[Internacional] Novo presidente da Airbus rebate dúvidas sobre o futuro do A350
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[Internacional] Novo presidente da Airbus rebate dúvidas sobre o futuro do A350
Valor Econômico
26/06/2012
Novo presidente da Airbus rebate dúvidas sobre o futuro do A350
Por Andrew Parker | Financial Times, de Londres
O novo executivo-chefe da Airbus, Fabrice Brégier, está disposto a "apostar" que o jato de passageiros A350 de fuselagem larga da fabricante europeia de aviões não sofrerá os mesmos atrasos de três anos da Boeing com seu 787 Dreamliner.
Em sua primeira entrevista desde que assumiu o principal cargo na Airbus, em 1º de junho, Brégier disse acreditar que a empresa poderá cumprir a meta, que já passou por revisões, de entregar o A350 para seu primeiro cliente no primeiro semestre de 2014. O executivo-chefe descreveu o cronograma como "desafiador", mas "alcançável".
Os acionistas da EADS, grupo que controla a Airbus, estão preocupados com a possibilidade de graves atrasos no A350, depois dos sérios problemas de produção e atrasos com o superjumbo A380 da mesma companhia.
Os problemas com o modelo foram um grande transtorno para os lucros da Airbus e, consequentemente, da EADS, sendo que o programa do superjumbo apenas deixará de ser deficitário e passará a igualar despesas e receitas em 2015.
O programa do A350 já passou por dois adiamentos, com a data de entrega do primeiro A350 passando de meados de 2013 para possivelmente meados de 2014, em parte, por problemas com fornecedores de peças.
Perguntado se poderia tranquilizar os investidores de que o A350 não sofreria os mesmos três anos de atrasos do 787 de fuselagem larga da Boeing antes de ser entregue a seu primeiro cliente, Brégier disse ao "Financial Times" estar "disposto a fazer essa aposta [de que não haveria atraso de três anos]."
"Vamos colocar desta forma, [a Airbus se sairá] melhor com o A350 do que o consenso do mercado acredita", acrescentou.
Em seu cargo anterior, como diretor operacional da Airbus, Brégier estava encarregado do programa do A350, superior a €10 bilhões. Como executivo-chefe, manterá essa responsabilidade.
A Boeing enfrentou longos atrasos com o 787, em parte, porque promoveu um grande salto tecnológico. Ao em vez de usar uma liga de alumínio, a companhia produziu a aeronave essencialmente com uma espécie de plástico reforçado por fibra de carbono. O material é mais leve que o alumínio e, portanto, traz economia significativa no consumo de combustível.
Com o A350, a Airbus embarca em um salto tecnológico semelhante, com cerca de 53% do avião sendo feito de fibra de carbono.
O programa do 787 da Boeing também teve dificuldades por problemas com os fornecedores. As complicações da Airbus com fornecedores de componentes do A350 também influenciaram o anúncio da EADS, em novembro, de que a data de "entrada em operação" do modelo poderia ser adiada para meados de 2014.
Brégier reiterou que Airbus está bem posicionada para aumentar os lucros e dar uma maior contribuição aos resultados da EADS, escorada no aumento da produção de aeronaves.
26/06/2012
Novo presidente da Airbus rebate dúvidas sobre o futuro do A350
Por Andrew Parker | Financial Times, de Londres
O novo executivo-chefe da Airbus, Fabrice Brégier, está disposto a "apostar" que o jato de passageiros A350 de fuselagem larga da fabricante europeia de aviões não sofrerá os mesmos atrasos de três anos da Boeing com seu 787 Dreamliner.
Em sua primeira entrevista desde que assumiu o principal cargo na Airbus, em 1º de junho, Brégier disse acreditar que a empresa poderá cumprir a meta, que já passou por revisões, de entregar o A350 para seu primeiro cliente no primeiro semestre de 2014. O executivo-chefe descreveu o cronograma como "desafiador", mas "alcançável".
Os acionistas da EADS, grupo que controla a Airbus, estão preocupados com a possibilidade de graves atrasos no A350, depois dos sérios problemas de produção e atrasos com o superjumbo A380 da mesma companhia.
Os problemas com o modelo foram um grande transtorno para os lucros da Airbus e, consequentemente, da EADS, sendo que o programa do superjumbo apenas deixará de ser deficitário e passará a igualar despesas e receitas em 2015.
O programa do A350 já passou por dois adiamentos, com a data de entrega do primeiro A350 passando de meados de 2013 para possivelmente meados de 2014, em parte, por problemas com fornecedores de peças.
Perguntado se poderia tranquilizar os investidores de que o A350 não sofreria os mesmos três anos de atrasos do 787 de fuselagem larga da Boeing antes de ser entregue a seu primeiro cliente, Brégier disse ao "Financial Times" estar "disposto a fazer essa aposta [de que não haveria atraso de três anos]."
"Vamos colocar desta forma, [a Airbus se sairá] melhor com o A350 do que o consenso do mercado acredita", acrescentou.
Em seu cargo anterior, como diretor operacional da Airbus, Brégier estava encarregado do programa do A350, superior a €10 bilhões. Como executivo-chefe, manterá essa responsabilidade.
A Boeing enfrentou longos atrasos com o 787, em parte, porque promoveu um grande salto tecnológico. Ao em vez de usar uma liga de alumínio, a companhia produziu a aeronave essencialmente com uma espécie de plástico reforçado por fibra de carbono. O material é mais leve que o alumínio e, portanto, traz economia significativa no consumo de combustível.
Com o A350, a Airbus embarca em um salto tecnológico semelhante, com cerca de 53% do avião sendo feito de fibra de carbono.
O programa do 787 da Boeing também teve dificuldades por problemas com os fornecedores. As complicações da Airbus com fornecedores de componentes do A350 também influenciaram o anúncio da EADS, em novembro, de que a data de "entrada em operação" do modelo poderia ser adiada para meados de 2014.
Brégier reiterou que Airbus está bem posicionada para aumentar os lucros e dar uma maior contribuição aos resultados da EADS, escorada no aumento da produção de aeronaves.
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