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, passando por duas escalas, em
Recife e na Ilha do Sal, em Cabo Verde, até Lisboa. Sem dispor de equipamentos
eletrônicos de navegação para a travessia, os Electras necessitavam de um
navegador para fazer a navegação astronômica no voo sobre o oceano.
Os Voos da Amizade foram encerrados em 1967,
mas, por essa época, a Varig já estava tão satisfeita com a operação dos
Electras, e os aviões já eram tão populares entre os passageiros, que resolveu
comprar mais três aeronaves da American, os quais foram matriculados PP-VJU, que
chegou ao Brasil em 22 de novembro de 1967, PP-VJV, chegado em 30 de novembro, e
PP-VJW, chegado em 15 de março de 1968. Nessa época, os Electras atendiam 16
destinos domésticos, e a Varig oferecia a passagem com 10 por cento de desconto
em relação à tarifa dos jatos. As aeronaves tinham 82 lugares normais e mais 7
no lounge.
O PP-VJN, no Aeroporto Santos-Dumont |
Northwest Orient Airlines, convertidos em cargueiro. Os dois aviões começaram a
operar na Varig transportando carga, mas pouco tempo depois os dois foram
reconvertidos para operação de passageiros. Eram diferentes dos demais aviões,
pois não tinham o lounge de 7 lugares presente na parte traseira dos
demais aviões da frota. Foram matriculados PP-VLA e PP-VLB, e ambos chegaram ao
Brasil em 3 de junho de 1970.
Bela foto dos Electras no Aeroporto Santos-Dumont |
da American, o qual foi matriculado PP-VLC, o qual foi entregue no dia 6 de
abril de 1970.
O início dos anos 70 foi marcado por uma série
de acidentes na Ponte Aérea Rio-São Paulo, um serviço operado sob a forma de
consórcio então operado entre as empresas Varig, Cruzeiro, Sadia e Vasp. Para
garantir maior segurança, o Departamento de Aviação Civil determinou, em 1974,
que somente aviões quadrimotores poderiam operar na Ponte Aérea. A Varig já
operava seus Electras na rota, e Vasp operava seus últimos Vickers Viscount Mk
827. Como a Cruzeiro e a Sadia não possuiam quadrimotores, passaram a arrendar
os Electras da Varig, para se manterem no consórcio. Em 1975, a Vasp vendeu os
Viscount, e a Ponte Aérea passou a operar exclusivamente os Electras, alugando o
equipamento para os outros operadores, já então reduzidos a Transbrasil,
sucessora da Sadia, e Vasp, uma vez que a Varig passou a controlar a Cruzeiro em
1975.
O PP-VLA era um dos dois Electras que não tinham o lounge na traseira |
Boeing 727-100 e 737-200, retirou definitivamente os Electras das outras linhas
e passou a operá-los com exclusividade na Ponte Aérea.
Orla marítima do Rio de Janeiro, visto da janela de um Electra |
exclusivo da Ponte Aérea, passou a buscar no mercado outras aeronaves para
suprir a rota e arrendá-la para os outros operadores. Acabou adquirindo duas
aeronaves da Aerocondor, da Colômbia, os quais passaram a operar na Varig a
partir de novembro de 1976, como PP-VLX e PP-VLY. A essa altura, a Varig operava
12 Electras: PP-VJL, PP-VJM, PP-VJN, PP-VJO, PP-VJU, PP-VJV, PP-VJW, PP-VLA,
PP-VLB, PP-VLC, PP-VLX e PP-VLY. O PP-VJP acidentou-se em Porto Alegre, no dia 5
de fevereiro de 1970, durante um voo de treinamento. O acidente não deixou
vítimas, mas a aeronave, que fez um pouso muito duro, perdendo um dos trens de
pouso principais, foi considerada como de recuperação economicamente inviável, e
acabou servindo de fonte de peças de reposição para os demais aviões da frota.
Foi o único acidente de Electra registrado no Brasil.
O PP-VLB: notem a ausência das janelas do lounge, que não era existente nessa aeronave |
os Electras se deram bem na Ponte Aérea, mantendo uma pontualidade e uma
regularidade inigualáveis. Atendendo a pedidos da Vasp e da Transbrasil, a Varig
retirou seus logotipos e sua marca de quatro aeronaves, PP-VLC, PP-VJW, PP-VJU e
PP-VJN, mantendo, todavia, seu esquema básico de pintura da época. Em 1979, no
entanto, todos os quatro aviões voltaram a exibir suas logomarcas. Até o fim de
suas carreiras, todos os Electras mantiveram um único esquema básico de
pintura.
O PP-VNJ operou tardiamente na Varig, a partir de 1986 |
por tripulações técnicas da Varig e por tripulantes de cabine da empresa
operadora do voo, Varig, Vasp ou Transbrasil.
Em 1986, a Varig adquiriu mais dois Electras,
os quais foram matriculados PP-VNJ e PP-VNK. Essas aeronaves vieram da TAME -
Transportes Aéreos Militares Ecuatorianos. A TAME tinha 4 Electras em pobres
condições, parados, e entregou dois aviões em troca da recuperação dos outros
dois.
Com 14 Electras em operação, a Ponte Aérea
atingiu seu auge entre os final dos anos 80 e o começo dos anos 90, com 88
operações diárias em ambos os sentidos.
O PP-VLY, no Santos-Dumont |
diário de centenas de executivos, artistas, celebridades diversas e gente comum
das 6 até as 23 horas. Os voos saiam de 15 em 15 minutos, na maior parte do dia,
e duravam cerca de 50 minutos, pouca coisa a mais que os jatos que os
substituíram. A frequência era reduzida aos finais de semana para um voo a cada
30 minutos, nos horários de pico. Quando o tempo estava claro, sem nebulosidade,
os voos que partiam do Rio de Janeiro sobrevoavam a orla marítima do Rio a uma
altitude relativamente baixa, para os passageiros aproveitarem a paisagem.
O PP-VLC, no Santos-Dumont |
Ponte Aérea chegavam rapidamente ao fim. A Boeing já havia experimentado o
Boeing 737-300 no Aeroporto Santos-Dumont, comprovando que sua operação poderia
ser tão segura quanto a dos velhos turboélices, e as três empresas participantes
da Ponte já operavam, então, o equipamento da Boeing.
Electra pousando no Aeroporto Santos Dumont |
No dia 10 de novembro de 1991, o PP-VJO fez seu último voo na linha, e no dia
seguinte, 11 de novembro, dois novos Boeing 737-300, matriculados PP-VOS e
PP-VOT, fizeram companhia aos veteranos turboélices pela primeira vez na Ponte
Aérea Rio-São Paulo.
Electra ao lado de um Boeing 737-300 no Santos-Dumont: o fim estava próximo |
PP-VLA, em 17 de novembro de 1991, PP-VJV, em 28 de novembro, PP-VLB, em 9 de
dezembro, PP-VLY, em 12 de dezembro, PP-VJU, em 23 de dezembro, PP-VNK, em 24 de
dezembro, PP-VJM e PP-VLC, em 28 de dezembro, PP-VJW, em 29 de dezembro, PP-VJL,
em 30 de dezembro, PP-VLX e PP-VJN, em 5 de janeiro de 1992. O último voo
regular dos Electras na Ponte Aérea (SDU-CGH) foi cumprido pelo PP-VJN, em 5 de
janeiro, seguido de um voo especial que conduziu passageiros VIP no dia seguinte
de Congonhas até o Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro.
PP-VNJ |
serviço, a Varig colocou todas à venda, revisadas e em condição de
aeronavegabilidade, exceto o PP-VJM, o primeiro dos Electras a chegar ao Brasil,
em 1962, o qual foi doado ao Museu Aeroespacial no dia 27 de maio de 1992. Esse
avião permaneceu em Congonhas até o dia 26 de maio, quando decolou em direção ao
Aeroporto Internacional do Galeão, dando, antes de pousar, 4 toques e
arremetidas no Aeroporto Santos-Dumont, além de um espetacular voo rasante sobre
a pista. No dia 27, decolou do Galeão e deu um novo rasante no Santos-Dumont,
antes de pousar no Campo dos Afonsos, tripulado pelos Buchrieser e Lott, e pelo Engenheiro José Aparecido. O avião foi
colocado dentro do hangar do Musal, tendo os seus pneus esvaziados para que a
cauda ficasse abaixo do batente da porta, até que estivesse no seu lugar, onde
está até hoje. É o único Electra sobrevivente de todos os 15 que operaram na
Varig, durante 30 anos.
O PP-VJM preservado no MUSAL: é, provavelmente, o último existente dos 15 |
dos 15 operados, já foram destruídos. Mas esse avião ficará, para sempre, ligado
à história da Ponte Aérea Rio-São Paulo, mais do que qualquer outro tipo de
aeronave.
Abaixo, temos o histórico resumido de cada aeronave, em ordem de
matrícula no Registro Aeronáutico Brasileiro - RAB:
PP-VJL:
c/n: 1024, primeiro voo em 28 de dezembro de 1958. Operou na American Airlines
como N6103A "Flagship Detroit", PP-VJL na Varig entre 10 de setembro de 1962 e
29 de julho de 1993; Foi para a Blue Airlines, do Zaire (atual Congo), onde voou
como 9Q-CDK "Lodja Putu" até ser desativado em 1995, e canibalizado. Desmontado
completamente em 1999.
Interior do PP-VJM, em configuração 2-3 |
c/n: 1025, primeiro voo em 31 de dezembro de 1958. Operou na American Airlines
como N6104A "Flagship Washington", PP-VJM na Varig entre 30 de agosto de 1962 e
27 de maio de 1992; Foi doado para o Museu Aeroespacial - MUSAL, onde se
encontra preservado e visitável até hoje.
Entrega do PP-VJM ao Musal, em 1992 |
Operou na American Airlines como N6108A "Flagship Buffalo", PP-VJN na Varig
entre 10 de setembro de 1962 e junho de 1993; Foi para a Blue Airlines, do Zaire
(atual Congo), onde voou como 9Q-CDI "Dominique Misenga" até se acidentar, com
perda total e sete mortos em 8 de fevereiro de 1999, no aeroporto de N' Dijili,
Congo.
PP-VJO:
c/n: 1041, primeiro voo em 2 de janeiro de 1959. Operou na American Airlines
como N6109A "Flagship Toronto", PP-VJO na Varig entre 30 de setembro de 1962 e
novembro de 1993; Foi para a Filair Congo, do Zaire (atual Congo), onde voou
como 9Q-CXU de 1994 até ser desativado em 1997 e
canibalizado.
PP-VJU:
c/n: 1119, primeiro voo em 13 de janeiro de 1960. Operou na American Airlines
como N6128A "Flagship San Diego", PP-VJU na Varig entre 22 de novembro de 1967 e
julho de 1993; Foi para a Blue Airlines, do Zaire (atual Congo), onde voou como
9Q-CDG até ter uma pane hidráulica e pousar de barriga em N' Dijili, Congo, em
13 de março de 1995. Irrecuperável, foi desmontado.
O 9Q-CDG, ex-PP-VJU da Varig, voou na Blue Airlines com o mesmo esquema básico de pintura da Varig |
Operou na American Airlines como N6135A "Flagship San Antonio", PP-VJV na Varig
entre 30 de dezembro de 1967 e julho de 1993; Foi para a New ACS do Zaire (atual
Congo), onde voou como 9Q-CRS e depois foi 5H-CRM na Trans
Service Airlift. Rematriculado 9Q-CCV. Depois de um incidente com o trem de
pouso do nariz, em 21 de janeiro de 1994, foi desativado, canibalizado e
sucateado.
PP-VJW: c/n: 1124, primeiro voo em 19 de fevereiro de
1960. Operou na American Airlines como N6133A "Flagship Baltimore", PP-VJW na
Varig entre 15 de março de 1968 e outubro de 1993; Foi para
a África, mas registrado em Honduras como HR-AMM. Voou pela Interlink Congo até
agosto de 1995, quando foi levado para Lanseria, África do Sul, para venda. Foi
adquirido pela Air Spray, do Canadá, e entregue em 25 de outubro de 2002. Foi
avião bombeiro, como C-GZYH, na Air Spray, e utilizado até 22 de junho de 2003,
quando foi encostado e canibalizado.
O C-GZYH, canibalizado em Red Deer, Canada. Outrora, foi o PP-VJW |
c/n: 1049, primeiro voo em 25 de março de 1959. Operou na American Airlines como
N6110A "Flagship Detroit", PP-VJP na Varig entre 11 de outubro de 1962 e 5 de
fevereiro de 1970; Acidentou-se no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e
foi desmontado.
Incomum disposição de assentos do Electra, em "club seat" |
Operou na Northwest Orient Airlines como N134US, convertido para cargueiro em
1969, PP-VLA na Varig entre 3 de junho de 1970 e novembro de 1993. Foi vendido
para a Filair Congo, onde voou como 9Q-CVK e 9Q-CGD. Acidentou-se, com perda
total, em julho de 1994, em Angola.
Electra da Filair, ex-Varig PP-VNK |
Operou na Northwest Orient Airlines como N133US, convertido para cargueiro em
1969, PP-VLB na Varig entre 3 de junho de 1970 e julho de 1993. Foi vendido para
a Filair Congo, onde voou como 9Q-CUU. Deixou de voar em julho de 1997 e foi
encostado no Aeroporto de Kinshasa, Congo, onde foi visto pela última vez em 11
de setembro de 2003.
Painel do PP-VLA |
c/n: 1093, primeiro voo em 1º de setembro de 1959. Operou na American Airlines
como N6122A "Flagship Albany". PP-VLC na Varig de 6 de abril de 1970 até 10 de
agosto de 1993. Vendido para a Blue Airlines como 9Q-CDL, voou até janeiro de
1995 e sucateado em março do mesmo
ano.
PP-VLX:
c/n: 1063, primeiro voo em 27 de maio de 1959. Operou na American Airlines como
N116A "Flagship Cincinnati", foi para a Aerocondor, da Colômbia, em 12 de
janeiro de 1971, como HK-1416. Foi PP-VLX na Varig entre novembro de 1976 até
abril de 1994; Vendido para a Aero Spray, do Canadá, onde foi
C-FQYB, voou até 16/10/2000. Destruído em um incêndio no hangar,
quando estava em
mantenção.
PP-VLY:
c/n: 1073, primeiro voo em 28 de julho de 1959. Operou na American Airlines como
N119A "Flagship Cleveland", foi para a Aerocondor, da Colômbia, em
18 de setembro de
1969, como
HK-775. Foi para a New Air Charter Service (ACS) com a matrícula
9Q-CRM. Em outubro de 1993, foi vendido à Trans Service Airlift, mantendo a
mesma matrícula. Em 2000, foi para a Air Transport Office, onde foi
re-matriculado como 9Q-CTO. Em 2001 foi encostado em Kinshasa, onde, segundo
alguns relatos, permanece quase intacto.
Lounge do ex-PP-VNK, aqui na operando no Canadá na Air Spray |
Electra da Braniff, matriculado N9701C. Voou até 1970 para a Braniff, sendo dado
como parte de pagamento na compra do Boeing 727 que o substituiu. Por sua vez, a
Boeing vendeu-o à FB Ayer que o arrendou à Universal Airlines em abril de 1972.
Ficou parado até fevereiro de 1975, quando foi vendido aos Transportes Aéreos
Militares Ecuatorianos (TAME) para quem voou até 1986 como FAE 1040/HC-AZT.
Desativado por falta de peças de reposição, foi novamente encostado no aeroporto
Mariscal Sucre em Quito, Equador, até novembro de 1993. Foi vendido para a Varig
em 1986, onde ficou até novembro de 1993. Foi para a Filair, baseada na
República Democrática do Congo, como 9Q-CDU. Detido por problemas de
documentação em Calgary, no Canadá, em 4 de março de 1994, foi comprado pela Air
Spray, de Red Deer, Canadá, em 22 de outubro de 1994, onde voou como C-GFQA
"Tanker 86". Acidentado com perda total em Cranbrook, em 16 de julho de
2003, com 3 vítimas fatais.
PP-VNK no Santos-Dumont |
c/n: 1050,
primeiro vôo em 8
de abril de 1959, voou na American
Airlines como N6111A "Flagship Tulsa". Vendido em 30 de novembro de 1966 para a
Air California com o prefixo N278AC. Vendido à GATX em 18/12/68 e repassado à
F.B Ayer, que o arrendou a Universal e à Ecuatoriana de Aviación. Comprado pela
TAME do Equador em 17 de outubro de 1974, onde voou com a matrícula
FAE1051/HC-AZL até ser negociado com a Varig, em 1986, a exemplo do que ocorreu
com o PP-VNK. Ficou na Varig até outubro de 1993, quando partiu com a matrícula
HR-AML, vendido para a Interlink, também da República Democrática do Congo -
apesar de receber uma matrícula hondurenha. Ficou na Interlink até ser levado
Victoria Falls, sendo posteriormente trasladado para Lanseria, próximo a
Johannesburg, África do Sul. Em 11 de dezembro de 1997, partiu para Linz, na
Áustria. comprado pela Amerer Air, como EL-WSS, nunca mais voou, tendo sido
canibalizado.
O ex-PP-VNK, operando como avião bombeiro no Canadá Fonte: Cultura Aeronáutica |
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Re: Os Electras da Ponte Aérea Rio-São Paulo
Excelente post, lembro quando iano SDU ficar vendo a operção dos Electras, ficava horas por lá com meu pai, pena nunca ter conseguido voar nele.
Meu pai quando trabalhou na Varig chegou a fazer parte da tripulção de 2 voos da amizade. era necessário um sextante para a navegação no trecho entre Recife e Ilha do Sal.
Meu pai quando trabalhou na Varig chegou a fazer parte da tripulção de 2 voos da amizade. era necessário um sextante para a navegação no trecho entre Recife e Ilha do Sal.
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