[Internacinal] Latam já é vice-líder em lista global.
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[Internacinal] Latam já é vice-líder em lista global.
Valor Econômico
11/06/2012
Latam já é vice-líder em lista global
Por Alberto Komatsu | De São Paulo
A Latam, fusão entre a chilena LAN Airlines e a brasileira TAM Linhas Aéreas, já é o segundo maior grupo do setor no mundo em valor de mercado, atrás apenas da Air China. A constatação é de um levantamento da consultoria Bain & Company. Por essa análise, feita em janeiro deste ano, a Latam valia € 8,4 bilhões e a Air China € 9,1 bilhões.
O estudo mostra a evolução do ranking dos 20 maiores grupos aéreos do mundo, de janeiro de 1999 a janeiro de 2012. Nesse intervalo, houve uma inversão do perfil do setor. Em apenas 12 anos, a aviação mundial deixou de ser liderada pelo "velho mundo" (empresas americanas e europeias), para ser dominada, agora, por companhias de países emergentes.
"Houve uma renovação do ranking, com o desenvolvimento das empresas de países emergentes", afirma o especialista em aviação da consultoria, André Castellini. De acordo com ele, contribuiu para o atual panorama da aviação mundial o fato de muitas empresas terem quebrado e a onda de consolidação, nos últimos 12 anos.
Em 1999, entre as 20 maiores, estavam oito empresas americanas e seis europeias. Entre as 10 maiores por valor de mercado eram cinco dos Estados Unidos e três da Europa.
Seis anos depois, em 2005, três empresas entraram em concordata (United, US Airways e Swiss) e duas foram alvo de consolidação - a Comair, dos Estados Unidos foi comprada pela também americana Delta e a holandesa KLM foi adquirida pela Air France).
"Essa análise comprova a volatilidade do setor e as dificuldades em se ganhar dinheiro na aviação", diz Castellini. No cenário de janeiro de 2012, o especialista enfatiza a maior mudança de perfil. Entre as 20 maiores empresas aéreas do mundo, mais duas pediram concordata (American Airlines e Japan Airlines) e nove estiveram envolvidas em processos de aquisições ou fusões nos últimos anos. Além dos negócios entre Comair e Delta, e Air France e KLM, as americanas United e Continental se uniram, assim como as europeias British Airways e Iberia. A Swiss foi adquirida pela alemã Lufthansa e a NWA se juntou à Delta.
"O levantamento mostra que algumas empresas sumiram, outras reapareceram com acionistas diferentes. Isso comprova como é difícil manter a rentabilidade no setor aéreo no longo prazo", acrescenta Castellini.
Com isso, metade do ranking passou a ser integrado por empresas que ainda não haviam entrado na lista. O destaque fica para as empresas aéreas de países emergentes, com oito empresas da Ásia e do Oriente Médio e duas da América Latina. Só restaram três americanas e duas europeias.
Entre os cinco maiores grupos aéreos do mundo, Castellini chama a atenção para o fato de quatro serem de países emergentes, Air China, Latam, Singapore e Emirates. Nesse grupo, o especialista ressalta que três recebem subsídios governamentais, restando apenas a Latam como companhia aérea totalmente privada e sem ajuda dos governos de seus respectivos países.
Outro dado que chama a atenção no levantamento é a presença, no raking deste ano, de duas empresas aéreas de baixos custos: a irlandesa Ryanair, em sexto lugar, com valor de mercado de € 5,3 bilhões, e a britânica Easyjet, na 19ª posição, avaliada em € 2 bilhões.
11/06/2012
Latam já é vice-líder em lista global
Por Alberto Komatsu | De São Paulo
A Latam, fusão entre a chilena LAN Airlines e a brasileira TAM Linhas Aéreas, já é o segundo maior grupo do setor no mundo em valor de mercado, atrás apenas da Air China. A constatação é de um levantamento da consultoria Bain & Company. Por essa análise, feita em janeiro deste ano, a Latam valia € 8,4 bilhões e a Air China € 9,1 bilhões.
O estudo mostra a evolução do ranking dos 20 maiores grupos aéreos do mundo, de janeiro de 1999 a janeiro de 2012. Nesse intervalo, houve uma inversão do perfil do setor. Em apenas 12 anos, a aviação mundial deixou de ser liderada pelo "velho mundo" (empresas americanas e europeias), para ser dominada, agora, por companhias de países emergentes.
"Houve uma renovação do ranking, com o desenvolvimento das empresas de países emergentes", afirma o especialista em aviação da consultoria, André Castellini. De acordo com ele, contribuiu para o atual panorama da aviação mundial o fato de muitas empresas terem quebrado e a onda de consolidação, nos últimos 12 anos.
Em 1999, entre as 20 maiores, estavam oito empresas americanas e seis europeias. Entre as 10 maiores por valor de mercado eram cinco dos Estados Unidos e três da Europa.
Seis anos depois, em 2005, três empresas entraram em concordata (United, US Airways e Swiss) e duas foram alvo de consolidação - a Comair, dos Estados Unidos foi comprada pela também americana Delta e a holandesa KLM foi adquirida pela Air France).
"Essa análise comprova a volatilidade do setor e as dificuldades em se ganhar dinheiro na aviação", diz Castellini. No cenário de janeiro de 2012, o especialista enfatiza a maior mudança de perfil. Entre as 20 maiores empresas aéreas do mundo, mais duas pediram concordata (American Airlines e Japan Airlines) e nove estiveram envolvidas em processos de aquisições ou fusões nos últimos anos. Além dos negócios entre Comair e Delta, e Air France e KLM, as americanas United e Continental se uniram, assim como as europeias British Airways e Iberia. A Swiss foi adquirida pela alemã Lufthansa e a NWA se juntou à Delta.
"O levantamento mostra que algumas empresas sumiram, outras reapareceram com acionistas diferentes. Isso comprova como é difícil manter a rentabilidade no setor aéreo no longo prazo", acrescenta Castellini.
Com isso, metade do ranking passou a ser integrado por empresas que ainda não haviam entrado na lista. O destaque fica para as empresas aéreas de países emergentes, com oito empresas da Ásia e do Oriente Médio e duas da América Latina. Só restaram três americanas e duas europeias.
Entre os cinco maiores grupos aéreos do mundo, Castellini chama a atenção para o fato de quatro serem de países emergentes, Air China, Latam, Singapore e Emirates. Nesse grupo, o especialista ressalta que três recebem subsídios governamentais, restando apenas a Latam como companhia aérea totalmente privada e sem ajuda dos governos de seus respectivos países.
Outro dado que chama a atenção no levantamento é a presença, no raking deste ano, de duas empresas aéreas de baixos custos: a irlandesa Ryanair, em sexto lugar, com valor de mercado de € 5,3 bilhões, e a britânica Easyjet, na 19ª posição, avaliada em € 2 bilhões.
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