[Internacional] MAPLE FLAG – Comandante canadense fala sobre participação brasileira no exercício.
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[Internacional] MAPLE FLAG – Comandante canadense fala sobre participação brasileira no exercício.
MAPLE FLAG – Comandante canadense fala sobre participação brasileira no exercício
O Coronel da Real Força Aérea Canadense, Patrice Laroche, comandante da Base Aérea de Cold Lake, que promove o exercício de treinamento de combate aéreo Maple Flag, falou em entrevista à Agência Força Aérea sobre a participação brasileira e o futuro do exercício.
Ex-piloto de caça CF-18 Hornet, o Coronel Laroche explicou a origem do exercício, na década de 70, logo após o término da Guerra no Vietnã. Ele conta que inicialmente a Maple Flag era uma cópia da Red Flag e que foi mudando com o tempo, principalmente depois da guerra fria. "Naquela época, nós percebemos que os canadenses precisavam de mais treinamento antes de ir para o combate. Nós não tínhamos missões reais, então era arriscado. De lá pra cá, a Maple Flag já tem mais de 34 anos", disse.
Após alguns convites, essa é a primeira vez que o Brasil participa do exercício. Para o comandante, a participação brasileira, através do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa, tem sido excelente. "Definitivamente, pelo que ouvi e falei com as tripulações, vocês se integraram rapidamente, aprendendo logo as lições passadas. Além disso, vocês têm grande cooperação e compartilham o conhecimento brasileiro. Eu acho que está sendo um tremendo sucesso", afirmou.
Para o comandante da Base Aérea de Cold Lake, o maior ganho da Maple Flag é a possibilidade de promover o treinamento e integração entre nações do mundo inteiro. "Após mais de três décadas, eu acho que o maior ganho é ter aqui pessoas de vários países diferentes. Não somente americanos, mas europeus e outros parceiros. E quando você se encontra em um teatro de operações real com países que você já treinou, isso se torna muito mais fácil. Então a grande conquista é criar essa parceria, que é maravilhosa", disse.
De acordo com o Coronel, atualmente são raros os conflitos envolvendo somente duas nações. Agora, as guerras envolvem vários atores, que se juntam para proteger seus interesses. Segundo ele, as alianças atuais vão além de tratados como o da OTAN. E para criar novas alianças, nada melhor do que um exercício de treinamento como a Maple Flag, que capacita e promove o compartilhamento de experiências entre diversos países.
O Coronel Laroche lembra ainda que uma das principais vantagens da Maple Flag com relação à Red Flag, conduzida pelos Estados Unidos, é a sua adaptabilidade. Diferentemente do exercício americano, que já vem com um cenário pré-definido e soluções prontas, a Maple Flag depende das ações e desejos dos participantes.
O comandante também fez um balanço positivo das duas primeiras semanas de exercício. Apesar do tempo ter atrapalhado alguns voos esta semana, ele acredita que as tripulações têm alcançado seus objetivos. Para o futuro, o aviador canadense espera mudanças. Segundo ele, o exercício se transforma de acordo com os participantes. Um exemplo é a presença das forças especiais paraquedistas alemãs. Ele ressalta ainda o desejo ter mais participações da Marinha e Exército e a aquisição de mais tecnologia, tornando o cenário de guerra ainda mais real para os países envolvidos.
Para encerrar a entrevista, o Coronel Laroche disse que deseja rever os brasileiros em breve. "E eu espero que a Força Aérea Brasileira continue enviando os melhores de vocês para virem treinar conosco nas futuras edições da Maple Flag", finalizou.
Aeronaves que participaram do treinamento:
Fonte: Agência Força Aérea
O Coronel da Real Força Aérea Canadense, Patrice Laroche, comandante da Base Aérea de Cold Lake, que promove o exercício de treinamento de combate aéreo Maple Flag, falou em entrevista à Agência Força Aérea sobre a participação brasileira e o futuro do exercício.
Ex-piloto de caça CF-18 Hornet, o Coronel Laroche explicou a origem do exercício, na década de 70, logo após o término da Guerra no Vietnã. Ele conta que inicialmente a Maple Flag era uma cópia da Red Flag e que foi mudando com o tempo, principalmente depois da guerra fria. "Naquela época, nós percebemos que os canadenses precisavam de mais treinamento antes de ir para o combate. Nós não tínhamos missões reais, então era arriscado. De lá pra cá, a Maple Flag já tem mais de 34 anos", disse.
Após alguns convites, essa é a primeira vez que o Brasil participa do exercício. Para o comandante, a participação brasileira, através do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa, tem sido excelente. "Definitivamente, pelo que ouvi e falei com as tripulações, vocês se integraram rapidamente, aprendendo logo as lições passadas. Além disso, vocês têm grande cooperação e compartilham o conhecimento brasileiro. Eu acho que está sendo um tremendo sucesso", afirmou.
Para o comandante da Base Aérea de Cold Lake, o maior ganho da Maple Flag é a possibilidade de promover o treinamento e integração entre nações do mundo inteiro. "Após mais de três décadas, eu acho que o maior ganho é ter aqui pessoas de vários países diferentes. Não somente americanos, mas europeus e outros parceiros. E quando você se encontra em um teatro de operações real com países que você já treinou, isso se torna muito mais fácil. Então a grande conquista é criar essa parceria, que é maravilhosa", disse.
De acordo com o Coronel, atualmente são raros os conflitos envolvendo somente duas nações. Agora, as guerras envolvem vários atores, que se juntam para proteger seus interesses. Segundo ele, as alianças atuais vão além de tratados como o da OTAN. E para criar novas alianças, nada melhor do que um exercício de treinamento como a Maple Flag, que capacita e promove o compartilhamento de experiências entre diversos países.
O Coronel Laroche lembra ainda que uma das principais vantagens da Maple Flag com relação à Red Flag, conduzida pelos Estados Unidos, é a sua adaptabilidade. Diferentemente do exercício americano, que já vem com um cenário pré-definido e soluções prontas, a Maple Flag depende das ações e desejos dos participantes.
O comandante também fez um balanço positivo das duas primeiras semanas de exercício. Apesar do tempo ter atrapalhado alguns voos esta semana, ele acredita que as tripulações têm alcançado seus objetivos. Para o futuro, o aviador canadense espera mudanças. Segundo ele, o exercício se transforma de acordo com os participantes. Um exemplo é a presença das forças especiais paraquedistas alemãs. Ele ressalta ainda o desejo ter mais participações da Marinha e Exército e a aquisição de mais tecnologia, tornando o cenário de guerra ainda mais real para os países envolvidos.
Para encerrar a entrevista, o Coronel Laroche disse que deseja rever os brasileiros em breve. "E eu espero que a Força Aérea Brasileira continue enviando os melhores de vocês para virem treinar conosco nas futuras edições da Maple Flag", finalizou.
Aeronaves que participaram do treinamento:
Fonte: Agência Força Aérea
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