[Brasil] Nova ala do Salgado Filho já apresenta sinais de deterioração.
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[Brasil] Nova ala do Salgado Filho já apresenta sinais de deterioração.
AVIAÇÃO Notícia da edição impressa de 11/06/2012
Nova ala do Salgado Filho já apresenta sinais de deterioração
Cinco meses após ser liberado ao fluxo de passageiros, no final de dezembro, o Módulo Operacional Provisório (MOP) do Aeroporto Internacional Salgado Filho já precisou de reparos. Desde maio, passaram a ser comuns consertos em partes do piso laminado de madeira. O desgaste em pouco tempo está associado ao grande tráfego de pessoas e ao vaivém de malas e outros tipos de bagagens. A Infraero admite que o mesmo problema ocorre em outros MOPs dos oito em funcionamento no País. O piso é a típica solução, vista como mais rápida e mais barata para montar os módulos ou “puxadinhos” (apelido dado pelas companhias aéreas), que pode acabar custando mais aos cofres públicos.
O contraste é grande entre o revestimento em granito dos demais setores do Terminal de Passageiros 1 (TPS1) do Salgado Filho e a nova área. Os 20 balcões da TAM ocupam o saguão de acesso, onde estão os pontos que já sofreram danos. As juntas que conectam as lâminas de madeira saltaram em alguns locais, deixando fissuras e o piso inferior à vista. Em 14 de maio, a reportagem do Jornal do Comércio flagrou que faltavam partes das conexões. O material depois foi pregado de volta, quando deveria ficar acoplado. Segundo fabricantes, a correta instalação impede que, na movimentação das lâminas, que é previsível, o encaixe salte.
Na quarta-feira passada, o estrago era visível em frente a um dos balcões de check-in. “É perigoso para uma cliente que esteja usando um salto muito fino, que pode ficar preso na fresta”, adverte uma agente de embarque da TAM, que pediu para não ser identificada. Os funcionários descrevem como “sensação estranha” circular na área. “Parece que está oco”, resume a agente. O engenheiro Leandro Oliveira, que fazia o check-in, surpreendeu-se com os danos em poucos meses. Há ainda deterioração da superfície do revestimento, mas ainda incipiente. “Este tipo de problema levaria anos para ocorrer. Dá para usar este piso, mas precisa ser bem instalado, pois se moverá muito nessas condições”, observou o usuário.
“Avisamos a estatal em Porto Alegre. Fizemos um laudo técnico indicando que o material não seria adequado devido ao alto tráfego. Há risco ainda de derramarem água ou outros produtos, causando mais danos. Mas não adiantou”, isenta-se o diretor comercial da Erobravin, Renato Moreira, que executou a obra de instalação e garante que o desgaste não pode ser atribuído a erros na execução. “Compramos o mais caro. Se tivesse feito de pedra, teria saído pelo mesmo valor”, acrescenta o diretor. O superintendente regional da Infraero, Carlos Alberto de Souza, justificou que a sugestão da executante não foi atendida, pois o módulo desaparecerá na ampliação do terminal de passageiros, ainda sem prazo. “O custo seria maior e a intenção não era instalar um piso de uso permanente.”
Souza concorda que o fluxo intenso gera desgaste e que sua equipe monitora diariamente para fazer reparos. “Veremos outro material mais resistente na ampliação”, compromete-se o superintendente regional, negando que os defeitos e as sucessivas correções estejam gerando mais gastos que se a opção tivesse sido por outro revestimento. “A manutenção custa menos. É mais nas juntas”, defende-se Souza. A mesma alegação – “é para ser provisório” - é dada pelo superintendente de Estudos e Projetos de Empreendimentos da Infraero em Brasília, Jonas Lopes. “Avaliamos o desgaste e, se precisar trocamos o material”, explicou Lopes, lembrando que sempre é analisado se o dano tem origem na má colocação - neste caso a empresa licitada será responsabilizada - ou no uso.
Em Porto Alegre, a Erobravin não foi acionada por falha na implantação do MOP até agora. A empresa chegou a ser multada em mais de R$ 400 mil por atraso na entrega da obra em fim de 2011 e das câmeras de vídeo de segurança. O equipamento é importado e só foi repassado à administração do aeroporto no mês passado. Falta ainda quitar R$ 700 mil da fatura de R$ 4,5 milhões, segundo Souza. Renato Moreira alega que a situação está gerando dificuldades para manter a operação. A Eurobravin também está fazendo o MOP do aeroporto de Teresina, no Piauí.
Terminal de Brasília deu alerta para problemas com uso do laminado
O superintendente de Estudos e Projetos de Empreendimentos da Infraero em Brasília, Jonas Lopes, rende-se: “Quatro a cinco meses é pouco tempo mesmo para dar problema”. Segundo Lopes, o desgaste é diretamente proporcional ao uso. E a Infraero sabia que o piso laminado vinha apresentando histórico nada bom. Em Brasília, onde foi inaugurado o primeiro MOP em 2010, surgiram os desgastes. “O terreno oscilava muito e gerava movimento, causando a quebra do material. Corrigimos para outras contratações”, certificou o executivo da estatal. O fato levou a alterar o tipo de material para algumas áreas, como o local onde fica o raio-x, o que ocorreu no MOP do terminal de Campinas.
“O MOP terá de sair de Porto Alegre em até quatro anos. O piso onde ele foi montado não suportaria granito”, emendou Lopes. O módulo tem capacidade para despachar por ano 1,5 milhão de passageiros e abriga uma das duas áreas de embarque, com três processadores de raio-x, equipamentos mais pesados. O puxadinho de Goiânia, feito pela Eurobravin e que é usado hoje como cartão postal do município, cita o diretor comercial da empresa, Renato Moreira, foi outro que precisou trocar parte do piso.
O uso de laminado chamou a atenção até do segmento mais interessado na demanda dos MOPs. O gerente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alto Resistência (Abiplar), Carlos Eduardo Mariotti, comenta que percebeu o piso “fofo” no teminal da capital federal, sinal de que havia falhas no contrapiso, que sustenta o material. Mariotti ressalta que os laminados podem ser aplicados a todos os tipos de ambientes, desde que projetistas e contratantes observem especificações dos produtos adequados. “Há classes ajustadas a cada local”, destaca o gerente-executivo da Abiplar. Entre quesitos a serem observados, estão dilatação e espaço para movimentação de cada placa. Praticidade e agilidade na instalação atraem para a aplicação. A produção industrial nacional cresce 10% ao ano, e 85% da demanda é ainda residencial.
Via CR.
Nova ala do Salgado Filho já apresenta sinais de deterioração
Cinco meses após ser liberado ao fluxo de passageiros, no final de dezembro, o Módulo Operacional Provisório (MOP) do Aeroporto Internacional Salgado Filho já precisou de reparos. Desde maio, passaram a ser comuns consertos em partes do piso laminado de madeira. O desgaste em pouco tempo está associado ao grande tráfego de pessoas e ao vaivém de malas e outros tipos de bagagens. A Infraero admite que o mesmo problema ocorre em outros MOPs dos oito em funcionamento no País. O piso é a típica solução, vista como mais rápida e mais barata para montar os módulos ou “puxadinhos” (apelido dado pelas companhias aéreas), que pode acabar custando mais aos cofres públicos.
O contraste é grande entre o revestimento em granito dos demais setores do Terminal de Passageiros 1 (TPS1) do Salgado Filho e a nova área. Os 20 balcões da TAM ocupam o saguão de acesso, onde estão os pontos que já sofreram danos. As juntas que conectam as lâminas de madeira saltaram em alguns locais, deixando fissuras e o piso inferior à vista. Em 14 de maio, a reportagem do Jornal do Comércio flagrou que faltavam partes das conexões. O material depois foi pregado de volta, quando deveria ficar acoplado. Segundo fabricantes, a correta instalação impede que, na movimentação das lâminas, que é previsível, o encaixe salte.
Na quarta-feira passada, o estrago era visível em frente a um dos balcões de check-in. “É perigoso para uma cliente que esteja usando um salto muito fino, que pode ficar preso na fresta”, adverte uma agente de embarque da TAM, que pediu para não ser identificada. Os funcionários descrevem como “sensação estranha” circular na área. “Parece que está oco”, resume a agente. O engenheiro Leandro Oliveira, que fazia o check-in, surpreendeu-se com os danos em poucos meses. Há ainda deterioração da superfície do revestimento, mas ainda incipiente. “Este tipo de problema levaria anos para ocorrer. Dá para usar este piso, mas precisa ser bem instalado, pois se moverá muito nessas condições”, observou o usuário.
“Avisamos a estatal em Porto Alegre. Fizemos um laudo técnico indicando que o material não seria adequado devido ao alto tráfego. Há risco ainda de derramarem água ou outros produtos, causando mais danos. Mas não adiantou”, isenta-se o diretor comercial da Erobravin, Renato Moreira, que executou a obra de instalação e garante que o desgaste não pode ser atribuído a erros na execução. “Compramos o mais caro. Se tivesse feito de pedra, teria saído pelo mesmo valor”, acrescenta o diretor. O superintendente regional da Infraero, Carlos Alberto de Souza, justificou que a sugestão da executante não foi atendida, pois o módulo desaparecerá na ampliação do terminal de passageiros, ainda sem prazo. “O custo seria maior e a intenção não era instalar um piso de uso permanente.”
Souza concorda que o fluxo intenso gera desgaste e que sua equipe monitora diariamente para fazer reparos. “Veremos outro material mais resistente na ampliação”, compromete-se o superintendente regional, negando que os defeitos e as sucessivas correções estejam gerando mais gastos que se a opção tivesse sido por outro revestimento. “A manutenção custa menos. É mais nas juntas”, defende-se Souza. A mesma alegação – “é para ser provisório” - é dada pelo superintendente de Estudos e Projetos de Empreendimentos da Infraero em Brasília, Jonas Lopes. “Avaliamos o desgaste e, se precisar trocamos o material”, explicou Lopes, lembrando que sempre é analisado se o dano tem origem na má colocação - neste caso a empresa licitada será responsabilizada - ou no uso.
Em Porto Alegre, a Erobravin não foi acionada por falha na implantação do MOP até agora. A empresa chegou a ser multada em mais de R$ 400 mil por atraso na entrega da obra em fim de 2011 e das câmeras de vídeo de segurança. O equipamento é importado e só foi repassado à administração do aeroporto no mês passado. Falta ainda quitar R$ 700 mil da fatura de R$ 4,5 milhões, segundo Souza. Renato Moreira alega que a situação está gerando dificuldades para manter a operação. A Eurobravin também está fazendo o MOP do aeroporto de Teresina, no Piauí.
Terminal de Brasília deu alerta para problemas com uso do laminado
O superintendente de Estudos e Projetos de Empreendimentos da Infraero em Brasília, Jonas Lopes, rende-se: “Quatro a cinco meses é pouco tempo mesmo para dar problema”. Segundo Lopes, o desgaste é diretamente proporcional ao uso. E a Infraero sabia que o piso laminado vinha apresentando histórico nada bom. Em Brasília, onde foi inaugurado o primeiro MOP em 2010, surgiram os desgastes. “O terreno oscilava muito e gerava movimento, causando a quebra do material. Corrigimos para outras contratações”, certificou o executivo da estatal. O fato levou a alterar o tipo de material para algumas áreas, como o local onde fica o raio-x, o que ocorreu no MOP do terminal de Campinas.
“O MOP terá de sair de Porto Alegre em até quatro anos. O piso onde ele foi montado não suportaria granito”, emendou Lopes. O módulo tem capacidade para despachar por ano 1,5 milhão de passageiros e abriga uma das duas áreas de embarque, com três processadores de raio-x, equipamentos mais pesados. O puxadinho de Goiânia, feito pela Eurobravin e que é usado hoje como cartão postal do município, cita o diretor comercial da empresa, Renato Moreira, foi outro que precisou trocar parte do piso.
O uso de laminado chamou a atenção até do segmento mais interessado na demanda dos MOPs. O gerente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alto Resistência (Abiplar), Carlos Eduardo Mariotti, comenta que percebeu o piso “fofo” no teminal da capital federal, sinal de que havia falhas no contrapiso, que sustenta o material. Mariotti ressalta que os laminados podem ser aplicados a todos os tipos de ambientes, desde que projetistas e contratantes observem especificações dos produtos adequados. “Há classes ajustadas a cada local”, destaca o gerente-executivo da Abiplar. Entre quesitos a serem observados, estão dilatação e espaço para movimentação de cada placa. Praticidade e agilidade na instalação atraem para a aplicação. A produção industrial nacional cresce 10% ao ano, e 85% da demanda é ainda residencial.
Via CR.
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