[Internacional] Eclipse revive sonho do jatinho barato
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[Internacional] Eclipse revive sonho do jatinho barato
Valor Econômico
13/07/2012
Eclipse revive sonho do jatinho barato
Por Jon Ostrower | The Wall Street Journal
A Eclipse Aviation Inc. nasceu com a promessa de que iria revolucionar o transporte aéreo com jatos para seis passageiros que seriam vendidos por menos de US$ 1 milhão, cerca de um quarto do preço do jatinho mais barato no mercado naquela época.
O sonho morreu em 2008, quando a Eclipse, empresa parcialmente financiada por Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft Corp., pediu concordata, esmagada por enormes estouros nos custos e pela crise financeira global.
Agora, a empresa que a sucedeu, aberta por um investidor que perdeu seu próprio depósito quando tentou comprar um dos pequenos jatos, está reativando uma das fábricas da Eclipse no Estado americano do Novo México. Ela planeja começar a entregar os primeiros aviões Eclipse 550 atualizados em cerca de um ano.
Desta vez, a empresa tem como meta um preço mais realista de US$ 2,69 milhões por avião e se uniu ao que considera ser um grupo mais estável de fornecedores, na esperança de reconquistar a lealdade de pilotos e proprietários de jatos.
"Eles odiavam a empresa, mas adoraram a aeronave", diz Mason Holland, diretor-presidente da Eclipse Aerospace Inc. O executivo pagou US$ 40 milhões em 2009 por uma firma que gastou US$ 1,4 bilhão ao longo de 10 anos para projetar, construir e entregar 260 jatos antes de quebrar.
O projeto original do Eclipse 500 enfrentou inúmeros contratempos. O maior deles foi a substituição do motor planejado inicialmente porque não era forte o suficiente para propulsar o jato.
Mas a visão de um jato minúsculo era ousada. Comparado com os pequenos aviões turboélice com os quais iria competir, o Eclipse prometia ser mais silencioso, mais rápido e ter capacidade de voar em condições desafiadoras. Mas o preço inicial de US$ 837.500 por avião era o verdadeiro divisor de águas, alimentando os sonhos de entusiastas de jatinhos de se tornarem pilotos e criar novas empresas de táxi aéreo para cruzar distâncias de até 600 quilômetros de uma forma mais barata do que as companhias aéreas jamais poderiam oferecer.
No momento da ascensão do Eclipse em 2000, o jato rival mais barato no mercado era o Cessna CJ1de oito lugares, vendido na época por US$ 3,55 milhões.
Liderada por Vern Raburn, um empregado da Microsoft que concebeu a fabricação de pequenos jatos de forma similar à de computadores e hardware usando fornecedores de baixo custo, a Eclipse começou uma corrida em 1998, para encher os céus com pequenos jatos. Várias empresas, entre elas a Cessna Aircraft Co., uma unidade da Textron Inc., a Embraer SA, a Piper Aircraft Inc., a Cirrus Design Corp, a Diamond Aircraft Industries Inc. e a Honda Motor Co. tentaram entrar no negócio de jatos pequenos de baixo custo. Atualmente, apenas a Cessna, a Embraer e a Eclipse produzem esses pequenos jatos.
O modelo de negócios original da Eclipse se enraizava no alto volume, produção de baixo custo e uma cadeia de fornecedores espalhada pelo mundo todo. Mas a fórmula se provou problemática e o preço do Eclipse 500 subiu rapidamente acima de US$ 2 milhões. A rede de fornecedores se estendia da Califórnia ao Japão e Chile, diz Holland.
Hoje, em vez de depender de uma vasta cadeia de produção, a nova Eclipse Aerospace, fundada por Holland em 2009, decidiu trabalhar com a Sikorsky Aircraft Corp., uma filial da United Technologies Corp., que investiu cerca de US $ 25 milhões na empresa.
A Sikorsky é investidora e fornecedora da Eclipse e, a partir do próximo ano, uma divisão da Sikorsky na Polônia vai começar a fazer os corpos, caudas e asas dos jatinhos, que serão montados em Albuquerque.
Ao contrário dos 500s originais, que foram do projeto à produção rapidamente para atender a grande demanda, os novos 550s sairão de fábrica com a capacidade de voar em condições de gelo, com controle automático de velocidade, navegação GPS e outras novas funções.
"A abordagem que eles estão usando agora é a que deveriam ter usado há 10 anos", diz Richard Aboulafia, diretor de análise da consultoria Teal Group e crítico do modelo de negócios original da Eclipse que, segundo ele, estava baseado em "números impossíveis com um preço impossível".
Hoje, Holland está menos preocupado com a abertura de novos mercados, como táxis aéreos, do que com oferecer uma maneira mais econômica de se viajar em relação aos tipos de voos já existentes. Ele diz que o Eclipse 550 consome 223 litros de combustível de avião por hora, voando a 692 quilômetros por hora, comparado com 314 litros por hora e uma velocidade máxima de 627,6 quilômetros por hora para o Cessna Mustang - o jatinho rival mais próximo ao seu modelo. O Eclipse também é o único jatinho vendido por menos de US$ 3 milhões.
A empresa planeja entregar 47 aviões em 2014 e entre 50 e 100 em 2016. Holland estima uma receita de mais de US$ 125 milhões para 2014 e espera começar a gerar lucro assim que atingir marca de 50 aviões produzidos por ano.
13/07/2012
Eclipse revive sonho do jatinho barato
Por Jon Ostrower | The Wall Street Journal
A Eclipse Aviation Inc. nasceu com a promessa de que iria revolucionar o transporte aéreo com jatos para seis passageiros que seriam vendidos por menos de US$ 1 milhão, cerca de um quarto do preço do jatinho mais barato no mercado naquela época.
O sonho morreu em 2008, quando a Eclipse, empresa parcialmente financiada por Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft Corp., pediu concordata, esmagada por enormes estouros nos custos e pela crise financeira global.
Agora, a empresa que a sucedeu, aberta por um investidor que perdeu seu próprio depósito quando tentou comprar um dos pequenos jatos, está reativando uma das fábricas da Eclipse no Estado americano do Novo México. Ela planeja começar a entregar os primeiros aviões Eclipse 550 atualizados em cerca de um ano.
Desta vez, a empresa tem como meta um preço mais realista de US$ 2,69 milhões por avião e se uniu ao que considera ser um grupo mais estável de fornecedores, na esperança de reconquistar a lealdade de pilotos e proprietários de jatos.
"Eles odiavam a empresa, mas adoraram a aeronave", diz Mason Holland, diretor-presidente da Eclipse Aerospace Inc. O executivo pagou US$ 40 milhões em 2009 por uma firma que gastou US$ 1,4 bilhão ao longo de 10 anos para projetar, construir e entregar 260 jatos antes de quebrar.
O projeto original do Eclipse 500 enfrentou inúmeros contratempos. O maior deles foi a substituição do motor planejado inicialmente porque não era forte o suficiente para propulsar o jato.
Mas a visão de um jato minúsculo era ousada. Comparado com os pequenos aviões turboélice com os quais iria competir, o Eclipse prometia ser mais silencioso, mais rápido e ter capacidade de voar em condições desafiadoras. Mas o preço inicial de US$ 837.500 por avião era o verdadeiro divisor de águas, alimentando os sonhos de entusiastas de jatinhos de se tornarem pilotos e criar novas empresas de táxi aéreo para cruzar distâncias de até 600 quilômetros de uma forma mais barata do que as companhias aéreas jamais poderiam oferecer.
No momento da ascensão do Eclipse em 2000, o jato rival mais barato no mercado era o Cessna CJ1de oito lugares, vendido na época por US$ 3,55 milhões.
Liderada por Vern Raburn, um empregado da Microsoft que concebeu a fabricação de pequenos jatos de forma similar à de computadores e hardware usando fornecedores de baixo custo, a Eclipse começou uma corrida em 1998, para encher os céus com pequenos jatos. Várias empresas, entre elas a Cessna Aircraft Co., uma unidade da Textron Inc., a Embraer SA, a Piper Aircraft Inc., a Cirrus Design Corp, a Diamond Aircraft Industries Inc. e a Honda Motor Co. tentaram entrar no negócio de jatos pequenos de baixo custo. Atualmente, apenas a Cessna, a Embraer e a Eclipse produzem esses pequenos jatos.
O modelo de negócios original da Eclipse se enraizava no alto volume, produção de baixo custo e uma cadeia de fornecedores espalhada pelo mundo todo. Mas a fórmula se provou problemática e o preço do Eclipse 500 subiu rapidamente acima de US$ 2 milhões. A rede de fornecedores se estendia da Califórnia ao Japão e Chile, diz Holland.
Hoje, em vez de depender de uma vasta cadeia de produção, a nova Eclipse Aerospace, fundada por Holland em 2009, decidiu trabalhar com a Sikorsky Aircraft Corp., uma filial da United Technologies Corp., que investiu cerca de US $ 25 milhões na empresa.
A Sikorsky é investidora e fornecedora da Eclipse e, a partir do próximo ano, uma divisão da Sikorsky na Polônia vai começar a fazer os corpos, caudas e asas dos jatinhos, que serão montados em Albuquerque.
Ao contrário dos 500s originais, que foram do projeto à produção rapidamente para atender a grande demanda, os novos 550s sairão de fábrica com a capacidade de voar em condições de gelo, com controle automático de velocidade, navegação GPS e outras novas funções.
"A abordagem que eles estão usando agora é a que deveriam ter usado há 10 anos", diz Richard Aboulafia, diretor de análise da consultoria Teal Group e crítico do modelo de negócios original da Eclipse que, segundo ele, estava baseado em "números impossíveis com um preço impossível".
Hoje, Holland está menos preocupado com a abertura de novos mercados, como táxis aéreos, do que com oferecer uma maneira mais econômica de se viajar em relação aos tipos de voos já existentes. Ele diz que o Eclipse 550 consome 223 litros de combustível de avião por hora, voando a 692 quilômetros por hora, comparado com 314 litros por hora e uma velocidade máxima de 627,6 quilômetros por hora para o Cessna Mustang - o jatinho rival mais próximo ao seu modelo. O Eclipse também é o único jatinho vendido por menos de US$ 3 milhões.
A empresa planeja entregar 47 aviões em 2014 e entre 50 e 100 em 2016. Holland estima uma receita de mais de US$ 125 milhões para 2014 e espera começar a gerar lucro assim que atingir marca de 50 aviões produzidos por ano.
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