O Vought F4U Corsair
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O Vought F4U Corsair
Em 1938, a Marinha Americana abriu concorrência para a construção de um caça leve que pudesse substituir os já quase obsoletos F4F Wildcat. Nenhum dos projetos apresentados satisfez a Marinha, até ser apresentado o projeto de avião feito pela Chance Vought (em parceria com a divisão estado-unidense da Sikorsky).
Seu desenvolvimento foi um pouco problemático, principalmente devido ao motor colocado no avião: um Pratt & Whitney R-2800 radial, de 2.450hp de potência. A Vought precisou manter tal motor para que o avião (que podia pesar de 4,1 a 6,6 toneladas) pudesse voar, e então, precisou encontrar uma hélice compatível com tal motor. A hélice adequada tinha um diâmetro de giro de 4,5 metros, o que fazia com que, inevitavelmente, as pás se chocassem com o solo.
A solução mais viável seria aumentar o comprimento das hastes dos trens de pouso. Mas essa solução se mostrou insuficiente. Então, as asas ganharam um abaulamento na região dos trens de pouso, para afastar o avião do chão e, conseqüentemente, deixar a hélice livre. E deu ao F4U sua forma característica.
Um F4U dando apoio aero-terrestre em Okinawa.
Dotado de excelente armamento para a época em que entrou em serviço (1943), o F4U se mostrou um caça excelente, que se sobressaía tanto em missões de interceptação quanto em missões de bombardeio. Não tinha a mesma manobrabilidade dos Mitsubishi e Kawasaki japoneses, mas suas seis metralhadoras de 12,7mm transpunham facilmente a fuselagem dos seus inimigos, que quase não possuíam blindagem. Também dispunha de uma excelente carga de bombas para um caça do seu tamanho, podendo carregar até 908kg de bombas. Isso permitia que o F4U carregasse duas bombas de 1000 libras ou, nos últimos anos da guerra, dez foguetes médios.
Tinha um alcance considerável (em média, 1.617km), podendo chegar a muito mais, utilizando um tanque de barriga. E ainda era fácil de se operar em porta-aviões, principalmente graças às suas asas escamoteáveis. Quanto à aerodinâmica, o F4U também se destacava. A posição do canopy (quase no meio da aeronave) deixava o nariz desimpedido, maximizando a aerodinâmica e a aceleração. E ainda permitia uma visão muito limpa, o que dava uma imensa vantagem contra seus rivais nipônicos.
Logo em seu batismo de fogo na campanha em Guadalcanal, em fevereiro de 1943, o F4U (mais tarde apelidado de Hog por seus pilotos) logrou grande sucesso contra os japoneses, nas mãos do esquadrão VMF-124. Em todas as batalhas das quais participou, obteve considerável sucesso. Além de destruir os caças inimigos, os Hogs ainda eram designados para missões de caça a navios inimigos, atacando-os com bombas, e para apoio aero-terrestre, lançando bombas ou foguetes sobre as trincheiras inimigas. Os foguetes ainda permitiram que o Hog fosse usado como caça-tanques, função na qual ele obteve sucesso razoável.
A blindagem forte, a grande velocidade, a excelente visão do exterior e o farto armamento compensavam a manobrabilidade que o Hog tinha em menor quantidade que os aviões japoneses. Com isso, as condições de luta entre o F4U e o A6M Zero chegavam próximas da igualdade (o Zero tinha armamento fraco, nenhuma blindagem e era mais lento que o F4U, porém, era mais manobrável e possuía maior velocidade de subida).
Em fins de 1943, surgiu na Marinha um caça superior, o F6F Hellcat. O Hellcat era superior ao Hog em muitos aspectos, porém, como não gozava da mesma versatilidade do F4U, este permaneceu em serviço até o fim da guerra, e ainda atuou na Guerra da Coreia e na Guerra do Futebol, quase sempre saindo vitorioso das batalhas que enfrentava.
Mas, se no ar o F4U trabalhava bem, em terra os pilotos sofriam com ele. O ângulo de inclinação da aeronave, quando em terra, era muito grande (devido à modificação nas asas e nos trens de pouso), o que praticamente acabava com a visão frontal do piloto, e consequentemente, tornando o Hog altamente suscetível a acidentes durante as operações de decolagem e aterragem.
O Vought F4U Corsair. (Foto: Fernando Valduga / Cavok)
Cockpit da aeronave Vought F4U Corsair, usada intensivamente na Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial.
O famoso caça “asa de gaivota” Vought F4U Corsair
Fonte: Wikipédia/Cavok
Seu desenvolvimento foi um pouco problemático, principalmente devido ao motor colocado no avião: um Pratt & Whitney R-2800 radial, de 2.450hp de potência. A Vought precisou manter tal motor para que o avião (que podia pesar de 4,1 a 6,6 toneladas) pudesse voar, e então, precisou encontrar uma hélice compatível com tal motor. A hélice adequada tinha um diâmetro de giro de 4,5 metros, o que fazia com que, inevitavelmente, as pás se chocassem com o solo.
A solução mais viável seria aumentar o comprimento das hastes dos trens de pouso. Mas essa solução se mostrou insuficiente. Então, as asas ganharam um abaulamento na região dos trens de pouso, para afastar o avião do chão e, conseqüentemente, deixar a hélice livre. E deu ao F4U sua forma característica.
Um F4U dando apoio aero-terrestre em Okinawa.
Dotado de excelente armamento para a época em que entrou em serviço (1943), o F4U se mostrou um caça excelente, que se sobressaía tanto em missões de interceptação quanto em missões de bombardeio. Não tinha a mesma manobrabilidade dos Mitsubishi e Kawasaki japoneses, mas suas seis metralhadoras de 12,7mm transpunham facilmente a fuselagem dos seus inimigos, que quase não possuíam blindagem. Também dispunha de uma excelente carga de bombas para um caça do seu tamanho, podendo carregar até 908kg de bombas. Isso permitia que o F4U carregasse duas bombas de 1000 libras ou, nos últimos anos da guerra, dez foguetes médios.
Tinha um alcance considerável (em média, 1.617km), podendo chegar a muito mais, utilizando um tanque de barriga. E ainda era fácil de se operar em porta-aviões, principalmente graças às suas asas escamoteáveis. Quanto à aerodinâmica, o F4U também se destacava. A posição do canopy (quase no meio da aeronave) deixava o nariz desimpedido, maximizando a aerodinâmica e a aceleração. E ainda permitia uma visão muito limpa, o que dava uma imensa vantagem contra seus rivais nipônicos.
Logo em seu batismo de fogo na campanha em Guadalcanal, em fevereiro de 1943, o F4U (mais tarde apelidado de Hog por seus pilotos) logrou grande sucesso contra os japoneses, nas mãos do esquadrão VMF-124. Em todas as batalhas das quais participou, obteve considerável sucesso. Além de destruir os caças inimigos, os Hogs ainda eram designados para missões de caça a navios inimigos, atacando-os com bombas, e para apoio aero-terrestre, lançando bombas ou foguetes sobre as trincheiras inimigas. Os foguetes ainda permitiram que o Hog fosse usado como caça-tanques, função na qual ele obteve sucesso razoável.
A blindagem forte, a grande velocidade, a excelente visão do exterior e o farto armamento compensavam a manobrabilidade que o Hog tinha em menor quantidade que os aviões japoneses. Com isso, as condições de luta entre o F4U e o A6M Zero chegavam próximas da igualdade (o Zero tinha armamento fraco, nenhuma blindagem e era mais lento que o F4U, porém, era mais manobrável e possuía maior velocidade de subida).
Em fins de 1943, surgiu na Marinha um caça superior, o F6F Hellcat. O Hellcat era superior ao Hog em muitos aspectos, porém, como não gozava da mesma versatilidade do F4U, este permaneceu em serviço até o fim da guerra, e ainda atuou na Guerra da Coreia e na Guerra do Futebol, quase sempre saindo vitorioso das batalhas que enfrentava.
Mas, se no ar o F4U trabalhava bem, em terra os pilotos sofriam com ele. O ângulo de inclinação da aeronave, quando em terra, era muito grande (devido à modificação nas asas e nos trens de pouso), o que praticamente acabava com a visão frontal do piloto, e consequentemente, tornando o Hog altamente suscetível a acidentes durante as operações de decolagem e aterragem.
O Vought F4U Corsair. (Foto: Fernando Valduga / Cavok)
Cockpit da aeronave Vought F4U Corsair, usada intensivamente na Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial.
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Amilckar- Colaborador - Notícias de aviação
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Re: O Vought F4U Corsair
Aqui perto de casa no Museu da TAM, tem esse Corsair muito bem restaurado em plenas condições de vôo, reparem nas almofadas em baixo para reter o oleo do motor, alias dizem que ele voa de vez em quando aqui na região, fazendo a alegria do aficionados:
Re: O Vought F4U Corsair
Espetacular!Quando voce repara o diâmetro da hélice fica fácil de entender o desenho das asas.
E deve estar ativo sim, ou não teria óleo.
E deve estar ativo sim, ou não teria óleo.
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Re: O Vought F4U Corsair
Estavam ampliando a area com novos aviões, estava previsto a abertura para o anício do ano, preciso checar....
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