[Brasil] Fusão vai abrir uma janela de oportunidades para o setor.
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[Brasil] Fusão vai abrir uma janela de oportunidades para o setor.
Folha de São Paulo
São Paulo, terça-feira, 29 de maio de 2012
Análise Aviação
Fusão vai abrir uma janela de oportunidades para o setor
RESPÍCIO Antônio do Espirito Santo Jr.
ESPECIAL PARA A FOLHA
A fusão anunciada entre a Azul e a Trip tende a movimentar bastante o transporte aéreo no Brasil.
Além de criar a terceira maior empresa aérea brasileira e a maior regional da América Latina, vai abrir uma janela de oportunidades a novos conceitos, práticas, estratégias e negócios do setor.
Azul e Trip, juntas, poderão atrair grande volume de investimentos, uma vez que terão o segmento com mais potencial de crescimento no curto e médio prazos -o segmento regional- nas mãos.
Nesse cenário, a fusão atrairá a atenção das mais diversas empresas estrangeiras, uma vez que a capilaridade de alimentação e distribuição de passageiros da nova empresa será única.
Para a Azul-Trip, parcerias e contratos individuais com as estrangeiras tenderão a ser mais vantajosos do que o ingresso nas grandes alianças internacionais.
TAM (Latam) e Gol (Gol/Varig/Webjet) também tendem a se beneficiar, pois deverão repensar estratégias e renovar conceitos e práticas. Nesse sentido, ajudadas por uma grande movimentação externa, terão uma excelente oportunidade para se modernizar.
Por outro lado, haverá uma inevitável redução da concorrência nas ligações regionais -afinal, Azul e Trip deixarão de operar como concorrentes. Redução na concorrência quase sempre não é algo positivo para os passageiros.
Para quebrar esta nova realidade em várias das localidades hoje servidas pela Azul-Trip, em especial as operadas pelos aviões turboélices ATR, TAM e Gol deveriam adquirir aeronaves similares, o que não parece muito provável a curto prazo.
Outras questões têm relação com uma futura sinergia, com a dispensa de parte do contingente administrativo e a integração das culturas organizacionais das duas empresas, assim como dos planos de carreira, em especial da lista de pilotos seniores.
A fusão deve ser positiva para o setor como um todo, mas haverá contratempos inevitáveis -alguns de trato delicado e difícil.
Antônido do Espirito Santo Jr. é professor do Departamento de Engenharia de Transportes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), especialista em transporte aéreo
São Paulo, terça-feira, 29 de maio de 2012
Análise Aviação
Fusão vai abrir uma janela de oportunidades para o setor
RESPÍCIO Antônio do Espirito Santo Jr.
ESPECIAL PARA A FOLHA
A fusão anunciada entre a Azul e a Trip tende a movimentar bastante o transporte aéreo no Brasil.
Além de criar a terceira maior empresa aérea brasileira e a maior regional da América Latina, vai abrir uma janela de oportunidades a novos conceitos, práticas, estratégias e negócios do setor.
Azul e Trip, juntas, poderão atrair grande volume de investimentos, uma vez que terão o segmento com mais potencial de crescimento no curto e médio prazos -o segmento regional- nas mãos.
Nesse cenário, a fusão atrairá a atenção das mais diversas empresas estrangeiras, uma vez que a capilaridade de alimentação e distribuição de passageiros da nova empresa será única.
Para a Azul-Trip, parcerias e contratos individuais com as estrangeiras tenderão a ser mais vantajosos do que o ingresso nas grandes alianças internacionais.
TAM (Latam) e Gol (Gol/Varig/Webjet) também tendem a se beneficiar, pois deverão repensar estratégias e renovar conceitos e práticas. Nesse sentido, ajudadas por uma grande movimentação externa, terão uma excelente oportunidade para se modernizar.
Por outro lado, haverá uma inevitável redução da concorrência nas ligações regionais -afinal, Azul e Trip deixarão de operar como concorrentes. Redução na concorrência quase sempre não é algo positivo para os passageiros.
Para quebrar esta nova realidade em várias das localidades hoje servidas pela Azul-Trip, em especial as operadas pelos aviões turboélices ATR, TAM e Gol deveriam adquirir aeronaves similares, o que não parece muito provável a curto prazo.
Outras questões têm relação com uma futura sinergia, com a dispensa de parte do contingente administrativo e a integração das culturas organizacionais das duas empresas, assim como dos planos de carreira, em especial da lista de pilotos seniores.
A fusão deve ser positiva para o setor como um todo, mas haverá contratempos inevitáveis -alguns de trato delicado e difícil.
Antônido do Espirito Santo Jr. é professor do Departamento de Engenharia de Transportes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), especialista em transporte aéreo
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