[Brasil] Infraero busca modelo para acelerar obras no Galeão.
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[Brasil] Infraero busca modelo para acelerar obras no Galeão.
Valor Econômico
06/06/2012
Infraero busca modelo para acelerar obras no Galeão
Por Chico Santos | Do Rio
A Infraero vai utilizar o modelo de obra conhecido no jargão da indústria da construção civil como "fast track" (caminho rápido, na tradução literal) no esforço para concluir a obra de reforma e modernização do Terminal 1 do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro no prazo previsto, que é dezembro de 2013. O "fast track" significa que as obras serão executadas simultaneamente à elaboração do projeto executivo, feito a partir do projeto básico, já concluído. A fórmula é utilizada no Brasil, mas envolve riscos, tanto para o prazo quanto para o custo da obra.
"O problema é que existe um prazo. O tempo para fazer o projeto e depois executar, que é o ideal, leva a uma demora muito grande quando você tem pressa", justifica o engenheiro Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Ele lembra que já na década de 1970 esse método foi utilizado na construção da então chamada Ferrovia do Aço (Minas-Rio-São Paulo). Segundo Bogossian, o segredo nesse tipo de obra é contar com um escritório de projeto muito competente e afinado com a executora da obra.
No caso do Galeão, o projeto está a cargo do escritório Fernandes e Terrugi Consultores Associados e a obra, de um consórcio formado pelas empresas MPE Paulo Otávio, Consbem, IC Supply e Construtora RV. A obra, licitada por R$ 153 milhões, é considerada prioritária para que o aeroporto carioca esteja em condições para suportar o movimento decorrente dos jogos da Copa do Mundo de 2014, cuja partida final e mais outras seis serão disputadas na cidade. Pelo cronograma da Infraero, a estatal que administra os aeroportos brasileiros, a obra de será iniciada logo após a conferência das Nações Unidas Rio+20, marcada para o período de 20 a 22 deste mês.
Para os advogados Marlon Sigueru Ieiri e Fabio Moura, do escritório FHCunha, especializado em obras de infraestrutura, o maior risco é surgirem modificações ao longo da obra. "As mudanças acabam levando ao aumento do tempo e do custo", disse Ieiri. "Qualquer erro pode levar ao retrabalho", emenda Moura.
Na opinião dos dois advogados, "é necessário contar muito com o elemento sorte" para que o "fast track" tenha sucesso, além de uma coordenação estreita entre o projetista e o executor dos trabalhos. Eles avaliam que para executar a obra no prazo previsto também será necessário colocar pessoal extra trabalhando, o que poderá encarecer a modernização do terminal.
Essa parte da obra do Galeão não será a única ligada à Copa do Mundo a ser executada no sistema "fast track". A construção do estádio do Corinthians, a cargo da Odebrecht, utiliza a mesma técnica, também para acelerar os trabalhos. Como no Galeão trata-se de uma reforma e não de uma construção nova, a expectativa de técnicos da Infraero é de que os riscos sejam muito menores.
A Infraero informou ainda que do ponto de vista legal, a execução simultânea do projeto executivo e da obra propriamente dita está prevista na Lei nº 8.666 (Lei das Licitações). O entendimento é de que o projeto básico "possui o conjunto de informações necessário (custo, prazos, tipo de execução, etc) e suficiente para garantir a contratação adequada".
Sobre a construção do novo estacionamento do Terminal 1 do Galeão, a Infraero informou que até o final deste mês ela receberá o estudo de viabilidade que definirá se deverá mesmo ser construído o planejado novo edifício garagem para substituir o atual estacionamento. Além de saturado, o atual estacionamento do Terminal 1 contraria as modernas normas de segurança por estar localizado debaixo das áreas de embarque e de desembarque do terminal.
06/06/2012
Infraero busca modelo para acelerar obras no Galeão
Por Chico Santos | Do Rio
A Infraero vai utilizar o modelo de obra conhecido no jargão da indústria da construção civil como "fast track" (caminho rápido, na tradução literal) no esforço para concluir a obra de reforma e modernização do Terminal 1 do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro no prazo previsto, que é dezembro de 2013. O "fast track" significa que as obras serão executadas simultaneamente à elaboração do projeto executivo, feito a partir do projeto básico, já concluído. A fórmula é utilizada no Brasil, mas envolve riscos, tanto para o prazo quanto para o custo da obra.
"O problema é que existe um prazo. O tempo para fazer o projeto e depois executar, que é o ideal, leva a uma demora muito grande quando você tem pressa", justifica o engenheiro Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Ele lembra que já na década de 1970 esse método foi utilizado na construção da então chamada Ferrovia do Aço (Minas-Rio-São Paulo). Segundo Bogossian, o segredo nesse tipo de obra é contar com um escritório de projeto muito competente e afinado com a executora da obra.
No caso do Galeão, o projeto está a cargo do escritório Fernandes e Terrugi Consultores Associados e a obra, de um consórcio formado pelas empresas MPE Paulo Otávio, Consbem, IC Supply e Construtora RV. A obra, licitada por R$ 153 milhões, é considerada prioritária para que o aeroporto carioca esteja em condições para suportar o movimento decorrente dos jogos da Copa do Mundo de 2014, cuja partida final e mais outras seis serão disputadas na cidade. Pelo cronograma da Infraero, a estatal que administra os aeroportos brasileiros, a obra de será iniciada logo após a conferência das Nações Unidas Rio+20, marcada para o período de 20 a 22 deste mês.
Para os advogados Marlon Sigueru Ieiri e Fabio Moura, do escritório FHCunha, especializado em obras de infraestrutura, o maior risco é surgirem modificações ao longo da obra. "As mudanças acabam levando ao aumento do tempo e do custo", disse Ieiri. "Qualquer erro pode levar ao retrabalho", emenda Moura.
Na opinião dos dois advogados, "é necessário contar muito com o elemento sorte" para que o "fast track" tenha sucesso, além de uma coordenação estreita entre o projetista e o executor dos trabalhos. Eles avaliam que para executar a obra no prazo previsto também será necessário colocar pessoal extra trabalhando, o que poderá encarecer a modernização do terminal.
Essa parte da obra do Galeão não será a única ligada à Copa do Mundo a ser executada no sistema "fast track". A construção do estádio do Corinthians, a cargo da Odebrecht, utiliza a mesma técnica, também para acelerar os trabalhos. Como no Galeão trata-se de uma reforma e não de uma construção nova, a expectativa de técnicos da Infraero é de que os riscos sejam muito menores.
A Infraero informou ainda que do ponto de vista legal, a execução simultânea do projeto executivo e da obra propriamente dita está prevista na Lei nº 8.666 (Lei das Licitações). O entendimento é de que o projeto básico "possui o conjunto de informações necessário (custo, prazos, tipo de execução, etc) e suficiente para garantir a contratação adequada".
Sobre a construção do novo estacionamento do Terminal 1 do Galeão, a Infraero informou que até o final deste mês ela receberá o estudo de viabilidade que definirá se deverá mesmo ser construído o planejado novo edifício garagem para substituir o atual estacionamento. Além de saturado, o atual estacionamento do Terminal 1 contraria as modernas normas de segurança por estar localizado debaixo das áreas de embarque e de desembarque do terminal.
cwbspotter- Tenente-Brigadeiro
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Re: [Brasil] Infraero busca modelo para acelerar obras no Galeão.
Infraero busca modelo para acelerar obras no Galeão = Exército nas obras (foi o que eu pensei). Já vimos exemplos de como funciona bem isso: https://www.voovirtual.com/t19778-brasil-exercito-entrega-obra-no-aeroporto-de-guarulhos-antes-do-prazo-e-com-economia
biazi- Tenente-Coronel
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