[Internacional] Boeing testará tecnologia para avião mais seguro e ecológico
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[Internacional] Boeing testará tecnologia para avião mais seguro e ecológico
Valor Econômico
06/07/2012
Boeing testará tecnologia para avião mais seguro e ecológico
Por Andy Pasztor | The Wall Street Journal
A Boeing Co. deve apresentar na próxima semana um conjunto de tecnologias experimentais destinadas a tornar seus aviões mais econômicos e ecológicos do que os modelos atuais.
Segundo executivos da empresa de Chicago, quando a maior feira internacional do setor de aviação começar na segunda-feira, nos arredores de Londres, a Boeing planeja revelar detalhes sobre possíveis mudanças no projeto dos motores e na tecnologia de asas que serão testadas em um modelo modificado do jato 737, apelidado de ecoDemonstrator.
As novas características ressaltam o foco crescente da indústria da aviação no desenvolvimento de aviões que queimem menos combustível do que as versões atuais e sejam menos poluentes e mais silenciosos. Reguladores em todo o mundo estão pressionando por essas melhorias.
Depois dos testes de voo previstos para o fim deste ano, algumas das mudanças poderiam ser inseridas em novos aviões Boeing dentro de alguns anos, informou a empresa. As tecnologias, que devem ser apresentadas na Feira Internacional de Aviação de Farnborough, incluem desde controles avançados de vibração de turbinas que reduzem o ruído e os custos de manutenção até versões atualizadas de bordas traseiras ajustáveis de asas capazes de suportar ascensões mais rápidas e menos ruidosas, de acordo com David Akiyama, gerente do programa de testes da Boeing.
Akiyama disse em uma entrevista ao The Wall Street Journal que as seções traseiras das asas do Boeing 737 especialmente equipado serão capazes de se dobrar automaticamente para cima ou para baixo, provavelmente menos de 30 centímetros, a fim de proporcionar a forma mais eficiente em termos de aerodinâmica durante o plano de subida, cruzeiro e descida.
As melhorias poderiam gerar uma economia significativa de combustível num futuro próximo. Em um novo avião, por exemplo, Akiyama calcula que só as modificações da asa poderiam gerar uma redução de até 2% no consumo anual de combustível.
O avião 737 de demonstração ainda está sendo preparado pela Boeing e empresas terceirizadas e por isso não será exibido durante a feira em Farnborough.
A Boeing também planeja testar este ano um recurso que permite que o diâmetro do bocal de escape de uma turbina se expanda durante pousos e decolagens, a fim de otimizar o fluxo de ar durante diferentes fases do voo. A expectativa é de que aviões equipados com essa tecnologia façam menos ruído e queimem menos combustível.
Para o próximo ano, a Boeing testará uma série de modificações em um de seus modelos 787 Dreamliner, de acordo com funcionários da indústria e da empresa. A Boeing não deu detalhes sobre essas potenciais mudanças.
Os testes de voo 787 provavelmente incluirão um novo recurso de segurança na cabine destinado a ajudar os pilotos a se recuperar de panes durante o voo ou outras manobras inusitadas que poderiam levá-los a perder o controle da aeronave, disseram os executivos.
O sistema proposto para o 787 oferece pistas visuais instantâneas e proeminentes - setas de cores brilhantes que surgem nos monitores da cabine - para ajudar os pilotos a se recuperar de falhas de motor ou outras situações extremas que podem deixá-los confusos sobre a automatização ou trajetória do avião.
Os acidentes por perda de controle são os tipos mais frequentes e mais mortais de quedas de aviões comerciais no mundo. A ênfase da Boeing na prevenção deles remete a uma profusão de estudos internacionais e iniciativas para melhorar alertas de bordo e o treinamento de pilotos.
Um estudo conjunto da indústria aeronáutica e da FAA, a agência governamental americana que regula a aviação, a ser divulgado nos próximos meses, chegou à conclusão preliminar de que os acidentes por perda de controle muitas vezes decorrem da dependência crescente da automação combinada com uma queda nas habilidades manuais dos pilotos, de acordo com especialistas da indústria e a FAA.
Desenvolvido pela Honeywell Internacional Inc. em conjunto com a Boeing, os novos alertas na cabine são vistos como um antídoto parcial para tais riscos. Eles têm o objetivo de aconselhar os pilotos sobre como manipular os controles de um avião em caso de emergência, através de instruções que não estão disponíveis nos modelos atuais da Boeing. As companhias aéreas provavelmente vão adotar amplamente a tecnologia porque o sistema está projetado para exigir apenas atualizações de software relativamente baratas no equipamento de controle de voo e monitores da cabine atuais.
06/07/2012
Boeing testará tecnologia para avião mais seguro e ecológico
Por Andy Pasztor | The Wall Street Journal
A Boeing Co. deve apresentar na próxima semana um conjunto de tecnologias experimentais destinadas a tornar seus aviões mais econômicos e ecológicos do que os modelos atuais.
Segundo executivos da empresa de Chicago, quando a maior feira internacional do setor de aviação começar na segunda-feira, nos arredores de Londres, a Boeing planeja revelar detalhes sobre possíveis mudanças no projeto dos motores e na tecnologia de asas que serão testadas em um modelo modificado do jato 737, apelidado de ecoDemonstrator.
As novas características ressaltam o foco crescente da indústria da aviação no desenvolvimento de aviões que queimem menos combustível do que as versões atuais e sejam menos poluentes e mais silenciosos. Reguladores em todo o mundo estão pressionando por essas melhorias.
Depois dos testes de voo previstos para o fim deste ano, algumas das mudanças poderiam ser inseridas em novos aviões Boeing dentro de alguns anos, informou a empresa. As tecnologias, que devem ser apresentadas na Feira Internacional de Aviação de Farnborough, incluem desde controles avançados de vibração de turbinas que reduzem o ruído e os custos de manutenção até versões atualizadas de bordas traseiras ajustáveis de asas capazes de suportar ascensões mais rápidas e menos ruidosas, de acordo com David Akiyama, gerente do programa de testes da Boeing.
Akiyama disse em uma entrevista ao The Wall Street Journal que as seções traseiras das asas do Boeing 737 especialmente equipado serão capazes de se dobrar automaticamente para cima ou para baixo, provavelmente menos de 30 centímetros, a fim de proporcionar a forma mais eficiente em termos de aerodinâmica durante o plano de subida, cruzeiro e descida.
As melhorias poderiam gerar uma economia significativa de combustível num futuro próximo. Em um novo avião, por exemplo, Akiyama calcula que só as modificações da asa poderiam gerar uma redução de até 2% no consumo anual de combustível.
O avião 737 de demonstração ainda está sendo preparado pela Boeing e empresas terceirizadas e por isso não será exibido durante a feira em Farnborough.
A Boeing também planeja testar este ano um recurso que permite que o diâmetro do bocal de escape de uma turbina se expanda durante pousos e decolagens, a fim de otimizar o fluxo de ar durante diferentes fases do voo. A expectativa é de que aviões equipados com essa tecnologia façam menos ruído e queimem menos combustível.
Para o próximo ano, a Boeing testará uma série de modificações em um de seus modelos 787 Dreamliner, de acordo com funcionários da indústria e da empresa. A Boeing não deu detalhes sobre essas potenciais mudanças.
Os testes de voo 787 provavelmente incluirão um novo recurso de segurança na cabine destinado a ajudar os pilotos a se recuperar de panes durante o voo ou outras manobras inusitadas que poderiam levá-los a perder o controle da aeronave, disseram os executivos.
O sistema proposto para o 787 oferece pistas visuais instantâneas e proeminentes - setas de cores brilhantes que surgem nos monitores da cabine - para ajudar os pilotos a se recuperar de falhas de motor ou outras situações extremas que podem deixá-los confusos sobre a automatização ou trajetória do avião.
Os acidentes por perda de controle são os tipos mais frequentes e mais mortais de quedas de aviões comerciais no mundo. A ênfase da Boeing na prevenção deles remete a uma profusão de estudos internacionais e iniciativas para melhorar alertas de bordo e o treinamento de pilotos.
Um estudo conjunto da indústria aeronáutica e da FAA, a agência governamental americana que regula a aviação, a ser divulgado nos próximos meses, chegou à conclusão preliminar de que os acidentes por perda de controle muitas vezes decorrem da dependência crescente da automação combinada com uma queda nas habilidades manuais dos pilotos, de acordo com especialistas da indústria e a FAA.
Desenvolvido pela Honeywell Internacional Inc. em conjunto com a Boeing, os novos alertas na cabine são vistos como um antídoto parcial para tais riscos. Eles têm o objetivo de aconselhar os pilotos sobre como manipular os controles de um avião em caso de emergência, através de instruções que não estão disponíveis nos modelos atuais da Boeing. As companhias aéreas provavelmente vão adotar amplamente a tecnologia porque o sistema está projetado para exigir apenas atualizações de software relativamente baratas no equipamento de controle de voo e monitores da cabine atuais.
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