[Brasil] Despreparados para novos voos.
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[Brasil] Despreparados para novos voos.
ZERO HORA
10 de maio de 2012
AEROPORTOS
Despreparados para novos voos
Crescimento do mercado leva companhias aéreas a ter interesse em rotas no interior gaúcho, mas falta de estrutura deixa planos no papel
LEANDRO BECKER
leandro.becker@zerohora.com.br
Esbarra na infraestrutura o avanço da aviação comercial no interior gaúcho. Assusta a precariedade frente à quantidade crescente de passageiros. O resultado é a estagnação. As companhias admitem que o interesse em abrir linhas não se concretiza pela carência que domina os terminais.
Para fazer o setor decolar longe do quase esgotado Salgado Filho, o Estado aposta em um plano: investir em quatro aeroportos. O foco é modernizar, até 2014, terminais considerados estratégicos: Passo Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo e Caxias do Sul. A estimativa é de que as reformas nos três primeiros e a construção de um novo terminal na Serra precisem de ao menos R$ 225 milhões, sem contar melhorias nos arredores.
Há voos comerciais regulares em nove aeródromos. Desses, apenas três operam linhas com aviões de maior porte para fora do Estado: Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo. Diante da demanda crescente, a sobrecarga é inevitável.
Conforme o Departamento Aeroportuário do Estado (DAP), os quatro aeroportos foram escolhidos pela demanda elevada, viabilidade do projeto e porque os municípios são referência em suas regiões.
– Precisamos aproveitar o fato de o Estado ser o início e o fim de rotas domésticas – ressalta Roberto Barbosa Carvalho Netto, diretor do DAP.
Em Caxias do Sul, a meta é atrair companhias e triplicar os quase 200 mil passageiros anuais. A chegada da Azul, que começou a operar há seis meses, fez saltar em 46% o número de embarques sem reduzir o movimento da Gol. Em março, 26 mil passageiros passaram pelo terminal, o dobro do mesmo período de 2011.
À espera de melhorias
Passo Fundo também busca ampliar rotas para melhorar serviços e tarifas. Com a modernização só no papel, as companhias adotam cautela. A prefeitura revela que a falta de estrutura é o principal empecilho para a Azul iniciar as operações no município.
As companhias despistam sobre a ampliação da malha, mas cobram providências para fortalecer a atuação no mercado gaúcho.
Executivos da Azul já se reuniram com prefeituras de Pelotas e Passo Fundo para discutir novas rotas. Em nota, a Trip admite interesse em operar em Passo Fundo, mas enfatiza que a infraestrutura é decisiva.
Principal operadora em mercados de baixa demanda, a gaúcha NHT também planeja expandir a malha, atendendo a pedidos de prefeituras.
– A demanda é imprescindível, mas de nada adianta haver passageiros se não houver estrutura – afirma Jeffrey Kerr, diretor de Planejamento da NHT.
10 de maio de 2012
AEROPORTOS
Despreparados para novos voos
Crescimento do mercado leva companhias aéreas a ter interesse em rotas no interior gaúcho, mas falta de estrutura deixa planos no papel
LEANDRO BECKER
leandro.becker@zerohora.com.br
Esbarra na infraestrutura o avanço da aviação comercial no interior gaúcho. Assusta a precariedade frente à quantidade crescente de passageiros. O resultado é a estagnação. As companhias admitem que o interesse em abrir linhas não se concretiza pela carência que domina os terminais.
Para fazer o setor decolar longe do quase esgotado Salgado Filho, o Estado aposta em um plano: investir em quatro aeroportos. O foco é modernizar, até 2014, terminais considerados estratégicos: Passo Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo e Caxias do Sul. A estimativa é de que as reformas nos três primeiros e a construção de um novo terminal na Serra precisem de ao menos R$ 225 milhões, sem contar melhorias nos arredores.
Há voos comerciais regulares em nove aeródromos. Desses, apenas três operam linhas com aviões de maior porte para fora do Estado: Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo. Diante da demanda crescente, a sobrecarga é inevitável.
Conforme o Departamento Aeroportuário do Estado (DAP), os quatro aeroportos foram escolhidos pela demanda elevada, viabilidade do projeto e porque os municípios são referência em suas regiões.
– Precisamos aproveitar o fato de o Estado ser o início e o fim de rotas domésticas – ressalta Roberto Barbosa Carvalho Netto, diretor do DAP.
Em Caxias do Sul, a meta é atrair companhias e triplicar os quase 200 mil passageiros anuais. A chegada da Azul, que começou a operar há seis meses, fez saltar em 46% o número de embarques sem reduzir o movimento da Gol. Em março, 26 mil passageiros passaram pelo terminal, o dobro do mesmo período de 2011.
À espera de melhorias
Passo Fundo também busca ampliar rotas para melhorar serviços e tarifas. Com a modernização só no papel, as companhias adotam cautela. A prefeitura revela que a falta de estrutura é o principal empecilho para a Azul iniciar as operações no município.
As companhias despistam sobre a ampliação da malha, mas cobram providências para fortalecer a atuação no mercado gaúcho.
Executivos da Azul já se reuniram com prefeituras de Pelotas e Passo Fundo para discutir novas rotas. Em nota, a Trip admite interesse em operar em Passo Fundo, mas enfatiza que a infraestrutura é decisiva.
Principal operadora em mercados de baixa demanda, a gaúcha NHT também planeja expandir a malha, atendendo a pedidos de prefeituras.
– A demanda é imprescindível, mas de nada adianta haver passageiros se não houver estrutura – afirma Jeffrey Kerr, diretor de Planejamento da NHT.
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