[Brasil] Jovens do DF querem usar carcaça de Boeing como espaço de trabalho
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[Brasil] Jovens do DF querem usar carcaça de Boeing como espaço de trabalho
Aviões da Vasp e TransBrasil estão abandonados no aeroporto de Brasília.
De acordo com CNJ, há 43 aeronaves paradas em terminais brasileiros.
Aeronaves da Vasp e da TransBrasil em pátio do aeroporto de Brasília (Foto: Jamila Tavares / G1)
Um grupo de jovens empreendedores de Brasília planeja usar a carcaça abandonada de um Boeing 767-200 como espaço de trabalho coletivo para empresários. A ideia foi desenvolvida pelo advogado André Soares, de 27 anos, depois que ele viu aviões abandonados no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
“Retornando de uma viagem a São Paulo, avistei pela janelinha do avião as carcaças dos 767 da TransBrasil e daí veio o insight. Por que não num avião?”
Soares conta que, junto com os sócios Rafael Dutra, Gustavo Amora e Renan Carvalho, já estava procurando um lugar para reunir jovens empreendedores. “Tinha lembrado que nos EUA haviam casas feitas a partir da carcaça de aviões e que em Estocolmo havia um hostel construído na fuselagem de um Jumbo. Mas onde compraria um avião? Assim que cheguei em casa, vi uma reportagem sobre o programa Espaço Livre Aeroportos”, disse.
Lançado em fevereiro do ano passado, o programa do Conselho Nacional de Justiça busca remover dos aeroportos
brasileiros as aeronaves que estão sob custódia da Justiça ou que foram apreendidas em processos criminais.
“Temos atualmente 43 aeronaves de grande porte nos aeroportos. Elas estão em Manaus, Brasília, Salvador, Recife, Guarulhos, Confins e em São Luís, no Maranhão. São aviões da Varig, da Varig Log, da TransBrasil e da Vasp”, explica o juiz coordenador do programa Espaço Livre Aeroportos, juiz Marlos Melek.
Hoje, três unidades do modelo 767-200 estão abandonadas no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Elas integravam a frota da TransBrasil e, junto com três aeronaves que pertenciam à Vasp e que também estão no pátio do JK, representam 13,95% do total de carcaças de aviões de grande porte paradas em aeroportos brasileiros.
Para Soares, não há em Brasília incentivos para quem está começando ou pensando em começar um negócio. Ele diz que a cidade foi construída como símbolo de inovação, mas acredita que esse espírito se perdeu.
“Atualmente, quando se fala sobre Brasília as pessoas pensam em burocracia, governo, política, concursos públicos. Empreendedorismo, inovação e criatividade mal figuram no imaginário popular. Muitos dos que querem empreender e inovar, não encontram espaço e se mudam para outras cidades onde acreditam ter mais chances”, fala Soares.
Fuselagem das aeronaves que estão no aeroporto de Brasília está danificada pela ação do tempo. Itens de maior valor comercial, como as turbinas, já foram retiradas (Foto: Jamila Tavares / G1)
Mais sobre esta matéria e também um vídeo, clique aqui
Fonte: G1 globo.com
De acordo com CNJ, há 43 aeronaves paradas em terminais brasileiros.
Aeronaves da Vasp e da TransBrasil em pátio do aeroporto de Brasília (Foto: Jamila Tavares / G1)
Um grupo de jovens empreendedores de Brasília planeja usar a carcaça abandonada de um Boeing 767-200 como espaço de trabalho coletivo para empresários. A ideia foi desenvolvida pelo advogado André Soares, de 27 anos, depois que ele viu aviões abandonados no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
“Retornando de uma viagem a São Paulo, avistei pela janelinha do avião as carcaças dos 767 da TransBrasil e daí veio o insight. Por que não num avião?”
Soares conta que, junto com os sócios Rafael Dutra, Gustavo Amora e Renan Carvalho, já estava procurando um lugar para reunir jovens empreendedores. “Tinha lembrado que nos EUA haviam casas feitas a partir da carcaça de aviões e que em Estocolmo havia um hostel construído na fuselagem de um Jumbo. Mas onde compraria um avião? Assim que cheguei em casa, vi uma reportagem sobre o programa Espaço Livre Aeroportos”, disse.
Lançado em fevereiro do ano passado, o programa do Conselho Nacional de Justiça busca remover dos aeroportos
brasileiros as aeronaves que estão sob custódia da Justiça ou que foram apreendidas em processos criminais.
“Temos atualmente 43 aeronaves de grande porte nos aeroportos. Elas estão em Manaus, Brasília, Salvador, Recife, Guarulhos, Confins e em São Luís, no Maranhão. São aviões da Varig, da Varig Log, da TransBrasil e da Vasp”, explica o juiz coordenador do programa Espaço Livre Aeroportos, juiz Marlos Melek.
Hoje, três unidades do modelo 767-200 estão abandonadas no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Elas integravam a frota da TransBrasil e, junto com três aeronaves que pertenciam à Vasp e que também estão no pátio do JK, representam 13,95% do total de carcaças de aviões de grande porte paradas em aeroportos brasileiros.
Para Soares, não há em Brasília incentivos para quem está começando ou pensando em começar um negócio. Ele diz que a cidade foi construída como símbolo de inovação, mas acredita que esse espírito se perdeu.
“Atualmente, quando se fala sobre Brasília as pessoas pensam em burocracia, governo, política, concursos públicos. Empreendedorismo, inovação e criatividade mal figuram no imaginário popular. Muitos dos que querem empreender e inovar, não encontram espaço e se mudam para outras cidades onde acreditam ter mais chances”, fala Soares.
Fuselagem das aeronaves que estão no aeroporto de Brasília está danificada pela ação do tempo. Itens de maior valor comercial, como as turbinas, já foram retiradas (Foto: Jamila Tavares / G1)
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