[Brasil] Embraer tem menor carteira de pedidos desde a metade de 2006
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[Brasil] Embraer tem menor carteira de pedidos desde a metade de 2006
Folha de São Paulo
10/07/2012 - 20h24
Embraer tem menor carteira de pedidos desde a metade de 2006
DA REUTERS
A carteira de pedidos da Embraer, um indicativo da receita futura da empresa, caiu em junho ao menor nível em seis anos, atestando a fraqueza da demanda por aviões comerciais na Europa em crise e o ainda paralisado mercado norte-americano.
Terceira maior fabricante de jatos civis do mundo, a Embraer encerrou o segundo trimestre com encomendas a entregar de US$ 12,9 bilhões, ante US$ 14,7 bilhões há três meses.
É o menor valor desde a metade de 2006, quando o backlog estava em pouco mais de US$ 10 bilhões.
A Embraer não fechou nenhuma venda na aviação comercial de abril a junho deste ano, de acordo com informações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
No fim de maio, o presidente-executivo da companhia, Frederico Curado, disse que há campanhas de vendas nos Estados Unidos no radar, demonstrando confiança de que negócios a serem fechados lá compensem parcialmente o jejum no continente europeu.
A expectativa de Curado, na ocasião, era que a Embraer terminasse 2012 com backlog estável em relação ao visto no fim do ano passado, quando estava em US$ 15,4 bilhões.
A carteira de pedidos engloba aviação comercial, executiva e defesa, com a primeira respondendo por cerca de dois terços do total.
ENTREGAS EM 2012
A empresa tinha em junho 200 aviões comerciais para entregar a clientes, a maioria do modelo Embraer 190, de 100 passageiros. A quantidade representa cerca de dois anos de produção, abaixo da média histórica recente de três anos.
No segundo trimestre, a Embraer entregou 55 aviões --35 comerciais e 20 executivos.
No acumulado do primeiro semestre, as entregas totalizaram 89 aviões --56 comerciais e 33 executivos.
A meta para o ano é de 105 a 110 jatos comerciais e de 90 a 105 executivos.
APOSTA EM DEFESA
A Embraer vem buscando reduzir sua dependência da aviação comercial. A maior aposta é no segmento militar, menos suscetível aos altos e baixos da economia global e com orçamentos mais estáveis de governos.
A empresa brasileira tem se aproximado da Boeing na área de defesa e, nesta terça-feira pela manhã, disse que a gigante norte-americana fornecerá sistemas de armamento para seu Super Tucano.
O avião de treinamento e combate leve é a maior esperença da Embraer para ingressar no importante mercado norte-americano, com Washington tendo o maior orçamento de defesa do mundo.
A empresa disputa pela segunda vez uma licitação promovida pela Força Aérea dos EUA para aviões a serem usados no Afeganistão. A primeira concorrência, que tinha sido vencida pela fabricante brasileira, foi cancelada em meio a questionamentos da rival Hawker Beechcraft.
MAIOR AVIÃO DO BRASIL
Além do Super Tucano, que já foi selecionado por dez clientes em três continentes, a Embraer está desenvolvendo o cargueiro KC-390, seu projeto mais ambicioso no momento --que será o maior avião já fabricado no Brasil.
A Boeing também vai cooperar com o KC-390 por meio do compartilhamento de conhecimentos técnicos e avaliação de possível estratégia conjunta de vendas com a Embraer de aeronaves de transporte militar de médio porte.
10/07/2012 - 20h24
Embraer tem menor carteira de pedidos desde a metade de 2006
DA REUTERS
A carteira de pedidos da Embraer, um indicativo da receita futura da empresa, caiu em junho ao menor nível em seis anos, atestando a fraqueza da demanda por aviões comerciais na Europa em crise e o ainda paralisado mercado norte-americano.
Terceira maior fabricante de jatos civis do mundo, a Embraer encerrou o segundo trimestre com encomendas a entregar de US$ 12,9 bilhões, ante US$ 14,7 bilhões há três meses.
É o menor valor desde a metade de 2006, quando o backlog estava em pouco mais de US$ 10 bilhões.
A Embraer não fechou nenhuma venda na aviação comercial de abril a junho deste ano, de acordo com informações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
No fim de maio, o presidente-executivo da companhia, Frederico Curado, disse que há campanhas de vendas nos Estados Unidos no radar, demonstrando confiança de que negócios a serem fechados lá compensem parcialmente o jejum no continente europeu.
A expectativa de Curado, na ocasião, era que a Embraer terminasse 2012 com backlog estável em relação ao visto no fim do ano passado, quando estava em US$ 15,4 bilhões.
A carteira de pedidos engloba aviação comercial, executiva e defesa, com a primeira respondendo por cerca de dois terços do total.
ENTREGAS EM 2012
A empresa tinha em junho 200 aviões comerciais para entregar a clientes, a maioria do modelo Embraer 190, de 100 passageiros. A quantidade representa cerca de dois anos de produção, abaixo da média histórica recente de três anos.
No segundo trimestre, a Embraer entregou 55 aviões --35 comerciais e 20 executivos.
No acumulado do primeiro semestre, as entregas totalizaram 89 aviões --56 comerciais e 33 executivos.
A meta para o ano é de 105 a 110 jatos comerciais e de 90 a 105 executivos.
APOSTA EM DEFESA
A Embraer vem buscando reduzir sua dependência da aviação comercial. A maior aposta é no segmento militar, menos suscetível aos altos e baixos da economia global e com orçamentos mais estáveis de governos.
A empresa brasileira tem se aproximado da Boeing na área de defesa e, nesta terça-feira pela manhã, disse que a gigante norte-americana fornecerá sistemas de armamento para seu Super Tucano.
O avião de treinamento e combate leve é a maior esperença da Embraer para ingressar no importante mercado norte-americano, com Washington tendo o maior orçamento de defesa do mundo.
A empresa disputa pela segunda vez uma licitação promovida pela Força Aérea dos EUA para aviões a serem usados no Afeganistão. A primeira concorrência, que tinha sido vencida pela fabricante brasileira, foi cancelada em meio a questionamentos da rival Hawker Beechcraft.
MAIOR AVIÃO DO BRASIL
Além do Super Tucano, que já foi selecionado por dez clientes em três continentes, a Embraer está desenvolvendo o cargueiro KC-390, seu projeto mais ambicioso no momento --que será o maior avião já fabricado no Brasil.
A Boeing também vai cooperar com o KC-390 por meio do compartilhamento de conhecimentos técnicos e avaliação de possível estratégia conjunta de vendas com a Embraer de aeronaves de transporte militar de médio porte.
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