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Mensagem por Amilckar Dom 25 Mar 2012, 10:19

Vitória do Rafale também é vantajosa para a Índia

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A India optou pelo caça francês Dassault Rafale e agora negocia o contrato de compra e transferência de tecnologia. (Foto: Dassault)

A companhia francesa Dassault Aviation encontra-se a um passo de assinar um contrato multibilionário para o fornecimento de 126 aeronaves de combate Rafale à Forca Aérea Indiana. O Governo Indiano poderá alargar o contrato com a adição de mais 60 aeronaves.



O número de aeronaves envolvidas no contrato para o Medium Multi-Role Combat Aircraft (MMRCA) poderá eventualmente crescer, visto existir uma cláusula que permite o Governo Indiano de aumentar o contrato em 50% sem que o preço final por aeronave seja alterado, acrescenta uma fonte oficial do Ministério da Defesa.

As aeronaves Rafale irão substituir a veterana frota de MiG-21 e está prevista a sua introdução a partir de 2014. A aeronave deverá ficar em operação por mais de três décadas.

O Governo Francês afirmou no dia 1° de Fevereiro que esperava que as negociações entre a Dassault e o executivo indiano durassem entre seis a nove meses

O Ministro da Defesa Indiano A.K. Antony já haveria referido recentemente que o contrato não deveria ser assinado durante o corrente ano fiscal Indiano.

O contrato é benéfico para ambas as partes, a Dassault vê a linha de montagem do Rafale salva, depois de a mesma ter estado em risco de ser encerrada. Até agora as autoridades Francesas têm sido ineficazes na comercialização internacional do Rafale, criado para substituir sete tipo de aeronaves de combate utilizados pelos militares franceses, incluindo as diversas versões do Mirage.

Para a Índia, o contrato do MMRCA é extremamente importante devido às cláusulas obrigatórias de offsets que obriga a empresa vencedora em reinvestir cerca de 50% do montante do contrato na industria Indiana. Com o valor do contrato a atingir cerca de US$ 16 bilhões, espera-se que o sector de defesa Indiano receba cerca de 400 bilhões de rupias (US$ 8 bilhões) em offsets.

Entretanto, vários analistas já avisaram que para esses offsets serem assimilados com eficácia, a industria Indiana tem de ter condições para absorver a implementação de diversas tecnologias. Esses benefícios podem ser desaproveitados se o governo Indiano focalizar esses offsets somente em empresas de defesa estatais como a Hindustan Aeronautics Ltd. (HAL) e ignorar o setor privado.

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A Índia vai adquirir 126 caças multimissão médio com possibilidade de compra de 60 aeronaves adicionais.

Enquanto as 18 primeiras aeronaves serão fornecidas diretamente pela Dassault em condições de voo num prazo de 36 meses, as restantes 108 serão construídas em parceria com a HAL.

Ajey Lele analista aeronáutico, trabalha para o Instituto de Analise e de Estudos de Defesa em Nova Deli, afirma que este contrato ” é bastante importante para a melhoria das defesas da Índia. A IAF sairá fortalecida, à medida que a introdução das 126 novas aeronaves forem distribuídas pelos esquadrões.”

O Ministro da Defesa da Índia escolheu o Dassault Rafale, depois da empresa francesa ter apresentado a proposta mais baixa a nível de custos, satisfazendo todos os parâmetros tecnológicos exigidos pela IAF.

“A decisão fortalecerá as relações francesas com a Índia,” acrescenta Lele.

Companhias francesas têm ganho importantes contratos militares na Índia, incluindo a modernização das 51 aeronaves de combate multirole Mirage 2000 como novos aviônicos, radares e sistemas de guerra eletrônica, e um contrato com a MBDA para a compra de 500 misseis ar-ar para equipar estes aviões. O governo Francês ficou bastante feliz com a escolha do Rafale pelos Indianos.

“O anúncio da escolha do Rafale culmina numa avaliação justa, transparente e efetuada num alto nível envolvendo os dois finalistas europeus,” afirma um representante do Governo Francês. “O Rafale foi escolhido devido ao seu competitivo custo de ciclos de vida, após em Abril de 2011 ter sido pré-selecionado devido ao alto nível das suas performances. As negociações finais do contrato serão iniciadas muito brevemente e terão o total apoio das autoridades Francesas. Incluirá uma importante transferência de tecnologia garantida pelo Governo Francês.”

As negociações irão também incluir os custos de diversos armamentos a ser utilizado e pelos pagamento dos royalties pela produção da aeronave na Índia.

Por enquanto nenhum anúncio oficial foi feito pelo ministro da defesa da Índia, enquanto a Dassault através de um email enviado de Paris, afirma que a empresa esta comprometida “a cumprir todos os requisitos da Forca Aérea Indiana e destaca o seu orgulho em contribuir para a defesa da Índia por mais de meio século.”

O contrato ajudará a empresa francesa a consolidar a sua presença no sector de defesa Indiano. Em 2005 a empresa francesa Thales ganhou um contrato para o fornecimento de submarinos Scorpene no valor de 190 bilhões de rupias. As aeronaves de combate Dassault Mirage também são utilizadas pela Índia desde os anos oitenta.

A Cassidian, empresa responsável pela proposta do consorcio Eurofigther Typhoon, expressou o seu desapontamento pela decisão do governo na escolha do Rafale.

“A Índia decidiu pela escolha do nosso concorrente como proposta preferencial no concurso MMRCA,” afirmou a Cassidian. “Entretanto ainda não há uma assinatura de contrato e ainda há diversas negociações pela frente, estamos desiludidos. Entretanto, respeitamos a decisão do Ministério da Defesa Indiano.”

Com o Typhoon, a Eurofighter ofereceu a IAF a aeronave de combate mais moderna disponível, afirma, “Baseado no feedback do governo Indiano, analisaremos cuidadosamente esta decisão e avaliaremos conjuntamente com os outros parceiros Europeus e respectivas companhias envolvidas.”

O consórcio Eurofighter engloba a italiana Finmeccanica, a inglesa BAE Systems e a alemã EADS. A EADS é também detentora de 46,3% das ações da Dassault.

Fonte: Aviationweek – Tradução: Cavok
Via: Cavok
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