[Brasil] Piloto encontra com controlador que ajudou a evitar tragédia com Boeing
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[Brasil] Piloto encontra com controlador que ajudou a evitar tragédia com Boeing
Piloto encontra com controlador que ajudou a evitar tragédia com Boeing
Aeronave perdeu parte dos instrumentos e pouso foi guiado pelo controlador do voo. Eles falam sobre aqueles instantes de emergência
Nesta segunda-feira (12), o controlador de voo, Ricardo Blanco, e o comandante do avião, Cesídio Sampaio, se encontraram pela primeira vez.
Logo ao decolar de Congonhas, com destino ao Santos Dumont, o Boeing 737- 800 da Gol perdeu as indicações de altitude e velocidade. No meio de nuvens, forçando o piloto a declarar emergência.
O controlador Ricardo Blanco ajudou o Boeing a pousar com segurança em Viracopos, Campinas. O encontro entre piloto e controlador de voo surgiu nesta segunda-feira (12), um hangar, dentro de Congonhas.
Para quem passou, digamos, um susto, o encontro nem é assim tão efusivo. São dois veteranos, acostumados a controlar as próprias emoções. Cesídio Sampaio, o comandante do Boeing, tem 56 anos de idade e 38 anos de profissão.
O suboficial da Aeronáutica, Ricardo Blanco, aos 47 anos, já completou 31 anos como controlador. Por isso mesmo, as frases curtas têm muita força. "Você fez uma diferença muito grande".
O que eles queriam mesmo era um dizer ao outro o que pensou naqueles instantes da emergência. “A minha ideia no momento em que declarei emergência, como naquele primeiro momento estava com erro em todos os instrumento ainda, não sabia em qual confiar e eu queria que as pessoas se afastassem”, diz o piloto Cesídio.
O comandante queria evitar o risco de colisão no ar e, estava certo. “Você se preocupou primeiro, claro, não podia ser diferente, primeiro em voar o avião, para depois navegar”, diz o controlador Blanco.
“Nós demos muita sorte de estar decolando da pista 17 não da pista 35. Por que isso? Porque a 35 a gente tem uma curva a direita compulsória”, diz o piloto.
O comandante Cesídio se refere ao fato de, decolando da cabeceira 17, o avião se dirigir para o litoral, na altura de Santos. No sentido contrário, o da cabeceira 35, ele teria de fazer uma curva à direita e continuar sobrevoando a capital paulista.
O comandante chegou a ficar bastante preocupado. “Vamos pensar o pior e a situação em vez de degragar ela simplesmente melhorou e a aí foi até o pouso”, explica o piloto.
A conversa da Blanco e Cesídio continuou na sala de controle de aproximação de São Paulo e com mais detalhes sobre o que passou pela cabeça deles.
Ao falar de si mesmos, eles relembram como foi o momento do choque. “O meu emocional nesse momento então eu passei a surpresa de olhar aquilo e ter a capacidade de reagir, porque eu podia ter olha aquilo e não ter reagido imediatamente”, avisa o piloto. E o que todo mundo quer saber: quando caiu a ficha?
"Dois dias depois", afirma o piloto.
“No momento em si da ocorrência, a adrenalina mantém a gente no nosso nível de alerta e lembramos de experiências anteriores, o que a gente já vivenciou nas outras emergências e não vamos deixar que a parte emocional tome conta da situação senão você perde o controle do que está fazendo”, afirma o piloto.
Ninguém quer passar pelo que eles passaram. Mas, se acontecer, e se for com gente como o comandante Cesídio e controlador Blanco, o susto vira uma história de final feliz.
O diálogo: controlador e piloto
DIÁLOGO TENSO
LOGO APÓS A DECOLAGEM, O PILOTO ACIONA O CONTROLADOR DE VOO EM TERRA, RICARDO BLANCO, COM O CÓDIGO INTERNACIONAL PARA EMERGÊNCIAS:
— Mayday! Mayday!
RESPOSTA DO CONTROLADOR, QUE MENCIONA O NÚMERO DO VOO:
— Voo 1.536, controle, prossiga.
DO PILOTO:
— Mayday! Mayday!
O CONTROLADOR PERGUNTA SE PODE AJUDAR A CONDUZIR O AVIÃO:
— Você está em condições normais para ser vetorado?
NA RESPOSTA, FICA CLARO O DESCONTROLE A BORDO:
— Informações de velocidade aparentemente errado.
O PILOTO ACRESCENTA:
— Vamos restabelecer o sistema e já lhe retorno já.
SEM SABER O QUE FAZER, O PILOTO PERGUNTA:
— Podemos manter nessa posição aproximadamente uns dois minutinhos?
ALGUM TEMPO DEPOIS, O PILOTO INFORMA A VELOCIDADE, QUE É EQUIVALENTE A 440 KM/H:
— Nossa velocidade seria então de 237, é isso?
RESPOSTA DO CONTROLADOR, QUE INFORMA QUE A VELOCIDADE É DE 426 KM/H:
— Aparentemente é de 230 ground. É o que eu recebo aqui.
EM SEGUIDA, O CONTROLADOR INFORMA QUE O AVIÃO HAVIA SOBREVOADO SANTOS:
— Tá começando agora a voar sobre o mar, ok?
O CONTROLADOR VOLTA A INFORMAR A VELOCIDADE DO AVIÃO, DE 442 KM/H, E DÁ A ALTURA DA AERONAVE, DE POUCO MAIS DE 3 MIL METROS:
— Ground speed agora 239.9.100 pés.
A SOLUÇÃO, CONFORME O CONTROLADOR, É LEVAR O AVIÃO PARA O AEROPORTO DE VIRACOPOS, EM CAMPINAS, QUE ESTÁ COM BOA VISIBILIDADE, COM ALCANCE DE 5 MIL METROS:
— Campinas operando visual nos mínimos, pista 33.
O PILOTO QUER QUE O CONTROLADOR CONTINUE ACOMPANHANDO TODO O TRAJETO DA AERONAVE:
— Teria como nos vetorar até a final da 33? É possível isso?
RESPOSTA:
— Positivo, vou vetorar até o final da 33.
EM SEGUIDA, O PILOTO RELATA UM PROBLEMA NO PAINEL DE CONTROLE, QUE INDICA UMA VELOCIDADE ABSURDA DO VENTO DE FRENTE, DE 240 KM/H:
— As informações que eu tô tendo de vento aqui nessa condição é uma informação de 130 nós de vento de proa. Essa condição não é uma realidade, com certeza.
O CONTROLADOR TRANQUILIZA:
— Não, não é uma realidade.
NA CHEGADA A VIRACOPOS, ONDE PODERIAM OCORRER PROBLEMAS NO POUSO, O PILOTO INFORMA PARA OS BOMBEIROS E PESSOAL DE SEGURANÇA O NÚMERO DE PESSOAS A BORDO (POB, PERSONS ON BOARD, EM INGLÊS) E A QUANTIDADE DE COMBUSTÍVEL NA AERONAVE, QUE É EQUIVALENTE A 5.850 LITROS (CERCA DE 20% DA CAPACIDADE DO AVIÃO), SUFICIENTE, POR EXEMPLO, PARA UMA VIAGEM ATÉ BRASÍLIA.
— Oh, senhor, o POB nosso é 105, não temos artigos perigosos a bordo e eu tenho mais duas horas e 20 de autonomia.
NA APROXIMAÇÃO FINAL, O CONTROLADOR CORRIGE A ROTA DO AVIÃO PARA COMPENSAR O VENTO:
— Ligeiramente à direita do curso, faça 5 graus à esquerda.
O ALÍVIO DO PILOTO:
—Tenho visual da cabeceira, voo 1.536.
E, FINALMENTE, O AGRADECIMENTO AO CONTROLADOR:
— Já no solo voo 1.536. Grato aí pela colaboração.
ROTA DE VOO GOL 737-800
16/10/2011 | Horário: 15h
O avião com 105 pessoas saiu de Congonhas em direção ao Aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
Fonte: William Waack (Jornal da Globo)
Via: Aviationnews
Aeronave perdeu parte dos instrumentos e pouso foi guiado pelo controlador do voo. Eles falam sobre aqueles instantes de emergência
Nesta segunda-feira (12), o controlador de voo, Ricardo Blanco, e o comandante do avião, Cesídio Sampaio, se encontraram pela primeira vez.
Logo ao decolar de Congonhas, com destino ao Santos Dumont, o Boeing 737- 800 da Gol perdeu as indicações de altitude e velocidade. No meio de nuvens, forçando o piloto a declarar emergência.
O controlador Ricardo Blanco ajudou o Boeing a pousar com segurança em Viracopos, Campinas. O encontro entre piloto e controlador de voo surgiu nesta segunda-feira (12), um hangar, dentro de Congonhas.
Para quem passou, digamos, um susto, o encontro nem é assim tão efusivo. São dois veteranos, acostumados a controlar as próprias emoções. Cesídio Sampaio, o comandante do Boeing, tem 56 anos de idade e 38 anos de profissão.
O suboficial da Aeronáutica, Ricardo Blanco, aos 47 anos, já completou 31 anos como controlador. Por isso mesmo, as frases curtas têm muita força. "Você fez uma diferença muito grande".
O que eles queriam mesmo era um dizer ao outro o que pensou naqueles instantes da emergência. “A minha ideia no momento em que declarei emergência, como naquele primeiro momento estava com erro em todos os instrumento ainda, não sabia em qual confiar e eu queria que as pessoas se afastassem”, diz o piloto Cesídio.
O comandante queria evitar o risco de colisão no ar e, estava certo. “Você se preocupou primeiro, claro, não podia ser diferente, primeiro em voar o avião, para depois navegar”, diz o controlador Blanco.
“Nós demos muita sorte de estar decolando da pista 17 não da pista 35. Por que isso? Porque a 35 a gente tem uma curva a direita compulsória”, diz o piloto.
O comandante Cesídio se refere ao fato de, decolando da cabeceira 17, o avião se dirigir para o litoral, na altura de Santos. No sentido contrário, o da cabeceira 35, ele teria de fazer uma curva à direita e continuar sobrevoando a capital paulista.
O comandante chegou a ficar bastante preocupado. “Vamos pensar o pior e a situação em vez de degragar ela simplesmente melhorou e a aí foi até o pouso”, explica o piloto.
A conversa da Blanco e Cesídio continuou na sala de controle de aproximação de São Paulo e com mais detalhes sobre o que passou pela cabeça deles.
Ao falar de si mesmos, eles relembram como foi o momento do choque. “O meu emocional nesse momento então eu passei a surpresa de olhar aquilo e ter a capacidade de reagir, porque eu podia ter olha aquilo e não ter reagido imediatamente”, avisa o piloto. E o que todo mundo quer saber: quando caiu a ficha?
"Dois dias depois", afirma o piloto.
“No momento em si da ocorrência, a adrenalina mantém a gente no nosso nível de alerta e lembramos de experiências anteriores, o que a gente já vivenciou nas outras emergências e não vamos deixar que a parte emocional tome conta da situação senão você perde o controle do que está fazendo”, afirma o piloto.
Ninguém quer passar pelo que eles passaram. Mas, se acontecer, e se for com gente como o comandante Cesídio e controlador Blanco, o susto vira uma história de final feliz.
O diálogo: controlador e piloto
DIÁLOGO TENSO
LOGO APÓS A DECOLAGEM, O PILOTO ACIONA O CONTROLADOR DE VOO EM TERRA, RICARDO BLANCO, COM O CÓDIGO INTERNACIONAL PARA EMERGÊNCIAS:
— Mayday! Mayday!
RESPOSTA DO CONTROLADOR, QUE MENCIONA O NÚMERO DO VOO:
— Voo 1.536, controle, prossiga.
DO PILOTO:
— Mayday! Mayday!
O CONTROLADOR PERGUNTA SE PODE AJUDAR A CONDUZIR O AVIÃO:
— Você está em condições normais para ser vetorado?
NA RESPOSTA, FICA CLARO O DESCONTROLE A BORDO:
— Informações de velocidade aparentemente errado.
O PILOTO ACRESCENTA:
— Vamos restabelecer o sistema e já lhe retorno já.
SEM SABER O QUE FAZER, O PILOTO PERGUNTA:
— Podemos manter nessa posição aproximadamente uns dois minutinhos?
ALGUM TEMPO DEPOIS, O PILOTO INFORMA A VELOCIDADE, QUE É EQUIVALENTE A 440 KM/H:
— Nossa velocidade seria então de 237, é isso?
RESPOSTA DO CONTROLADOR, QUE INFORMA QUE A VELOCIDADE É DE 426 KM/H:
— Aparentemente é de 230 ground. É o que eu recebo aqui.
EM SEGUIDA, O CONTROLADOR INFORMA QUE O AVIÃO HAVIA SOBREVOADO SANTOS:
— Tá começando agora a voar sobre o mar, ok?
O CONTROLADOR VOLTA A INFORMAR A VELOCIDADE DO AVIÃO, DE 442 KM/H, E DÁ A ALTURA DA AERONAVE, DE POUCO MAIS DE 3 MIL METROS:
— Ground speed agora 239.9.100 pés.
A SOLUÇÃO, CONFORME O CONTROLADOR, É LEVAR O AVIÃO PARA O AEROPORTO DE VIRACOPOS, EM CAMPINAS, QUE ESTÁ COM BOA VISIBILIDADE, COM ALCANCE DE 5 MIL METROS:
— Campinas operando visual nos mínimos, pista 33.
O PILOTO QUER QUE O CONTROLADOR CONTINUE ACOMPANHANDO TODO O TRAJETO DA AERONAVE:
— Teria como nos vetorar até a final da 33? É possível isso?
RESPOSTA:
— Positivo, vou vetorar até o final da 33.
EM SEGUIDA, O PILOTO RELATA UM PROBLEMA NO PAINEL DE CONTROLE, QUE INDICA UMA VELOCIDADE ABSURDA DO VENTO DE FRENTE, DE 240 KM/H:
— As informações que eu tô tendo de vento aqui nessa condição é uma informação de 130 nós de vento de proa. Essa condição não é uma realidade, com certeza.
O CONTROLADOR TRANQUILIZA:
— Não, não é uma realidade.
NA CHEGADA A VIRACOPOS, ONDE PODERIAM OCORRER PROBLEMAS NO POUSO, O PILOTO INFORMA PARA OS BOMBEIROS E PESSOAL DE SEGURANÇA O NÚMERO DE PESSOAS A BORDO (POB, PERSONS ON BOARD, EM INGLÊS) E A QUANTIDADE DE COMBUSTÍVEL NA AERONAVE, QUE É EQUIVALENTE A 5.850 LITROS (CERCA DE 20% DA CAPACIDADE DO AVIÃO), SUFICIENTE, POR EXEMPLO, PARA UMA VIAGEM ATÉ BRASÍLIA.
— Oh, senhor, o POB nosso é 105, não temos artigos perigosos a bordo e eu tenho mais duas horas e 20 de autonomia.
NA APROXIMAÇÃO FINAL, O CONTROLADOR CORRIGE A ROTA DO AVIÃO PARA COMPENSAR O VENTO:
— Ligeiramente à direita do curso, faça 5 graus à esquerda.
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Amilckar- Colaborador - Notícias de aviação
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Re: [Brasil] Piloto encontra com controlador que ajudou a evitar tragédia com Boeing
Por sorte também é que o piloto manteve a calma e que o vôo era realizado durante o dia porque se fosse no período noturno, uma vez que não há referências visuais talvez e desfecho seria outro, igual ao 757 da AEROPERU que caiu no oceano após decolar de Lima.
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Re: [Brasil] Piloto encontra com controlador que ajudou a evitar tragédia com Boeing
jailton escreveu:Por sorte também é que o piloto manteve a calma e que o vôo era realizado durante o dia porque se fosse no período noturno, uma vez que não há referências visuais talvez e desfecho seria outro, igual ao 757 da AEROPERU que caiu no oceano após decolar de Lima.
Concordo, se de dia foi esse stress todo, a noite o desfecho talvez fosse diferente
Graças a Deus deu tudo certo, parabéns a ambos
Amilckar- Colaborador - Notícias de aviação
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Re: [Brasil] Piloto encontra com controlador que ajudou a evitar tragédia com Boeing
Se um dia tiverem oportunidade de ouvir a fonia de um controlador fazendo vetoração de caças em exercícios notarão que o controlador faz exatamente isso aí. E se fosse de noite o desfecho seria o mesmo. Calmos, precisos e competentes.
Icem@n
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